Saí do carro e estávamos em um lugar muito lindo. Flores espalhadas pelo campo e um lugar com mais grama que os outros, parece que feito sobre medida para nós.

- Bruno... - disse sem conseguir disfarçar minha surpresa.

- Gostou?

- Se eu gostei? Eu amei! - disse abrindo o porta-malas.

Tiramos tudo.

Eu estiquei a toalha xadrez na grama e Bruno pegou a cesta.

- Vai ser um dia só nosso. - ele sorriu.

Ficamos trocando selinhos.

Fui tirar os lanches da cesta e quando tirava o plástico de um, o telefone de Bruno tocou.

- Droga, esqueci de desligar. - disse ele fazendo a careta mais linda do mundo. - Alô? - não pude ouvir muita coisa, nem sabia quem era.... - Arrãm... É que eu tô em um piquenique com a Malu cara. - pausa bem grande. - Ok... Mas eu tinha combinado com você, amanhã. - e então desligou o telefone.

- Quem era?

- Ryan... - ele riu. - Quer que eu te apresente para ele. - verdade, em todo esse tempo eu ainda não conhecia Ryan.

Quando voltei do sequestro conheci Zadeh e Zaima, duas fofuras que eu não queria largar mais. Os Hooligans eu já conhecia, Philip e Ari também.

- Bem, então depois eu me apresento para ele. - disse subindo em Bruno e beijando sua bochecha e depois sua boca. - Vamos comer?

- Ah eu quero comer, e muito. - ele disse passando a mão em meu braço.

Senti que ele levava aquilo com duplo sentido.

- Bruno! - disse rindo e socando de leve seu ombro.

- Ué, tô falando a verdade. - ele riu.

- Bruno... Por um acaso esse lugar é deserto? - perguntei com uma típica cara safadinha.

- Sim, é sim. - respondeu Bruno com a mesma expressão.

Devoramos nossos lanches, tomamos nossos sucos e namoramos um pouco estirados na grama.

Entrelaçamos nossas mãos.

- Eu amo isso. - eu disse quebrando o silêncio. - É tão... tão... Perfeito.

- É. - ele riu. - Perfeito. - e ficou por cima de mim. - Eu te amo mesmo, viu?

- Eu sei... Eu te amo. - disse beijando-o.

Bruno abriu de leve os botões da minha camisa.

Eu iria interrompê-lo ou dizer que era errado, mas esse errado parecia tão bom...

Não queria não ter aquele momento nas minhas lembranças, mas falando do agora, eu queria isso também. Eu necessitava disso.

Sabe o quanto eu esperei para ter esses momentos com Bruno? Desde minha estadia no Havaí... E eu ainda me dava ao luxo de atrapalhar algumas.

- E não pensa que eu esqueci do chuveiro... - o que o policial atrapalhou ontem. - Vou cobrar hoje quando voltarmos, viu? - ele riu.

Pulei por cima dele.

- Por favor. - desabotoei sua camisa e joguei-a longe.

Estávamos somente com as roupas íntimas e num piscar de olhos estávamos sem roupa.

- Droga. - disse Bruno se afastando de mim.

- O que eu fiz de errado? - perguntei assustada, recolhendo minhas roupas do chão.

- O que eu fiz de errado... - ele disse socando a árvore. - Esqueci de trazer camisinha. - ele falou bem baixinho. - Acho que no carro tem, já volto, não se mova. - ele disse rindo.

Só me restou rir também e esperá-lo voltar né.

- Bruno? - perguntei estranhando a demora.

- Aqui, achei! - ele riu. - Aonde estávamos? - me pegou pela cintura e me deitou no chão.

Bruno começou os movimentos, já me fazendo cravar as unhas em suas costas, e quando eu fazia isso, Bruno gemia.

- Gostoso. - ué, ele é mesmo.

- Você que é. - ele disse mordendo o lóbulo da minha orelha.

- Vamos lá Sex Dragon. - eu disse rindo e ficando por cima dele desta vez.

'Cavalguei' em cima dele.

- Malu. - ele dizia com cada toque meu, e depois seguia de gemidos, assim como acontecia comigo.

Chegamos ao nosso ápice e Bruno me pegou pela cintura e beijou para parte de meu corpo.

Quando terminamos, achamos melhor nos trocarmos.

Comemos mais algumas coisas, andamos de bicicleta - sim, ele levou duas bicicletas e eu não vi nada - e, depois de vermos o sol se pôr, decidimos ir embora.

Ryan ligou mais uma vez, mas como Bruno estava dirigindo, eu atendi.

- Oi Ryan. - disse suavemente e deixei o telefone no viva-voz

- Ah, oi gata. - ele disse surpreso. - Tudo bem?

- Tudo ótimo... O Bruno não pode atender agora, ele tá dirigindo.

- Ah, não tem problema... Quero saber se eu posso passar na casa do Br... de vocês. - ele riu.

Olhei para Bruno, sem querer tomar nenhuma decisão que tirasse o direito dele, afinal, a casa continua sendo dele.

- Não. - Bruno falou bem alto e rindo.

- AH CARA! - disse Ryan com voz de bebê chorão. - Falou, vou indo.

- Calma! - eu disse antes de ele desligar o telefone. - Bruno, deixa vai, quero conhecê-lo.

Depois de eu muito insistir, Bruno concordou.

- Vai logo, vamos estar te esperando lá. - disse Bruno fazendo biquinho.

Beijei-o rapidamente.

- Se quiser que eu dirija quando se sentir cansado, é só me avisar, viu? - eu sorri.

- Pode deixar. - ele disse, apesar de eu saber que ele não me avisaria coisa nenhuma, para ele deixar, eu teria que estar acordada e implorar mil vezes e ele estar muito, mas muito cansado...

E ainda assim tenho minhas dúvidas se ele deixaria... Super protetor para tentar não me cansar.

Aproveitei o momentinho para dar uma cochilada.