The Other Side escrita por Looh Hernandez
Notas iniciais do capítulo
"E se não só sua vida estivesse em perigo, mas a do seu amor? A minha vida? Ok. A do Bruno? Nem pensar. Nem que eu tenha que me sacrificar, nem que tenha que dar meu sangue para isso. E é o que irei fazer se for preciso." - Malu
Abri os olhos lentamente e me deparei com Juan - um cara que estudava na mesma sala que eu, que queria me namorar, mas nunca dei bola pra ele.
- O que você tá fazendo aqui? - perguntei levando as mãos, que surpreendentemente estavam soltas agora, à cabeça que estava latejando, eu estava com muita dor.
- I'm the boss. - ele falou em Inglês, rindo. - Eu sou o chefe. - ele gargalhou. - Sou o mandante do seu sequestro.
- Quê? - nada fazia sentido. Aquela história de ele querer me namorar já havia se passado à anos, pouco depois de eu voltar do Havaí.
- Eu queria te namorar, mas você dizia que namorava um tal de Peter... Bruno. - sua expressão ficou séria e tensa. - E agora fiquei sabendo que tá namorando o mesmo cara.
Ele se aproximou em passos lerdos de mim e segurou meu rosto em uma das mãos.
- E o que ganha com isso?! - perguntei me livrando de sua mão, diga-se de passagem nojenta.
- Ganho a infelicidade do idiota que te roubou de mim. - realmente era um psicopata, fala sério.
Me levantei e limpei minha roupa.
- Eu vou embora, isso sim. - é, eu sou meio doida. Andei em direção à porta.
- Vai embora e eu ativo a bomba que está em baixo do carro do seu amorzinho. - disse ele fazendo uma voz fina e enjoada. Me virei para ele e olhei para um telão que estava apagado mas que ele ligou com um controle remoto pequeno e branco.
No telão via-se Bruno escorado no carro, batendo na lataria e chorando, realmente abatido. Chorei ao vê-lo nesse estado. Carros de polícia cercavam um lugar que, por fora era bem sujo, então, só podia ser onde eu estava.
Ele deu um zoom com o controle e fui capaz de ver um dispositivo embaixo do carro de Bruno, com uma luz vermelha piscando.
Por um segundo meu coração parou.
O medo me invadiu e sim, eu estava disposta a fazer qualquer coisa, mesmo que tivesse que pagar com a minha vida, eu o faria.
- O que quer? - perguntei.
- Termina com ele.
- Para quê?
- Paz interior. - ele riu.
Ele não era burro, isso é verdade, mas não era muito esperto.
- E onde está o botão que ativa a bomba? - disse me aproximando do telão onde Bruno ainda chorava.
- Aqui. - ele disse balançando outro controle, desta vez preto, com um enorme botão vermelho no meio.
Ele o colocou em um tipo de 'cadeira' e ficou andando pelo local.
- Como o desativa?
- Pra quê quer saber?! Pensa que sou idiota? - de verdade? Sim.
- Quero saber se quando eu fizer o que mandou ele vai sair intacto. - pensei rápido numa resposta.
- Tudo bem. É só tirar uma das pilhas. - que simples.
- Ok, eu aceito. - disse me aproximando do controle e tirando uma das pilhas. - Posso abrir uma das janelas para respirar? O cheiro ruim tá muito forte.
- Claro. - ele disse desligando o telão.
Me aproximei da janela e, enquanto ele estava de costas desligando o telão, juntei todas as forças do meu corpo e joguei a pilha bem longe, fora da visão do alcance dele.
- Bem, foi horrível te ver. Até mais. - disse abrindo a porta do cativeiro.
- O QUE PENSA QUE TÁ FAZENDO, É LOUCA?! AGORA TEU NAMORADO MORRE. - ele disse tentando falhamente acionar o botão, apertando-o várias vezes.
Sai correndo, o mais rápido que pude, e fui logo de encontro ao abraço de Bruno.
- BRUNO! - gritei e o abracei forte.
As lágrimas simplesmente brotavam loucamente de meus olhos. Meus familiares e amigos estavam lá também e vieram todos me abraçar.
Sentir o calor dos braços de Bruno de novo foi reconfortante, poder sentir o cheiro dele, o abraço apertado que me dava sensação de segurança.
- Meu amor! - ele disse chorando. - Como conseguiu...?
- Não quero falar disso agora... Quero te beijar. - eu disse sorrindo. - Mas antes tenho que tomar um banho. - disse olhando minhas roupas, pensando no estado em que eu deveria me encontrar, no hálito, no cheiro que exalava.
- Nada disso, agora te quero perto de mim. - ele disse segurando minha cintura.
- Ah, mas eu tô suja, amor. Vou tomar um bom banho . - disse sorrindo.
As coisas passaram de pressa, fui liberada pelos policiais e só teria que depor amanhã - se me encontrasse em bom estado.
Tomei um banho bem quente, mas quando estava desligando o chuveiro e abri o box me deparei com Bruno apenas de cueca boxer.
- Bruno? - perguntei estranhando quando ele media cada centímetro de meu corpo.
- Arrãm. - ele disse. Eu ri alto.
Peguei a toalha para me cobrir e isso pareceu fazer Bruno acordar do transe.
- Ér... - ele riu. - Posso tomar banho?
- Claro. - a casa é dele, ué. Eu ri também.
- Com você.
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Ficou meio longo kkk
Mas ok
Espero que gostem
Looh
@looh_reis