Larguei a espada naquele momento mais ela tinha atravessado o peito de Caspian, a tirei dali e a larguei no chão. O corpo de Caspian ia cair no chão mais eu o peguei antes que isso acontecesse. As lagrimas já estava caindo em meu rosto. O que eu tinha feito?

- Caspian, Caspian. – chamei, minhas lagrimas caindo em seu rosto, ele já estava ficando pálido e seus lábios já estavam ficando sem cor. – Não, não, por favor, volta para mim, você não pode ir, não. – abracei seu corpo, sentindo sua pele fria. – Caspian.  – gritei.

- Susana. – ouvi a voz de alguém e logo braços estavam ao meu redor, tentando me afastar de Caspian, mais eu não o larguei.

Essa pessoa levantou minha cabeça e eu pude ver, meio embaçado que era Pedro. Ele me abraçou em um sinal de que queria me proteger.

- O que eu fiz Pedro? – perguntei, as lagrimas caindo cada vez mais.

Meu coração havia se partido, o que eu tinha feito? Matado o Caspian, o Amro da minha vida. Por que eu fiz isso Aslan? Por quê?

- Você fez o que achou que achava certo. – ouvi a voz de Pedro.

O que eu achava certo? Eu fiz a piro coisa que poderia se fazer? Eu matei o Caspian, como eu poderia viver com essa culpa?

- Vem, temos que ir embora desse lugar. – disse Pedro, me ajudando a me levantar, meu olhar ainda estava no corpo de Caspian que agora estava branco como giz.

Assim que eu fiquei em pé eu cai, não conseguia me equilibrar, não podia, eu não nunca mais ia conseguir andar, eu não queria mais andar, eu queria morrer, assim eu poderia ficar com ele. Eu já estava totalmente tonta e meu corpo inteiro tremia e uma escuridão veio querendo me pegar, eu fui até ela, de boa vontade.

Pedro Pevensie

Susana havia desmaiado e ia batendo a cabeça no chão se eu não a tivesse pegado, Edmundo logo estava do lado, olhando para Susana e depois para o corpo de Caspian a expressão estava desolada.

- Temos que sair daqui. – eu disse, pegando Susana no colo.

Edmundo olhou para Caspian e depois para mim, eu sabia o que ele estava pensando. Eu não queria deixar o corpo de Caspian nesse lugar, mais não tinha como nós o levarmos. Apenas balancei negativamente a cabeça e sai daquela sala. Lucia estava de pé, chorando demais. Fernando estava ao seu lado, olhando para ela, mais quando nos ouviu saindo me olhou.

- Como?  - ele perguntou.

- Não sei, temos que ir. – eu disse.

Ele assentiu. Edmundo pegou na mão de Lucia e saímos correndo, eu tentando não sacudir muito Susana.

- Me sigam. – disse Fernando, indo por um lugar.

O seguimos. Como foi que tinha saído daquele lugar? Quando Caspian entrou na sala e encontrou Susana e começou a chorar, alguma coisa, eu não sei o que, tinha puxado nós para outro lugar, onde era tudo vermelho e parecia ser um lugar de plástico. Estávamos tentando sair dali, mais não conseguíamos, até que ouvimos a conversa de Susana e Felicia e derrepente estávamos na porta daquele sala novamente, Susana chorando sobre o corpo de Caspian.

Nem percebi e já estávamos no Ermo do Lampião e nos deparamos direto com Aslan, que estava ao lado do Lampião.

- Sofreram uma perda muito grande. – ele disse, a voz meio triste. – Felicia foi derrotada.

- Co-como? – perguntou Edmundo. – Não ocorreu nenhuma batalha entre ela e a Susana.

- Não ocorreu mesmo. – disse Aslan, olhando atentamente para Susana. – Mais quando Susana apunhalou Caspian assim o matando, Felícia estava no corpo de Caspian, então assim ela também morreu.

- Mais como ela pode estar no corpo de Caspian? – perguntei.

- Ela falava com Caspian através de pensamentos e quando o mesmo aceitou um acordo com ela, Felícia deixou seu corpo e foi para o de Caspian, atacando Susana quando a mesma acordou. Quando Susana agiu tão rápido com a espada, Felícia não conseguiu escapar.

- Que coisa mais estranha, por que ela faria isso?

- Sabendo que Susana ainda estava viva ela se tomou por uma obseção de tomar outra vez a energia da rainha, agindo assim como fez o que acabou a levando a própria morte.

- E enquanto a Susana? – perguntou Edmundo, olhando para ela, que ainda não tinha acordado.

- Susana ira comigo para o meu país. – disse Aslan.

- O que? – perguntamos eu, Edmundo e Lucia.

- Susana tinha uma semana para derrotar Felícia, se não conseguisse ela iria voltar para o meu pais e vocês teriam que dar um jeito em Felícia, mais ela conseguiu, mais derrotando o mal e abriu um buraco em seu coração. Estive conversando com ela.

Susana Pevensie

- Aslan por que eu fiz isso? – eu gritava.

Aslan apenas me olhava, um olhar triste.

- Susana, você não teve consciência do que fez, foi rápida demais e quando você quis para já tinha acontecido. Caspian esta agora em meu pais.

- Eu quero vê-lo novamente Aslan. – eu implorei.

- Você ira criança, mais creio dizer que não ira ver mais seus irmãos.

- Como assim?

- Você voltou apenas para derrotar Felícia e conseguiu, agora terá que vim comigo para o meu país, onde Caspian a esta esperando.

- Caspian. – vários pensamentos vieram para minha cabeça, uma minha e de meus irmãos na primeira vez que entramos em Nárnia, da vez em que beijei Caspian pela primeira vez, quando derrotamos a Feiticeira Branca. Não queria deixar meus irmãos, mais Aslan fora bem claro, eu apenas voltara para derrotar Felícia, mais seu eu pudesse ficar com meus irmãos eu faria qualquer coisa.

- Sei que faria, criança. Mais pensei que você gostaria de ficar ao lado de Caspian. – disse Aslan, me olhando fixamente.

- E quero mais gostaria que nós dois ficássemos junto com meus irmãos, todos nós juntos. – eu disse, um pequeno sorriso se formando em meus lábios com a imagem que aparecera em minha mente, todos nós juntos, como uma família.

- Susana, olhe para suas mãos. – disse Aslan derrepente.

Fiz o que falou e levei um susto, minhas mãos estavam ficando brancas, igual ao meu corpo, varias borboletas vinham em minha direção, me cobrindo por inteiro, a última coisa que vi, fora Aslan sorrindo.