Fairy Tail! Aratana Densetsu! escrita por Maya


Capítulo 79
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

E aí gente, tudo bom?
Pensei muito se ia fazer isso mesmo e acabei optando por sim. Faz um tempo desde que escrevi esse epílogo da história e o mostrei a algumas pessoas, mas resolvi deixar aqui disponível para todos que ainda tiverem interesse em checar como a fanfic teria terminado se continuasse existindo :)
Vocês vão notar que tem muita coisa aqui que ainda não tinha sido mostrada, e tentei explicar o máximo possível, mas se ainda assim quiserem explicações mais aprofundadas podem me chamar no MP perguntando que passo todo o background com todo o prazer!
Também queria avisar que devo postar uma nova fanfic de FT. Não tem previsão ainda porque estou trabalhando nela junto de meu segundo livro, e quero postar só quando tiver pelo menos a maior parte dela escrita. Então, se virem um Arashi no Ato De por aí daqui a alguns meses, provavelmente serei eu voltando ao Nyah hahah
Bem, é isso. Divirtam-se!



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            Edmond caiu. Nicolas se aproximou a passos mancos, quase desabando com a dor dos ferimentos daquela batalha e das anteriores. Seu inimigo levantou os olhos para ele e os dois se encararam enquanto o mago da Fairy Tail conjurava uma lâmina de gelo na mão esquerda.

            – Tem noção de quanta dor suas ações causaram?

            Edmond não disse nada.

            – Você matou meus pais – Nick disparou. – Matou Hearther. Kouji. Centenas de moradores de Magnolia e da aldeia de Hakobe. Matou até os próprios companheiros para ganhar mais poder. Tem alguma noção do efeito que isso causou?

            – Não nego que matei muitas pessoas. Mas sua irmã e o Nakamoto? Não encostei um dedo neles; foram meus soldados. Não coloque a culpa deles nos meus ombros.

            – Eles morreram nessa guerra idiota que você provocou por puro egoísmo. É claro que também tem responsabilidade!

            – De qualquer forma – Edmond elevou a voz –, você também quer me matar, não quer? Não será muito melhor do que eu se o fizer.

            Nicolas olhou para a lâmina de gelo em sua mão. Apenas alguns segundos atrás se sentia pronto para enfiá-la no coração daquele homem desgraçado e vingar todas as pessoas mortas por sua mão. Mas já não se sentia mais assim. Apesar de toda a raiva, não podia matá-lo, assim como não pôde matar o mago que assassinou Hearther. É como Luke havia dito na ocasião, logo depois de pegar a espada da mão de Nick e dar um fim na vida daquele homem: "Pessoas estão dando a vida para que você traga paz. Não ouse trazer mais mortes".

            O Evans desfez o gelo em sua mão e fitou a marca verde da Fairy Tail que tinha no braço. Minutos atrás, ela brilhara com o poder que todos os seus amigos concederam para que finalizasse a batalha. E assim o fez. Não tinha necessidade de fazer mais nada.

            – Estou cansado disso tudo – confessou.

            Edmond pareceu surpreso.

            – Cansado?

            – Minha cidade está destruída – prosseguiu o loiro. – Pessoas com quem me importo estão feridas ou mortas porque tentaram me proteger, pois acreditaram que eu estava de alguma forma destinado a te derrotar e parar a guerra. Por quê? Ace é mais forte do que eu. Diego também. Elijah, Eriol, Yume, Dante, Nadeshiko, Lothos, Issei, Deivid, Kazuo... Posso fazer uma lista com magos mais fortes que eu! Então... Por que essa vontade de se sacrificar para me proteger? – Nick desabou no chão. Edmond permaneceu parado e atento. – Eu já estaria morto há muito tempo se não tivesse pego energia emprestada com todos eles.

            Silêncio.

            – Sabe o que eu acho, garoto? – Disse o homem barbudo. – Que seus amigos não são só mais fortes que você, como também são mais sábios.

            – O que quer dizer com isso?

            – Todos eles conseguiram ver algo em seu coração que você mesmo ainda não consegue enxergar. Até eu mesmo consigo vê-lo desde o nosso reencontro. E não se trata desse resquício de poder de Dragon Slayer do Gelo que lhe sobrou. É algo que o torna único... Especial. Sabia desde o começo que minha batalha final seria contigo. Não esperava perder, mas...

            – E o que é essa coisa que todo mundo consegue ver, afinal?

            Edmond olhou o garoto nos olhos e respondeu:

            – Você se importa, Nicolas. Qualquer uma dessa pessoas que disse serem mais fortes poderiam estar aqui querendo vingar os amigos que morreram. Talvez até conseguissem. Mas você não pensa apenas nas pessoas com quem tinha laços, não? Vi-o chorando pela morte dos aldeões de Hakobe. Está preocupado com os feridos de Magnolia. Mais do que isso: está preocupado com os sentimentos de cada pessoa lá fora. Se preocupa até mesmo comigo, o vilão da história, o suficiente para desistir de me matar e se sentar para um bate-papo antes do fim. Ou estou enganado e você só está cansado de lutar mesmo?

            Nick continuou em silêncio.

            – Essa gentileza... Não vejo ninguém tão gentil desde Nathan e Evellyn.

            – Quer dizer... Meus pais?

            – Eram boas pessoas. Admito que sinto saudades às vezes.

            Isso pegou o rapaz de surpresa. Afinal, Edmond havia se aproximado dos pais biológicos de Nicolas apenas para vigiar o garoto e, então, sequestrá-lo e extrair seu poder de Dragon Slayer. Edmond mesmo confessou que matara o casal com as próprias mãos. E sentia saudades dos dois?

            – Sempre sinto remorso quando penso neles – continuou o vilão. – Era uma dupla cativante... Isso quase fez com que eu desistisse de meu plano.

            – E o que o motivou continuar?

            – Ganância. Minha boa e velha amiga.

Edmond encostou a cabeça na parede atrás de si e fechou os olhos. No lado oposto, Nick fez o mesmo.

— Sabe o que acho, Edmond? Não me lembro bem de meus pais, mas pelo que você disse... Acredito que eles tenham te perdoado agora.

O homem não disse nada. Nicolas abriu os olhos e viu que ele sorria.

            – Sabe, garoto, também estou cansado. Não vou durar muito com esses ferimentos. Por que não sai daqui e vai comemorar a vitória com seus amigos?

            Nick hesitou; e se ele estivesse mentindo para tirá-lo de seu caminho? Porém esse pensamento se foi no momento em que o barbudo abriu os olhos brilhando e alargou um pouco o sorriso. Pela primeira vez, sua expressão demonstrava bondade. O garoto quis acreditar que era real.

            – Foi bom revê-lo, Daniel.

            Daniel Fullbuster. Seu nome de nascença. Era um bom nome... O único problema era que não mais seu.

            Queria saber mais sobre sua família de sangue. Poderia perguntar a Aiko, sua prima mais velha, sobre histórias de que se lembrava. Talvez até procurasse suas tias, Ur e Ultear. Entretanto seu nome continuaria sendo um só.

            – Pode me chamar de Nicolas Evans. – Levantou-se com dificuldade. – É esse quem sou agora.

            Edmond esboçou um sorriso mais fraco e tornou a fechar os olhos. Não disse mais nada. Nick sorriu para ele e, agradecendo mentalmente pela conversa, saiu pela grande porta metálica.

            Olhou imediatamente para o céu. A lua e as estrelas iluminavam a noite. Gostou de pensar que Hearther fosse um daqueles pontinhos de luz. Dessa vez, não pensou que deveria ter sido ele o esmagado por aquela rocha flamejante, e sim que deveria continuar vivendo pela irmã que se pôs em seu lugar. Pensou também em Kouji, mas não em como fora fraco o bastante para que ele tivesse de se sacrificar para salvar sua namorada, e sim em o quanto lhe era grato por ter salvo Yume.

            E, quando olhou para frente, viu que ela o esperava no meio da ponte.

            Yume tinha a pergunta feita nos olhos cansados. Nicolas confirmou com um aceno da cabeça: acabou.

            O rosto da pessoa mais importante em sua vida se abrilhantou ainda mais com seu sorriso. Yume correu até o namorado, que recebeu alegremente seu abraço. Nem se importou com o ferimento latejando no peito ou com a mão quebrada. Naquele momento, todas as dores físicas e emocionais se extinguiram para dar lugar a uma felicidade inexplicável.

            – Estava tão desesperada... – Yume sussurrou. – Você demorou tanto... E estava tudo tão quieto... Achei que...

            – Desculpe por te preocupar. Estou vivo, ok? Já chega de lágrimas. – Nick a apertou mais um pouco. – Finalmente podemos começar nosso futuro em paz.

            Pôde sentir o sorriso de Yume contra seu ombro. Os dois continuaram assim, abraçados e em silêncio, até o Evans dizer:

            – Amor?

            – Sim?

            – Sei que talvez não seja o local apropriado para isso. Ou que talvez vinte anos não seja exatamente a idade apropriada. Mas essa guerra toda me fez entender que nós precisamos manter as pessoas que amamos por perto sempre, e que não podemos perder tempo para fazê-las felizes. Então...

            – Nick?

            – Yume Castelline. – Nicolas a afastou apenas o suficiente para poder fitar seus olhos. – Quer casar comigo?

            Yume arregalou os olhos. Suas bochechas coraram até ficarem fofamente vermelhas. Nick já pensava que havia ido rápido demais quando ela sorriu serenamente e disse:

            – Eu aceitaria em qualquer lugar e em qualquer idade. É claro que quero me casar com você.

            O loiro sorriu como nunca sorriu antes. Já se aproximava para beijar sua agora noiva quando ouviu o grito:

            – NICK!! EI, NICK!!

            O casal riu e se virou para o animado Eriol que atravessava a ponte correndo até eles, seguido por todos os outros magos da Aliança. O arqueiro chorava quando pulou em cima do loiro e o apertou com força. Nick não teve muito tempo para cumprimentá-lo ou para reclamar da dor que voltava a sentir; um por um, o resto de seus amigos se jogou para cima do loiro. Não poderiam ter feito uma recepção melhor.

            A dor poderia esperar mais um pouco.

10 Anos Depois

         A lápide de Kouji Nakamoto dizia: "Lutou pelo que acreditava e amava". Fora Kenzo quem escrevera aquilo. Já a frase na lápide de Hearther Evans fora sugerida por Nick: "Deu a vida para salvar milhares". As duas tinham no centro o símbolo da Blue Pegasus marcado e ficavam lado a lado no cemitério de Magnolia.

            O dia amanhecia quando Nicolas acabou de orar para os dois. Quando abriu os olhos, reparou que Yuri Collins havia o acompanhado silenciosamente. Seu amigo de infância abriu os olhos segundos depois e sorriu para o loiro.

            – Olha só quem voltou pra casa.

            – Bem, é aniversário do Allen. Eu e Yume queríamos que ele comemorasse com toda a família. Sem falar que já estava mais do que na hora de voltar ao trabalho na guilda.

            – Quantos anos ele está fazendo? Seis? – Nick assentiu. – Nossa. O tempo passa rápido. Parece que foi ontem o seu casamento com Yume... Ainda me lembro de passar o dia inteiro tentando te acalmar.

            Nicolas riu.

            – Você foi um bom padrinho.

            – E olha só para os dois agora: têm um filho lindo, uma boa casa e uma vida feliz.  Quem diria, hein?

            – Na verdade – o loiro alargou seu sorriso –, estamos prestes a ter dois filhos lindos.

            Os olhos do moreno se arregalaram aos poucos com a surpresa.

            – Espera. A Yume está grávida de novo?

            – Sim. De seis meses. Não contamos a ninguém pelas cartas porque queríamos fazer uma surpresa.

            Yuri permaneceu com sua expressão de espanto por mais alguns segundos. Enfim, suavizou o rosto o sorriu.

            – Então acho que também deveria contar um segredo: estou no processo de adotar uma criança.

            – Sério? Cara, isso é ótimo!

            – Não é? O casamento do Kazuo com minha prima no ano passado me fez perceber que também quero formar uma família. Além disso, quero poder acolher crianças que também foram afastadas dos pais, como eu. Sei que não posso ajudar todas... Mas posso ao menos fazer minha parte.

            Nicolas ficou muito feliz pelo amigo. Olhou para sua prótese de metal – criada pela prima Natasha, a Dragon Slayer de Ferro da Blue Pegasus – que ocupava o lugar de seu braço direito e lembrou-se de todo o sofrimento que o Collins passara na época. Ficou desolado. Era ótimo que estivesse realmente feliz agora.

            – Nick?

            – Sim?

            – Você precisa parar com essa mania de passar anos fora da cidade.

            – Ei, foi só um dessa vez.

            – E com esse são cinco. Mas é sério: você faz falta aqui. A Yume e o Allen também. Então pare, ok?

            Meses depois da Batalha das Fadas, após o primeiro encontro dos magos com a tropa de Edmond e de Nicolas descobrir sua verdadeira origem, o mago de gelo saiu de Magnolia para uma viagem de treinamento. Se hospedou na aldeia próxima ao Mt. Hakobe e treinou naquela região durante quatro anos. Seu único contato com os amigos na época era por cartas que muitas vezes nem ao menos chegavam. Quando voltou, a primeira coisa que seus amigos disseram foi exatamente aquilo: "Você fez falta aqui".

            – Não se preocupe; não pretendemos ficar mais uma longa temporada fora. Eu e Yume queremos trabalhar e passar o tempo com o pessoal na guilda. Queremos que nossos filhos cresçam com os filhos de nossos amigos e que façam parte da nova geração de magos da Fairy Tail.

           – E essa geração promete, hein? Soube que o filho de Luke e Felicity já consegue soltar algumas chamas.

            – Seth já consegue isso com sete anos?

            – Sim. Também achei incrível. E também tem os gêmeos do Ace e da Mia, Llyod e Luce.

            – Não tenho dúvidas de que aqueles dois serão bem extravagantes quando crescerem. Dá pra ver que puxaram o pai nisso.

            ¬ Dante e Ammy também tiveram gêmeos, né?

            – Sim. Felix e Nice têm só oito anos e já parecem fortes demais para a idade.

            – E o filho de Nadeshiko e Deivid, Sora, mesmo tendo só três anos, também disse que quer entrar na Fairy Tail. Admito que ainda me surpreendo por ela ter sido capaz de engravidar.

            – A Nadeshiko é mais humana do que a teoria diz.

            – Verdade.

            – E a filha de Elijah e Yui também tem seis anos agora. Ele me contou Tris quer aprender a Thunder Magic e a Water Magic.

            – Isso poderia causar muitos problemas.

            – Aposto que, no final das contas, o responsável por essa turma vai ser o filho de Diego e Sasha. Marco é o mais velho e mais maduro. Maduro demais, na verdade.

            – Não, acho que Elijah vai ter mais dor de cabeça.

            – É mesmo. Mas ele está se saindo um bom Mestre. Só não concordo muito com essa ideia que teve de fazer um teste para os magos entrarem em nossa guilda...

            – Talvez seja necessário. – De repente, Yuri sorriu. – Não se sente estranho com essa conversa, Nick?

            – Como assim?

            – Vinte anos atrás, você era um menino sonhando em seguir os passos do ídolo... Engraçado, era seu próprio avô... e que para isso saiu da Pegasus para entrar na Fairy Tail. E hoje, além de ser um dos magos mais fortes daquela guilda e ainda considerado por muitos um herói, é casado e tem dois filhos. E eu, aquele menino sério e meio solitário, me tornei mais forte e respeitado o suficiente por meus companheiros para ser eleito o Mestre da minha guilda. O tempo voa.

            – Ei, foi uma longa jornada.

            – Não posso negar.

            Os dois ficaram quietos alguns instantes, apenas apreciando a brisa matinal e a companhia um do outro.

            – Hearther deve estar muito orgulhosa de você agora – Yuri disse. – Onde quer que ela esteja.

            – De você também. Você era como um irmão para ela também, sabe?

            – Ela nunca me disse isso.

            – E precisava? Se você estivesse no meu lugar naquele dia, tenho certeza de que Hearther teria se sacrificado para te proteger também.

            – Uau... Eu nunca tinha pensado nisso.

            – Não é óbvio? – Nick abriu um largo sorriso. – Você é o melhor amigo que o irmãozinho dela teve em toda a vida. É claro que ela iria te considerar assim.

            O sorriso que Yuri esboçou não era tão grande quanto o do loiro. Porém o mago de gelo não se importou; sabia exatamente como o mago de madeira se sentia.

            – Nós conseguimos, hein? – Falou o Collins.

            – E ainda tem muita coisa para alcançar. Mas acho melhor irmos para a Fairy Tail agora. O pessoal já deve estar arrumando as coisas para a festa do Allen.

            – Tem razão.

            – Vamos lá, parceiro. – Nicolas passou o braço sobre os ombros de Yuri enquanto caminhavam. – Para um novo futuro.

Mais 7 Anos Depois...

            – Tem certeza de que pegou tudo? – Yume perguntou pela décima vez. – O cantil está cheio de água? Seu lanche está todo embalado?

            – Mãe, está tudo bem! – Allen respondeu. – Não precisa se preocupar tanto.

            – É que esse é o primeiro trabalho fora da cidade que você pega – Nick justificou. – É natural que nos preocupemos.

            – Mas não precisam. Marco está indo com a gente. Ele já é mais experiente e já disse que vai nos orientar no que for preciso. Sem falar que a minha Water Magic é bem forte!

            – Não temos dúvidas disso. – Yume beijou a testa do filho mais velho. – Se cuide, viu?

            – Pode deixar.

            – Acho que vamos ter que nos acostumar com isso... – Nicolas acariciou a cabeça do menino. – Nosso rapaz já está grandinho.

            Allen passou a mão nos cabelos castanhos para arrumá-los e sorriu para o pai.

            – Irmão! – A pequena Camille Evans apareceu na porta de casa. Ainda vestia seu pijama e os cabelos loiros estavam muito bagunçados. Normal; ela se mexia muito durante o sono. – Boa sorte!

            – Obrigado! Cuide da mamãe e do papai com sua Earth Magic enquanto eu estiver fora, está bem?

            – Prometo!

            – Então – Allen ajeitou a mochila nas costas – eu já vou indo.

            – Espera!

            Os quatro se viraram para Sora Sakurai, que corria até a residência dos Evans com a mãe atrás. Nadeshiko olhou para Nick e mexeu os lábios num pedido de desculpas antecipado.

            – O que foi? – Allen perguntou.

            – Eu quero ir com vocês! Por favor, juro que consigo aguentar a barra! Papai disse que minha Gurabirei está muito boa e mamãe falou que minha chama é mais quente que a dela. Então, por favor...

            – Desculpe, querido, mas não podemos deixar que você vá em um trabalho fora da cidade ainda. Você é muito novo. – Yume tirou carinhosamente os fios castanhos desgrenhados do rosto do menino. – Allen mesmo só está indo porque Marco vai junto. Está nas regras da guilda, lembra?

            – Mas...

            – Foi o que eu disse a ele. – Nadeshiko suspirou. – Esse menino puxou o pai... Quer ficar mais e mais forte. Allen, e se você treinasse com ele quando voltar? Sora gosta de sua companhia e isso poderia ser um bom consolo. O que acha?

            – Eu topo! – Allen sorriu alegremente. – Quando voltar, nós treinaremos juntos, Sora. E aí você vai ficar tão forte que o tio Elijah vai te liberar para um trabalho mais cedo!

            O Sakurai esboçou seu típico sorriso fofo e abraçou o mais velho.

            – Obrigado, Allen-nii!

            – Ei, Allen! – O jovem Seth Blaze gritou ao chegar ali perto. Era acompanhado dos outros companheiros do time provisório. O garoto tinha os cabelos ruivos do pai e os olhos azuis da mãe. – Estamos te esperando! O que você está fazendo?

            – Allen e Sora estão namorando! – Cantarolaram os gêmeos Dragneel. Llyod e Luce tinham cabelos loiros igualmente brilhantes e olhos da cor de chocolate.

            – Por que temos que esperar esse cara? – Resmungou Felix Busujima. Seus cabelos eram negros com uma listra branca na frente, o olho esquerdo tinha cor azul e o direito era negro. Sua irmã gêmea, Nice, apenas suspirou.

            – Calma, pessoal – Tris Allucard pediu. Tinha cabelos azuis como os do pai e olhos da cor âmbar como os da mãe. – Allen nem está tão atrasado assim.

            – Está sim. – Reclamou Marco Darklight. Este possuía cabelos negros e olhos azuis sob um par de óculos. – Ei, Evans! Se demorar mais um pouco, vamos sair sem você!

            Allen apenas riu com as provocações.

            – Se saírem sem mim, vou dar uma porrada em cada um de vocês! – Gritou de volta. – Já estou indo!

            O garoto se despediu novamente dos pais, da irmã e dos Sakurai antes de ir ao encontro dos amigos. Foi recebido por Felix e Nice com um soco e um chute – respectivamente –, enquanto Llyod e Luce continuavam com a brincadeira e Seth falava sobre uma batalha que tinham combinado. Marco ia na frente, conduzindo todos eles.

            – E pensar que nossas crianças são o futuro da Fairy Tail agora – comentou Nadeshiko.

            – É verdade. – Yume concordou. – O tempo passa rápido.

            – Não tem jeito. A nossa época já passou.

            Os três veteranos ficaram em silêncio enquanto observavam o jovem grupo partindo para sua primeira missão importante. Quando finalmente saíram de vista, Yume chamou todos para tomar um café dentro de casa.

            Nick foi por último. Na porta, porém, se deteve ao ver um pontinho de luz voando na direção dos garotos. Quando entendeu o que era aquilo, ficou assustado. Depois, sorriu.

            Realmente o futuro havia chegado. Os mais velhos estariam sempre ali para orientar e aconselhar os mais novos, mas nada poderia mudar que sua época havia passado. A geração agora era outra. Os heróis que manteriam a paz eram outros. E, ao pensar nisso, Nicolas ficou extremamente satisfeito com o legado que sua geração deixou.


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Notas finais do capítulo

Até mais o/



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