Looking For A Bright Smile escrita por OneThing


Capítulo 19
Capítulo 19: Not Alone


Notas iniciais do capítulo

DESCULPEM PELA DEMORA T-T AVISOS (LEIAM POR FAVOR):
-Só haverá mais dois capítulos depois desse (NÃÃÃÃOOOO :c)
-A fanfic está chegando ao fim, e quero agradecer MUITO á todos que leram! :3 Obrigada, de verdade.
-Eu estou fazendo outra fanfic do One Direction. Se você for directioner, eu super-recomendo! ;D Está no perfil com o nome de "Don't Let It Go."
-TALVEEEEZ... Se houver muita insistência dos meus leitores queridos, eu poça fazer uma 2º temporada da fanfic EM BREVE. EEEE também, se a Bia, a dona dessa conta, me permitir, é claro (to abusando da coitada, postei 2 fics minhas já e a conta é dela LOL).
Esses foram os avisos, boa leitura! :D



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Como eu pude confiar nele? Como eu pude dar ouvidos? Até parece que qualquer um consegue uma oportunidade dessa de graça... Á não ser se isso for armação, o que aconteceu comigo. Eu tinha sido um idiota, um tolo, como eu pude acreditar naquele interesseiro?

Eu queria matá-lo. Eu queria agarrar em seu pescoço e socar sua cara até ele ficar roxo, mas acho que eu seria punido de alguma forma se isso acontecesse...

-O restante dos garotos sabem desse seu plano?

-Digamos que eu sou tão bom ator– disse ele ajeitando a postura –que os convenci também de que estava perdidamente apaixonado por um estúpido cara chamando Blaine. –O quê? Então quer dizer que ele enganou não só á mim, mas á todos os Warblers. Eles não mereciam isso, eles são muito boa gente. Eu rangi os dentes, peguei minha bolsa e saí andando em direção á porta.

-Aonde vai, Blaine?– perguntou Sebastian, do mesmo modo que falava comigo antes de revelar ser um falso. Aquilo agora me dava nojo.

-Não interessa. Só sei que eu não fico aqui nesse lugar nem por um dia mais!– eu precisava urgente falar com alguém, então saí da escola pensando em quem poderia me recorrer. Artie... Quinn... Não.

Santana.

Santana poderia me ajudar á resolver isso, com certeza. Saí andando rapidamente para sua casa. Ela abriu a porta confusa, mas me deixou entrar. Contei á ela tudo o que Sebastian me disse e sobre seu plano.

-Idiota. Ordinário. Dentes-de-cavalo de uma...

-Santana... Ficar com raiva dele não vai ajudar em nada. Precisamos arrumar um jeito de eu sair daquela escola! Eu preciso voltar pro McKinley! Eu preciso voltar para o Glee!– Santana tornou seu olhar furioso para um olhar piedoso.

-Farei o possível, Blaine... Mas não sei como.

-Peça ajuda ao pessoal!

-Com certeza, Artie, Quinn e mais algumas pessoas iriam te querer de volta. Mas a maioria está virado contra você. Eu estou te dizendo a realidade, porque sou sua amiga, e não quero ver você frustrado no fim dessa história. Eu devia deixar você lá naquele inferno junto com o Dentes-de-cavalo pra você aprender á me ouvir da próxima vez e...

-Me desculpa, ok?– interrompi –Eu errei. Eu acabei confiando nele demais... Eu devia ter te ouvido.– ficamos nos encarando por alguns segundos –Tá bom... Pode me dizer o que tanto quer!

-Eu te avisei!

-Sim, avisou.– ela deu uma risadinha e me serviu café. –Por favor, Santana. Resolva isso pra mim o mais rápido possível. Eu posso convencer minha mãe á me deixar faltar da aula por amanhã, mas não dois dias seguidos. Eu não agüento ir pra lá de novo e me sentir um lixo.

-Eu vou me esforçar pra fazer o mais rápido possível.– me despedi dela e voltei andando pra casa. A saudade de Kurt aumentava cada vez mais... Mas eu tinha certeza que ele não iria me querer de volta. Ele não iria me ouvir. E eu estava errado. Talvez Kurt não me mereça, talvez eu não seja o melhor pra ele... Ia atravessar a rua quando um carro quase me atropelou. Olhei diante do vidro do motorista e era Burt. Quando viu que era eu, fez um sinal para que me aproximasse. Cheguei perto do vidro do carro e sorri levemente.

-Boa tarde, Burt.

-Desculpe por aquilo, Blaine. Eu estava meio voado e nem percebi você passando...

-Não tem problema.

-Ei, Blaine! E-eu fiquei sabendo que você e Kurt estão...

-Mal?

-É...– ele abaixou a cabeça –é uma pena...

-Eu queria muito consertar as coisas com ele, mas acho que...– o carro atrás de Burt começou á buzinar. Burt olhou para trás, resmungando e depois voltou seu olhar á mim.

-Entra aí.– eu sentei no banco do acompanhante e expliquei para Burt tudo que aconteceu desde quando conheci Sebastian –Ele fez sua cabeça bem rápido, não?– suspirei.

-Eu tenho a mania de confiar demais nas pessoas...

-É porque você é uma pessoa muito boa, Blaine.– disse ele, de olho na rua –Você pensa que todos são como você, mas existe muita gente como Sebastian espalhadas pelo mundo, até piores. Você tem que acordar para a realidade e perceber que nem todos são como deveriam ser.

-Tem razão.

-Eu vou conversar com Kurt.– meus olhos brilharam e fitei os traços fortes em seu rosto expressivo que permanecia calmo e relaxado. Seus olhos eram muito semelhantes aos de Kurt, o que me confortava ao falar com ele.

-S-sério mesmo? Não sei se poderia pedir pra você algo como isso...

-Eu quero que você volte para Kurt. Acho você um cara muito bom, e acho que deveriam continuar juntos.– me lembrei de quando eu o tentei convencer de que Kurt era normal pelo fato de ter a opção sexual diferente da “normalidade” que a sociedade opõe. Hoje, Burt ajudava á nos manter juntos.

-Obrigado.

-Por nada.– ficamos em silencio, até que Burt suspirou –Quer que te deixe em casa?

-Por favor.

Entrei em casa e me joguei no sofá. Depois de 1 minuto ouvi mamãe gritar da cozinha:

-Blaine? Está em casa?

-Sim.– ela veio andando em minha direção com um sorriso estampado no rosto. Sentou-se na poltrona ao meu lado e esticou o braço direito para acariciar meu cabelo.

-Como foi o primeiro dia na Dalton Academy?– me revirei no sofá só de me lembrar de Sebastian.

-Péssimo.– o sorriso em seu rosto se transformou em uma expressão assustada.

-Por que?– a expliquei tudo –Puxa, Blaine... Que horrível esse Sebastian é. Ele conseguiu mudar toda sua vida...– ela acariciou meu rosto –Lamento muito pelo Kurt.

-A questão não é somente Kurt, mãe. Eu queria voltar pro McKinley, pro Glee Club... Eu era tão feliz lá e não fazia ideia... Eu fui um idiota.

-Vai dar tudo certo...– não sei por que mas eu realmente me sentia bem quando minha mãe dizia isso. Eu me sentia seguro, sabia que eu tinha com quem contar. Afinal, Santana e Burt deveriam estar, nesse momento, procurando uma maneira de me ajudar.

-Eu não vou conseguir voltar pra aquele lugar, mãe...

-Pode faltar das aulas até conseguir voltar para o McKinley. –eu endireitei a postura e a encarei. Eu estava mesmo ouvindo aquilo? Minha mãe que sempre foi “chata” em questões aos meus estudos estava dizendo para eu simplesmente não ir ás aulas.

-Sério?

-Claro. Você foi enganado, deve estar se sentindo muito mal. E aliás, suas notas são ótimas, você mesmo deixando de fazer algumas provas conseguiria passar de ano tranquilamente. Mas isso não significa que é pra você parar de estudar, Blaine Anderson!– eu pisquei e sorri.

-Obrigado, mãe.– A abracei forte e fui relaxando até adormecer sobre seu colo.

Acordei no sofá com a cabeça apoiada na almofada. Revirei os olhos e vi Cooper na poltrona comendo uma maçã enquanto lia uma revista. Gemi e esfreguei os olhos.

-Cadê a mãe?

-Ela foi pra um jantar com o chefe do pai.– disse ele dando uma mordida na maçã e virando a página da revista. Olhei no relógio e eram 19:00.

-Merda. Não vou conseguir dormir.

-Converse comigo.

-Não estou com muito pique pra isso... Eu vou pro meu quarto.

-Tá. E eu vou ficar aqui envelhecendo aos poucos até estar deitado em meu caixão enquanto minha alma vaga por aí observando você se lamentar todas as noites como gostaria de ter conversas com seu irmão mais velho que te dava tanta atenção, mas como você foi egoísta ficou se sentindo culpado por...

-Cala a boca!– eu ri e subi as escadas. Cooper era o único que conseguia me fazer rir numa hora dessas. Decidi ler meus gibis, o que me mantinha entretido na maior parte do tempo. Eu estava relaxado, era bom fazer isso ás vezes. Eu me esqueço dos problemas e viajo no mundo mágico das fantasias e aventuras impossíveis dos heróis fictícios.

Acordei assustado, babando em cima de meu gibi do Capitão América. Meu celular estava apitando, era uma ligação de Santana. Atendi o celular e olhei pela janela. O sol batia fraco, com uma rajada de vento leve soprando. Deduzi serem umas 8:00 da manhã.

-Sant?– disse, sonolento.

-Blaine! Precisamos que venha para o McKinley!– ela estava agitada.

-Por que?

-Venha rápido! É uma reunião com o Glee Club para tentar te trazer de volta! O mais rápido possível!– desliguei, pulei da cama e me troquei num piscar de olhos. Fui andando –na verdade correndo –até a escola, que ficava bem perto de minha casa. Entrei na sala do Club e todos me fitaram assim que entrei.

-Bom dia, Blaine... Senti sua falta!– disse Sr. Schue sorrindo. Não consegui evitar, e revirei os olhos para Kurt. Ele olhava para o chão, e ás vezes dirigia alguns olhares que passavam rapidamente por mim.

Eu sentia falta de olhar pra ele.

-Também sinto sua falta, Sr. Schue... Sinto falta de todos.

-Ah, conta outra!– contrariou, Mercedes.

-Santana, você já contou á eles?

-Sim, mas certas pessoas não acreditaram...– disse ela, lançando um olhar intimidador para Mercedes.

-Sem indiretas, peituda. Fale na cara, ou deixe oculto.– Mercedes voltou seu olhar frio á mim –Espera mesmo que acreditemos nessa história, Blaine?

-Eu não estou mentido!– ela balançou a cabeça negativamente, enquanto revirava os olhos –Se isso não estivesse acontecendo... E-eu não estaria aqui, me desculpando com todos vocês. Me desculpem por ter saído do Glee, por ter...– eu iria mencionar o nome de Kurt, mas algo dentro de mim me parou, talvez o orgulho -...Por não ter ouvido alguns de vocês...

-Essa não é a questão! Você traiu Kurt.

-Por favor, acreditem... Eu não o traí. Mas eu estava errado em dar ouvidos á Sebastian. Kurt estava certo ao me alertar, e eu devia ter ouvido-o. É que eu...– pensei em Burt me dizendo que nem todos são bons como eu imagino que são -...eu acredito fácil nas pessoas, eu confio nelas muito rápido, pensando que elas são boas, mas na verdade não são. Serei mais atento nesse ponto. Eu juro. Confiarei somente em quem merece, como meus melhores amigos... Vocês.– algumas pessoas lançaram olhares piedosos pra mim, até mesmo Sugar. Mas Mercedes ainda não havia se convencido.

-Ele não está mentindo, amor.– disse Sam, com a mão no ombro dela. Se tem alguém que também posso contar, é o Sam (tirando aquela vez que Puck quase me trucidou e ele saiu correndo mas para outros assuntos...)

-Kurt– ele olhou imediatamente para mim com a expressão confusa –me perdoa?– ele revirou os olhos por um tempo com a mesma expressão –eu estava errado. Eu devia ter te escutado sobre Sebastian, eu te...– me lembrei que estava falando tudo aquilo na frente de todos do Glee Club que nos encaravam –podemos falar disso mais tarde?

-Seria melhor.– como era bom ouvir sua voz novamente...

-Temos que resolver agora como faremos para Blaine voltar.– acrescentou Artie –Ele já provou estar arrependido e ele foi enganado. Precisamos ajudá-lo.

-Poderíamos conseguir uma bolsa para ele até o final do ano.– disse Kurt. Eu Nem imaginava que ele iria me ajudar. Então... Ele me queria de volta pra escola. Isso já era um bom começo.

-Mas como?– perguntou Sr. Schue.

-Podemos usar tudo que aprendemos aqui. Para não perdermos tempo fazendo algo que não tem haver com a aula... Podemos cantar e arrecadar dinheiro.– todos assentiram, achando uma boa idéia.

-Mesmo assim... Não vai ser suficiente.– disse Quinn.

-Quem sabe cantando por 3 dias de manhã e de tarde... Talvez possamos conseguir sim o suficiente.

-De manhã podemos cantar aqui na escola e de tarde podemos ir pra pracinha no centro!– disse Santana, animada. Eu já me sentia muito melhor só de perceber que todos estavam fazendo tudo aquilo por mim.

Na hora do intervalo fomos todos para o pátio. Começamos á fazer uma performance de Empire State of Mind e depois cantamos outras músicas aleatórias como One Love, It’s not Unusual, Forget U... Deixamos uma capa de violão abaixo da escadaria, aonde as pessoas iam jogando vários trocados. Quando o intervalo acabou, Puck pegou a caixa e arregalou os olhos.

-Está cheia praticamente até a boca!– todos comemoramos –Isso dá praticamente metade do que precisamos para pagar a bolsa!

-Gente... E-eu nem sei como agradecer.

-Sentimos sua falta.– disse Brittany, sorrindo docemente.

-Obrigado, por tudo.

Á tarde fomos todos para a pracinha do centro e fizemos outras performances como Stereo Hearts, U Can’t Touch This, We Got the Beat... Eu ás vezes dava uma olhada na capa do violão para ver como andava indo a quantidade de dinheiro. Pessoas paravam para nos ver, pessoas que andavam por aí sorriam para nós e colocavam notas de 10 dentro da caixa, o que era bem legal. Quando estava escurecendo, todos nós, exaustos nos sentamos em volta de uma mesinha e contamos o dinheiro. Todos ficamos boquiabertos.

-C-conseguimos a bolsa. Tem mais de 1.000 dólares aqui. Contando com o dinheiro que ganhamos hoje de manhã... Conseguiremos pagar sua bolsa até o final do ano.– todos nós estávamos pasmos com a quantidade de dinheiro que arrecadamos.

-Garotos... Só tem uma explicação pra isso...– disse Sr. Schue colocando a mão sobre o ombro de Artie e sorrindo –Vocês são estrelas! O talento de vocês arrecadou mais de 1.000 dólares! Sintam-se honrados!

-Eu me sinto honrado.– disse eu, me levantando e sorrindo para todos eles –Obrigado, gente. Vocês me salvaram.– Quinn se levantou e me abraçou, docemente. Sentia falta do seu perfume de rosas e lírios brancos. Logo depois, Santana se juntou á nós, e quando fui ver estavam todos abraçados sobre mim. Aquela foi a melhor sensação do mundo. Já me sentia o membro do Club novamente, e era o que eu mais queria.

Fui para a Dalton Academy no dia seguinte, vestindo-me do meu próprio estilo. Gravata borboleta, calça de barras curtas, um casaco de gola alta e um sorriso confiante estampado no rosto. Passei na frente de uma sala, onde vi Sebastian sentado sozinho á mesa, lendo algo. Entrei dando passos leves na sala e o encarei, ainda sorrindo. Ele dirigiu um olhar á mim, lentamente.

-Blaine?– ele ergueu as sobrancelhas –que surpresa. Não veio á escola ontem, onde esta o seu uniforme?

-Estou fora.– ele riu.

-A bolsa...

-A bolsa não está mais vaga. Obrigado, mas eu dispenso novamente sua oferta.

-Ela já foi aceita!– gritou ele, se levantando bruscamente –Você não pode abandonar a escola assim! Você é nosso!

-Ganhei uma bolsa no McKinley. Por um ano, também. Irei estudar lá, agora.

-Você não pode!– ele estava ficando vermelho de raiva.

-Seu planinho não está mais funcionando dessa vez, Sebastian. Vá procurar outro cara com quem brincar–me aproximei de seu rosto e sussurrei: -porque eu já estou de saída.– me virei e saí andando lentamente pelo corredor. Consegui ouvir um estrondo vindo da sala. Acho que era Sebastian descontando sua frustração na mobília.

Pronto. Agora eu já havia resolvido o problema com a escola... Mas precisava tratar de um assunto importante com alguém.

E ia ser agora.


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Notas finais do capítulo

PENULTIMO CAPÍTULO CHEGANDO T-T