Crossroads escrita por BieberWomanizer


Capítulo 3
Capítulo 3 - My dark past.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora.
Nos vemos nas notas finais.



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POV JUSTIN

Finalmente eu estava saindo daquela merda de escola e daquela merda de cidade. Já não aguentava mais os olhares de repulsa nos corredores do colégio. Era como se eu tivesse uma doença contagiosa e quem chegasse perto pegaria a doença.

E tudo isso por culpa do Juan, aquele filho da mãe ainda vai pagar pelo que fez. O desgraçado havia acabado com a minha reputação e sujado minha ficha com a policia. Sorte a minha ser réu-primário.

Nunca liguei para o que os outros pensavam de mim, mas os boatos no colégio cada vez mais pioravam. Alguns diziam que eu havia matado uma menina, outros que eu havia sequestrado fulano, além de várias outras coisas absurdas.

Eu não havia matado ninguém, armaram para mim, eu caí feito um babaca.

Juan era um ex-amigo meu. Éramos como irmãos, até a namoradinha peituda e totalmente plastificada começar a dar em cima de mim. A garota era mais rodada que o pneu do meu carro e ele insistia em dizer que eu era o traíra da história.

Lembro-me daquela noite como se fosse ontem.

Flashback on:

Eu havia acabado de sair de uma festa na casa da Julie. Entrei em meu carro, girei a chave no contato de fui para a minha casa. No caminho havia um blitz, e graças a Deus eu não havia bebido nada alcoólico naquela noite, então estava despreocupado. Mostrei minha carteira para o policial, mas mesmo assim ele insistiu em revistar o carro.

Saí de dentro dele e fiquei encostado no mesmo. O policial estava com uma lanterna na mão por conta da escuridão. Meu carro estava uma bagunça, cheio de pacotes de camisinhas abertas, roupas sujas e emboladas, além de embalagens de comida que eu havia comido há meses.

A chave do carro estava em minhas mãos eu a girava em meu dedo distraído quando o policial saiu de dentro do carro com algo na mão e olhando sério para mim. Ele segurava um saco plástico cheio de pó branco. Cocaína.

 - Traga as algemas! – o avisou para outro policial que estava com um copo de café nas mãos dentro de uma das viaturas.

Eu ainda estava sem entender o que havia acontecido.

 - Você está preso por porte de drogas. – disse ele segurando meus pulsos contra minhas costas e colocando as algemas.

 - Eu posso explicar! Essa droga não é minha, eu juro. Pode fazer o teste, eu nunca usei essas porcarias! Por favor, não me prende! – supliquei. Eu não fazia ideia de como aquilo foi parar em meu carro já que eu não o emprestava para ninguém.

- Ah não? Nunca usou? Não me diga que a cocaína simplesmente apareceu dentro do seu carro… Arrume uma desculpa melhor. Guarde seu discurso para quando chegarmos à delegacia.

O policial me empurrou para dentro da viatura, ouvi aquele barulho irritante que elas faziam e senti o carro se movimentar. Com certeza alguém havia armado pra mim, e eu realmente não fazia ideia de quem havia sido afinal eu tinha mais inimigos que amigos.

Assim que chegamos à delegacia, me colocaram numa sala úmida e com cheiro de mofo ainda algemado.

Minha cabeça estava explodindo e com certeza a essa altura eles já haviam ligado para os meus pais. Ou melhor, meu pai. Pois minha mãe havia falecido quando eu tinha apenas cinco anos de idade.

Nunca fui muito próximo do meu pai e sentia que ele não gostava de mim.

Estava tão distraído com meus pensamentos que nem notei que alguém estava destrancando a porta daquele lugar nojento.

- Levanta playboy. O delegado quer falar contigo.

Levantei-me com dificuldade. Meu braço já estava dormente por conta das algemas. O cheiro daquela sala fazia o meu estômago embrulhar e tudo o que eu mais queria era ir para casa, tomar um banho e dormir.

O policial que havia aberto a porta estava segurando em meus braços e me guiando até a sala do tal delegado. Estava tentando formular na minha cabeça o que dizer a ele quando ele me perguntar se eu era usuário ou algo do tipo. Chegamos até a sala, à porta for aberta e o policial me empurrou lá para dentro me fazendo tropeçar.

Meu pai estava sentado em uma cadeira de frente para o delegado. Assim que ele percebeu minha presença, se virou. Seu rosto tinha uma aparência cansada e ao mesmo tempo ele aparentava estar muito bravo e com certeza não iria acreditar na minha versão da história.

Minhas algemas foram soltas e logo senti um alívio. O delegado mandou eu me sentar e assim fiz ainda calado e com a cabeça baixa.

Meu pai pigarreou e logo o delegado começou a falar:

 - Bom senhor Jeremy, como eu estava dizendo, por seu filho ter ficha limpa e por ser menor de idade, ele não ficará preso, porém irá prestar serviços comunitários durante duas semanas três horas por dia, além de fazer testes antidrogas por um mês.

Senti um alívio enorme tomar conta de mim. Levantei minha cabeça e olhei para o meu pai que tentava se controlar para não me falar mal na frente do delegado.

Ele logo nos liberou, mas antes eu tive que tirar sangue para o tal teste antidrogas. Quanto a isso, estava tranquilo, pois sempre tive nojo de drogas, e fumava cigarro uma vez ou outra.

Olhei em meu relógio e já se passava das 5 da manhã.

 - Até que ponto chegou hein Justin? Pego com drogas no carro? Quantas vezes eu te disse pra tomar cuidado com essas coisas? Não adiantou de nada tudo o que eu sempre te falei a respeito disso? Olhe bem para você. Já tem vinte anos e ainda não está na faculdade. Aliás, nem os estudos você foi capaz de terminar! Só quer saber de festas, sexo, bebidas e ainda por cima é pego com cocaína no carro!… Olha, já vou te avisando que assim que você cumprir os serviços comunitários você vai ir morar com seus avós. Não aguento mais te dar tudo de bandeja! Mês que vem você vai ir para Louisiana, voltar a estudar! E aí de você se repetir o ano ou largar os estudos novamente. Assim que você se formar vai trabalhar na minha empresa. Finalmente vai agir como um homem, e não como um moleque.

Meu pai praticamente cuspia as palavras enquanto dirigia em alta velocidade. E o pior é que ele estava certo. Tudo o que eu sabia fazer era dormir o dia inteiro e beber a madrugada toda. Não que eu me orgulhasse disso, mas para mim era cômodo, afinal ninguém quer ter responsabilidades, mas já estava na hora de agir como um homem da minha idade age.

 - Aposto que sua mãe não se orgulharia disso. Você acha que foi fácil eu te criar sozinho?  - agora ele havia cutucado uma ferida aberta.

 - Não meta a minha mãe na estória! Ela não tem nada a ver com isso! Eu sei muito bem me responsabilizar pelos meus erros. – esbravejei.

Finalmente havíamos chegado em casa e eu tratei de subir as escadas.

Os dias seguintes ao acontecido foram cansativos por conta do serviço comunitário, além do meu pai me enchendo o saco todos os dias.

Finalmente o resultado do exame havia saído e eu pude provar para meu pai que eu nunca havia usado drogas, mas mesmo assim eu ainda teria que ir para Louisiana. Aquele fim de mundo.

Mesmo tendo 20 anos, meu pai ainda mandava em mim, e por um lado eu sabia que ele está certo em tomar aquelas decisões.

Faltava apenas mais dois dias para o serviço comunitário acabar.

Meu pai havia me deixado sem meu carro, então eu tinha que ir andando para o centro comunitário.

Todos aqueles que se diziam meus amigos não deram a mínima quando souberam que eu havia sido preso e com certeza estavam rindo da minha cara. E pra falar a verdade, nenhum deles fazia falta. Assim como eu, eles eram um bando de playboyzinhos sustentados pelos pais, advogados ou empresários. Dali em diante eu apenas queria distância de todos eles.

Estava distraído quando senti meu celular vibrando em meu bolso. O peguei, desbloqueei a tela e vi que era uma nova mensagem.

‘’ Isso é para você nunca mais se meter comigo, babaca.’’

Assim que li a mensagem já sabia quem havia mandado.

Juan. Óbvio. Há semanas aquela namorada loira nojenta dele estava dando em cima de mim, me ligando o dia todo. Nunca senti atração alguma por ela e sentia repulsa da mesma toda vez que ela chegava perto de mim com aquele chiclete de menta na boca, o cabelo loiro e as roupas extremamente curtas e chamativas.

Juan se sentia o cara mais sortudo da Terra por ter ela como namorada, mas eu no lugar dele sentiria vergonha.

Todos que moravam na Califórnia sabiam da fama de galinha que ela tinha, e mesmo assim Juan a defendia de tudo e todos.

Aposto que ela havia contado alguma mentira para ele ter feito o que fez comigo, afinal eu nunca havia encostado o dedo naquela vadia da Melanie.

Meu sangue havia subido na hora e a minha vontade era de ir até a casa dele e o estrangular. Respirei fundo tentando me acalmar, pois se eu me metesse em outra confusão, eu seria preso.

Os próximos dias haviam sido longos demais e por incrível que parece, tudo o que eu mais queria no momento era ir para a casa de meus avós, conhecer gente nova e começar outra vida.

Flashback Off.

Havia se passado um ano desde aquele incidente. Eu havia acabado de me formar no colegial, com meus únicos amigos: Chaz, Brody e Savannah.

O resto do colégio parecia evitar estar no mesmo ambiente que eu, e confesso que aquilo me incomodava e muito, pois eu não havia feito nada de errado.

Savannah sempre dizia para eu ignorar e foi o que eu passei a fazer.

Chaz e Brody eram os irmãos que eu nunca tive, apenas da diferença de idade, eles eram bem maduros e eu gostava deles. E quanto a Savannah, eu também não tinha o que reclamar. Era como minha irmã mais nova. Sempre me fazia rir e me dava sermões de vez em quando.

Chaz e Brody já tinham suas vagas nas Universidades de Cambridge, e quanto a mim, iria voltar para a Califórnia um dia depois daquela merda de formatura.

Savannah iria para a Califórnia junto comigo.

Em uma de nossas conversas ela havia dito que tinha vontade de sair de Lousiana e tentar carreira de cantora. E eu não podia negar… Ela tinha uma voz maravilhosa e havia se inscrito para um concurso de música.

[…]

- E aí, ansioso? – perguntou Savannah.

Estávamos em sua casa. Já se passava das duas da manhã e estávamos a poucas horas de voltarmos para Califórnia.

Assim como Savannah, eu não tinha dinheiro para pagar uma passagem de avião, meu pai quase não mandava dinheiro para mim, então iríamos de carro até a Califórnia.

- Um pouco… Não sei se eu estou pronto para voltar a morar com meu pai, mas assim que eu conseguir juntar algum dinheiro vou alugar um apartamento… Mas mudando de assunto, já falou com a sua mãe sobre aquilo?

De repente o sorriso em seu rosto sumiu.

- Não, e nem pretendo… Além do mais, ninguém percebeu ainda, muito menos ela, então é melhor manter o segredo entre eu e você. Quanto menos pessoas souberem, melhor.

- Mas você não vai contar nem para as suas amigas? Digo… Ela pode te ajudar de alguma forma. Aquela tal de Sierra parece se importar muito com você, quem sabe ela te ajude.

- Não sei… Por enquanto só você sabe disso e ninguém mais precisa saber. Não se preocupe, eu vou dar um jeito. Vai dar tudo certo, eu prometo.

 Dei um abraço apertado nela, mudamos de assunto, e ficamos conversando até o dia amanhecer.

Eu havia tomado muitos energéticos para ficar acordado.

Estávamos esperando Sierra e Lucy, pois eu daria carona para elas também. Pra ser sincero, eu não suportava aquela tal Lucy. Era a típica patricinha que só se preocupa com suas roupas e com seu cabelo, e eu detestava garotas fúteis como ela.

Já Sierra era bem diferente dela. Não era vulgar e sabia chamar atenção dos garotos – inclusive a minha – sem usar roupas curtas ou passar quilos de maquiagem.

Seu corpo não era igual o das outras e eu poderia jurar que ela era latina a julgar por suas curvas.

Ela parecia não gostar de mim como 98% daquele colégio de merda. Mas mesmo assim eu tinha vontade de ser amigo dela.

Sempre que eu a olhava passar pelos corredores da escola, era desviava o olhar, não sei se por vergonha ou medo. Ontem no baile eu não conseguia tirar os olhos dela, ela estava linda e a minha vontade era de ir até ela e beijá-la a noite toda.

Eu definitivamente não estava apaixonado ou algo do tipo, mas Sierra era muito bonita.


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Notas finais do capítulo

Olha, vocês gostaram? Porque sinceramente eu achei que ficou uma bosta :(
Enfim, eu vou tentar melhorar o próximo capítulo mas eu espero de coração que vocês tenham gostado.
Me falem nos reviews o que precisa ser melhorado, sugestões, etc, Ok?
Enfim, é isso. Comentem por favor.
Beijos :*



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