Incarcerous - Acorrentados escrita por Ana Carolina Rocco


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Curtam o primeiro cap. de nossa fic!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/235911/chapter/2

Capítulo 01.



PVO Rose Weasley



- Ah! – Um som de aprovação saiu de meus lábios quando senti Tyler puxar minhas pernas rapidamente para cima envolvendo-as em seu quadril. Esbarrávamos nas vassouras e nos esfregões, ele tentava equilibrar meu peso em seus braços enquanto prensava meu corpo na parede.



Estávamos em nosso primeiro dia em Hogwarts após as férias de fim de ano, a seleção das casas devia estar ocorrendo naquele mesmo instante, mas eu não saberia dizer em que pé estava, porque eu estava no Armário de Vassouras...




Certo, meus pensamentos estavam confusos, não era à toa, Tyler estava me fazendo subir pelas paredes, literalmente. Desesperada por um pouco de contato físico, três meses de férias ao lado constante do meu pai e da minha mãe...



Desprendi meus lábios do dele, tentando abandonar a imagem dos meus pais enquanto Tyler me apertava contra aquela parede gelada, grudando sua boca no meu pescoço. O que minha mãe falaria se me visse nesse momento? Merlin, porque estou pensando na minha mãe? Justo agora que Tyler Connor aceitou se encontrar comigo naquele... Ah, odiava quando isso acontecia! Meus pensamentos vagavam sem fim, e não conseguia me concentrar.



A imagem de Teddy cuspindo seu suco no café da manhã daquele mesmo dia, quando Vicky contara que estava grávida, fez com que eu risse. Tyler se entusiasmou com minha risada abafada, provavelmente pensara que eu estava rindo por ficar arrepiada com suas mãos vagando pelas minhas costas, por dentro da minha camisa.



Tyler Connor é da Lufa-Lufa, batedor do time de Quadribol e monitor chefe. Eu era monitora, e havia perdido a hora da reunião dos monitores que ocorrera no trem na ida para o castelo. – Estava ocupada assinando os últimos termos do contrato para a revista Vogue, enquanto Dominique explicava os termos trouxas que ela já cansara de ler. Quem sabe, se eu tivesse sorte, minhas fotos não seriam publicadas no espaço de moda teen que a revista havia criado? Sorte, porque até então, só estampava os anúncios de lojas trouxas britânicas.



Abanei a cabeça para os termos dos contratos, e tentei mais uma vez me concentrar em Tyler, mas aquilo já estava cansativo! Eu realmente o chamei naquele corredor para ele me explicar às regras que os monitores teriam que seguir naquele semestre... Como fui parar naquele Armário de Vassouras, já é uma história que nem eu consigo entender!



Ele voltou a me beijar, daquele jeito guloso e um tanto indecente. Tentei fazer com que minha mente vagasse para pensamentos infrutíferos, enquanto sua boca tentava engolir a minha. Suas mãos grandes e ásperas vagavam pelas minhas coxas, levantando a minha saia de uma forma bem sutil.



- Como eu nunca havia prestado atenção em você antes? – Ele sussurrou no meu ouvido, inesperadamente. – Como eu nunca havia provado o seu gosto antes? – Aquilo me fez rir, foi de mais para mim. Elevei a minha risada para um jeito histérico, como Lily havia me ensinado.



Nesse momento ele devia estar pensando que me conquistara com todo aquele papo furado e com aquelas mãos que dançavam em regiões que até então ninguém da Lufa-Lufa havia chego. Por isso da risada histérica, aquilo era infalível, o idiota devia estar pensando naquele exato momento que havia me conquistado... Alguém devia falar para ele que o mar não está pra lulas gigantes...



- Você é uma delícia! – Ele voltou a falar no meu ouvido, o que fez com que eu risse ainda mais alto, tentando a todo custo terminar de rir de uma forma histérica.



Vou explicar o porque eu estava rindo... “Como eu nunca havia provado o seu gosto antes?”, “Você é uma delícia?” Eram as típicas frases dos livros trouxas que minha avó – mãe da minha mãe - guardava na estante da sala. Aqueles romances que mais parecem contos eróticos, vendidos em qualquer esquina das ruas de Londres. Aquilo só me fazia pensar se Tyler tinha uma avó trouxa também.



O porque eu não saí correndo depois daquelas falas manjadas que insistiam em estuprar meus ouvidos? Porque, afinal, fiquei três meses de férias, e apesar de tudo, aquele garoto era gostoso... Musculoso...



- Como eu nunca descobri todo esse seu fogo antes? – Aquilo foi demais, ri tanto que acabei nos desequilibrando. Mais alguns esfregões caíram, quando nós dois fomos parar no chão. Graças a Merlin, cai em cima dele, não agüentaria um instante se quer todo aquele saco de músculos sobre meu corpo.



Ele me olhou indignado, acho que talvez ele tenha percebido que estava rindo dele, e não porque eu era assanhada ou coisa do gênero. Parei de rir quando consegui me controlar, depositando um selinho calmo sobre seus lábios. Ele sorriu de forma aprovadora, como se o que tivesse acabado de deduzir fosse a fertilidade de sua imaginação. Resolvi responder a sua pergunta, para garantir a futilidade que eu não tinha:



- Da mesma forma que nenhum dos outros sabem... – Vaguei minhas mãos em seu abdômen definido, pelo menos ele tinha aquele corpo, porque se dependesse do que ele dizia... Quase ri de novo. Então dei uma piscadela para ele, coisa que me lembrava uma pessoa específica, mas que eu acabara de deduzir ser infalível. – Espero que tenha gostado... – Falei me levantando de cima dele. – Mas o jantar já deve estar acabando...



Nossas mãos se encontraram, e eu o ajudei a se levantar. Certo, aquilo foi um erro, ele voltou a me beijar assim que seus pés atingiram o chão. Ele fez questão de morder meu lábio inferior, dando leves sugadas doloridas. Voltou a subir minha saia com sua mão boba, resolvi interrompê-lo quando suas mãos vieram de encontro a minha bunda. “Se ele deixar um roxo ai, vai se ver comigo!” – Pensei ao afastá-lo lentamente.



- O que foi? – Ele perguntou como uma criança que acabara de ter seu doce roubado.



- Acho que já chega por hoje... – Disfarcei meu nervosismo olhando para o relógio do meu pulso. – Hugo deve estar me esperando! – Ele me olhou indignado, obrigando-me a completar a frase, que deveria ser óbvia para qualquer um. – Meu irmão?!



- Só mais um pouquinho? – Ele perguntou fazendo beicinho. Francamente, homem, você já tem dezessete anos! Devo ter olhado para ele daquele jeito nervoso, igual a minha mãe quando eu ou Hugo aprontamos alguma coisa. – Certo. – Ele falou com a mão já na maçaneta. – Já vi que não tem jeito!



- Espera! – Eu falei desesperada, antes que ele saísse. Sua expressão foi mudando do feliz para uma interrogação quando ele me viu abrindo minha mochila. Peguei minha agenda, abrindo-a na data em que estávamos e entregando para ele, junto com uma pena molhada no tinteiro.



- O que quer que eu faça? – Ele perguntou segurando a pena que molhava o chão com pingos de tinta preta.



- É só assinar aqui. – Falei para ele, entregando a minha agenda. – Bem aqui! – Apontei o lugar correto, mantendo distância.



- Pra que? – Ele perguntou confuso. Aquilo me deixou irritada, a maioria dos garotos não faziam perguntas, apenas assinavam sem demoras.



- Só uma recordação! – Falei para ele com um sorriso falso que o enganou. Ele assinou revirando os olhos. – Agora me promete que não vai contar pra ninguém o que fizemos? – Perguntei me aproximando dele e roubando um beijo rápido.



- Prometo. – Ele respondeu feliz, tentando me apalpar mais uma vez.



- Ótimo! – Falei alcançando a maçaneta e abrindo a porta que dava para o corredor.



- Quando vamos nos encontrar de novo, Rose? – Ele perguntou me seguindo pelo corredor.



- Quando eu quiser! – Falei fazendo fuinha, de uma forma um tanto quanto meiga. – Até depois... – Corri o mais rápido que pude quando ele não estava mais olhando.



Quando entrei no Salão Principal, os alunos já estavam todos em pé, seguindo para suas casas comunais. O olhar de Lily encontrou o meu naquela multidão, fazendo com que ela se aproximasse o mais rápido possível.



- Hugo perguntou onde você estava! – Ela falou me dando bronca, enquanto caminhávamos. – Perguntou no mínimo um milhão de vezes...



- Não exagera, Lily. – Falei segurando-a pelo braço.



- Com quem você estava? – Ela perguntou olhando para mim, de cima para baixo. – Você está mais desarrumada que o normal... – Mesmo que eu passasse horas me arrumando, Lily perceberia o que eu havia feito, era como se ela sempre pudesse ler minha mente. Então, não precisava dar muitas explicações, ela era a única que sabia tudo o que eu fazia... Ainda mais comigo naquela situação.



- Tyler Connor. – Falei rindo da lembrança ainda fresca em minha memória.



- O batedor da Lufa-Lufa? Jura? Céus, ele é lindo!



- É uma besta quadrada também...



- Era de se esperar... Mas foi bom? – Ela perguntou seguindo o mesmo ritmo apressado que eu.



- Até um certo ponto! – Falei sorrindo debochada.



- Onde estamos indo? – Ela indagou olhando a nossa volta. – Porque estamos descendo?



– Vamos para a cozinha... Estou morrendo de fome!





~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~*~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~





Acordei na manhã seguinte com a correria das garotas, faria seis anos que dividíamos o quarto e ainda não me acostumara com toda aquela agitação em plena sete horas da manha.



- Levanta, raio de sol. – Emily falou enquanto pulava na minha cama.



- Sai! – Respondi sonolenta, jogando a coberta sobre o meu rosto quando Emily abriu a cortina atrás da minha cama, fazendo com que a luminosidade me cegasse.



- Anda, Rose... – Carrie falou puxando a minha coberta. – Você já está atrasada!



Com lentidão meus olhos se abriram. Carrie estava parada a dois centímetros do meu rosto, seus olhos verdes e brilhantes pareciam assustadores quando vistos tão de perto. Com muito custo, sentei na cama, abraçando a minha coberta. Carrie se afastou com toda a sua altura e magreza, seus cabelos pretos ondulados dançando em suas costas. Ela se virou novamente em minha direção, jogando minha toalha na minha cara.



- Sua vez de tomar banho, celebridade! – Ela falou rindo. – Lily contou que talvez você apareça na Vogue esse mês... Estou tão feliz por ter o prazer de ser sua amiga!



- Porque vocês estão tão serelepes, hoje? – Perguntei me levantando e indo para o banheiro.



- Porque hoje temos aula de Poções! – Emily falou entrando no banheiro para usar o espelho, penteou seus cabelos castanhos cheio de luzes. Eu parei para observá-la a meio passo do chuveiro.



- Você odeia Poções! – Bocejei involuntariamente.



- Você ainda não entrou na ducha? – Carrie falou me empurrando para o lado, acionando a água do encanamento, me colocando na água gelada. Soltei um murmúrio de desaprovação e comecei a me lavar. – Emily está feliz porque já olhou os horários das aulas... Teremos aula com a Sonserina!



- NÃO! – Eu gritei engolindo parte do shampoo que escorria pelo meu rosto, a careta que se seguiu foi involuntária, devido ao terrível gosto que eu experimentara. Emily que observou a cena brigou com Carrie em seguida.



- Eu falei para você não dar a notícia assim, Carrie. – Apesar da bronca, Emily ainda cantarolava.



- Mais hora, menos hora ela descobriria isso! – Carrie falou se juntando ao espelho com a traíra da Emily.



Eu, Carrie e Emily éramos amigas desde o primeiro segundo que entramos no trem no nosso primeiro dia de Hogwarts. Era certo que não andávamos uma ao lado da outra no castelo e conversávamos apenas quando estávamos no quarto que dividíamos todos os anos. Elas odiavam Albus, não suportavam ficar no mesmo espaço que ele por muito tempo... Juravam que esse fator não tinha nada haver com o fato de as duas gostarem dele! Mas como ele era meu primo, e éramos inseparáveis... Dá para imaginar como eu tinha que me desdobrar para manter o ambiente civilizado, não é?



- A maior parte da nossa grade é com a Sonserina, Rose! – Emily falou, fazendo com que eu engolisse mais água, me engasgando. – Isso significa...? – Perguntou feliz, fazendo com que a vontade que eu estava de enforcá-la, aumentasse.



- Significa mais detenções para mim! – Respondi fechando o encanamento e me enxugando.



- Não seja exagerada, Rose. – Carrie falou passando uma maquiagem forte, como se estivesse indo para um baile. Carrie, a estranha. – É só você manter distância dele...



- Eu mantenho! – As duas começaram a rir, enquanto eu ia até meu malão pegar o uniforme. – Estou falando sério! Ele me persegue!



- Malfoy não te persegue, Rose. – Sussi, a terceira e última garota que dividia o quarto conosco, falou se intrometendo. – Você não tem toda essa sorte! – Ela falou saindo rebolando aquela bunda de tanajura pra fora do quarto, batendo a porta ao sair.



- Eu queria ter a sorte d’ela... – Falei apontando para a porta fechada. – não me perseguir!



- Isso você só conseguiria com uma reza braba... – Emily falou calçando os sapatos, um tanto alto para andar o dia inteiro de uma sala a outra.






- Toda essa produção é pra encontrar a doninha aguada? – Perguntei ficando em pé, encarando o espelho que elas finalmente abandonaram.



- Vai dizer que a sua produção não é exatamente para isso? – Lily perguntou entrando no quarto, fazendo com que eu encarasse seu reflexo no espelho.



- O que quer dizer com isso? – Perguntei secando meus cabelos com a varinha.



- Rose, olhe só para você! – Lily falou se aproximando. Fiz o que ela mandara, encarei meu próprio reflexo no espelho embaçado. – Viu?



- O que era para eu estar vendo? – Perguntei enquanto enrolava meu cabelo liso escorrido na varinha, fazendo com que cachos se formassem no meu coro cabeludo.



- Isso! – Ela respondeu me olhando.



- Isso o que Lily? Você está olhando dos meus pés à minha cabeça!



- Exatamente! – Ela respondeu passando um batom que estava na pia do banheiro. – Enquanto todas as garotas sofrem para se arrumar, você sofre para ficar o mais horrível possível!



- Nós já estamos indo... – Emily falou grudando no braço de Carrie e a puxando para fora do quarto. Queria agradecê-las por irem embora, isso me deixaria sozinha com Lily para poder matá-la.



- O que quer dizer com isso? – Perguntei para Lily, enquanto ela passava um lencinho na boca, retirando o batom. – Eu gosto do meu cabelo assim! – Falei terminando de enrolá-lo e descabelando tudo. – Fica parecido com o da minha mãe quando eu faço isso... Está insinuando que não gosta do cabelo da minha mãe, Potter?



- Deixe de besteiras, Rose! – Ela falou penteando os cabelos lisos. – Sua mãe não usa esse penteado desde que saiu de Hogwarts!



- Exatamente, Lily. – Falei sorrindo para ela. Colocando meus óculos e vestindo minhas meias grossas.



- Desde quando você precisa de óculos? – Ela perguntou se sentando ao meu lado na cama.



- Desde que eu os vi na loja! – Respondi entre dentes. – E você mesma falou que eles eram legais.



- Para uma festa à fantasia! – Ela falou tirando meus óculos do meu rosto. – E você nem precisa deles...



- É claro que eu preciso! – Falei colocando-os de volta. – É o meu charme!



- Você realmente acha a moda geek legal? – Ela perguntou se levantando, arrumando as pregas da saia. – E essa sua roupa toda amassada?!



- Eu odeio passar roupa, Lily! – Falei bufando e saindo do quarto.



- Um feitiço, um feitiço e sua roupa estaria passada! – Lily foi me seguindo enquanto eu descia as escadas para a sala comunal. – E acho que nem preciso dizer sobre essas meias!



- Foi a Dominique que falou para eu usá-las, evita machucados... Você sabe disso há anos, baixinha!



- A Dominique estava falando de meias pretas, e não cor de acramântula quando foge!



- Lily. – Falei parando a meio caminho do quadro da mulher gorda. – Os óculos, as meias, as roupas, o cabelo... Essa sou eu! Você me conhece assim desde que nasceu... E você está sendo muito exagerada!



- Não... – Ela falou passando pelo retrato e seguindo meus passos apressados pelo corredor. – Tenho certeza que não estou exagerando, e essa é você em Hogwarts... Em casa você é a Rose, a mesma que vai sair na capa da Vogue mais dia, menos dia...



- Quanto a isso, Potter... PARE DE ESPALHAR PARA AS PESSOAS SOBRE A REVISTA!



- Eu não espalhei! – Ela falou se defendendo, pulando os degraus da escada de dois em dois.



- E para todos os efeitos, Jane Granger vai aparecer na revista... E não, Rose Weasley. – Ela revirou os olhos enquanto andava saltitando entrando no Salão Principal.



- Você é muito rabugenta quando acorda, Rose, alguém já te disse isso? – Ela perguntou sentando-se à mesa ao lado de Hugo e Albus.



- Você, priminha... Todo o santo dia! – Falei me sentando em frente a Albus.




Aquela mesa repleta de guloseimas e gordura as sete e cinqüenta da manha fizeram meus olhos brilharem de satisfação. Comecei a me servir o mais rápido possível, comendo tudo o que via pela frente.



- Você não deixa dúvidas que é filha do papai, Rose... – Hugo falou mordendo a sua torrada lentamente. – Não tem modos algum na mesa.



- Todos acordaram hoje com o intuito de me encher o saco? – Perguntei irritada mordendo dois cupcakes de uma vez. Estava preste a levar o terceiro bolinho a boca quando alguém segurou meus pulsos, impedindo que o comesse.



- Já não falei que você vai engordar se continuar comendo desse jeito, Rose? – Dominique falou jogando meu bolinho na mesa. – Isso vai tudo para a sua bunda!



- Vocês combinaram isso, não foi? – Perguntei forçando uma risada, tentando alcançar o bolinho no meio da mesa. Dominique bateu no meu braço estendido com violência, enfiando uma maçã na minha boca.



- Aproveite o café da manhã... – Ela falou se retirando, fazendo com que um rapaz atrás do outro dobrasse o pescoço para vê-la passar.



- Isso que dá ser filha de veela... – Hugo falou rindo. – Onde você estava ontem, Rose? Não te vi na Seleção das Casas...



Recusei-me a responder, mordi minha maçã, mastiguei um pouco e abri a boca para Hugo. Assim como mamãe, ele odiava quando eu fazia isso.



- Pergunta respondida? – Perguntei para meu irmão, antes de me levantar. Roubando um bolinho de cima da mesa e correndo mais do que minhas pernas podiam agüentar, com a histérica da Dominique gritando nas minhas costas.




~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~*~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~




O professor Slughorn entrou na sala quando todos já estavam acomodados, sua barriga à frente ocupando todo o caminho quando passava entre as mesas e os caldeirões. Apesar de gordo ele era bem jovial, sempre tratava a todos com extrema educação, mas bajulava uma parte da sala, e isso podia ser bem irritante de vez em quando...



- Meus garotos... – Ele começou a dizer feliz, encarando a todos que estavam na sala apertada e abafada. – Hoje começamos mais um ano, devo lembrá-los que... – O que ele queria que lembrássemos, não tinha a menor idéia. Um bilhete pousou a minha frente, roubando toda a atenção que eu deva ao professor.




~


Ele está lindo, hoje.


Se você olhar para a última carteira vai poder ver!


E. e C.


~




Observei Emily rindo ao lado de Carrie. Molhei minha pena no tinteiro e comecei a escrever um bilhete bem mal educado para elas. Estava quase terminando quando o professor parou na minha frente.



- Rose Weasley. – Escutei o professor me chamar. Escondi o bilhete embaixo de alguns pergaminhos, Albus sem perceber que eu já escutara, me deu uma cotovelada no meio das minhas costelas, fazendo com que eu pulasse impaciente.



- Sim? – Perguntei o mais inocente que consegui.



- Distraída hoje, Weasley? – Ele perguntou rindo, me obrigando a sorrir amarelo para ele. – Pode tirar a sua.



- Tirar a minha? – Eu perguntei envergonhada, todos começaram a rir, mas eu estava com o pensamento a mil tentando entender o que ele estava dizendo... Pensei em dizer “Como ousa?”, mas por ser Slughorn que falava comigo, não achei que a frase seria muito boa. – Desculpe professor, mas eu não estava...



- Rose, tira um pergaminho de dentro do saco... – Albus sussurrou, o que em outras palavras, a sala toda poderia escutar.



Eu me levantei e fui até o professor que abriu o saco para que eu retirasse o nome da minha dupla. Ele fazia isso todos os anos, um aluno da grifinória ia até o saco preto e puxava um pergaminho com o nome de um aluno sonserino que seria seu par nas aulas até o final do ano.



Tive que ler três vezes aquele nome, para constatar que não estava imaginando coisas. O terror, o pavor, o desespero se instalou em mim.



- Eu quero trocar. – Falei claramente e em alto tom, erguendo minhas sobrancelhas para o professor, como se fosse azará-lo caso ele dissesse que eu não poderia.



- É claro que ela quer! – Titã, uma sonserina desgraçada filha de duas trouxas putas falou. Okay, ela era de sangue puro, e só tinha uma mãe, mas eu queria matá-la por interromper o contato visual que eu fazia com o professor.


- A senhorita não pode. – O professor falou rindo apoiando o peso dos braços sob a barriga, parecia o retrato de Napoleão com dor de barriga. – Regras são regras, senhorita Weasley. Como monitora você deveria saber que...


- Eu tirei o Malfoy. – Falei com meu olhar ameaçador, enquanto cruzava os braços de forma autoritária.



~~~*~~~*~~~*~~~*~~~*~~~*~~~



N/A:


- Lumus!


Recado de Ana CR:


Espero que esse capítulo tenha valido a pena pela espera que fizemos vocês passarem... Para as leitoras que estão conhecendo a mim e a Nikki agora, lembrem-se que estamos escrevendo para vocês e queremos comentários... Obrigada por lerem! Bjinhos e até o próximo capítulo.


Recado de Nikki W. Malfoy:


E ai pessoinhas, gostaram? Espero que sim, pq vcs não sabem o que passamos para conseguir escrevê-los... Foi uma loucura, não é mesmo Aninha? Ela sabe o que passamos, uashaushuashu. Comentem muito, hein... Se não seremos más o bastante para não postar o próximo, e acreditem, eu consigo convencer a Ana a fazer isso... Bjs, e até o próximo capítulo!



COMENTEM, please!


- Nox!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Incarcerous - Acorrentados" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.