– Que? ... Você vai? Quero dizer, o Harry? Aquele que era doido por ti no colegial? O do cabelo de caracol? Sério isso? – Ele ri brevemente. – Me diz, você não vai né? – Ele sorria.

- Eu não vou, Bieber. – Eu disse, suspirei fundo e olhei para minhas mãos. Na verdade, estava tentada a ir. Mama mia! É uma chance única!

Passei as mãos pelo cabelo os desalinhando, suspirei novamente e passei a linda entre os lábios. Justin apenas me olhava.

- Você esta confusa, não esta?

- Um pouco. Vai passar.

Disse e me levantei, subi as escadas indo para o quarto, deitei na cama e fiquei lá a olhar para parece por horas. O que eu pensava? Ah, eu não pensava em nada. Na verdade, eu pensava em jujubas e doritos, é, minha mente é movimentada, eu sei.

- Ei, se veste. – Disse Justin. – Vamos sair.

Olhei para ele  o encarando. O que é? Ele pensa que me manda?

- Quié Guri? – Perguntei. – Cadê teus modos?

- Tá Ann, pode se vesti por favor, princesa? – Disse fofo. Que sínico.

- Não estou nua. – Disse voltei a fitar o teto.

Justin murmurou um “preferia que tivesse” mais eu ignorei totalmente para não bater nele, afinal, estava com preguiça.

- Queria que se arrumasse agora, temos que pegar estrada.

- Estrada? Não vamos virar o ano aqui com sua mãe? – Perguntei.

- Não, eu quero ir para uma praia com você. – Ele disse sorrindo, por isso temos que pegar o estrada, chegaremos de noite ao nosso destino, então iremos para praia.

- Justin... Para de moda. – Me joguei na cama novamente.

- Eu vou pegar você na marra.

- É claro que não vai. – Bufei.

Eu juro, juro mesmo que me surpreendi. Ele colocou minhas coisas em uma pequena mala, colocou sapatos nos meus pés e eu só o olhava. Ele colocou roupas dele também na mesma mala. Até ai tudo bem. O bagulho ficou sério quando ele me colocou na costas.

- JUSTIN DREW BIEBER, ME SOOOLTA!

- Calada ai. – Ele ria.

Cadê a Pattie nessas horas? Cadê o povo que tava nessa casa nessas horas? Cadê a policia? Bombeiro? Um cachorro brabo? Cadê?

- Justin, é sério, me salta. – Disse calma.

- Calma.

- EU TÔ CALMA! QUEM NÃO TÁ CALMA AQUI CARALHO?

Ele apenas ria, o que me fazia ter mais raiva. Ele me pegou no colo, de modo que eu ficasse de bunda pra cima, eu já não tava sentindo minha bunda. Queria matar ele, sério.

- Você tá pesada. – Ele reclamou me colocando no chão.

Estávamos do lado de fora da casa, o carro dele estava lá, e ele sorriu para mim, eu o encarei com um olhar matador.

- Além de me carregar daquele jeito ainda me chama de gorda? – Perguntei séria.

- E se for? – Ele perguntou, brincalhão. Eu bati no ombro dele e ele riu. – Entra no carro.

Fiz o que ele pediu e entrei, ele foi pegar as malas e logo veio, entrou no carro e começou a dirigir.

- Pra onde vamos?

- La push, baby, La push.

Ri. Quase tive um ataque.

- É. – Ele disse e fez cara de: o que é?

Fiquei calada depois disso, pensando em como convencer Pattie a colocá-lo em uma clinica de doidos, porque né...  

(..)

Como passamos o dia? Comendo lanches, doces e gritando as musicas que tocavam no rádio. É isso mesmo que você leu. Gritando. Ah, também discutimos sobre Paul McCartney. Tipo, Justin pensa que ele morreu. É, ele não sabe de nada.

- É claro que ele tá vivo ainda Justin.

- Tá nada, todos os Beatles já morreram. – Ele bufou. – Eu sei, vai na minha.

- Justin, queridinho... Todos já morreram, menos ele. – Sorri. – Deixa de ser insistente. Vai na minha.

- Pera, pêra... – Ele disse. – Vou estacionar... – Ele se concentrou no que fazia. Eu sorri ao ver sua expressão de concentrado.

- Por que paramos aqui? – Perguntei.

- Pra descansar... Mais tarde, vamos na praia.  

Saímos do carro, eu fui observando o hotel enquanto ele falava com a recepcionista.

- Cinco estrelas, J? Sério isso?

- Shiu. – Ele disse e riu.

- Qual o numero do quarto? – Perguntei.

- 88. – Ele disse.

- Yeah, eu gosto de oito.

Ele sorriu e fomos para o elevador. Justin me abraçou pela cintura e encostou a cabeça no meu pescoço, depositando um leve beijo no mesmo. Arrepiei e fechei os olhos. Temos claustrofobia, apertamos a mão um do outro até que em fim o elevador parou. Saímos do mesmo quase que correndo. Foi engraçado, Justin quase tropeça no seu próprio pé.

- Desastrado. – Disse.

- Nem me ajuda, né, desnaturada?

- Desnaturada? – Levantei as sobrancelhas.

- É isso aí.

- Não tenho culpa de você ter essas pranchas no lugar de pé.

- Ah, qualé você não é nenhuma cinderela.

- Pelo menos não tropeço nos pés.

Disse e ri. Ele mostrou língua pra mim, eu ri mais ainda e entre risos ainda disse.

- Quem mostra língua quer beijo.

Ele se aproximou de mim e me encostou na porta do quarto 88, sorri, ele mostrou língua, a qual mordi a ponta, o fazendo ri. E então, me beijou.