A Feira De Santo Antônio escrita por Nekoclair


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Aqui estamos com o segundo e último capítulo da fic! Desculpa a demora, é que eu tinha que esperar minha querida imouto conseguir criar a conta dela, por que essa fic é dedicada 100% a ela, afinal esta fic só existe porque minha nee-chan me pediu um spamano extremamente fofo. ♥ Te amo BlueBerry nee-chan ♥ Apropósito, parar betar esta fic eu tive que interromper meu processo criativo na A stopped Clock, se eu tiver um ficblock por causa disso eu te mato (Just kidding, mais fácil você me matar, né maninha? .-.)
Haha. Agora chega de enrolação -ne? //autora notando o tamanho que tá ficando as notas finais//
Boa leitura. ^^'



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 Depois de almoçar me deitei no sofá. Um sentimento agradável me percorria o corpo. Eu pensava no tempo, no meu fratello, no Antonio... Um sorriso escapou-me aos lábios, um sorriso bobo e apaixonado, mas não me importava de agir daquela maneira desde que ninguém me visse. Abracei a coisa mais próxima de mim – no caso, uma velha almofada – e fiquei lá, deitado, olhando para o teto, até adormecer.

  "O que vai fazer hoje à tarde?"

   "Que tal ir comigo à feira de Santo Antonio?"

    "Lovino? Está ai? Você não desligou, né?"

    Voltei a abrir os olhos: o espanhol, nem em sonhos, me deixava em paz... Endireitei-me no sofá, jogando a almofada num canto qualquer. Que horas serão?

            Passei a mão pelos cabelos, ajeitando-os despreocupadamente, enquanto procurava pelo relógio no alto da parede – 15h15min. Meu corpo automaticamente se levantou, sendo invadido por um sentimento que não sei descrever. Corri para meu quarto, apressado. Estava atrasado.

            Agarrei a primeira roupa que vi no armário e me troquei. Taquei-me na cama, puxando o tênis que estava jogado de qualquer jeito no chão para mais perto de mim... Foi quando notei que estava sem meias.

            Já declamando todos os palavrões que conhecia - que não eram poucos-, abri a gaveta da cabeceira e peguei dela duas meias aleatórias, colocando-as de qualquer jeito no pé e calçando o tênis logo a seguir.

            Corri quarto afora e quando passava pela sala voltei a olhar o relógio de esguelha – 15h20min. Sai de casa, trancando a porta apressadamente. Enfio a chave no bolso e corro pela rua. Iria chegar muito atrasado...

    Meus pés batiam forte contra o chão e sintia ódio de mim mesmo. Por que justo hoje eu fui dormir demais? O que eu faço se... se... ele não estiver mais lá? O fôlego me ia fugindo aos poucos.

    "Então agente se vê na entrada do parque, às três horas."

    Aquelas palavras ressonavam em minha cabeça de maneira desesperadora. 

    – Droga... – murmurei, acelerando ainda mais os meus passos. 

    As pessoas das calçadas me observavam confusas e até com certo menosprezo, mas eu não me imcomodava. Nada me importava mais que o espanhol bastardo que me esperava no parque. 

            Havia se passado vários minutos quando desci do ônibus. Queria saber as horas exatas, mas eu deixara o celular e o relógio em casa por conta da pressa. Supus serem 15h50min, apesar de não ter lá muita certeza. Continuei correndo pelas ruas em direção ao lugar combinado: a entrada do parque.

            O ponto de ònibus não era muito distante, por isso não demorou muito para que eu visse o parque alguns metros à frente. Parei na sua calçada oposta, ofegante de tanto ter corrido. Olhei para a entrada, ansioso e nervoso, mas ele não estava lá. Um longo suspiro escapa-me pela boca.

            – Então né... Com uma hora de atraso em bem que mereci... – eu disse para o vento, pois não havia mais ninguém lá que pudesse me ouvir.

            Decidi voltar para casa e assim fiz. Dei meia volta, retornando pelo mesmo caminho que viera, meu peito se apertava dolorosamente. Meus passos, antes apressados, estavam pequenos. Eu caminhava pela rua, lentamente, pois não me sentia a vontade de pegar o ônibus.

            Depois de um pouco mais de uma hora havia finalmente chegado em casa. Por hábito,toquei a campainha, mas então me lembrei de que Feli não estava em casa. Pus a mão no bolso para pegar a chave sendo surpreendido pelo som da porta abrindo.

            Não pude ver quem a abrira, pois, quando dei por mim, já estava preso por braços muito mais fortes que eu, que rodeavam meu pequeno e frágil corpo italiano. Senti uma fragrância doce e conhecida, mas apenas quando reparei aqueles lindos cabelos castanhos escuros é que tive certeza.

            – Antonio! – disse gritando e empurrando o espanhol com força – Não me toque! – o meu rosto estava muito vermelho, e minha voz era puramente preenchida por surpresa. – O que faz aqui? Na minha casa ainda por cima!

            – Ah... – el deu uma breve pausa, ao que ficou me observando com um sorriso estúpido no rosto – É que... Eu encontrei com o Feli no parque.

    – Hum... – eu disse com os braços cruzados sobre o peito, exigindo que continuasse.

    – Bem... Quando eu disse que estava te esperando, e que você estava quase uma hora atrasado, e que não atendia o celular...

    – T... Tá! Já entendi essa parte, prossiga! – eu o interrompi, pois as sua palavras me deixavam cada vez mais emvergonhado. Eu sei que atrasei, mas ele precisa ficar me lembrando? Eu me esforcei pra chegar o mais rápido possível!

    – Bem, ele me deu a chave da sua casa e pediu para eu vir te procurar! – disse o espanhol, abrindo um largo sorriso, como se o que dissesse fosse algo extremamente óbvio.

            – Ai, ai... – cobri o rosto com uma de minhas mãos, a fim de escondê-lo. Eu não sabia o que sentia ou o que haveria de falar. Enquanto isso ele me olhava atentamente.

            – Que cara fofa! – disse rindo, fazendo-me corar ainda mais .

            – Calado, espanhol estúpido... 

            Eu ia xingá-lo de mais algumas coisas, mas fui surpreendido pela mão de Antonio, que tapara a minha boca rapidamente. Com a outra mão ele fez sinal de silêncio e disse com um estúpido (lindo e sedutor) sorriso:

            – Não grite na rua, pequeño.

    Senti o calor subindo-me rapidamente à face.

    – N... Não estamos na rua!

            Após isso, ele retirou a mão de minha face, a qual estava cada vez mais corada, e agarrou meu braço, puxando-me para dentro.

            Ele fechou a porta logo depois que entrei e me largou. O clima entre nós estava pesado e um silêncio horrível dominava o lugar. Senti que devia dizer algo, mas o que exatamente?

            – Eu dormi. Perdi a hora. Ok? Então nem ouse ficar bravo comigo! – eu falei, omitindo tudo que eu realmente queria dizer naquele momento. Sim, eu sei que posso ser incrívelmente estúpido às vezes.

            – Ah? Tudo bem. Não estou bravo com você. – disse, colocando a mão em minha cabeça, bagunçando meus cabelos. – Eu nunca ficaria bravo com você...

            Sua voz soou séria, o que me surpreendeu e me fez virar o rosto de vergonha.

            – Por que  você está tão vermelho, Lovi? Não está se sentindo bem? – disse enquanto me puxava para um abraço.

            Pensei em dizer algo, mas mudei de ideia. Apenas encostei a cabeça no peito do espanhol e aproveitei o momento. Aquele cheiro tão delicioso, o calor que percorria meu corpo, as nossas respirações já compassadas... Tudo estava perfeito.

   – Você está bem, Lovino? Você ainda não me socou... – disse ainda me abraçando. Sua voz soou levemente engraçada, como se ele esperasse mesmo que eu o batesse... E, normalmente, eu realmente o teria socado no estômago, mas não hoje. 

   – Calado, idiota... Se eu quiser ficar assim eu fico. –  escondi meu rosto em sua blusa.

   Ele se afastou um pouco, o que me surpreendeu, mas ainda tinha os braços envolvendo o meu pequeno corpo. Pões-se a me olhar diretamente nos olhos, com raras feições sérias. Encarávamos-nos, estáticos, quando, subitamente, ele começou a diminuir a distância entre nossos rostos, até que ele colasse seus lábios aos meus.

   Fiquei sem reação. Não sabia o que fazer, então apenas o beijei de volta, permitindo que a língua do espanhol entrasse em minha boca. Naquele momento meu coração batia tão forte que me perguntei se Antonio conseguia escutá-lo também.

            Ele se separou de mim e se sentou no sofá. Sentei ao lado dele, ainda sem saber o que fazer ou dizer. Eu não ousava olhar nada que não fosse o chão. Enquanto isso, Antonio encarava o teto fixamente. Não sabia que expressão ele tinha, apesar que desejasse muito saber. Ficamos em silêncio.

            – Ei, Lovi... – ele disse um pouco depois, quebrando o silêncio, apesar de que ainda não nos encarávamos – Eu gosto muito de você, sabia?

    Corei com a repentina e tão simples confissão.

    – Eu... Eu também gosto muito de você, idiota – eu disse, pondo os pés no sofá para esconder o rosto escarlate entre as pernas.

    Ele virou-se para mim e começou a rir.

    – Ei, Lovi... As suas meias são das cores do meu país... – ele disse, apontando para os meus pés. Virei o rosto para ele, pronto para dar uma das minhas respostas prontas apesar de ainda envergonhado, ao que notei que ele tinha o rosto tão vermelho quanto eu.

    O que eu ia dizer subitamente me fugiu a mente. Disse a única coisa que me vinha à cabeça:

    –... Foda-se... São só meias.


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Notas finais do capítulo

Eu não vou mentir. Adoro escrever coisas agoniantes e tristes de fazer chorar, mas tenho um afeto incomum por esta fic. .-.
POR QUE SPAMANO É TÃO FOFO?? Ok parei.
Mais uma vez fui eu quem betou a fic, por isso sorry!!
Espero não ter muitos erros, mas qualquer coisa me avisa.
Espero ansiosa por reviews, viu? Vocês não querem ser responsáveis pelo suicídio de uma ficwhitter, por isso já sabem o que tem que fazer. xD
BJJS e até uma próxima! ^^