A Feira De Santo Antônio escrita por Nekoclair


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu de novo com mais um spamano!! ♥
Era para eu ter postado esta fic no dia de Santo Antonio, dia 13 de junho, mas eu meio que confundi as datas, pensei que era hoje... //decepção total// Só que já que eu já tinha arrumado o primerio capítulo inteiro, agora também vou postá-lo. ^^'
Boa leitura!!



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            Aquele lindo par de olhos verdes miravam diretamente o castanho dos meus. Quando dei por mim já estávamos abraçados, nossos lábios se tocavam e um calor invadia meu corpo. Ele passava os dedos pelo meu cabelo castanho, decidindo-se por brincar com meu cachinho. Aquilo me deixava feliz e, ao mesmo tempo, extremamente constrangido.

            – Antonio, eu te amo. – eu dizia baixo, sem jeito, por sentir o corpo dele tão grudado ao meu.

            – Eu também te amo, Lovino, e sempre vou estar aqui para te proteger. – ele sorria com uma expressão satisfeita no rosto.

             Ele voltou a selar-me os lábios. Era um momento tão mágico, o mais feliz de toda a minha vida. Eu nunca havia me sentido dessa maneira...

             Levantei-me, o coração ainda batendo acelerado. Sentei na beirada da cama, tentando, inutilmente, me acalmar. Cada momento, gesto e palavra, que até pouco eram o motivo de meu sorriso, haviam se tornado os responsáveis pela minha repentina tristeza. O momento mais feliz de minha vida não passava de uma mentira, não passava tudo de um sonho.

            – Lovino! Já acordou? Fiz café, quer? – era meu irmão caçula, Feliciano, quem gritava da cozinha, e cuja voz me fez voltar à consciência.

            – Já vou, fratello. Só vou tomar um banho antes. – respondi, também aos berros.

            Pulei da cama e caminhei apressado até o banheiro - quem sabe a água gelada não levava embora todas as minhas preocupações...

            Realmente. Senti-me bem melhor. Parecia que um peso havia sido me tirado, apesar de meu peito ainda doer um pouco. Olhei atentamente para a água suja que descia pelo ralo. O que raios foi aquele sonho?

            Depois de me vestir e tomar o café feito por Feliciano, me sentei à mesa, diante dele. Ele estava compenetrado a costurar algo, o que tornava a cozinha silenciosa.

            – Feliciano, o que você acha do Antonio?...

            Corei. Por que eu disse o que dissera? Abaixei o rosto, escondendo-o entre os braços, e deitei o tronco sobre a mesa. Simpelmente não haviam palavras que pudessem expressar toda a vergonha que eu estava sentindo. Meu irmão parou automaticamente de movimentar as mãos e me olhava com a boca levemente aberta.

            – Você gosta mesmo do mano Antonio, não é?

            Não adiantava mentir. Concordei com a cabeça. Meu irmão sorria bobamente e parecia se divertir com a minha situação. Acho que aquele sorriso era o que eu mais admirava nele...

            – Quando vai se declarar pra ele?

            Aquelas palavras me surpreenderam, deixando-me perplexo e completamente sem reação. Sentia meu peito acelerando cada vez mais. Será que é aquilo que esperavam mesmo de mim? Eu nunca conseguiria, eu nem ao menos sei como fazer isso!

             – Hoje é dia de Santo Antônio, devia se declarar hoje pra ele. – sorriu – Não há dia melhor. – disse calmamente após se levantar e caminhar até a sala, guardando seja lá o que fosse que estava costurando numa pequena gaveteira. Abriu a porta no átrio – Aliáis... Este ano vou à feira com Ludwig e Kiku, você não se importa, né?  – os olhos dele adquiriram um brilho diferente, que não pude deixar de notar.

             – Trocado por uma batata... Que ótimo... – falei, quando meu irmão já estava longe demais para ouvir.

             A feira de Santo Antônio é o lugar ideal para transmitir os sentimentos pela pessoa amada, eu sempre ouvi esse tipo de coisa desde muito jovem. Eu ia todo ano com meu irmão, desde que eramos pequenos, mas pelo jeito, iria sozinho àquele ano. Suspirei, levemente chateado. O que Antonio estava a fazer agora? Teria planos? Meu rosto começou a arder quando quando dei conta do que eu havia pensado.

             – NÃO! – gritei, balançando a cabeça, descontrolado – Eu fiquei louco ou o quê? Chamar Antonio para ir comigo? – ainda bem que a casa estava vazia, assim ninguém pode ouvir meus chiliques.

            Eu estava constrangido com meus próprios pensamentos. Eu desejava tanto vê-lo, que chegava a ser desesperador. Qual era o meu problema? Desde aquele maldito sonho, aquele estípido espanhol simplesmente não me saia da cabeça. O telefone toca, fazendo-me desequilibrar da cadeira e tombar no chão.

            – Droga... Alô? - digo irritado, segurando o telefone na orelha, tentando me levantar do piso gelado.

            – Ah! Lovi! Tudo bem?

            Aquela voz... ERA ELE. Meu peito se contraiu com força. Por que ele havia me ligado? Antonio nunca foi do tipo de telefonar quando precisa de algo, costumava simplesmente aparecer quando lhe dava vontade.

            – O que você quer? – respondi, assumindo o tom de voz mais rancoroso que podia.

            – Então Lovi... – deu uma pequena pausa – O que vai fazer hoje à tarde?

            – Não te interessa.

            – Assim você me magoa, pequeño... Bem, – sua voz, de repente, tornou-se mais séria, surpreendendo-me – se não for fazer nada... Que tal ir comigo à feira de Santo Antonio?

            Não consegui responder-lhe. Meu coração batia tão forte que me chegava a doer o peito. Não conseguia mais conter aqueles sentimentos que estavam queimando, tão intensamente, dentro de mim. Eu queria vê-lo, sempre. Eu queria passar mais tempo junto dele. Eu o amava muito.

            – Lovino? Está ai? Você não desligou, né?

            –Ok...

            –Ok o quê?

            –EU VOU COM VOCÊ NA FEIRA, CAZZO! – grito no telefone, irritado e constrangido.

            –Nossa, sério? Que ótimo! Então agente se vê na entrada do parque, às três horas. Adios, pequeño! Beijos!!

            Pus o telefone no gancho e capotei no chão, batendo o joelho com tudo no piso gelado da cozinha. Eu estava tão feliz e meu coração batia tão rápido e alto que parecia prestes a pular para fora de meu peito.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim! ^^
O próximo capítulo já está pronto, só falta betá-lo.
Se você deseja lê-lo não se esqueça de me mandar um review, SENÃO...
Aceito elogios, sugestões e críticas. Acharam algum erro de português na fic? Por favor, me avise.
BJJS e até a próxima! ^^