Undertaker [Hiato] escrita por biazacha


Capítulo 23
Estúpido Lado Racional


Notas iniciais do capítulo

Hey amores da minha vida! lol
É eu sei, demorei pra postar mas.... basicamente não encontrava o feeling pra escrever - pra sair um Keaven, tem que ter um feeling certo. Parte da culpa é o fato de ter me ocupado de livros medievais e seriados de terror, que não exatamente te ajudam na hora de desenvolver um shipper, mas ok... o feeling veio e escrevi demais - por isso, quebrei o cap em duas partes pra não ficar muito estranho.
Ficou menor que o usual, mas tem quase 2000 palavras, por isso não reclamem ok? Ficou mais comédia que o primeiro, mas achei que ela precisava disso depois da volta as aulas deprimente.
E também cheguei a marca bizarra dos 70 leitores - não sei se é bom ou ruim tanta gente lendo, mas me sinto pressionada a fazer as coisas um tantinho melhores.... e nesse mar de fantasminhas, dou as boas vindas a fofa da Safira Webb! (*-*)/
Agora, aquele momento em que fico séria: sei que muita gente ainda tá revoltz e indignada com o fim da categoria bandas né? Eu mesmo tinha lá uns shippers que curtia ler de vez em quando, por isso gostaria de dar um toque: o Nyah! não sacaneou os usuários e pronto. São pessoas reais e direitos de imagem existem - em tempos de fechar sites de downloads, blogs, fã clubs não oficiais e canais do YouTube a torto e direito, eles foram avisados que não podiam disponibilizar fcs usando pessoas no lugar de personagens e fizeram sua parte. Se eles não excluíssem, o site inteiro iria pro ralo e aí já viu né?
Eles foram super corretos, deram um prazo pra pessoa acertar a vida, encerrar a fic, mudar de categoria e até ensinaram como ela pode fazer as correções necessárias rapidamente. Como a galera reage? Com infantilidade! Continuar sua fic na categoria Originais e usar 1D, Justin Bieber, Selena Gomez, K-Pop groups, Paramore e todo o povo que amam usar... só vão conseguir ferrar todos os usuários do site assim, Mudar o nome de galera não vai matar ninguém, se sua história é boa as pessoas vão continuar lendo! E o mesmo pra atores: vai escrever um Delena? Firmeza, mas não pode usar Ian e Nina... tem que ser o nome dos personagens!
Por isso, se virem essas fics, deem um toque nos autores... e se perceber que a coisa não muda, podem me recriminar por dizer isso, mas denunciem. Porque se começar a aparecer processos por uso indevido de imagem o site fecha rapidinho!
Esse foi o momento sério do cap de hoje.
Pra quem leu o conselho ali inteirinho, você é um amor, boa leitura!



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O vento nos cabelos fazia os fios grudarem no brilho labial que passou antes de sair e trazia ciscos para seus olhos. A velocidade elevada era perigosa e irresponsável, principalmente se levar em conta que a passageira está se recuperando de um acidente automobilístico. Para quem dirige tão rápido para casa, ligar o som era apenas um desperdício da bateria do carro, mesmo porque o clima dentro dele estava tão estranho que ninguém daria a mínima pra música.

Foi com esse estado de espírito que Raven viu-o estacionar na frente da casa dela.

-Me desculpe. – falou sem pensar.

-Pelo o quê? – perguntou ele gentilmente.

-Por te usar pra sacanear a Foster, foi infantilidade minha.... portanto me desculpe.

-Não se desculpe – disse ele sério – aquela garota me dá nos nervos e eu estava quase apelando para vê-la ficar quieta.

-Faria qualquer coisa pra ela calar a boca né? – riu a menina.

-Não estaria disposto a beija-la – admitiu pensativo – muito menos arrancar a roupa no meio do Laboratório de Biologia ou algo assim. – ambos riram.

-Mesmo porque você só pode ir arrancando a roupa na minha cozinha. – disse ela, tentando fazer piada; se arrependeu no mesmo instante. Ele não era Vlad ou Jay, era Keane e decididamente... mais perigoso.

-Assinamos contrato de exclusividade? – brincou ele.

-Claro que sim. – rebateu, aliviada por ele não ter levado a sério.

-E ele especifica o cômodo? – agora ele sorria de canto com a piada e estava absolutamente lindo. Raven se odiava por ficar tão feliz com isso.

-Tenho quase certeza de que há uma clausula que envolve o uso de novos cômodos caso eu enjoe da cozinha. – sua voz saiu bem mais provocante do que ela gostaria.

-E no momento, como anda seu critério?

-Essa é a segunda vez, então não tem como ter enjoado. – ela respondeu, surpresa com a surrealidade da conversa.

Ele riu de leve e sorriu pra ela, enquanto tirava seu cinto de segurança. Tudo em Keane mexia com ela de uma forma indescritível – seja sua risada peculiar, como se ele perdesse o ar quando risse; o modo gracioso como seu cabelo se movia facilmente quando ele fazia algo ou os rápidos sinais de sorriso que brincavam em seu rosto sem que o próprio se desse conta.

O modo como até mesmo as mais simples roupas pretas ficavam incrivelmente sexies e elegantes nele; como seus olhos pareciam cintilar reflexos da luz e como seus dedos longos e finos manuseavam tudo a sua volta com rapidez e uma certa graça, como fossem passos ensaiados muitas vezes até chegarem a perfeição.

Ele era perfeito, perfeito demais pra ela, perfeito demais pra ser verdade... e isso só a deixava mais apreensiva: todos tinham falhas para compensar suas qualidades e as de Keane deviam ser realmente terríveis.

Todos esses pensamentos apenas no tempo de ele tirar o cinto de segurança, pegar o celular no painel e colocar no bolso, fechar os vidros elétricos e destrancar as portas. O mundo parecia lento e sem importância quando ela se focava em Keane.

Suspirou –fato que não passou despercebido por ele.

-Está mesmo cansada não é?

-Mais do que gostaria. – admitiu.

-Bom vamos nessa. – ele abriu a porta e a fechou rapidamente, saltou na frente do carro e escorregou para o outro lado com um ar travesso no rosto e pegou a bolsa dela, que mal tinha aberto a porta.

-Não precisa carregar minha bolsa! – chiou ela.

-Não pretendo carregar a bolsa, mas faz parte do pacote.

E antes que Raven se desse conta, ela estava sendo levada para dentro de casa no colo de Keane.

-Me põe no chão, isso é ridículo! – gritou ela, se contorcendo.

-Não é não, relaxa. – ele bateu a porta do carro e sorriu.

-Me solta agora!

-Se eu te soltar, você vai cair no chão. – disse ele, franzindo o cenho.

-Tudo bem. – rosnou ela.

-Se cair, vai se machucar. – ele parou na frente da porta e colocou as chaves. Ela não se lembrava de tê-lo visto pegando-as em sua bolsa.

-Não me importo. – disse

-Quer que eu banque seu médico no lugar de chef, é isso?

Ela segurou o ar e congelou nos braços dele por uns instantes; Keane nada fez, apenas a fitou com um brilho perigoso nos olhos enquanto continuava na porta da casa esperando uma resposta. Na pior hora possível, ela se deu conta de como os braços dele eram fortes e lhe passavam uma sensação de proteção, de como seu perfume – o mesmo cheiro que impregnava seu quarto – era deliciosamente masculino e de como ela tinha uma visão privilegiada de um pedaço de seu pescoço e do maxilar rígido, o que só a fazia sentir instintos idiotas como “seria tão legal dar umas chupadas na pele de porcelana dele”.

-Pode me deixar no sofá. – disse enfim, após a tensão entre eles estar a um passo do ápice.

O garoto riu, abriu a porta e entrou; mesmo que ela não conseguisse ver, podia sentir que ele entrou com o pé direito e não sabia ao certo como estava em relação a isso. Num rodopio suave ele se virou e fechou a porta, fazendo com que Raven tivesse total certeza de que eles pareciam um casal recém-casado – só faltava uma plaquinha de “Não Perturbe”.

Cruzando os braços para obter uma falsa sensação de proteção, ela o deixou guiar de modo lento e torturante até o sofá, onde a depositou num gesto totalmente cerimonialista e se apoiou no braço do móvel, fazendo uma pressão nela, mesmo que eles não se tocassem. O garoto estava terrivelmente perto e ainda sim longe – para sua completa irritação, ela percebeu que uma parte de sua mente gritava que ele não estava perto o suficiente.

Com a luz no cômodo, uma parte de seu rosto permanecia iluminada e a outra caia nas sombras, reflexos azulados davam um ar exótico ao seu cabelo preto e seus olhos pareciam paralisados, com se Raven fosse a coisa mais fantástica de se observar no mundo.

Então ela começou a desejar qualquer coisa: que o telefone tocasse, que um coruja brotasse ali, que um deles espirrasse, que ao menos Keane piscasse... de fato, a tensão entre eles acabou por se partir em mil estilhaços, mas de um modo que também partiu a dignidade dela totalmente. Seu estômago roncou.

Com as bochechas enrubescendo, a menina evitou contato direto com ele. Sentiu então uma leve pressão em seu rosto e, com delicadeza, ele guiou seu queixo com as pontas dos dedos até o rosto voltar à posição de antes – ele estava mais próximo agora e seu rosto carregava algo de sério e ao mesmo tempo sereno que a surpreendeu. É como se estivesse olhando uma versão mais velha dele.

Para sua completa surpresa, ele se inclinou e estalou um casto beijo em sua bochecha. O local onde os lábios dele tocaram queimou e em questão de instantes Raven sentia seu corpo inteiro quente; aquilo era ridículo, ele apenas a beijou no rosto, pessoas fazem isso como cumprimento.

Mas não Keane, lembrou a si mesma com a empolgação de uma pré-adolescente.

-Vou fazer seu almoço. – disse ele, deixando-a sozinha ali e se encaminhando com passos decididos em direção à cozinha.

“É tão difícil ser direta?” pensou a menina raivosamente “Porque não admite que o seguia e pergunta de uma fez o que ele faz no cemitério, porque se aproximou assim do nada, o que ele sabe.... pergunta de uma vez e para de ficar se travando!” bufando de raiva, ela estava em um daqueles ataques de raiva em que se odiava inteiramente: ambos estavam ali, sozinhos, solteiros, dispostos – mas ao mesmo tempo, eram fatos estranhos demais cercando seu vizinho para que ela se permitisse simplesmente se jogar nos braços dele.

E o que a fazia sentir ódio de si mesma mais ainda, é que naquele instante ela queria mais é ser uma vadia como Ramona Foster, entrar naquela cozinha e agarrar o cara que dominou seus suspiros e devaneios por meses.

Agitada, ela virou para o lado, o que se mostrou uma péssima decisão. Com o dia ‘cintilante’ que estava tendo, cair do sofá foi apenas confeitos no cupcake de azar, amargura e tédio.

-Cara, vai dar de uma vez pro cara e para com isso! – a voz de Gabe estava entre o irritado e o maldosamente divertido.

-Sinto muito em te dizer Raven, mas concordo com ele; suas necessidades carnais atrapalham seu raciocínio e foco, devia aliviar elas de uma vez.

-Está dizendo que tenho rolar pelo chão loucamente com o Keane garota? – perguntou ela chocada; a menininha sempre foi meio sinistra em relação ao garoto.

-Sinto muito em não lhe dar apoio nesta paixonite, mas sugiro que compre um vibrador ou algo assim.

Raven olhou para o alto, na direção das vozes e encontrou ambos sentados no sofá onde ela estava instantes antes; a menininha parecia a mesma criatura patética e insuportável das últimas vezes, mas Gabe encarava a garota azul boquiaberto, obviamente espantado com a sugestão dela. Não que Raven se sentisse muito diferente dele.

-Obrigada... mas eu passo.- murmurou.

-Vai fazer algo de útil Texugo, levanta essa bunda lisa do chão e troca de roupa.

-Diz isso o cara que podia usar a mesma camiseta três dias seguidos. – rosnou ela, mas mesmo assim subiu rapidamente em direção ao seu quarto, rezando para que Keane não resolvesse procura-la nesse meio tempo. Seria grosseiro trancar a porta do quarto e ela detestaria ele a flagrando sem blusa ou algo assim.

Parada em frente a suas roupas, basicamente não sabia o que colocar; já tinha decidido que não, não iria sair rolando com ele loucamente pelo chão, mas isso não significava que ela não quisesse... deixar uma boa impressão. Porque talvez um dia ela resolvesse que queria sim macular a casa comprada com o dinheiro dos seus pais e para isso teria que manter uma imagem decente dela na mente de Keane.

Vestido era óbvio e perigoso demais; saia era óbvio, perigoso e ele já a tinha visto com a sua branca estranha; calça era desconfortável e pouco feminino, shorts mostravam claramente suas pernas finas e iguais e de uma pivete. Seu corpo parecia ter parado em algum lugar no começo da puberdade e ela detestava isso mais do que demonstrava.

Acabou pegando uma regata longa e meio detonada do Edward Mãos de Tesoura e um shorts colado. Na verdade o shorts colado era uma legging que ela cortou porque apenas tamanhos infantis entram nela e andar por aí com a Hello Kitty na panturrilha é sinônimo de desastre quando seu melhor amigo se chama Charles Warmoth.  Irritada com sua ineficácia em parecer uma garota bonita, prendeu os cabelos loiros em um coque frouxo; todos sempre dizem que este é um penteado que deixa as meninas parecendo mais velhas e ela torcia para que fosse um fato verídico. Colocou suas pantufas do Darth Vader resignada e foi descer.

Mas parou por uma boa razão: mal abriu a porta do quarto e Keane a encarando.... sem jaqueta, suéter, camisa ou camiseta. Nadinha - a não ser um conjunto de músculos no mínimo apreciáveis.


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Notas finais do capítulo

Não me matem. Já tô escrevendo a outra parte....
Beijinhos!! (*---*)//



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