Refazendo O Passado. escrita por GRT, Juliana


Capítulo 15
O medalhão.


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais, por favor!



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*Lumus*




Hermione, Rony, Harry e Gina estavam novamente na Sala Precisa, discutindo como fariam para pegar e destruir a próxima Horcruex, o medalhão.


– Nós devíamos ter visto isso mais cedo. – Repetia Hermione. – Éramos para ter ido atrás do medalhão no dia do baile, éramos sim!


– Acalme-se, Mione, não faz diferença. – Respondeu Gina relaxada como sempre.


– Como assim não faz diferença? É claro que faz, ou você quer que nos formemos no passado e depois continuamos a destruir a Horcrux? – Perguntou irônica. – Não, que tal, nos formamos num curso no ministério e já ficamos por aqui mesmo, brilhante, realmente brilhante!


– ‘Tá, deu, já chega! – Interrompeu Harry. – Não vai adiantar de nada ficarmos discutindo sobre isso. Hermione tem razão, ficamos pensando em coisas paralelas ao invés de focar no que realmente importa. Porém, Gina também tem razão, você está muito preocupada com isso Hermione, podemos ficar aqui o tempo que necessitarmos, a missão não tem um prazo de tempo. Mesmo que eu também queira terminar isso ainda em Hogwarts.


– O problema, Harry, é que eu sou a única que foca em alguma coisa aqui, todos estão preocupados demais em se divertir com Os Marotos.


– Parece que você não gosta deles. – Comentou Gina.


– Não é que eu não goste deles; na verdade acho-os bastante divertidos e vou adorar conhecê-los, se conseguirmos cumprir a missão, futuramente; só acho que eles brincam demais o tempo todo e não se esforçam em passar, nos N.I.E.M’S.


– Hermione, você percebeu o que está falando? – Perguntou Harry, em tom risonho. – Você está preocupada se eles vão passar de ano ou não. Hermione, pela primeira vez na vida, tem algo mais importante do que a sua educação e a dos seus amigos. Temos que destruir as Horcruex, esse é nosso objetivo.


– Estou preocupada com a educação dos outros?


– Está, você se preocupa demais com seus amigos, Mione.


– Mas, algum tempo atrás você disse que só se preocupava com a minha e a sua. – Falou Rony, confuso.


– Isso foi para você desistir de copiar meus deveres.


– Ah, ‘tá. – Respondeu conformado.


– Certo. Agora vamos agilizar um pouco as coisas. Eu estava pensando – Disse Hermione tirando um pergaminho do bolso interno das vestes. – usamos um feitiço para detectar uma casa bruxa, certo? – Após todos terem confirmado ela prosseguiu: - então, se usamos para uma casa, deve dar certo para uma caverna oceânica também.


– Genial! – Exclamou Harry enquanto a via abrir o mapa em cima de uma mesinha na Sala Precisa. A garota corou, mas sorriu orgulhosa consigo mesma.


– Bem eu pus outro feitiço, para detectar a quanto tempo foi feito magia no lugar. O azul bebê é a mais de dez anos; o azul um pouco mais forte a mais de cinco anos; azul marinho há um ano e azul forte, que não tem aí, a menos de um mês.


– Ele deve cuidar bem dessas coisas, quer dizer, são partes da alma dele. Então, eu creio, que ele deve visitá-las anualmente, né? – Disse Gina.


– Uma pessoa menos convencida provavelmente visitaria uma vez por mês. Mas como estamos falando de Voldemort e ele acha que ninguém é tão inteligente... – Concordou Harry.


– Então vamos visitar a que estão em azul marinho primeiro? – Perguntou Rony, enquanto analisava as cavernas neste tom de azul. Três.


– Isso então se não der vamos às azuis fracos e assim por diante.


– O que vocês acham que vai ter por lá, hein? – Perguntou Hermione, pela primeira vez expressando seu medo.


– Não sei. Só espero que não seja muito difícil.


– Não sei, não. Alguma coisa me diz que essa vai ser a mais perigosa.


*****

Sirius se revirou mais uma vez na cama. Não conseguia dormir. Não aguentava mais aquela pulga atrás da orelha, será que era? Será que aquele estranho Harry Potter era... Parente de seu melhor amigo. Por que se era só se perguntava o que ele estaria fazendo aqui por que Diabos, o garoto e seus amigos simplesmente aparecem dizendo que viajaram no tempo, assim sem mais nem menos, ele não acreditara na historinha que eles contaram, quando perguntou como vieram parar ali:


– O caldeirão que estávamos preparando uma poção do tempo explodiu. – Dissera Hermione.


E o pior de tudo é que Remo sabia de algo e não queria contar. Bufou baixinho e, num impulso totalmente impensado, pulou da cama. Foi primeiro em direção a cama de Remo:


– Remo Lupin, se levante. – Disse baixinho chocalhando o amigo sem delicadeza nenhuma.


– Anh? O quê?... Sirius! – Falou ainda sonolento.


– É, é. Agora levanta e desce.


– Por que eu faria isso? – Perguntou virando as costas para Sirius e fechando os olhos.


– Está certo então. Fique aí que eu vou ter uma conversinha com Harry, depois ele te conta como foi. – Respondeu o outro, irônico.


– Deixa disso, Sirius. Esquece. – Respondeu Remo agora totalmente acordado.


– Eu vou acordar os outros. – Respondeu se virando e caminhando em direção a cama de Rony.


Depois de acordar Rony e Harry os quatro desceram para o Salão, Harry e Rony ainda não sabiam a troco de que Sirius os acordara àquela hora da madrugada.


– O que você quer Sirius? Não são nem 3h00min. – Perguntou Rony coçando os olhos.


– Chamem as meninas.


– O quê? Mas...


– Chamem Gina e Hermione. – Mandou Sirius, mais uma vez.


– Certo. – Resmungou Harry conjurando um patrono e o mandando para o dormitório feminino, aprendera a fazer um patrono falante no passado.


Alguns minutos depois Hermione, ainda meio dormindo, desceu as escadas do dormitório, com um robe por cima do pijama, seguida de uma Gina Weasley irritada, também de robe.


– O que vocês estão pensando para me acordar a essa hora? – Perguntou à ruiva, parecendo extremamente irritada. - E eu sei que foi você, Harry Potter.


– Calminha aê! A culpa não foi minha foi do Sirius, ele que mandou.


– E desde quando Sirius Black te manda?


Harry abriu a boca para responder, mas Sirius o interrompeu:


– Calem a boca. O casalsinho vai ter muito tempo para discutir depois que casarem. Agora, façam a gentileza – Sirius fez uma careta irônica. – De se sentarem!


– Eu não vou me sentar. Você não manda em mim. – Brigou Gina.


– É impressão minha ou você gosta de ser do contra, garota?


– Eu gosto de ser do contra mesmo.


– Não importa. Preciso perguntar uma coisa e não quero que me mintam...


Mas antes que ele pudesse terminar a frase Maria entrou pelo buraco do retrato, levou um susto ao vê-los. Ela e Sirius perguntaram juntos:


– O que vocês estão fazendo aqui?


– Onde você estava?


– Num encontro. Por quê? Não pode? – Respondeu Maria desafiadoramente. Sirius abriu a boca para dizer que não, mas teve tempo de conter-se. Então simplesmente deu de ombros. – O que vocês estão fazendo aqui? – Perguntou Maria novamente.


– Nada. – Respondeu Remo, mas Sirius contrariou:


– Por que ela não pode saber o que estamos fazendo, Remo? Deve ser por que tem algo a esconder, não é mesmo? – Perguntou astutamente. – Fique, Mcdonald.


– O que você estava falando, Sirius? – Perguntou Rony. Queria que aquilo acabasse logo para poder voltar para a cama.


Maria se sentou e Sirius continuou:


– Estava dizendo que vou perguntar uma coisa e não quero que mintam. – Sua voz voltou a ser séria e nervosa, ele se sentou. – Até por que, eu acho que já sei a verdade. – Comentou para si mesmo, mas como o salão estava vazio, todos ouviram. Harry começou a desconfiar de sobre o que Sirius perguntaria.


– Sirius... – Começou o garoto lentamente. – Qualquer que seja a sua pergunta, você tem que prometer que não vai contar nada para ninguém. – Sirius soube no mesmo instante que ele se referia a Tiago. – Você também, Maria.


– Certo, certo. Vamos logo com isso. – Resmungou Maria curiosa, que até agora não estava entendendo nada da conversa.


– Eu... – Hesitou Sirius. – Está bem. Eu não conta nada pra ele.


– Ele... Ele não está falando do que eu acho que ele está falando, está Harry? – Perguntou Hermione, nervosa, em seu ouvido.


Por mais que a pergunta fosse confusa Harry entendeu e respondeu:


– Acho que está.


– Olhem, eu realmente quero a verdade, O.K.? Isso está me matando. – Todos assentiram. Sirius se virou para Harry e fez a pergunta diretamente para ele: - Você é filho do Tiago e da Lílian, não é?


– Você já sabe a resposta. – Disse Harry seriamente.


– É já sei sim.


– Do que, Diabos, vocês estão falando? – Perguntou Maria confusa.


Todos olharam para ela incrédulos, mas foi Sirius quem respondeu:


– Você está parecendo a Alice, sabia?


– Cala a boca. É que seu estou com sono, Black.


– Harry é filho de Tiago e Lílian, queridinha, entendeu agora? – Perguntou Sirius.


Maria ofegou e todas as peças do quebra-cabeça se juntaram. Como ela não percebera antes? O garoto era a cópia de Tiago, mas sua personalidade com certeza era parecida com a de Lílian e...


Maria se levantou e caminhou até o garoto, queria confirmar uma coisa, olhou para seus olhos... Verdes. Verde esmeralda, como os de sua amiga e...


– Maria, o que você está fazendo? – Sem perceber ela pegara o rosto de Harry com as duas mãos e estavam muito próximos agora. Harry a olhava assustado, enquanto suas bochechas adquiriam um tom rosado.


– Desculpa. Só estava...


– Dando uma olhadinha nos olhos? – Perguntou Remo.


– É. – Confessou.


– É a primeira coisa que pensamos em fazer. Só para confirmar, não é mesmo? – Continuou Remo. – Temos certeza que ele tem os olhos de Lily, mas mesmo assim, quando sabemos a verdade... Temos que olhar novamente.


Maria concordou com a cabeça, um pequeno sorriso no rosto, mesmo que ainda não tivesse assimilado tudo. Sua melhor amiga tinha um filho... Da idade dela, ainda por cima. Isso sim era muito estranho, desde que entrara no mundo da magia, aos onze anos, nunca vira nada mais estranho que isso.


– Mas, então... – Rony interrompeu seus pensamentos. – Vocês não querem saber mais nada?


– Não pergunte isso, Rony! Já é ruim o suficiente eles saberem da verdadeira identidade de Harry, imagine se derem para fazer perguntas. – Xingou Hermione.


– Eu não quero saber mais nada! – Exclamou Sirius.


– Como assim, Sirius? Você é curioso. – Perguntou Remo rindo.


– Sou, sou curioso sim. Mas eu não quero ficar escondendo as coisas do meu amigo, já é ruim o suficiente eu ter que esconder isso. Não vou esconder mais nada de Lílian e nem, muito menos, de Tiago. – E, olhando para Remo balançando a cabeça negativamente, Sirius se levantou e foi para o dormitório.


– Olha, gente, eu nunca fui curiosa; não devia nem ao menos saber disso; Lílian vai ficar fula da vida quando souber que eu sei...


– Como assim Lílian vai ficar fula da vida quando souber que eu sei? Ela não vai descobrir.


Maria riu desdenhosamente de Hermione.


– Você só pode estar brincando, filha. Eles só não descobriram ainda por que estão muito entretidos com eles mesmos. E, outra coisa, Sirius disse que não vai falar nada, e provavelmente não vai falar mesmo. Mas vocês eram para ter dito: “promete não contar nada, mesmo que seja indiretamente?” Por que, queridos, ele é um maroto e a cada cinco minutos vai ficar dando dicas a Tiago e Lily, e eu estou pensando em fazer o mesmo, se é que querem saber. – E dizendo isso saiu do salão.


– Agora ferrou com tudo, eles não podiam ter descoberto. – Harry, agora totalmente acordado, reclamou.


– Sirius está bravo comigo, provavelmente não vai nem me dirigir à palavra. – Falou Remo puxando os cabelos. – Eu devia ter contado.


– Não devia não. – Exclamou Hermione. – você é consciente e sabe que isso nos prejudicaria. E é claro que Sirius vai voltar a falar com você...


– Vai demorar. Por mais que ele fuja disso, ele é um Black e os Black são rancorosos e não esquecem as coisas rápido. E sim, eu devia ter contado, dou muito valor aos meus amigos, eles foram às primeiras pessoas que me aceitaram, mesmo eu... Tendo um “probleminha peludo”. Não quero perdê-los. – E saiu também. Deixando todos os que restaram preocupados.


*****


Já era a segunda gruta que iam e nada. Nem um sinal de Horcruex. É claro que eles não esperavam que ela estivesse bem na frente deles, mas Harry as sentia e definitivamente não tinha nenhuma Horcruex na primeira caverna, ou gruta.


Quando entraram dentro dela, a segunda, Harry sentiu uma forte pontada na cicatriz e exclamou:


– É aqui!


– Tem certeza, Harry? – Perguntou Rony. – Eu não estou vendo nada. Nenhum sinal dessa coisa.


Mas Hermione parecia estar procurando algo, começou a passar a mão e a varinha, sussurrando palavras desconhecidas, como se procurasse algo que lhe fosse bastante promissor. Até que, finalmente gritou:


– Aqui! Tem alguma coisa aqui, tenho certeza. – Todos se encaminharam para o local onde ela estava, encontrando somente uma parede lisa, como todo o resto da caverna.


– Acho que não hein, Mione? Parece igual às outras. – Desconfiou Gina.


– Não. Tem magia aqui, eu posso sentir. Acho... Que é uma espécie de porta. – E passou a mão pela parede lisa novamente. – Só temos que descobrir como abri-la.


Depois de alguns minutos em que todos tentaram todos os tipos de feitiços para abrir ou revelar coisas, Harry tentou até o “juro solenemente não fazer nada de bom”, Gina disse:


– Não adianta, não vai abrir com nenhum feitiço. Talvez, com algum tipo de pagamento? – Perguntou já imaginando o que seria fazendo Hermione olhá-la alarmada e perguntar:


– Você não acha que... Acha?


– Bem, é Você-Sabe-Quem, não é?


– Mas, mesmo assim, Gina, isso é tão... Tão...


– Deselegante? Eu sei, mas ele deve pensar em nos enfraquecer e...


– Pêra aí! – Pediu Harry. – Eu não estou entendendo nada.


– Somos dois, Harry. – Concordou Rony.


As garotas se entreolharam e Hermione respondeu:


– Gina acha, ou melhor, nós achamos que temos que pagar para passar pela parede.


– Pagar com o quê? – Perguntou Rony, confuso. – Eu duvido que Você-Sabe-Quem queira que paguemos galeões para uma parede.


– Claro que não, né, Rony? – Respondeu Hermione, revirando os olhos. – Achamos que... Achamos que temos que dar... – Hermione baixou a voz como se fosse segredo – sangue.


– Sangue?


– É, sangue. Vocês nunca leram um livro, não? A maioria dos bruxos das Trevas usa isso, seja com aliados ou não. Nos deixa mais fraco, obviamente.


Não demorou muito e Gina disse:


– O.K. eu faço isso! – E pegou uma pedra do chão, a fim de transfigurá-la em faca.


– De jeito nenhum. – Saltaram Harry e Rony.


– E por que não? – Perguntou para logo depois completar, ironicamente: - ah, é claro, eu sou uma menina, portanto eu logicamente não poço fazer nada a não ser e esperar que um homem faça por mim. Eu quero ajudar, e não me importo com um cortizinho.


– Exatamente, você é uma menina e deixe que façamos isso por você. – Respondeu Rony, Gina lhe lançou um olhar assassino como se estivesse prestes a pular no pescoço do irmão, o que estava.


– Escute Gina; - interveio Harry. – Somos grifinórios, não somos? Então, uma das principais características de um grifinório é o cavalheirismo. Agora deixe que eu faça isso.


– Não, eu faço. – Pediu Hermione. – Eu nunca faço nada e...


– Como assim nunca faz nada? Você é o nosso cérebro, Mione, eu que nunca faço nada. Eu dou meu sangue. – Disse Rony.


– Não, gente, é sério. – Interrompeu Harry convicto. – Desde que Tiago e Lily estão juntos tenho me sentido mais forte, sabe? Como se isso afetasse minha existência no futuro, o que realmente afeta. Eu faço e ponto. – O tom de Harry encerrava o assunto.


– Está certo, mas...


– De a pedra para a Hermione, Gina. – A garota lhe lançou um último olhar preocupado, mas obedeceu.


Hermione transfigurou a pedra em uma pequena faca e a alcançou para Harry. O garoto olhou a pequena lamina na mão por um instante e, sem pensar muito, fez um corte profundo e longo no braço, fazendo o sangue jorrar na parede de pedra.


– AI! – Exclamou enquanto o sangue continuava a jorrar e ele ficava estranhamente pálido. Hermione o virou para ela e, o mais rápido possível, fez um feitiço de cicatrização.


– Desculpe Harry. – Disse. – Mas não sei muito bem feitiços para repor sangue.


– Não faz mal. – Respondeu o outro com a voz fraca.


– Olhem! – Mandou Rony fazendo Gina, Harry e Hermione se virarem para a antiga parede, que agora se transformara em um buraco que dava espaço para uma próxima parte da caverna, como se o lugar onde se encontravam fosse uma ante-sala. Atravessaram o buraco e a primeira coisa que fizeram foi dizer:


Lumos Maxima.


Continuavam em uma caverna, como o esperado: /Eles estavam no canto de um grande lago preto, tão vasto que eles não podia enxergar o lado oposto, numa caverna tão alta que o teto também era impossível de se ver. Uma luz verde brilhava longe no que parecia ser o centro do lago; estava refletida na água parada abaixo. O brilho esverdeado e a luz das quatro varinhas eram as únicas coisas que quebravam a completa escuridão, apesar de que seus raios não penetravam tão longe como eles esperavam. A escuridão era de alguma maneira mais densa que o normal./*


– Vamos fazer o seguinte: - disse Harry, ainda com a voz fraca, depois de um longo silêncio, em que todos olharam curiosos ao redor. – Vamos procurar um jeito de chegar lá no meio; onde está a Horcruex, eu acho; vamos... Vamos dar umas voltas ao redor disso aqui, fiquem todos perto um dos outros, por favor.


– Certo. – Concordaram.


Deram uma volta, e mais uma. Sem encontrar nada, até que Rony teve uma idéia:


– E se tentássemos um feitiço convocatório? – Sua voz parecia levemente insegura.


– Eu acho que não daria certo, mas tente. – Respondeu Hermione.


– É eu também acho. Mas não custa nada, né? – Disse Gina, Harry permaneceu em silêncio.


– Anh... Certo. – Disse Rony. – Accio Horcrux.


/Com um barulho de uma explosão, algo muito grande e pálido saiu da água escura a uns 5 metros deles; antes que qualquer um deles pudesse ver o que era, tinha desaparecido de novo num grande mergulho que fez grandes ondas na água. Eles andaram para trás em choque e bateram na parede; seus corações ainda estavam em um ritmo acelerado quando se entreolharam./**


– Acho... – Começou Hermione com a mão no peito por conta do susto. – Que aquilo era um inferi.


– O que diabos...?


– Um inferi – interrompeu Hermione – é uma espécie de zumbi, Harry. E parece estar pronto para nos atacar caso queiramos pegar a Horcrux.


– Mas, então como vamos atravessar o lago para pegar a Horcrux? – Perguntou Gina. Hermione pareceu analisar bem a pergunta, se desencostando da parede seguida pelos outros, chegou bem perto do lago e pareceu examiná-lo também, respondendo lentamente:


– Provavelmente ele só vai nos atacar se nós, nós mesmo, encostarmos-nos à água. – E, como se estivesse falando consigo mesma, continuou: - tem que ter algum jeito de atravessarmos o lago... Uma vassoura talvez...


Hermione deu um passo para frente, para perto do lago, e escorregou... Foi tudo muito rápido, num momento ela estava ali e no momento seguinte estava gritando enquanto caia e, na tentativa de se segurar em algo, tateou o ar... E se segurou, se segurou em algo aparentemente invisível, com apenas uma mão (Rony correu e segurou a outra, para que a garota não se desequilibrasse novamente) Hermione começou a respirar rapidamente e algumas lágrimas escorreram por seu rosto, quase caíra num lago cheio de inferis.


– O que... O que é isso? – Perguntou Harry se aproximando, junto de Gina, também estava nervoso, Hermione quase caíra, se sentiria imensamente culpado se ela caísse realmente.


– Eu... Eu... Não sei. – Disse Hermione com a voz trêmula, abraçou Rony e sentiu a mão com que segurara o objeto doer, por conta da força com que o segurara.


– Era mais ou menos por aqui. – Disse Gina se aproximando lenta e cautelosamente.


–Cuidado, Gina. – Pediu Harry estendendo a mão para a garota, ela segurou e deu mais um passo indeciso, tateando o ar. E mais um, dois, três, até que finalmente se segurou em algo. Harry se aproximou também pegou a varinha e, encostando a ponta da mesma um pouco acima da mão de Gina, sussurrou:


Revelium.


Lentamente uma grossa corrente verde de cobre apareceu indo do lago até a mão de Gina. Quase no mesmo instante ela e Harry começaram a puxar o que quer que fosse que estivesse de baixo da água até que, muito tempo depois quando a corrente já tinha feito várias voltas em si mesma no chão de pedra, a proa de um pequeno barco apareceu seguida de um barco realmente, ele flutuou, verde como a corrente, até eles. Gina ergueu as sobrancelhas.


– Um pouco pequeno, não?


Hermione, ainda agarrada a Rony, se aproximou puxando o ruivo com sigo.


– Quem vai? – Perguntou.


– Como assim “quem vai”? Vamos todos.


– Eu não sei se você percebeu Rony, - começou Gina irônica – mas não cabemos todos.


– Gina está certa. – Disse Harry e, se virando para a garota, continuou: - vamos eu e você.


– Certo. – Disse a garota entrando no barco.


– E antes que você pergunte o porquê, Rony. - Disse Harry ao ver o amigo abrir a boca. – Eu te respondo: é justo, você e Hermione foram da última vez, dessa vez sou eu e Gina. Fora que, - Harry baixou a voz, para só Rony escutar: - Fique aqui com a Mione, acho que ela ficou meio “traumatizada” com o que aconteceu.


E entrou, com cuidado, para dentro do barco que, imediatamente, começou a se mover. Harry e Gina tiveram que ficar muito próximos, pelo fato de o barco ser muito pequeno; Harry se encolheu para o canto da proa na intenção de Gina ter mais espaço, mas as pernas da garota eram significativamente longas, então não ajudou muita coisa. Harry a olhou e corou, relaxando lentamente no lugar até que todo seu corpo estava de alguma forma, colado ao dela. Surpreendentemente se sentiu mais confortável assim.


– Harry... – Ele ouviu a voz de Gina o chamar.


– Hum? – Perguntou distraído.


– Chegamos. – Respondeu a garota com um sorrisinho de canto. Harry corou.


– Ah, desculpe. Estava distraído. – Se explicou rapidamente, saindo com cuidado do barco. Gina desceu também, muito menos cuidadosa.


/A ilha não era maior que o escritório de Dumbledore, um amontoado de pedras pretas lisas nas quais não havia nada, exceto a fonte daquela luz verde, que parecia muito mais clara se vista de perto. Eles piscaram para ela; no começo, eles acharam que fosse um tipo de lâmpada, mas então eles viram que a luz vinha de uma bacia de pedra como a penseira, que estava no topo de um pedestal. Gina se aproximou da bacia e Harry a seguiu. Lado a lado, eles a olharam. A bacia estava cheia de um líquido esmeralda que emitia aquele brilho fosforescente./***


– Parece algum tipo de poção. – Examinou Harry. Gina levou a mão em direção a ela, mas Harry a parou: - não toque! Pode ser perigoso.


– Não se preocupe. – Respondeu. – Minha mão não passa daqui. – Explicou fazendo força contra o ar, mas parecia ter uma barreira invisível. Harry tentou e também não conseguiu. – Acho que temos que bebê-la.


– Não. Acho melhor não. Quer dizer, pode nos matar.


Gina pareceu avaliar a questão, até que respondeu:


– Acho que não. Não temos certeza que a Horcrux está aí então Voldemort teria que beber a poção também, não é? Para poder pegar a Horcrux e, mesmo tendo Horcrux’s, ele provavelmente não iria querer matar o pedaço de alma que está nele.


– Talvez você tenha razão... E vamos precisar arriscar de qualquer jeito, então...


Conjurou um copo de vidro e este conseguiu passar pela barreira invisível, Harry encheu o copo de liquido, até a metade e levou-o em direção aos lábios. Gina segurou seu pulso, forçando-o levemente para baixo.


– Eu bebo. – Disse ela. – Você já deu seu sangue.


– Exatamente. – Respondeu. – Já estou mais fraco. Valemos mais como um fraco e uma forte do que com dois mais ou menos.


– Não. Faremos o seguinte: eu tomo metade e você toma outra metade.


– Como você é teimosa. – Brincou, rindo levemente, Harry. – Por favor, só dessa vez você me deixa mandar sem discutir, está bem? Só dessa vez, Gi. – Gina não teve como negar então afirmou relutante, com a cabeça. – Gina, antes de tudo: seu eu, por algum motivo: dor, loucura, etc. Parar de beber a poção, você tem que jurar que vai me forçar beber até o fim, está bem?


– Uhum.


– Jure, Gina.


– ‘Tá, ‘tá. Eu juro que faço você beber a poção até o fim.


Harry pode, então, levar o copo finalmente à boca e bebeu-o. Instantaneamente imagens difusas começaram a passar pelos seus olhos: Um homem, um homem alto e moreno; a mulher ruiva caindo no chão a sua frente; um grito: “Vá, Lílian, vá! Proteja Harry! Eu o atraso”; e ele lá, indefeso, sem poder fazer nada para ajudar.


Cegamente, levou o copo em direção a bacia e se apoiou na mesa, ouviu Gina dizer:


– Harry, Harry. Você está bem? Harry, fale comigo.


Bebeu mais um pouco e as imagens mudaram: agora estava a caminho de Hogwarts e todos os colegas despediam-se dos pais, mas ele não, por que ele não tinha pais... E, novamente, a mulher ruiva tombava no chão.


Harry bebeu mais um gole da poção e Sirius atravessou o véu, lentamente, enquanto a expressão de deboche se dissolvia de seu rosto e tornava-se susto, mas dessa vez doeu mais do que quando Sirius realmente caíra pelo véu por que, dessa vez, ele, Harry, sabia o que iria acontecer, sabia que ele atravessaria o véu e nunca mais voltaria e a única coisa que fez a única coisa que conseguiu fazer, foi:


– NÃO, SIRIUS, NÃO! VOLTA!


E largou o copo, se jogando no chão logo em seguida, não queria mais ver seu sofrimento, seus pais morrendo, e Sirius atravessando o véu. Foi aí que percebeu que: por mais que não tomasse à poção as imagens continuavam a passar por ele:


– Vá, Lílian, vá! Proteja Harry! Eu o atraso.


Tum, Tum, Tum. Era o barulho que os passos apressados de sua mãe faziam ao bater no soalho da escada. Harry gritou, para o pai:


– PEGUE A VARINHA, PAI, PEGUE A VARINHA!


Sentiu sua boca se abrir e mais uma dose da poção ser introduzida nela, ouviu a voz angustiada de Gina pedir-lhe:


– Por favor, Harry, beba. Por favor, você mesmo disse que precisava beber tudo. Por favor, meu amor... – Harry não sabia se aquilo saíra por acidente ou se ela achava que ele não estava ouvindo, mas ele ouvira e aquilo servira de estimulo para ele continuar a tomar a poção. E as imagens mudaram novamente...


Sirius estava lá, duelando com Belatriz, gozando dela... E o feitiço lhe atingiu, quando estava distraído, bem no peito, por baixo do braço estendido... E ele caiu, caiu lentamente, enquanto percebia o que estava acontecendo e atravessava o véu.


– Gina, faça alguma coisa... – Pediu Harry começando a chorar. – Ajude Sirius, Gina, por favor. – Implorou em meio às lágrimas.


– Isso vai ajudar Harry, vai ajudar. Eu prometo. – Disse a garota, era impressão sua ou ela também estava chorando? – Beba Harry, beba tudo. Por favor...


E Harry bebeu, obediente, vários copos de poção enquanto soluçava e gritava. Via a mãe morrer, ouvia o som de algo pesado caindo no chão (provavelmente o corpo do pai), via Sirius atravessar o véu lentamente, revivia os anos de solidão... Tudo tão dolorosamente, tão vívido.


Até que ouviu a voz de Gina, durante todo esse tempo ouvira apenas leves fungadas:


– É o último, Harry, o último. Prometo-te.


E ele bebeu como fez antes, surpreendeu-se ao perceber que realmente fora o último, mas continuou vendo as imagens passarem por ele pensou, então, que a única solução fosse beber um copo da água:


– Água. Água, Gina.


Aguamenti. – Ordenou a voz de Gina para a bacia, após tirar o medalhão de lá (na verdade não estava preocupada com ele, estava mais preocupada em tirar Harry de lá). Tentou encher o copo, mas não conseguiu, parecia haver algum tipo de feitiço que proibia a utilização de água. Virou-se então para o lago e quando foi encher o copo d’ água de lá lembrou-se dos inferis...


– Água, Gina... – Pediu Harry com a voz fraca, antes de gritar: - MÃE. – E começar a chorar novamente.


Gina pensou em encher o copo com água mesmo assim, Harry estava sofrendo, mas não o fez. Não poderia por em risco a vida de todos dessa forma então simplesmente levantou, caminhou até Harry e mentiu:


– Tenho uma garrafa cheia de água, mas só vou te dar se você vier comigo.


Harry choramingou o que fez o coração de Gina se apertar e pensar novamente em dar lhe água. Mas, depois de muito esforço, ele se levantou com a ajuda dela e ambos, Harry quase caindo pela tristeza e fraqueza, caminharam até o barco e entraram nele.


Desconfortavelmente Gina o aninhou nos braços, como se fosse uma criança, enquanto ele chamava pela mãe e pelo pai. Soluçou baixinho umedecendo os cabelos negros de Harry com as lágrimas, durante toda a travessia.


Quando chegaram ao outro lado à primeira coisa que Rony fez foi perguntar-lhe:


– O que aconteceu? Ouvimos os gritos daqui. – Hermione também estava chorando agarrada a Rony, provavelmente preocupada com os amigos e com que estaria acontecendo na ilha.


– Me ajude aqui. – Pediu-lhe Gina com a voz levemente embargada. – Harry não está nada bem.




*Nox*






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Notas finais do capítulo

N/A: E aí pessoal? Tudo beleza? Tenho que fazer umas coisinhas e como sou MUITO organizada, aí vai:
Esclarecimentos: Gente, vocês devem ter estranhado o pro que de algumas partes terem // no início e no final e depois ainda tem * ou ** e *** é que foram as partes tiradas do livro Enigma Do príncipe só que adaptadas para a fanfic!!
Pedidos: primeiro: eu fiz uma página dOs Marotos, quem entrou nesse exato momento deve estar pensando: nossa, mas só uma pessoa curti essa joça, mas é que eu ainda não fiz anúncios, estou esperando vocês entrarem e me dizerem o que acharam para depois anunciar, então, por favor, entrem e deixem sua opnião, seja ela qual for. Link:http://www.facebook.com/pages/Os-Marotos/482332725119100?ref=hl
Segundo: essa é para os Grifinórios que tem conta no Pottermore (então, se você for de qualquer outra casa ou não tiver conta no Pottermore pare de ler agora) queridos colegas de casa, tratem de arranjar pontos para a Grifinória. Eu realmente não quero perder para a Sonserina novamente.
N/B: Adorei o capítulo , vocês perceberam que aconteceu algo inédito? Gina chorou ... A minha querida irmã fez algo surpreendente mesmo ... Ahhhhhh falando nisso Feliz dia dos irmãos Juh ;D... Esperamos Reviews , até o próximo :D



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