Eu Te Odeio Porque Te Amo! escrita por Sophie


Capítulo 39
Foda-se (Parte 2)


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE OLHA EU AQUI DE NOVO. Eu disse que ia segui firme e forte aqui não foi? SE TEM ALGUÉM AQUI DAR UM SINAL DE VIDA POR FAVOR MEUS AMÔ.
Gente, esse capitulo é a coisa mais fofa, sério. 100% Jakie. Sério, tá muito bonitinho.

Also, minha amiga companheira até hoje, Thay, fez um dream cast dos personagens com muito amor e carinho no pinterest e ela disse que era pra eu botar aqui quando postar um capitulo novo. Bem, aqui estou eu, Thay. O link é : https://br.pinterest.com/thayssa00charamba/etopta-cast/
EU AMEI SÉRIO, ACHEI SUPER A VER COM E VOCÊS TEM QUE IR LÁ VER PORQUE SÃO PERFEITOS. SE VOCÊ QUISER SABER COMO ELA IMAGINA OS PERSONAGENS, VÁ LÁ. E bem, eu concordo com ela. Quando eu fiz um dream cast aqui, foi a muuuuuuuuuuito tempo. E eu não imagino mais eles daquele jeito. Então eu gostei muita da versão da Thay. É isso, gente. VEJAM.



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PDV SOPHIE

Quantos nos soltamos, vejo nos olhos de jake que ele está tão assustado quanto eu estou.  Nossas respirações entre cortadas, e os olhos grudados tentando entender o que significava tudo aquilo.

Os olhos de Jake sorriem, depois vejo sua boca curvar num sorriso que eu não tinha visto antes.  Acho que sorri junto com ele também.

— Que timing hein! – ele diz rindo sem nunca parar de me encarar. Eu sorrio também.

—O pior. – Eu digo descontraída.

Me sinto leve. Que estranho. Quase esqueço o que nos levou a estar ali.

— Acho melhor a gente descer do carro.  – Ele diz se ajeitando no assento do motorista.

Olho ao redor.

—Quando foi que chegamos no nosso bairro? Achei que ainda estávamos no caminho.  – Eu digo confusa. Jake ri pelo nariz.

— Eu não pararia em um acostamento no meio de uma avenida. Eu não posso levar multas assim. – Ele diz com o sorriso irônico que eu odeio.  Uma merda que ele fica muito lindo com essa merda de sorriso. Alguém me mata, por favor? 

— Hello, Soph.  O manobrista está esperando a gente descer. – Ele diz apontando para o portão enorme da casa dele. Eu coro automaticamente. Esse homem viu todos aqueles momentos no carro? 

—Ele não viu nada, chegou agora. – Jake parece ter lido meus pensamentos.

Assenti e descemos do carro. No momento que o manobrista de Jake levou o carro, o portão da minha casa abriu e de lá saiu Harper e a mãe de Jake em um papo super empolgante.  Automaticamente devo ter corado. Que saco! Harper está em TODAS as vezes em que o clima está estranho entre mim e Jake. E pra piorar ainda tem a mãe dele dessa vez. 

Elas olham pra nós surpresas. Não é comum ( teoricamente) ver eu e Jake juntos com caras constrangidas.   Jake  faz um careta olhando pra mim e eu rolo os olhos.

—Sophie, Jake! O que vocês estão fazendo aqui a essa hora? – Perguntou Harper. – E juntos?

— Eu trouxe a Sophie pra casa. – Jake se adiantou pra responder.  – Oi mãe! – Ele completou dando um abraço e um beijo na bochecha da Gina.

—Oh, tinha esquecido que o Felipe estava de folga hoje. – Harper lembrou.

— Nós estávamos indo comer um lanche em casa. Peggie fez uma torta de amora e acabou de avisar que está pronta pra comer! – Disse Gina com seu típico sorriso brilhante no rosto.

— Ah, eu estou morrendo de fome! – Exclamou Jake. – E a torta de amora da Peg é a melhor de todas, Sophie. Você tem que comer!

Ambas as mulheres olharam estranhamente pra nós quando Jake falou todo animado pra mim. Eu fechei a cara no mesmo instante.  Não precisava ser legal comigo também na frente da Harper, ela vai ficar com aquele olhar irritante pro meu lado para sempre agora.

Então, com prazer de ser chata para amenizar esse clima estranho que se instalou eu disse com uma bem evidente falsa animação: - Mal posso esperar!

Jake rolou os olhos pra mim e Harper riu com o nariz. Como ela me irrita.

—Vamos, Sophie! Você adora Tortas.  – Rolei os olhos para Harper.

—Só porque estou com fome.  – Cedi.  Gina sorriu e pegou Harper pelo braço e começou a falar sobre bebês. Assunto que eu ainda não estava  100 por cento confortável pra ficar ouvindo . Jake olhou pra mim de cara feia.

— Como você é chata! -  Eu ri do comentário dele.

— Não vai achando que porque eu estou deixando você me beijar que eu vou ser legal e simpática com você, garoto. – Eu disse com um ar arrogante. Jake gargalhou.

— Você está me deixando te beijar? – Ele sussurrou para que as duas mulheres do outro lado da rua não ouvissem.  Ele chegou bem perto e olhou bem no fundo dos meus olhos com aquele sorriso irritante.  – Nós dois sabemos que não é isso.

Empurrei-o e atravessei a rua para entrar na casa dos Jackson’s pela segunda vez. Só tínhamos nós quatro na casa, a irmã do Jake estava na aula de ballet, e o pai ainda no trabalho. Quando fomos entrando na cozinha, tinha uma mesa pronta com uma torta linda e cherosíssima em cima e uma moça ao lado sorrindo pra nós.

— Eu arrumei a mesa da cozinha porque a senhora disse que era só a Sra. Harper. -  Disse quem devia ser Peggie.

—Sem problemas, Peggie. – Disse a  sra. Gina.  – Jake, vá pegar outros dois pratos!

Jake pegou os pratos e Peggie foi buscar alguma coisa no freazer. 

—Sentem-se! – Disse Gina.   Ela e Harper voltaram a conversar sobre gravidez e eu rolei os olhos.  Que boas companhias eu tenho.  Jake chegou com os pratos e Peggie começou a servir enormes fatias de tortas com chantilly pra todos nós. Gina disse pra Peggie sentar com a gente pois ela tinha acabado de voltar da licença a maternidade e elas queriam saber como tinha sido. Eu mereço.  O cheiro da torta de amora estava muito bom e quando eu dei a primeira garfada não consegui evitar de soltar um gemido de tão gostosa que estava.

—Eu disse que Sophie amava torta. – Harper disse rindo junto com os outros. Dei de ombros e continuei comendo aquela torta dos deuses tão rápido que  acabou em poucos minutos.  Jake olhava pra mim com a sobrancelha arqueada e um sorriso na cara.  Arqueei as sobrancelhas pra ele também e ficamos nessa comunicação por olhar alheios a conversa das outras.

— Você está animada, Sophie? – Gina perguntou tirando Jake e eu da batalha de olhares.

—Animada para quê? – Eu perguntei .

— Para ser irmã mais velha! – Gina disse sorrindo.  Ah, isso. Minha cara não deve ter ficado boa porque o sorriso da Gina foi diminuindo. 

Lembranças de hoje mais cedo invadiram minha cabeça. Mais um alguém para eu destruir. Como ela disse que eu  faria com tudo.

— Não deveria ficar, porque irmãos mais novos é um saco! – Jake disse percebendo meu desconforto. Harper deu um leve sorriso ao perceber.

— Sophie ainda não sabe como lidar com essa noticia.  – Disse Harper. – Muito tempo sendo irmã mais nova, sabe como é.

Gina sorriu surpresa.

—Você tem um irmão mais velho? Achei que o Sr. Jobs só tinha você de filha. – Eu me encolhi.

— É por parte de mãe. – Saiu automaticamente. Vi Jake ficar alerta na cadeira e Harper olhar pra mim preocupada.

—Oh, espero conhecê-los um dia.  Sua mãe deve ser  tão linda quanto você, já que você não se parece nada com o Sr. Jobs. – Gina disse sendo simpática. Eu me encolhi novamente. Sim, eu era igual a minha mãe, em todos os aspectos. Até nos podres.

—Sophie, sabe o que eu lembrei? – Jake disse cortando sua mãe de fazer outro comentário. –  Jade me deu seu trabalho de sociologia pra eu te entregar, por alguma razão. Vem comigo! – Ele disse levantando e me puxando sem nem me dar tempo de responder.

Gina e Peggie ficaram sem entender o porque daquilo, mas Harper olhava pra Jake agradecida por me tirar de lá.

Minha mente estava na imagem da minha mãe na cama e na voz nojenta dela me dizendo o quão horrível eu sou.

— Sophie. – Jake chamou meu nome segurando meu rosto com as duas mãos para eu olhá-lo. Minha mente foi voltando aos poucos. – Desculpa pela minha mãe.

—Não tinha como ela saber. – Eu disse. Olhei ao redor e vi que estávamos em um quarto em não na sala ou algo assim. Em que momento eu subi as escadas ? Jake percebeu que eu tinha percebido agora que estava no seu quarto e sorriu.

—Bem vinda o meu santuário. – Ele disse se afastando para sentar numa cadeira e pegou um violão preto que estava ao lado. O quarto de Jake era escuro, com aquelas paredes que são de quadro negro com várias coisas escritas nelas em branco. Uma cama enorme cheia de almofadas, uma mesa de estudo que ia de um canto a outro da parede e várias coisas bagunçadas em cima. Tinha umas duas guitarras penduradas em uma parede decorando um quarto, mas tenho certeza que ele também tocava. O quarto tem cheiro do perfume de Jake, o qual é um cheiro horrivelmente viciante. Sentei na beira da cama e olhei Jake  dedilhar alguma coisa no seu violão. Argh, porque ele tinha que ser tão bonito? Rolei os olhos.

—Você é o maior clichê que eu já conheci na vida. – Eu disse esperando sua reação.  Ele franziu as sobrancelhas e os lábios como se estive pergunto o por que.  – O garoto com pinta de badboy que tem todo uma marra, mas que na verdade é um sweetheart.  Toca violão e guitarra, anda de moto e usa jaqueta de couro. Perfeito clichê.  

Jake gargalhou.

— Acho que você me confundiu consigo mesma. – Ele disse com um sorriso atrevido nos lábios.

—Não, eu realmente sou má. Você só faz parecer que é. – Jake colocou o violão no pedestal e levantou para sentar ao meu lado. Perto demais.

— Você não é má e eu não pareço um badboy.  – Ele disse me olhando fixamente. – Todo mundo sabe que eu sou um “sweetheart” , eu não tento esconder isso. Já você...

—Eu não sou igual você! – Eu exclamo. – Eu sou... eu. Toda fodida e cheia de problemas, e você é legal e gentil,  e tem uma vida tranquila, uma família que te ama, sem problemas pra lidar, porque se você tivesse não estaria lidando comigo agora.  Você é bom... –Eu fiz uma pausa para um suspiro.  Jake me encarava com intensidade. – E eu vou te destruir se você ficar. Como todo mundo. 

Jake passou sua mão pela minha bochecha para limpar as lágrimas que eu não tinha percebido que tinha caído até esse momento. Ele segurou meu rosto com as mãos e sorriu.

—Você está errada. – E me beijou.  Nem tentei resistir, beijar Jake me fazia sentir diferente, e eu estava gostanto de me sentir diferente. Não me importei se não era pra eu estar deixando ele me fazer sentir essas coisas, não me importei se eu iria destruir ele no final, só me importei de me deixar ser beijada por ele, e beija-lo de volta.

—Ao menos eu avisei. – Eu sussurei quando tivemos que nos afastar para recuperar um pouco do fôlego. Jake riu.

—Você realmente acha que tem essa moral toda né? – Ele disse me olhando com as sobrancelhas arqueadas e um sorrisinho irônico nos lábios. Eu rolei os olhos e grudei minha boca na dele o beijando com força. Jake soltou um risinho e retribuiu a intensidade com que eu tinha beijado ele. Nossas línguas batalhavam sensualmente entre as nossas bocas me deixando quente e sem ar mais rápido do que o normal. Jake pegou meu cabelo com uma mão e puxou de leve me fazendo arrepiar inteira. Fiz o mesmo com ele.  O ar do quarto tinha ficado muito quente rapidamente e para tudo isso não avançar mais do que avançado eu diminui a intensidade do baixo até acabar por completo com um selinho demorado.  As pupilas dos olhos de Jake estavam dilatadas e as bochechas dele estavam coradas e os lábios vermelhos e  inchados. Imaginei que eu deveria está de um jeito semelhante.

—Até que você sabe beijar bem, Sophie. – Jake disse rindo e tirando meu cabelo do rosto. Eu olhei para ele arrogante.

— Se a sua linha de comparação for garotas como a Miranda, realmente eu devo ser muita areia pro seu caminhãozinho. –  Jake gargalhou e se inclinou para me dar mais um selinho demorado  que foi logo para um beijo calmo e rápido.

—Acho que eu deva ser muita areia pro seu caminhãozinho, já que você está acostumada a beijar a boca do Lucas. – Ele disse e fez uma cara de nojo em seguida. Agora foi a minha vez de gargalhar.

—Pobre inocente, Jake. – Eu cantarolei. – Lucas não foi a única boca que eu beijei, e muito menos a última antes de você.  Não se acha demais.

Ele me olhou desafiador e curioso ao mesmo tempo. Lá vem perguntas invasivas, eu tinha que abrir minha boca. Argh.

— Quantas bocas você já beijou então? – Eu sabia que ele ia perguntar. Jake não sabe não ser curioso.  Mas eu sorri e não sei como depois desse dia desastroso eu estava me sentindo bem e divertida , eu resolvi responder as perguntas de Jake hoje.

—Como você sabe, eu sou a filha rica e rebelde do dono da Apple, então, beijar muitas bocas, ficar bêbada e ir para lugares que não deveria poder estar, faz parte do pacote. – Eu observei sua reação, ele inclinou a cabeça e sorriu.

— Não sei porque fico surpreso. – Ele disse simplesmente. – Quais lugares você ia e quantos anos você tinha?

Eu pensei antes de responder.

—Eu devo ter começado a frequentar uns bares pesados e baladas com 15 anos. Eu conheci uma menina que morava a umas casas daqui e ela era bem barra pesada. Mas tudo o que eu queria era fazer meu pai passar vergonha na mídia e todas essas coisas. Quanto mais desgosto ele tivesse, melhor. – Eu contei ficando nostálgica. - Eu só tinha 15 anos quando ia para as baladas de Nova York com um pessoal bem mais velho que eu, ficando bêbada e ficando com caras mais velhos para tentar provar alguma coisa. Eu quase reprovei a escola ano passado por não ir. Eu ficava uns três dias sem vir em casa, pulando da casa de um amigo para outro. Eles tinham entre 18 e 20 anos e eram como eu, riquinhos ingratos que usava o dinheiro dos pais para bancar de rebelde.  – Eu fiz uma pausa para forçar minha memória. – Eu passava a maior parte do tempo bêbada ou chapada, não lembro de muita coisa.

— Você usava drogas? – Jake perguntou espantado. Eu ri da cara dele. Inocente, Jake.

—Nah! As vezes eu fumava uma baseado, mas não gostava muito. Mas sempre que eu chegava em casa e via a fúria do meu pai, eu me sentia realizada.

— Como você parou?

Olhei pra Jake todo lindo e curioso querendo saber sobre o meu passado e sorri. Com certeza tudo isso não faz parte do universo perfeito dele.

—Eu cansei quando meu pai começou a ignorar as merdas que eu fazia.  – Eu disse. – Simplesmente perdeu a graça.

—Jesus, Sophie.  – Jake riu.

— E você? O que fazia aos 15 anos de vida? – Eu perguntei ficando curiosa para saber dele. – Nada tão legal quando eu, tenho certeza. – Acrescentei sorrindo arrogante e jogando os cabelos para trás. Os olhos de Jake se acenderam e ele sorriu.

—Nah, não mesmo. Eu namorava uma garota. – Ele disse e eu não fiquei surpresa. Típico de caras como o Jake. – Abby. Namorei com ela por 1 ano quase. A gente tinha 14 anos começamos.

— Ela foi sua primeira namoradinha? – Disse sarcástica fazendo biquinho com os lábios. Jake me fuzilou com o olhar.

—Há! E daí? Eu achava que gostava dela na época. – Ele disse dando de ombros.

—E por que acabou?

— No baile de inverno eu beijei outra garota. Ela viu e ficou puta. Mas fazia um tempo que a gente nem se via direito. E eu já sabia que não gostava dela como eu achava.

—UAL! Agora eu estou surpresa. – Eu disse rindo.

—Viu? Não é só você que é má. – Ele sorriu irônico. Me deu uma vontade enorme de acabar com aquele sorrisinho.  Aproximei nossos rosto devagar e o provoquei dando dando uma mordidinha de leve no lábio inferior dele.  Os olhos de Jake ficaram escuros no mesmo instante e ele agarrou meus cabelos e grudou nossos lábios com desespero.

Nem sei quando tempo passou, ou quantos beijos foram, ou quantas perguntas foram respondidas, só sei que eu me senti diferente. Diferente bem. Esqueci toda  a merda que tinha sida o inicio da tarde, e me perdi nos lábios e nos olhos de Jake, me distraindo e fugindo da realidade que em algum momento me atingiria de novo, mas no momento, foda-se, eu iria deixar acontecer.

—Sophie! Estou indo pra casa! – Harper abriu a porta do quarto de Jake após uma batidinha e graças a Deus ela não nos pegou numa situação constrangedora. Jake e eu estávamos discutindo sobre bandas de rock e eu estava prestes a esmurrar aquela cara bonita dele por blasfemar tanto.

— Harper, Jake disse que o rock de hoje em dia é bem mais completo que o antigo! – eu disse estarrecida. – Você pode acreditar nisso?

Harper olhou de mim para Jake e sorriu.

— Com certeza tem algo de errado com você, garoto. -  Eu soltei um grito de YEY e Jake revirou os olhos.

—É a minha opinião. Respeite-a.

—Você é uma vergonha. – Eu lamentei.

Harper olhava pra nós divertida.

—Eu estou indo pra casa, você vem? Já são quase 19h da noite. – Ela disse e eu e Jake arregalamos os olhos.

—Como assim? Isso tudo? – Jake exclamou. – Eu nem percebi passar.  Perdemos o jantar?

Harper lançou aquele olhar de que sabia muito bem o porque.

—Porque você não me chamou antes? E o papai?

— Jake, sua mãe pediu pra te lembrar que vocês vão jantar fora hoje. É pra você se arrumar. – Jake pareceu lembrar. – E nós vamos para casa. Seu pai já está chegando e você nem tomou banho depois que chegou da escola.

Eu rolei os olhos. Harper querendo bancar a mãe. Eu mereço.

— Sem bancar a mãe, falow? – Eu disse.

Foi a vez de Harper rolar os olhos.

—Estou descendo. Não demore muito, Jake precisa se arrumar. – Ela disse e piscou para nós antes de virar e sair do quarto.

—Ela piscou? – Jake disse estarrecido.

—Cada dia eu odeio mais essa mulher. – Soltei sem ser sincera.

—Mentirosa. – Jake acusou.

— Tanto faz. – Eu levantei  da cama seguida de Jake.  Ele parou na minha frente e me lançou um olhar que eu não identifiquei.

—Você não vai fugir amanhã né? – Ele perguntou meio contrariado. – Quer dizer, hoje foi bom, não é? – As bochechas dele coraram assim como as minhas. Eu entendi o que ele quis dizer. Se iríamos continuar com isso ou não.  Eu olhei bem pra ele, todo bonito com esses olhos azuis e esses lábios mais vermelhos que o normal.  Eu iria tacar o foda-se. Deixar acontecer. É isso. Foda-se.

Fui me aproximando meu rosto do seu e dei um beijo de leve nos seus lábios, ele tratou de aprofundar, mas não deixei ir tanto.  Olhei nos seus olhos que sorria.

— Eu não vou. – Eu disse simplesmente. Ele sorriu de leve. – Mas, ninguém precisa saber, ta legal? Principalmente a Jade. – Eu disse lembrando apenas agora da Jade nessa história toda. Com certeza amanhã vai ter muitas perguntas da parte dela. Tenho que me preparar psicologicamente pra responder. E eu vou responder, não vou ser uma péssima amiga mais. Foda-se. 

—Saber o que? – Ele perguntou com um olhar sínico. Eu ri.

— Ótimo.  Adeus, otário. – Eu disse me afastando.  Jake riu e rolou os olhos.

—Chataaa... – Cantarolou. – Diz a minha mãe que eu já vou me arrumar.

Assenti e sai em direção ao andar de baixo. Lá estava a Harper conversando com a Mary, que quando  me viu abriu um sorrisão e correu para me abraçar. Tão invasiva como o irmão. É de família.

—Sophie! Que bom ter ver! – Ela se afastou. Estava pronta para sair.  – Não fui falar com você porque tive que me arrumar logo que cheguei.  Hoje foi ensaio para a apresentação do ballet e foi suuuper longo, mamãe teve que me arrumar as pressas. – Ela falou tão rápido que eu fiquei tonta.

—Nossa, que legal! – Eu fingi entusiasmo. – Você está uma fofa.

Seus olhos se iluminaram com o meu elogio e ela deu um giro fazendo o vestido flutuar.

— Não é lindo? Jana quem fez, ela é uma ótima costureira, além de ser minha melhor amiga adulta!

—Ah, ela é muito boa mesmo.

Sra. Gina de teve piedade de mim e disse que eu precisava ir.  Harper e eu nos despedimos e fomos pra casa. Harper tinha um ar de quem sabe de algo e eu odeio isso. Quando entramos em casa eu disse que iria subir e tomar um banho, mas antes de subir escuto Harper soltar.

—Você vai ser uma ótima irmã mais velha. – Ela tem os olhos molhados e um sorriso doce no rosto. Eu sorriu de leve e subo as escadas pensando em como toda essa merda da me fazendo mudar. Ainda não tinha certeza se era bom ou ruim. Mas quer saber?

Foda-se.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostamos desse amor! Deixem comentários para eu saber que vocês ainda existem aqui! Muito orbrigado e até logo!
xoxo



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