Eu sou Sophie Jobs. É, eu sou neta do cara da Apple. Minha vida é complicada em muitos níveis. Meu pai assumiu os negócios( império) do meu avô desde que ele faleceu, junto com alguns outros acionistas, e não, minha relação com meu pai é péssima por muitos níveis de problemas. Minha vida familiar é tão péssima quanto a estudantil. Na escola, eu sou a estranha megera que ninguém quer por perto. Apesar de a minha família ter uma fama de inteligência, eu estudo nunca escola normal, como qualquer outro mortal morador de Nova York. Eu tenho um total de 0 amigos, apesar de todos saberem quem eu sou, e isso é completamente opcional. Não se engane, eunão sou a coitada da história. Para não ser uma dramática de galocha, eu tenho um irmão mais velho, o qual é meu único amigo, mas só porque ele tem a obrigação de me aturar. Sammy é a única pessoa que eu tenho.  Eu tenho 16 anos e 7 meses e estou no penúltimo ano do ensino médio, caso esteja se perguntando. Vamos lá, minha aparência, cabelo preto igual carvão, meio ondulado, olhar verdes escuros, tipo cor de lodo, atualmente eu adoto o estilo “ todos os dias é dia de usar preto” e poderia me encaixar facilmente no rotulo de “ roqueira estranha megera”. Sim, eu também entro na categoria riquinha rebelde e mimada que  tem tudo o que quer e quando quer. Eu vivo  para dar desgosto e raiva ao meu pai, novamente de vários níveis diferentes. Já cheguei a roubar um carro. Não que eu precise, claro. Hoje é 1 de setembro, o dia de começar a escola novamente, voltar para aquele pesadelo que é. Buda que me ajude.

 Me acordei fiz minha higiene diária e vesti uma blusa preta na qual tinha uma caveira desenhada, uma causa jeans preta, um coturno preto e uma jaqueta. Passei uma maquiagem forte porque realçava a cor da minha pele da cor de leite e dos meus olhos. Penteei meus cabelos e desci as escadas em direção a cozinha.

— Oi Marta. Tem o que pro café hoje? - Marta é uma das empregadas e uma das melhores cozinheiras da casa. E umas das mais legais.

—O seu de sempre! - Falou colocando a prato na mesa.- Frutas, granola e iorgute.

—E o papai...Ele já acordou?- A parada é o seguinte meu pai nunca tomava café comigo, nunca mesmo. Perguntei só por perguntar.

—Não, ele foi para a empresa cedo hoje.

Não era uma surpresa.

—Ah!

—Eu sinto muito, Sophie! Eu tenho certeza de que se ele tivesse tempo ele lhe esperaria!

—Não se sinta mal. Eu não sinto.- Terminei de comer e sai sem nem da um tchau ou um obrigada, mas ela já era acostumada com a minha educação. Ou a falta dela.

Entrei no carro e bati a porta como sempre.

—Mau humor hoje? - Perguntou o Felipe, o meu motorista gato.

—Sempre...Agora me leva pro inferno. – Bati a porta do carro ao entrar. - Inferno é igual a Williams High School...

—Volta as aulas...Sempre horrível eu lembro do meu primeir...

—Me poupe ok! - O interrompi. Odeio jogar conversa fora pela manhã. Na verdade, odeio sempre.

—Chegamos no inferno! - Ele ironizou o inferno. Ele disse quando estacionou no portão da escola.

Desci do carro sem falar nada e bati a porta. Ótimo! Pensei. Suspirei e fui caminhando até as portas do inferno.