Quinn P.O.V

Ai minha santa falecida mãezinha, como isso dói. É como se estivessem me rasgando. Ou melhor: estão.

_ Eles vão nos encontrar no hospital. – gritou Rachel – San, me ajude a levar a Quinn pro carro, Britt pare de surtar.

No caminho para o hospital, Puck ligou oito vezes e eu gritei horrores a ele em seis delas. Santana xingava em espanhol e Britt surtava com meus gritos. Rachel tentava, inutilmente, acalmar todas nós.

Assim que Santana embicou no hospital, Noah se atirou em frente ao carro, correndo até minha porta.

_ Eu vou te matar seu maldito. – gritei, enquanto ele me puxava.

_ Finn, me ajuda aqui. – gritou ele e meu puxei seu cabelo irritada.

_ Tá me chamando de gorda? – explodi, enquanto ele e meu irmão me levavam até a porta, onde Rachel já trazia a cadeira de rodas.

Na recepção do hospital toda família já aguardava, acompanhada do médico.

_ Quem vai entrar com a senhorita? – perguntou o prestativo doutor, mas eu não estava em condições de ser simpática.

_ O maldito aqui, mamãe, Sheby e os padrinhos. – gemi de dor – Agora podemos acelerar?

Meu namorado empurou a cadeira pelo corredor, enquanto eu ouvia os gritos de boa sorte. Uma enfermeira me levou para trocar de roupa enquanto meus acompanhantes de aprontavam.

Puck P.O.V

Eita pega, eita pega, aaaaaahhhhhhh. Eu. Vou. Ser. Pai. Meus filhos vão nascer. Pai, papai, Deus, Ala, Buda, Jeová: SOCORRO!

_ Faz força Quinn, faz força que eles nascem. – incentivava minha sogra, enquanto minha noiva se esgoelava.

_ Eu ainda mato você Puck. – gritava ela, agarrando minha mão – Você nunca mais vai relar em mim.

Adorável.

_ O primeiro bebê está saindo. – anunciou o medico e as cabeças de Finn e Sam se esticaram para olhar, se contorcendo em uma horrível careta.

_ Acho que vou morrer virgem depois dessa cena. – horrorizou-se Sam, mas notei que Finn não concordou.

_ Hudson, o que você anda fazendo com a minha irmãzinha? – rosnei, recebendo um olhar mortal de cada uma das mulheres na sala.

_ A Quinn ta parindo seus filhos e você em querer brigar com o namorado da Rachel? – reclamou Santana e eu me encolhi.

_ O primeiro bebê coroou. – comemorou o medico, atraindo nossa atenção – Vamos lá Quinn, faz força.

Foi preciso mais dois empurrões. O choro era alto e forte, digno de um Berry. Quando o medico ergueu meu filho, foi como se nada mais no mundo importasse. Ele estava coberto de sangue e aquela gosma branca, a pele estava avermelhada, mas ainda sim, era a coisa mais linda que eu já tinha visto.

Uma enfermeira colocou um pano no colo de Quinn e o doutor deitou nosso filho ali, enrolando-o rapidamente. O bebê parou de chorar quase instantaneamente, como que reconhecendo o colo de Quinn.

Minha noiva chorava tanto quanto eu, rindo boba para nosso filho. Eu acariciava seu rostinho, como que tentando provar a mim mesmo que ele estava ali, ele era real, ele era nosso.

A enfermeira me mostrou onde cortar o cordão enquanto mamãe e Carole mimavam o bebê ainda no colo de Quinn e logo depois levou meu filho para dar banho. Rachel e Finn foram junto, porque queria filmar e segurar o afilhado.

_ Certo Quinn... – chamou o médico – Pronta para a segunda rodada?

_ Não creio ter muita escolha. – brincou ela, apertando minha mão – E afinal, eu quero minha garotinha aqui logo.

Foi mais rápido e aparentemente, menos indolor. Cerca de quinze minutos depois, o choro da minha filha cortou o ar, menos forte e intenso que o do irmão, mais como uma canção.

Novamente as lágrimas me tomaram ao ver aquele pequeno ser de cabelos tão claros quanto os da mãe. Outra vez, a bebê parou de chorar assim que foi colocada nos braços de Quinn e eu me inclinei, não ligando para a sujeira e beijei sua testinha.

Cortei o cordão e a enfermeira a levou, junto dos padrinhos, enquanto o médico cuidava de Quinn. Beijei minha garota e sai, com um sorriso de orelha a orelha. Quando cheguei à recepção, o resto do ND mais o Sr. Martinez estavam ali, todos ansiosos por notícias.

_ Nasceu. – eu disse, atraindo a atenção deles – Meus filhos nasceram... Eu sou pai.

Foi só o que eu pude dizer antes de abraçar meu tio e começar novamente a chorar.

Quinn P.O.V

Doeu muito, mas valeu a pena. Ali estavam eles, lindos, cheirosos, perfeitos. Ela, loirinha de olhos verdes. Ele, cabelos escuros e olhos castanhos esverdeados. Meus filhos, meus pequenos anjos.

_ Acho que vocês já podem acabar com o suspense. – sugeriu Sugar, enquanto todos paparicavam os gêmeos no colo das madrinhas. Puck sentou ao meu lado, passando o braço envolta de meus ombros.

_ Bom, nós pensamos muito. – comecei – O nome dela já havia sido escolhido pelo sr. Fã do Kiss aqui. Beth. Ou melhor, Elizabeth.

_ E para o segundo nome, escolhemos Judith, que nem da mãe da Quinn. – completou meu namorado – Ou Judy, como dos Beatles.

_ Elizabeth Judith Fabray-Berry. – testou Blaine – Ficou legal.

_ E do campeão aqui? – perguntou Finn, acariciando o rosto do afilhado.

_ LeRoy Hiram Fabray-Berry. – disse Puck, sem conter a emoção na voz.

As duas irmãs o olharam, com os olhos cheios de lágrimas, assim como minha sogra. Burt, próximo a nós, apenas deu um tapa de aprovação nas costas de Noah, sorrindo orgulhoso.

_ Bom, nesse caso... – disse sr. Schue – Bem vindos ao New Directions...

_ E a família Berry-Hummel-Fabray-Hudson. – completou Sam.

_ Bem vindos a nossas vidas Beth e LeRoy. – finalizou Rachel, enquanto todos sorriam.