Finn P.O.V

Eu sempre quis entrar em uma perseguição de carro, é tão divertido. Eu já bati 140 km/h no velocímetro e a mamãe não reclamou. Mas também, que van lerda. Com o meu carro a 140 eu estaria quase voando.

_ Ainda bem que a Quinn não tá aqui. – agradecia Puck ao meu lado e eu tinha que concordar: era capaz de meus sobrinhos nascerem aqui mesmo se ela estivesse. Shelby e mamãe acharam melhor ela ficar em casa e Rachel, Santana e Brittany ficaram com ela.

_ Papai não atende. – reclamou Kurt novamente, frustrado.

_ Calma, não é pro avião ter decolado ainda. – tentou Mercedes – Finn, vamos bater 200 por hora, por favor?

Com prazer.

Rachel P.O.V

_ Eu não acredito que eu fiquei de fora da perseguição. – reclamou Quinn, emburrada no sofá.

_ Mana, você não tá nem aguentando ficar de pé. – acalentou Brittany – Logo eles voltam, fique tranquila.

_ Enquanto isso, o que vocês acham de nós irritarmos Kurt? – propôs Sant e todas sorrimos.

_ Você quer dizer... – comecei e ela assentiu.

_ Entrar no quarto dos bebês!

Sam P.O.V

_ ENTRA A DIREITA FINN, A DIREITA! – berrei, olhando o mapa.

_ Samuel, se berrar de novo, eu enfio uma meia na sua boca. – reclamou meu irmão, entrando a direita.

_ Está bem. – eu disse voltando a me sentar – VOCÊ VAI PERDER A ENTRADA FINN.

_ MERCEDES, CALA A BOCA DELE FAZENDO UM FAVOR? – pediu Puck lá da frente e minha namorada bufou.

_ Tudo eu... – reclamou.

_ A ENTRADA FINN! – berrei de novo.

_ MERCEDES! – gritaram todos e ela me puxou, começando a me beijar. O mapa era do que mesmo?

Brittany P.O.V

_ Ele vai ficar um ferra! – comemorou minha irmã, enquanto Santana arrombava a fechadura – Onde você aprendeu a arrombar fechaduras?

_ Com seu namorido, vulgo meu irmão. – disse minha namorada sorrindo – Pronto, aberto.

O quarto do menino era bem fofo e com todos os brinquedos e pelúcias do Toy Story, havia ficado parecendo saído dos filmes da Disney. É claro que havia os brinquedos que não eram do filme, mas Kurt tinha montado uma prateleira só para eles.

_ É lindo. – elogiou Rachel, andando por todo o quarto. Quinn parou diante do berço, alisando o Stitch de pelúcia que minha irmã deu no Natal.

_ Você vai ser madrinha dele Rachel. – disse ela, após um tempo – O Noah concordou comigo que Finn fosse o padrinho do menino, então você será a madrinha dele. Se aceitar, é claro.

_ E você acha que não. – se emocionou minha cunhada, abraçando minha irmã – Vai ser uma honra ser madrinha dele.

Blaine P.O.V

Conforme nos aproximávamos, todos começaram a suar frio. Finn acelerou ainda mais o carro e quando avistamos o avião, ele já começava a se erguer.

_ BURT. – gritou mamãe colocando a cara para fora da janela. Não sei se ele ouviu, mas sua atenção foi prendida na van,

_ Carole? – vi seus lábios formarem a palavra. Ele espalmou as mãos na janela, sua boca formando o nome de minha mãe, mas o avião já se erguia. Finn parou a van de qualquer jeito e descemos, todos gritando o nome dela, enquanto víamos o avião se afastar cada vez mais.

Rachel P.O.V

Depois de vermos o quarto do MEU afilhado lindo que ainda nem nasceu mas eu sei que é lindo, trancamos e fomos até o quarto da minha sobrinha. Quando Santana afinal arrombou a porta, nos maravilhamos.

Havia princesas em cada canto e o lugar parecia uma floresta encantada. Quinn foi até o berço, a beira de lagrimas e começou a acariciar o mesmo, assim como antes. Nos aproximamos e vimos que uma das princesas de pelúcia estava ali dentro.

_ Pocahontas? – perguntou Santana, segurando a boneca – Sem ofender Q, mas você tem mais cara de Cinderela ou Rapunzel.

_ É você Sant. – admitiu minha cunhada rindo – Eu e o Puck combinamos de deixar ela ai para que quando abríssemos o quarto, te contássemos que você era a madrinha dela.

Dessa vez foi minha irmã que chorou. Fez piada quando ficou sabendo que o padrinho era Sam, mas ainda sim, ficou muito emocionada e abraçou Quinn. E ficamos naquele até que Britt comentou:

_ Quinn, você fez xixi na calça?

Carole P.O.V

Ele se foi. Não acredito que Burt foi embora.

Entramos na van em silêncio e Finn começou a dirigir lentamente, sem pique para estourar o velocímetro. Fiquei observando pela janela, até que vi: o avião.

_ Finn, o avião. – sussurrei e todos me olharam. Puck colocou a cabeça para fora e o viu.

_ Brother, vaza pra autoestrada. Lá eles podem nos ver. – sugeriu o garoto – RÁPIDO.

Meu filho pisou no acelerador, saindo da estradinha em que estávamos. Assim que chegamos na estrada vazia, o avião começou a se equiparar a nós.

_ Ele vai descer ali no campo. – deduziu Kurt – Finn...

_ JÁ SEI, ACELERA! – gritou meu garoto, gargalhando e pisando fundo. Shelby ao meu lado estava branca de medo da velocidade, mas eu ria sem parar. Burt estava aqui.

O avião desceu no meio do campo, fazendo voar mato para todo lado. A porta se abriu e Burt desceu, correndo em nossa direção. Eu sai da van e corri até ele, no maior clima “Guarda Costas”. Ele me abraçou e me beijou, enquanto ouvíamos as crianças aplaudindo ali atrás.

_ E a parte de você que falta? – perguntei.

_ A única parte que eu preciso para estar completo é você, Kurt, as crianças... – sussurrou ele – Especial e principalmente você. Esses últimos meses foram vazios Carole. Eu queria achar algo que eu achava que faltava, mas a única coisa que faltava era você do meu lado.

Eu sorri, beijando-o novamente. O avião levantou vôo, mas dessa vez, meu amor estava ao meu lado.

_ Gente, não é querendo acabar com o clima. – disse Mercedes, enquanto todos comemorávamos – Mas a Rachel ligou: a bolsa da Quinn estourou.