Romeu e Julieta escrita por Yuna Aikawa


Capítulo 23
Ato IV


Notas iniciais do capítulo

Cena III



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A cena seguinte estava prestes a começar e Shikamaru ainda não havia voltado. Estavam todos preocupados e Ino, ciumenta e mal-humorada, foi ver o que estava acontecendo lá fora. O cenário agora mostrava o quarto de Julieta, onde entram Hinata, agora mais calma, e Temari.


 

     Hinata — Sim, estas são as peças mais bonitas. Mas, gentil ama, deixa-me esta noite; desejo ficar só, pois preciso rezar muito, para que consiga fazer sorrir o céu para o meu lado, pois bem sabeis: tenho a alma atormentada e cheia de pecados.

Temari abriu a boca para falar, seguindo o papel, mas foi interrompida por Tenten, que adentrou no palco com um largo sorriso de mãe coruja. A atuação de todos estava cada vez melhor.

     Tenten — Ocupada, filha? Precisa de mim?
     Hinata — Não, senhora; já escolhemos o que nos pareceu mais necessário para amanhã vestir na cerimônia. Assim, vos peço me deixeis sozinha, pois sei que você também está ocupada com coisas para a festa.
     Tenten — Pois bem, ama, venha também, vamos deixá-la só. Boa noite, então, Julieta. Descanse.

Saem Tenten e Temari, deixando Hinata sozinha no palco, sentada numa confortável cama de casal king.

     Hinata — Adeus. Deus sabe quando nos veremos outra vez. Vamos, frasquinho. E se esta droga não fizer efeito? Terei de me casar amanhã cedo? Não; isto o impedirá. Fica aqui perto. - Põe de lado um punhal. - E se for um veneno que, com astúcia, o padre me deu para matar-me, temendo os problemas que podiam vir-lhe do casamento, por eu ter me casado com Romeu antes disso? Sinto medo. E se, depois de estar na sepultura, eu vier a despertar, sem que Romeu chegue para salvar-me? Oh caso horrível! Ficarei asfixiada dentro da sepultura, morrendo sufocada sem vir o meu Romeu? Ai! Ai de mim! Pois não será possível que eu venha a despertar antes do tempo?... Aquele cheiro repugnante, os gritos que como o das mandrágoras, ao serem arrancadas da terra, influem loucura em todos quantos porventura os ouvem... Ao despertar não ficarei demente no meio desses medos pavorosos, pondo-me, louca, a remexer nos ossos de meus antepassados, e a puxar de seu lençol Tebaldo mutilado? Ou, tomada de fúria, com um osso de um dos meus bisavós, que irá servir-me de clava não farei saltar meu cérebro desesperado? Oh! Quero Romeu, aqui! Bebo isto por tua causa, amado.


Hinata vira o frasco com suco de morango, caindo sobre o leito e, junto, as cortinas se fecham. A garota sai do palco e volta a cochia, mas encontra Sai no meio do caminho – ele quem troca os cenários - que lhe faz uma careta. Hinata sabia que coisa boa não estava por vir.


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