Romeu e Julieta escrita por Yuna Aikawa


Capítulo 16
Ato III


Notas iniciais do capítulo

Cena II



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  "Esse meu irmão não tem jeito mesmo", comenta Temari. As risadas foram interrompidas pelo abrir de cortinas, que exibia o cenário perfeito - feito por Sai e Deidara - do jardim de Capuleto. Hinata entra no palco, fingindo que não estava rindo a poucos segundos atrás.

     Hinata — Correi, correi, corcéis de pés de fogo, para a casa de Febo. Espalha tua cortina, ó noite, guarda dos amores, porque os olhos curiosos nada vejam e a estes braços Romeu se precipite, de manso e sem ser visto. Vem, noite circunspecta, com teu manto de matrona severa, todo preto, e me ensina a perder uma partida que já está ganha. Ao rosto sobe-me o sangue tímido; em teu manto envolve-o, até que o amor esquivo, já se tendo tornado corajoso, só inocência veja no ato do amor sincero e puro. Vem, noite! Vem, Romeu! Vem, gentil noite! vem, noite amorosa de escuras sobrancelhas! - Lee passou por aqui - Tão tedioso e lento é o dia sem meu amado... Oh! aí vem a ama. - Entra Temari, com cordas - Sei que tens novidades para mim, Ama. Todas as línguas que só sabem dizer Romeu, Romeu, falam com eloqüência celestial. Então, ama, que é que há? Que trazes aí? As cordas de Romeu?
     Temari — Sim, sim; as cordas. - Atira-as ao chão.
     Hinata — Ai de mim! Que acontece? Por que fez isso?
     Temari — Mal de Parkinson. Oh dia! Oh dia! Morreu! Oh! dia! Estamos perdidas, senhorita! Sim! perdidas! Mataram-no! Que dia! Está sem vida!
     Hinata — Romeu morreu?
     Temari — Oh Romeu! Oh Romeu! Quem poderia ter pensado em tal coisa?
     Hinata — Por que diabo me atormentas assim? Essa tortura rugida deveria ser no inferno. Suicidou-se meu amado Romeu? Basta dizer "sim" que me mato também. Morta me acho, se esse "sim" existir. Então, já morreu? Vive? Dize "sim" ou "não"; um som é tudo para o meu coração.
     Temari — Vi a ferida, vi com estes olhos em seu valente peito. Pobre cadáver! Pobre e ensangüentado; pálido como porcelana, recoberto de sangue.
     Hinata — Okay, vou repetir... Romeu ainda vives..."Sim" ou "não"?
     Temari — Ó Tebaldo, Tebaldo! Grande amigo! Ó Tebaldo polido, cavalheiro de grande honestidade!
     Hinata — Morto foi Romeu e Tebaldo está sem vida? Meu caro primo, meu querido esposo? Quem poderá ficar com vida, se os dois estão mortos?
     Temari — Não, sua tola. Romeu... Romeu matou Tebaldo.
     Hinata — Deus! A mão de Romeu derramou o sangue de meu primo Tebaldo?
     Temari — Derramou, derramou. Oh! Que dia! Derramou.
     Hinata — Oh coração serpente, mascarado com feições de uma flor! Em algum tempo dragão já houve em cova tão formosa? Monstro atraente, angélico demônio, corvo de belas penas, cordeirinho devorador como o insaciável lobo, substância desprezível de aparência mais que divina, justamente o oposto do que mostravas ser! Santo maldito, muito honrado vilão! Ó natureza, que tinhas a fazer no negro inferno, quando puseste um infernal espírito no mortal paraíso de uma carne tão bela e tão perfeita? Já houve livro de matéria tão vil, que encadernado fosse com tanto esmero? Oh! Que a mentira tenha morada num palácio desses!
     Temari — Nos homens não há fé, não há confiança, nenhuma honestidade. Todos eles são mentirosos, falsos... Não valem nada. Isso vale para Romeu!
     Hinata — Morda a língua, velha... Oh! Fui um autêntico animal por ter falado dele.
     Temari — Elogia quem matou seu parente?
     Hinata — Poderei falar mal de meu marido? Mas por que deste a morte, miserável, a meu primo? Voltai, lágrimas tolas, para vossa fonte de origem, à tristeza. Vivo está meu esposo, que Tebaldo desejava matar; morto, Tebaldo, que teria matado meu marido. Isso consola. Então, por que chorar? E meus pais, ama, onde estão?
     Temari — A morte fria de Tebaldo os lastimam neste dia. Quereis ir vê-los? Posso conduzir-vos.
     Hinata — Eles lavam com lágrimas o corpo de Tebaldo. Junta estas cordas. Ai! fostes logradas, assim como eu, ó cordas malfadadas! porque Romeu agora está no exílio. Ele contava com o seu auxílio para chegar até meu virgem leito. Vem, ama; traga as cordas, pois à morte, não a Romeu, me liga a uma triste sorte.
     Temari — Recolhei-vos a vossos aposentos. Hei de encontrar Romeu, para trazer-lhe algum consolo. Sei onde ele se encontra. Você vai tê-lo aqui esta noite. Vou buscá-lo já já. Está escondido na cela de Lourenço.
     Hinata — Oh! Traga-o logo! Dê-lhe este anel e dize ao meu amado que me venha trazer o último adeus.

 Saem, rindo de como Julieta era mimada. O clima estava ótimo na cochia, nenhuma discussão, nem um certo ruivo [n/a: ...gostoso... Que um dia será meu *-*] estava chorando por comida - sim, ele ganhou um cookie de chocolate. Desde que começou a peça, era a primeira vez que estava tudo em paz... Estava. "Chega!", Neji se levantou da cadeira, "Não quero vocês juntos aqui na cochia!", elevou sua voz, apontando para Sasuke e Hinata, que conversavam com Lee e Sai num canto. Todos se entreolharam, confusos. Tenten levou o Hyuga para tomar um ar, se desculpando com todos.


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