Abri os olhos lentamente, com medo do que teria de encarar. Os primeiros raios de sol passavam pela janela com uma doçura irritante... Odeio a forma como tudo relacionado ao sol é perfeito, tudo tão lindo e adimitavel...Tudo tão sei lá. Prefiro a lua, que vem sempre depois, quietinha vem surgindo no horizonte, e quando menos se espera ela está lá, brilhando. Linda. Mas não como o sol. Pelo menos ela não me acorda de manhã, ela só brilha de noite, e isso não me afeta em nada, então, eu gosto dela. Resumindo, eu estou brisando pensando sobre o sol e a lua para evitar os meus problemas.
A musica alta nos meus ouvidos só fazia a minha vontade de pular e dançar aumentar. Eu só queria me mecher, sair por ai que nem uma louca, vivendo o maximo possivel. Eu sei que não poderia fazer tudo isso somente nesta noite, mas por alguma razão eu queria tentar. Tentar me divertir por todos os anos que não o fiz, tentar recuperar todo o tempo perdido em uma noite. Embora não fosse possivel, esse era o meu unico desejo.
Peguei uma bebida no bar, e sabia que não deveria fazer isso. Nunca bebo, beber não combina comigo, eu não deveria... Eu não... Mas eu fiz. Bebi tudo de uma vez, e outra, e mais outra. Antes de perceber já estava totalmente auterada. Não auterada o bastante para não ter noção dos meus atos, mas auterada o bastante para fazer algumas coisas um tanto quanto idiotas. Olhei para o lado e encontrei o dono de lindos olhos castanhos, aqueles olhos... Sim, eu conhecia aquele brilho, só seus olhos brilhavam daquela forma. Tão linda...
— Vem, vamos dançar, de novo. Só que dessa vez de verdade. - Puxei Liam contra mim e agarrei seu pescoço por trás, sorrindo. Liam parecia surpreso, mas logo se recuperou do choque de me ter tão por perto e passou a mão por entre minha cintura.
— Mas nós dançamos de verdade. Qual parte não foi real para você? - Seu sorriso torto se tornou algo meigo em algum momento. Na verdade, no meio dessa historia toda, tudo nele se tornou tão agradavel.
— A parte que pareciamos uns velhos dançando em um casamento ao em vez de dois adolescente em uma balada. Liam, nós dançamos lenta... - Ri alto da cara que ele fez, como se tudo isso fosse bem normal. Só dava os dois entranhos dançando lenta no >meio< de uma balada lotada. Imaginem.
— Clar... Você bebeu? - Seu olhar preocupado me dizia tudo.
— Só um pouquinho!
— Você me disse que não bebia...
— Hoje é um excessão, amanhã sou novamente a Clarie chata que prefere ficar em casa assistindo um filme a vir em uma balada. - Parei de falar e respirei fundo, olhando fundo em seus olhos, que alias, estavam me proximos dos meus, por estamos "agarrados" ainda - Vamos lá Liam! Já estamos aqui, vamos nos divertir!
— Eu estou me divertindo. Não preciso beber para me divertir - Encarei ele cetica. - É serio! Está bem legal ficar aqui e... E...
— Conversar com o barman?
— Ele é um cara legal - Ele sorriu fraco e se afastou um pouco de mim, me analisando de longe.
— E você é gay

Virei na cama com um esforço que não seria necessario se minha cabeça não tivesse doendo tanto. Lembrei claramente agora por que tinha decidido nunca mais beber, e agora reforço plenamente essa ideia: Beber não está aprovado para lista de coisas legais para se fazer. Levantei ainda meio sonanbula, tampando meus olhos da claridade irritante que a droga do sol irritante proporcionava na droga do quarto irritante que eu estava. Fechei as curtinas e encostei na janela, abrindo os olhos aos poucos, tentando me acostumar com a "claridade" do mundo, porque mesmo estando escuro, meus olhos ainda reclamavam. Na verdade acho que no meu estado atual acho que meu corpo reclamaria de qualquer coisa.
Meus ovidos chiaram reclamando quando a porta abriu e uma fresta de luz apareceu em frente ao meu rosto. Com os dedos entreabertos na frente do rosto, vi Harry com um copo de agua na mão e algumas outras coisas na outra. Algo que não consegui identificar, obviamente.
— Fecha a porta Hazz, minha cabeça tá doendo... - Ele concordou calmo e entrou no quarto pisando fraco no chão. Logo depois fechou a porta sem fazer barulho, e eu agradeci a deus por ele o ter feito. Se aproximou devagar de mim e me entregou um comprimido e o copo d'agua. Entendi rapidamente que aquilo era remedio para ressaca. Peguei da sua mão e coloquei na boca rapidamente, avida por me livrar daquela dor insana.
— Obrigada Harry - Abracei ele com força e ele devolveu a abraço com a mesma intensidade que eu mesma coloquei nele - Sabe... Eu...
— Eu tambem - Ele me interrompeu e eu comecei a rir. Me afastei dele o encarando cetica.
— Você nem sabia o que eu ia falar! - Gritei, um grito abafado pela camiseta de frio que o harry usava. Meu rosto estava precionado contra o ombro dele, senti o cheiro tão normal para mim, mas ao mesmo tempo tão distante nos ultimos tempos.
— Você ia dizer que estava com saudades. Eu sei, eu te conheço. - Ri fraco e me afastei dele, me sentindo bem mais viva. A dor de cabeça tinha passado, meu melhor amigo estava ali fazendo piada de coisas que para mim já foram um grande problema (distancia). Tudo parecia tão... certo - Eu senti sua falta tambem little clarie.
— Ei, não é porque sou pequena que você pode me humilhar ok? - Ele concordou serio, e eu empurrei ele rindo. Harry deitou na minha cama, se esparramando nela. "Minha cama", que na verdade era dele e dos meninos. Mas foda-se, é minha, eu durmo nela, ela é minha.

— Sem problemas anã – Bati forte na sua barriga, mas ele não pareceu se importar com isso. Ou não tinha doido ou ele era muito orgulhoso para admitir que tinha. – Eai, como vai? Quero dizer, a vida triste que é a sua sem a minha magnifica presença diária.

— Cala boca Styles – Revirei os olhos imaginando a cara dele de convencido – Minha vida está ótima, obrigada por se preocupar! Tirando o fato que meu melhor amigo me excluiu da vida dele, mas tudo bem, ele nem faz tanta falta assim, sabe?

— Não faz falta? Imagino. – Ri fraco pelo nariz – Coitada de você, seu melhor amigo te excluindo da vida dele? Nossa! Barra pesada isso! Engraçado é que não foi ele que parou de atender as ligações e a ignorar totalmente todas as vezes que o seu lindo amiguinho foi a sua casa falar com você.

— Sem drama Harry, você que disse que queria um tempo – Levantei de seu abraço e o encarei cética. Uma hora nós teríamos de conversar sobre isso, cedo ou tarde. É melhor eu me livrar disso logo, quanto antes o clima entre nós ficar totalmente leve, melhor.

— Eu queria um tempo, mas depois eu mudei de ideia e você simplesmente me ignorou. – Harry ficou sentado na cama agora, não mais deitado, e me olhava serio. A hora que eu menos queria chegou.

— Porque eu precisava de espaço Harry! – não cheguei a gritar, mas falei um pouco mais alto sem querer. Ele se contraiu um pouco na cama e chegou mais perto de mim, logo depois segurando minha mão.

— Eu sei, desculpa – Ele acariciou meu rosto com as costas de seus dedos e eu sorri fraco, feliz por ele ser sempre assim comigo. Tão Harry. Tão carinhoso. – E agora? Seu coração já se resolveu?

— Harry... eu... eu – Me levantei bruscamente da cama e vi as lagrimas caindo dos meus olhos. Ele tinha perguntado finalmente o que eu menos queria responder, a pergunta que vem me perseguindo a semanas e semanas. O problema não era o meu coração, ele eu já tinha resolvido, já tinha encontrado algumas respostas dentro dele que eu vinha buscando a dias. Ele eu conseguia entender. O problema na verdade era ele. E se ele estivesse mesmo apaixonado por mim? O que eu faria? Eu não posso quebrar seu coração, isso seria a ultima coisa que eu desejo no mundo para qualquer pessoa, quanto menos para ele. Meu melhor amigo, a pessoa que eu mais amo no mundo tirando meus pais. Aquele que esteve aqui por mim, e consegue me entender melhor do que a mim mesma.

— Ei, o que foi? – Ele se levantou da cama e veio caminho até mim. Limpei as lagrimas, não queria que ninguém me visse chorando. De novo. – Olha pra mim Clarie – Não me virei – Olha pra mim Collins – Senti sua mão em meu queixo, me fazendo olha-lo – Não se preocupa comigo não, eu vou ficar bem.

— Como assim você vai ficar bem Harry?! Você vai ficar bem me vendo todos os dias sabendo que me ama de outra forma, mas eu simplesmente não correspondo?! Vai ficar bem fingindo que está feliz perto de mim, mas na realidade você está em pedaços? Alias, como alguém poderia ficar assim por alguém como eu? Você já viu todos os meus defeitos? Já prestou atenção que eu tenho uma covinha nas costas? Ou era tudo mentira? Você se afastou de mim por conta de um sentimento que nem existia? – Soltei tudo, e depois percebi que eu deveria cuidar para que ele não se magoasse, mas para magoá-lo. Mas acho que não sou esse tipo de pessoa, eu simplesmente falo... Sai. Sou sincera até quando não quero ser.

— Não é isso! Não era nada mentira! Ou você acha que eu me afastaria de você por nada? Você me conhece ou não? – Harry perderá a paciência que ele tinha instantes atrás.

— Desculpa, eu falei sem pensar – Reprimi a vontade de roer as unhas.

— Logico que sim, você sempre faz isso! Fala sem pensar, oh, até parece que eu estou discutindo com o Louis. – Ele revirou os olhos e depois encarou o nada, respirando fundo varias vezes antes de falar – Eu posso falar agora?

— Err... pode – Pressionei todos os meus músculos, me preparando para me sentir culpada. Embora não soubesse o que ele iria falar, sentia que seria algo que me faria me sentir um lixo. Um lixo por magoa-lo. Um grande e imenso lixo.

— Você é minha melhor amiga, e assim como Louis, eu te amo. Eu te amo mesmo, e quando digo isso eu quero dizer que me jogaria na frente de um ônibus para de proteger. Entende isso? – Concordei, sorrindo fraco mesmo diante das atuais circunstancias. Ele descreveu o meu sentimento por ele, com toda certeza me jogaria na frente de um ônibus para protegê-lo. Alias, para proteger a qualquer um dos cinco... Mas com Harry era diferente. Era uma amizade única. – E uma parte de mim se apaixonou por você, e querida Clarie, você pode pensar que não, mas é muito fácil se apaixonar por alguém como você. Em primeiro lugar você é linda, sua risada é escandalosa mais é contagiante, você tem bom humor depois de um tempo de convivência e sempre está fazendo piadinhas sobre tudo. Quando você xinga alguém fica mais do que obvio que na verdade você quer dizer “eu te amo”, por isso acho fofo quando você me xinga, porque sei que isso não quer dizer o que deveria dizer. Em segundo lugar eu sei que você sempre vai estar aqui por mim, sempre se importará comigo, até mais do que deveria. Tu coloca a felicidade dos outros acima da sua, e embora eu ache isso uma qualidade, também pode ser um defeito. E por ultimo, você odeia o perfeito, e isso faz com que você me ame. – As lagrimas voltaram a cair pelo meu rosto. Harry admitiu, ele esta realmente apaixonado por mim, embora tudo o que ele tenha dito tenha sido lindo, eu só queria morrer. Eu vou faze-lo sofrer, que ótimo, palmas para mim. – Calma pequena, eu não acabei ainda. – Harry me abraçou com força e eu segurei o choro. Droga, droga, droga, eu estava chorando de novo. Desde quando me tornei o tipo de garota que chora por conta de meninos? Desde o dia que meninos de verdade entraram na minha vida, provavelmente. Meninos que valem a pena chorar. – Embora eu ache que seja fácil se apaixonar por você, e uma pequena parte de mim já tenha o feito, eu te amo como amiga pequena. Você é a menina que usa minha camiseta sem pedir, a menina que pula em cima do Zayn na entrevista, aquela a qual se junta com o Louis para fazer chantagem com o Niall por conta do ultimo saquinho de doritos, você é a Clarie a minha melhor amiga, aquela que vai me ajudar com todos os meus problemas e vai ficar me irritando todos os dias. Não Clarie, a minha namorada, que vai me seduzir todos os dias com o sutiã novo que comprou no shopping. E eu simplesmente não consigo me imaginar com você com algo que não seja como minha irmãzinha.

Encarei-o chorando, chorando e rindo, mais feliz do que eu pensei que ficaria em anos ao saber que um garoto não consegue me imaginar como namorada.

~

— Bom dia! – Gritei na sala, enquanto o Harry me levava nas costas. Louis levantou a sobrancelha no sofá e me olhou cético.

— Engraçado, você chega ontem com o Liam mas sai do quarto com o Harry. Interessante. – Mostre-lhe o dedo do meio e reviro os olhos. De repente uma memoria da noite passada me batendo em cheio...

— Tudo bem, tudo bem! Você venceu! Eu vou dançar – Resmulguei baixinho, e ele completou a frase – E vou beber. Mas só um pouco, nada demais.

— Não, tudo bem, não precisa beber, você não gosta. Só vem dançar comigo – Puxei o Liam do banco que ele estava, levando-o em direção a pista de dança. Mas ele, como um ser humano mil vezes mais forte que eu nos trouxe novamente para o banco do bar. – O que foi?

— Eu vou beber, se eu decidir que vou eu vou. – Revirei os olhos, concordando com e sr. “eu mando na minha vida”. Pedi ao garçom a bebida mais fraca para ele, e a mais forte para mim.

— Você realmente embebedou o Liam ontem... Parabéns, nos estamos tentando o fazer ficar bêbado a anos. – Encarei o Zayn, embaraçada. Alias, como eles queriam que ele ficasse bêbado sendo que ele só tinha um rim? Queriam que ele morresse? – Quero dizer, depois que ele ficou saudável e etc...

— Eu não tenho nada a ver com isso, ele bebeu por que quis... – Desci das costas do Harry e fui em direção a cozinha, encontrando Serena e Julie “cozinhando”. Aquilo estava mais para “atentado contra a comida do mundo” – Se hoje fosse 11 de setembro eu poderia dizer que isso que vocês chamam de “cozinhar” é um atentado ao mundo.

— Bom dia pra você também – Serena sorriu e montrou a língua para mim.

— Cala boca loira azeda, agora, Harry, onde está o remédio para ressaca? – Serena fingiu que não me ouviu e continuou mexendo na panela em um negocio que mais parecia coco.

— Por quê? Ainda está com dor de cabeça? – Neguei e ele levantou as sobrancelhas – Então é pra que?

— Vou levar pro Liam – Disse como se não fosse obvio. Embora a culpa toda por ele ter bebido não tenha sido minha, uma boa parte era, porque eu que dei a ideia e etc. Então acho que o mínimo era ir lá ajudar ele com sua primeira ressaca... Se a minha foi um merda, eu nem imagino a dele.

— Ah – Ele abriu um sorriso estranho e entrou na cozinha. – Serena pegue o remédio para ela, está ai em cima de você.

— Hãm? – Serena colocou a mão na cabeça, procurando por alguma coisa. Às vezes esqueço o quão lerda essa garota pode ser.

— Ai sai dai, vai pintar seu cabelo para ver se você fica um pouquinho menos asna. - Empurrei Serena e ela fez piquinho.

— Ah, você sabe que eu não tenho culpa. Eu nasci lerda poxa vida. Alias, asna é sua bunda sua vagabunda - Ri alto abrindo o armario que antes estava acima de Serena. Peguei um comprimido e um copo d'agua.

— A Clarie não da chance pros lerdinhos, isso não se faz - Harry fez piquinho e Serena o encarou cetica, com um fogo nos olhos. - Opa eu tambem sou lerdo sem odio contra minha pessoa.

— Você, sem 1 piu sobre mim - Harry fez um "ok" pra Serena e ela sorriu meiga. Transtorno bipolar? Não, claro que não.

Sai da cozinha ignorando a discução entre os dois seres mais retardados que eu conheço e indo pro quarto do Liam. Abri a porta com cuidado e sem fazer barulho, entrei e fechei-a. Liam estava esparramado na cama gemendo e reclamando sozinho, com a cara toda contra o travesseiro.

— Merda de bebida, merda de festa, ah minha cabeça! Merda de mundo! - Reprimi a vontade de rir ao ouvir o Liam com tanto rancor na voz. - Nunca mais vou ouvir o que a Clarie fala! Ah

— Eu não tive culpa de nada - Sussurrei baixinho e foi o suficiente para ele se virar na cama para me encarar. Ele sorriu fraco e deixou o seu lado rabugento de lado.

— Sim, teve - Ele enterrou o rosto no travesseiro de novo - Agora, fique quieta, minha cabeça doi.

— Eu vim aqui só para te ajudar... Sem essa - Me aproximei dele e coloquei o remedio e a agua na comoda, respirando fundo. - Levanta a cabeça rapidinho - Liam levantou a cabeça com o travesseiro sem nem perguntar o porque. Acho que a dor não permitiu que ele pensasse muito. Sentei na cama onde antes estava seu travesseiro e encostei a mão nos cabelos dele. Agora ele e seu travesseiro estavam em meu colo.

— Ahnm, isso doi... - Liam parecia uma criança, talvez fosse por isso que eu decidi sentar aqui e mecher em seus cabelos.

— Por que você quis beber? - Perguntei, do nada, depois de alguns minutos ali só fazendo carinho naquela juba. Ele resmungou um pouco virou o rosto para cima, para poder olhar em meus olhos ao responder.

— Você lembra da Dani? - Aquelas palavras foram como um soco no meu estomago.

— Er... Acho... Acho que o Harry já me falou dela. Sua ex certo? - Ele concordou com um meio sorriso no rosto. - O que tem ela? - O desconforto em minha voz ficou mais do que claro.

— Ela me mandou uma mensagem ontem, dizendo que estava com saudades e que queria voltar a ser a minha amiga. O problema é que nós terminamos por falta de amor, qual o sentido dela vir atrás de mim agora? Depois desse tempo todo? - Ele parecia confuso, olhando pro nada, perdido no proprio mundinho. Nem se quer estava falando comigo, estava falando consigo mesmo. - E então eu fiquei confuso, e para esquecer isso decidir beber.

— Ela talvez tenha percebido que você está feliz sem ela, e não suporta essa ideia. Talvez ela seja louca - Liam sorriu fraco e continou perdido no proprio mundo. - E você ainda tem coragem de dizer que a culpa é minha, você ficou bebado por que quis! - Ele riu fraco de depois ficou extremamente serio.

— Clarie? - perguntou com uma voz malhosa.

— Oi?

— Minha cabeça está doendo.

— Meu deus! Eu esqueci, abre a boca. - Me virei um pouco na cama de uma forma que não necessitasse que o Liam levantasse do meu colo, e peguei a agua e o remedio. - Toma, remedio.

— Eca, eu não quero. Isso deve ter um gosto pessimo - Não acredito no que eu estava ouvindo. Ele tinha mesmo 19 anos?

— Liam! Para de ser infantil, coloca isso na boca logo. - Ele negou e eu focei a passagem do comprimido por entre seu labios, mas ele fechou bem a boca. - Liam eu vou te matar.

— Ok, só que eu não vou tomar o remedio de qualquer jeito - Ele sorriu e se levantou - Olha, a cabeça nem ta doendo mais.

— Então era manha? - Liam revirou os olhos - Você ficou aqui 1 ano reclamando da cabeça e ela nem estava doendo de verdade?

— Estava, mas já passou! - Me levantei rapidamente, irritada com ele.

— Liam James Payne você vai tomar esse remedio agora! - Liam colocou a mão na cabeça, fazendo cara de dor - Ai desculpa, eu gritei, desculpa, desculpa, desculpa. - Ele concordou um pouco, mas continuava com a mão na cabeça - Toma o remedio, vai? Nem é tão ruim assim.

— Não

— Sim

— Não

— Sim

— Não

— Não - ele me olhou confuso por eu dizer sim, e eu sabia que ia engana-lo com o classico "não, sim"

— Sim! Não, pera, quer dizer, não!

— Liam! - Ele riu fraco e me abraçou, e eu fiquei tentando entender porque diabos ele fez isso.

— Ai, você é tão bonitinha nervosa - Ele se afastou com um sorriso no rosto, e logo depois abriu a boca. Coloquei o remedio nela e ele aproveitou e me mordeu. - Agua!

— Toma - Ele bebeu a agua com um sorriso no rosto, com cara de quem fez o que queria fazer. - Devia virar esporte né?

— O que?

— Me irritar! - Sai do quarto fingindo estar nervosa...