Dog Days Are Over escrita por Srta F, Sammy


Capítulo 6
Encontros e Desencontros


Notas iniciais do capítulo

Hello peoples. Soy yo, Flo-chan.
Big Capítulo dedicado a nossos leitores: Bruna-chan, Bess e Mellosweet, embora só a Bess poste reviews.
Espero que gostem do capítulo e desculpem pela demora em postar, porque a Sammy demorou para revisar o capítulo.
BOA LEITURA... =3.



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Pov’s Normal

– Olá! Tem alguém aí? – pergunta uma mulher entrando por ama porta de coloração roxa com uma pequena janela em formato de estrela. – Senhora?

Não obteve respostas. Adentrou ainda mais naquela estranha casa, porém avançava inutilmente, já que estava completamente escuro.

– O que está fazendo aqui, Circe? Você sabe que não é bem-vinda aqui. – após essas palavras luzes se acenderam em um tom azulado, mostrando o rosto de uma mulher de cabelos negros cacheados e olhos cor de ébano, usava uma capa roxa com uma estrela também azul claro estampada. – O que veio fazer?

– Sei muito bem que não sou bem-vida aqui, senhora Hécate. – Disse a outra mulher, Circe, fazendo uma reverência longa, para que não parecesse hostil. – Mas vim te pedir um favor, e espero que você não o recuse, mas, claro a escolha é vossa.

– O que tens a dizer, então?

– Sabemos muito bem que Calipso fugiu de Ogígia, Eu consegui descobrir onde ela está.

– E o que está esperando para contar aos deuses sobre isso, Circe?

– Eu tinha grandes planos para ela, senhora. Iria disfarçá-la e colocá-la no acampamento meio sangue, algo que eu já fiz, e depois iria pedir a sua ajuda para nomeá-la como filha de Hécate, logo depois que eu ensinasse a ela alguns truques básicos da magia.

– Algo mais ou já posso te responder com poucas e boas?

– Sim, tenho algo a mais para lhe dizer. Afrodite, uma dos Doze Olimpianos, decidiu fazer de Calipso sua filha, porque pretende planos amorosos com ela. Aquela... Aquela... Loira aguada!!! – berrou Circe.

– Posso começar com as poucas e boas? – perguntou Hécate mais impaciente.

– Creio que possa...

– Ok, lá vamos nós... Em primeiro lugar: A que iria te servir Calipso? Com um simples balançar dos dedos você consegue bilhões de dólares. – disse balançando a mão e fazendo aparecer infinitas notas de cem. – Em segundo lugar: Por que eu iria nomeá-la como minha filha, você sabe que eu não confio em você. Em terceiro e último lugar: Se Afrodite quer se ferrar deixa ela se ferrar!

– Tudo bem... Você vai contar para Zeus, não é?

– Não, cada um faz sua própria estrada, eu construo a minha e você constrói a sua, então como você construiu um caminho até esta casa, creio que possa retrilhá-lo com a marcha-ré e sair daqui.

–Ah, mas não vou não haha... – disse Circe e então tirou um pequeno saco de mão, lá dentro havia um pozinho eu mudava de cor, hora verde, hora azul, hora vermelho etc. – Espero que me sirva bem, sabe? É que eu sou exigente. – e então despejou o pó na cabeça da deusa recitando um trecho de magia.

– Sim, louvável ama...

Pov’s Edward

“Ok, calma Edward, você consegue” dizia a mim mesmo “Não deve ser tão difícil assim escrever algo”. Tentava escrever, mas não conseguia, nenhuma palavra era depositada no pequeno papel rosa bebê. Uma poesia. A coisa mais simples e ao mesmo tempo mais engenhosa a se fazer. “Droga, eu não levo mesmo jeito pra fazer isso” continuava a pensar, até ter uma idéia.

Comecei a correr. Fui para o chalé número 6, filhos de Atena levam muito jeito com isso, coisas engenhosas. Adentrei no chalé, poucos campistas estavam lá, nenhum que eu aparentava conhecer. Aquele lugar me parecia triste, solitário, sem muita alegria. Calipso me disse que sua amiga filha de Atena, Victorie, disse a ela que era bem alegre quando alguém puxava um assunto em conjunto, mas isso não me parece real... É isso, Victorie!

Enquanto pensava em onde ela poderia estar, um calafrio percorreu minha espinha. Claro, Atena estava me mandando sair do chalé dela, ela me odeia a partir do dia em que coloquei uma bombinha de pum no trono dela, com alguma ajuda de meus meio-irmãos, mas isso não vem ao caso agora.

Saí dali antes que eu fosse queimo vivo pela senhora da sabedoria. Passei na sessão de treino com a adaga, aonde dei um “oi” para Leonard, que passa o dia inteiro lá. Fui à sessão de esgrima, depois na de escalada, e nas demais, mas não encontrei Victorie. Finalmente, na última sessão em que fui a encontrei.

– Victorie!! – chamei ofegante devido às léguas que havia corrido até ali.

– Que é que está me chamando? – perguntou ela, olhando-se aos lados para encontrar o meu paradeiro, até que finalmente me encontra. – Oh, Edward, é você.

– Preciso falar contigo, Victorie, é sobre a Amanda.

– É sobre aquele assunto dela ser a Calipso?

– Vo-você sabe disso?! Ela te contou?!!

– Sim, ela me contou. Mas não era sobre isso que você veio falar comigo?

–Não.

– Então é o quê?

– Vamos num outro lugar? Sabe... É que eu não quero falar isso publicamente...

– Tudo bem.

Seguimos por vários lugares até achar um perfeito, o acampamento estava lotado hoje, vários campistas praticavam esportes, e com razão, era um dia totalmente ensolarado. Maioria deles praticava canoagem, deve ser por causa do calor um pouco excessivo. Quase todos que estavam praticando esse esporte saíam de lá com o rosto queimado, pois olhavam para as ninfas da água e como o sol reflete sua luminosidade sobre a água, os raios refletidos queimam o rosto daqueles que olham para a água, nossa, dei uma de Atena agora... O local ficava um pouco adentro da floresta, ninguém podia nos ver ou nos ouvir dali, era perfeito.

– Pronto. O que você queria me pedir?

– Você não conta pra ninguém o que eu vou te contar?

– Não, eu nunca espalhei nenhum segredo na vida, tenho várias testemunhas.

– Ok... Eu queria convidar a Amanda para um encontro, mas eu estou com vergonha de falar-lhe isso pessoalmente, então queria escrever uma poesia, que seja prática e que insinue muito bem o lugar do encontro e etc.

– ...

– Que foi?

– Sério que você gosta dela?!

– Sim, eu gosto. – baixei a cabeça, meio com vergonha. – Pode me zoar o quanto quiser, mas me ajuda a fazer o bilhete?

– Eu nunca debocharia da cara de alguém, principalmente de um amigo.

– Então você vai me ajudar?

– Claro!

Começamos a discutir sobre o que colocar naquele papel de coloração rosa bebê. Ela dava idéias fantásticas, parecia que entendia muito bem a Calipso, até melhor do que eu. Várias idéias eu não conseguia nem acompanhar, passamos a tarde toda ali, só para bolar o encontro, o bilhete acabou ficando assim:

“A um encontro quero te convidar
Para a noite aproveitar.
Sentados à praia a relaxar
E sobre meus sentimentos poder lhe falar.

Quando quiser, hoje apareça
Estarei ansiosamente esperando que isso aconteça.
Mais sinceramente possível tentarei me vestir
Pois a nenhuma pessoa tentarei persuadir.” – Por: Flora Miranda Ulgheri (Eu)

A poesia ficou assim, eu achei bastante razoável, Victorie chegou até a rir dela. Meu horário previsto para o encontro seria entre as oito e nove horas. Com o poema pronto, fui até o chalé de Afrodite, já havia ido lá uma vez, porque Calipso havia me mostrado, sabia também aonde era o beliche dela, aonde eu ia deixar o bilhete. Percorri o chalé todo até encontrá-lo, ali estava, no canto, bem no canto do chalé da bela deusa Afrodite. Depositei o papelinho rosa bebê ali e fui embora, dessa vez sem quase sofrer uma combustão instantânea.

Fui ao meu chalé para ver o que tinha para o encontro. Nada, absolutamente nada, além de um terno velho que havia usado em uma festa. Além disso, mais nada. Teria de recorrer à ajuda de mais alguém para arranjar algo decente para um encontro na praia. Lá fui eu novamente pedir ajuda para a Victorie.

Fui ao chalé de Atena novamente, ela estava lá, sentada e lendo um livro, pelo menos eu não teria de correr o acampamento todo.

– Victorie! Estou com outro problema! – chamei.

– De novo, Edward?

– Sim.

– O que é então?

– O que eu visto? Eu não sei o que vou vestir para meu encontro com a Amanda. – eu a chamava de Amanda porque estávamos num lugar cheio de gente, e pegaria muito mal eu chamá-la de Calipso.

– Vista a coisa mais sincera que conseguir encontrar.

– Como?

– Você escreveu no bilhete que tentaria se vestir o mais sinceramente o possível, não disse? E então, se vista sinceramente, como você acha que deve se vestir para esse encontro?

– Acho que já sei como irei e vestir...

– Ok, então vá, faltam duas horas e meia para o encontro que decidirá o namoro de vocês!

Fui correndo novamente para meu chalé, iria vestir uma calça jeans com a camiseta do acampamento meio-sangue, era a coisa mais sincera que eu encontrara para usar. Os minutos passavam rapidamente, e nesse tempo eu praticava com a espada com várias pessoas de vários chalés, inclusive com os de Afrodite, que estavam começando a aprimorar suas habilidades. Estava tudo tranqüilo, até minha oponente ser Calipso.

– Oi Edward! – ela me saudou. – Queria praticar um pouco com a espada, porque quando eu fui tentar o arco e flecha e com a adaga me saí péssima. Acho que espada seria o meu forte.

– C-claro, por que não, Amanda? – gaguejei.

– Ótimo.

Começamos. De fato, ela havia melhorado bastante com a espada, impedia vários de meus ataques e conseguia usar qualquer objeto que lhe beneficiasse. Após dois minutos de luta me perguntava se eu deveria lhe perguntar sobre o que havia acontecido com ele aquele dia, para saber se havia depositado o bilhete no beliche certo, se ela viria, mas fazendo todas as perguntas de modo discreto, fingindo surpresa se ela me falasse que havia recebido um bilhete desconhecido. Decidi que era melhor não fazê-lo, que era melhor deixar o destino me levar. Após cinco minutos lutando me perguntava se era ela que havia melhorado com a espada ou era eu que havia piorado pensando em tantas coisas ao mesmo tempo. Chegou um momento em que com tanta coisa passando pela minha cabeça ela deu um golpe em minha mão, que fez com que a espada se soltasse dela, desse um pulo no ar e parasse na mão dela, em seguida Calipso, já com duas espadas, apontou uma para meu peito e outra em minha nuca, ameaçando cortar minha cabeça fora.

– L-legal, agora será que dá pra parar de ameaçar a cortar minha cabeça? – indaguei.

– Ah, sim, claro. Desculpe-me, queria curtir o momento.

– Você melhorou bastante com a espada, heim?

– Obrigada.

– Saberia me dizer que horas é, Amanda?

– Sim, são sete e meia, por quê?

– Eu tenho que ir, tchau! – gelei, faltava uma hora.

– Mas... !!

– Não dá!

E saí correndo, sem ouvir os protestos que ela fazia. Calipso, quer dizer Amanda, ou será Calipso mesmo... Ah, que confusão! Calipso é pra quando estamos sozinhos e Amanda para lugares públicos, que confusão! Bom, Calipso não queria que eu fosse embora, porque será? Não importava, eu tinha um encontro às oito e meia – nove horas. Comecei a colocar a blusa e a calça, fui ao bosque para colher algumas flores para Calipso, acho que ela tinha me dito que gostava de um tipo de flor que brilha á luz do luar... Não temos esse tipo de flor aqui, só em Ogigia, mesmo. Decidi então pegar algumas rosas, e ter todo o cuidado de retirar os espinhos, ali havia rosas de todas as cores, rosas, brancas, vermelhas, amarelas, decidi pegar as brancas, pra mim combinavam mais com ela. Mal podia esperar para ver como seria. De tanto nervosismo comecei a pensar: E se eu tivesse errado o beliche? E se ele não fosse o da Calipso? Quer dizer... Existem tantos beliches ali... E se eu tivesse errado que mico que eu iria pagar ainda mais se fosse um menino! Torcia para que não saísse tudo errado, teria sido tudo planejado para depois ir parar no lixo. O relógio já marcava oito horas, hora de se reunir para o jantar. Fui para lá, tentaria comer tudo antes das oito e meia, para que eu pudesse participar ao encontro.

Hoje o jantar consistia em ovos com bacon e pão francês crocante. Razoável. Fui até a fogueira e joguei o mais crocante e bronzeado pedaço de pão para Afrodite, porque pão, eu acho, é a coisa ali presente em meu prato que menos engordava, não sou bom em julgar o que engorda ou não, pra mim não faz diferença nenhuma, mas pra ela deve fazer. Rezei em silêncio para que ela fizesse desse encontro o melhor encontro da minha vida. Sentei-me novamente à mesa e comecei a comer o que restou da comida. O jantar foi calmo como sempre. Depois de todos terminarem, foram todos à costumeira cantoria junto aos filhos de Apolo em torno da fogueira, que conseguiu atingir cinco metros e meio de altura, mas Dioniso chamou a tosos de incompetentes, porque segundo ele, a fogueira já atingiu 10 metros, mas isso foi a uns quinhentos e cinquenta anos atrás, aproximadamente, eu continuo achando que isso é mentira, também porque, ele é parcialmente o deus da loucura, não é? Pouco importava isso.

Vasculhei em minha mochila e achei um perfume, ótimo! Coloquei-o, esperançoso de que não fosse para meninas, porque bom olfato para essas coisas eu não tenho, e além do mais como poderia eu ter um perfume feminino na minha mochila?!

Fui correndo para a praia, esperando que ninguém me encontrasse e me denunciasse para o senhor D. Isso seria terrível e arruinaria o dia e meu relacionamento com a Calipso. Consegui sair do acampamento sem ser notado por ninguém e nem por Pelé, o dragão de guarda do nosso acampamento, ele expelia fumaça pelas narinas e roncava muito alto, talvez eu também roncasse assim, mas ninguém nunca mencionou nada.

Fui até o lugar mais visível da praia, aonde quem saísse do acampamento e descesse o morro poderia ver. Fiquei esperando por uns trinta e cinco minutos. Estava quase indo embora para o chalé de Hermes, quando senti dois dedos pousando-se em meu ombro e me fazendo virar num susto.

– Ah, então é você que me convidou para esse encontro. – disse um vulto escuro que eu não conseguia identificar por causa da escuridão do local. – Edward.

– Q-quem é você?!

– Não vai me dizer que não me reconhece? Sou eu, o Leonard. – empalideci, fiquei parado lá olhando para o nada.

Meu maior temor havia-se feito presente. Eu coloquei o bilhete no beliche errado, e quem me apareceu não é somente um menino, como também é gay! O Leonard é gay! E ele pensa que eu convidei ele para um encontro intencionalmente para que eu pudesse lhe falar algo romântico! Comecei a entrar em pânico, mas tentei me controlar e a tentar explicar a pacata situação em que nos encontrávamos.

– Escuta, Leonard... – comecei a dizer, mas ele me interrompeu.

– Nananinanão! Eu não gosto de você, mesmo que você implore, eu gosto daquele garoto do chalé de Apolo, acho que eu já te disse isso uma vez não é? – eu fiz uma cara de “WTF” e ele tirou a mão da minha boca. – Foi muito fofo esse seu ato de me convidar aqui, mas eu não aceito. E... - completou a frase me cheirando. - Esse perfume é para meninas.

Depois de ter dito isso ele foi embora. Ótimo. Tinha levado a tarde toda para escrever um bilhete para depois colocá-lo no beliche errado e levar um fora do Leonard, um cara que eu nem gosto! Que não vejo motivos para gostar já que estou apaixonado por outra pessoa. Que droga!! Porque o amor é tão complicado? Da próxima vez, vou me certificar de que o beliche é o da Calipso! E por que eu tenho um perfume de menina na minha própria mochila?!


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Espero que sim, postem reviews, heim? Façam duas autoras felizes com um review.
ATÉ O PRÓXIMO CAPÍTULO...



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