Dark Secrets - Livro I: My Immortal escrita por Daphne Delacroix


Capítulo 12
Capítulo 11




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/235087/chapter/12

Á noite, depois de deixar Clair em casa, fui para a minha. Ao chegar lá, a única coisa que consegui pensar, era que precisava tomar um banho e começar aquele livro logo.



...



Depois de ter tomado banho e comido alguma coisa, fui para o meu quarto e peguei o livro.

Meu telefone tocou.

-Alo?

-Oi meu amor! Como você está?

-Oi mãe. Estou bem – respondi.

-Que bom. Como foi o dia?

-Legal.

-Hum... Liguei para desejar uma boa noite, sempre que chego você já esta dormindo, então...

-Entendi – sorri levemente - Boa noite para você também.

-Obrigada. Só liguei mesmo para desejar boa noite, ainda tenho trabalho para terminar.

-Tudo bem, tchau.

Desliguei o telefone e antes de guarda-lo olhei a hora, eram nove e meia. Voltei para o meu livro, o sono já estava começando a tomar conta de mim, mas disse a mim mesma que ia ler pelo menos uns cinco capítulos, o que de nada adiantou, pois assim que abri o livro fechei-o logo em seguida, pois nao aguentei lê-lo.



...



Na manhã seguinte, ao levantar para ir a escola, tive uma sensação muito estranha de que alguma coisa ia acontecer naquele dia, pior que não sabia o que, e nem se era uma coisa boa ou ruim.

Pouco tempo depois de sair de casa, cheguei a escola. Desci do carro e caminhei para o pátio.

- O que vai fazer mais tarde, á noite? - Clair falou de repente aparecendo atrás de mim.

- Ficar na minha casa assistindo televisão e depois dormir - respondi.

- Ótimo, então vamos sair.

Olhei para ela.

- Você ouviu o que eu disse?

Ela assentiu.

- Então porque disse que vamos sair hoje? Amanha temos aula- perguntei, ja estava me sentindo confusa.

- Amanha nao temos aula - disse.

- Da para você me explicar o que esta acontecendo? - pedi, ela nao estava falando coisa com coisa.

- Hoje á noite, o parque da cidade vai reabrir para um festival, que durará três noites, e como é uma tradição da cidade, nao vamos ter aula amanha - ela explicou, mas ainda sim continuei confusa.

- Festival? Tradição? Do que esta falando?

- É uma tradição que acontece a cada cem anos em nossa cidade, o parque abre durante a semana, apenas um dia, para festejar a noite cheshvan, diz a lenda que nessa noite, os anjos caídos vem e tomam os corpos dos humanos e fazem o que querem.

Olhei para ela, incrédula.

-Que coisa ridicula - disse.

-Não é ridícula. Vamos! - insistiu.

-Não sei, vou pensar - falei.

O sinal tocou e nós entramos para a sala.

- Vou com a Clair. Vem também, vai ser divertido - murmurou.

Suspirei.

- Vou ligar para minha mãe. - falei pegando o celular na mochila, nós ja estávamos no estacionamento, Clair se aproximou.

Disquei o numero e esperei até que ela atendesse.

- Alo?

- Oi mãe, como está?

- Bem. Aconteceu alguma coisa? Você nunca liga para mim quando estou trabalhando.

- Esta, liguei para saber se posso sair com Clair mas tarde, nós vamos ao parque que reabrirá essa noite para um festival - expliquei ante que ela perguntasse.

- Amanha tem aula Elizabeth. - disse.

- Nao, nao vai ter aula por causa desse festival - falei.

- Bom... Então tudo bem, mas nao volte tarde.

- Pode deixar, tenha um ótimo dia no trabalho. - murmurei e depois disso desliguei.

- Ela deixou? - Clair já estava sorrindo quando perguntou.

- Sim



...





Nao estava nem um pouco animada para ir a esse tal festival que ia ter, mas seja como for, ja tinha falado a Clair e ao Vitor que ia.

Fechei o livro que estava lendo, e fui me arrumar.

Depois que estava pronta, peguei tudo que era necessário como dinheiro, documentos, chaves do carro e de casa, saindo ligo em seguida.

Pra dizer que nunca tinha ouvido falar desse festival no parque de diversões, me lembro vagamente de minha avó comentando isso certa vez, mas sabia apenas isso, que era um festival que acontecia a cada cem anos.

Cheguei ao parque, Clair e Vitor ja estavam lá.

- Oi! - Clair disse.

- Oi. Chegaram a muito tempo? - perguntei.

- Nao muito, estou super ansiosa para andar em alguns brinquedos - falou.

Sorri levemente.

Já que estava ali, nao tinha porque nao me divertir um pouco.

Fomos para o primeiro brinquedo, o trem do "horror", Vitor, Clair e eu ficamos juntos, sentados na primeira fileira. O trem começou a andar, tudo era escuro. Na primeira parada, gritos ecoavam das caixas de som, e luzes vermelhas piscaram. Clair ficou agarrada ao pescoço de Vitor o tempo todo.



Uns dez minutos depois, nós saímos do primeiro brinquedo. Clair estava super animada.

- Foi divertido, só nao me assustei tanto - falou ela.

- Para! Você ficou agarrada no Vitor o tempo todo.

Ela fez uma careta, nós rimos.

- Vou beber alguma coisa. Vocês querem? - perguntou.

- Nao - Vitor e eu respondemos juntos.

Clair falou com Vitor e foi pegar sua bebida.

- Agora você pode falar - Vitor se aproximou de mim, olhei para ele.

- Falar o que?

- Conheço você, sei que você nao está bem.

Hesitei antes de falar.

- Nao é nada, esta tudo bem - disse.

- Elizabeth... - ele insistiu.

Nao respondi.

- Tem a ver com ele, nao é? O tal garoto. - ele quis saber.

Olhei para ele novamente.

- Porque acha isso?

- Da para ver nos seus olhos. Ele mexe com você - murmurou.

Nao estava me sentindo muito bem para falar daquele assunto. No fundo, nao queria que ele soubesse de nada.

- Nao. É só que...

- Você está apaixonada por ele. Porque você fica tentando mentir para si mesma?

- Nao estou apaixonada por ele - menti, ele nao pareceu cair nessa.

- Tudo bem, você quem sabe. Mas nao gosto de ver você sofrendo - falou.

- Vou ficar bem, pode deixar - tranquilizei-o.

Clair voltou, trazendo uma diet coke na mao.

- Vocês nao vao adivinhar quem foi que eu vi agora. - ela disse.

- Quem? - Vitor quis saber.

- Ariel - ela respondeu.

Vitor me lançou um olhar, esperando ver minha reação.

- Vamos na montanha russa - Clair falou mudando de assunto.

- Vamos - Vitor concordou.

- Ah, vão vocês, eu estou um pouco enjoada, se eu for nao vai dar muito certo - disse.

- Mas você vai ficar bem? - Clair pareceu preocupada.

Assenti.

- Qualquer coisa vou para a casa.

- Tudo bem - ela assentiu.

- Fica bem - disse Vitor piscando para mim.

Sorri levemente.

Fiquei parada ali durante uns cinco minutos antes de sair dali e dar uma volta. O parque estava cheio, vários rostos que nunca vi antes, e também tinha muitos que conhecia.

Parei em frente a uma barraquinha e comprei uma diet coke.

- Você precisa sair daqui.

Virei-me, Ariel estava parado atras de mim.

- Tire Clair e Vitor também - falou.

- Porque? - perguntei confusa, ele tinha chegado tão de repente que chegou a me assustar um pouco.

- É perigoso.

Franzi a testa.

- Perigoso? Do que esta falando?

- Você nao tem ideia do que vai acontecer esta noite neste lugar - disse, tinha medo em sua voz.

- Da para me explicar o que esta acontecendo? - perguntei.

- Nao posso - respondeu.

- Ótimo, preciso encontrar Clair e Vitor - falei dando as costas a ele.

- Lizzie... - ele chamou.

Virei-me para olha-lo.

- Estou cansada, cansada de nao ter respostas - eu disse.

- Você fala como se eu nao quisesse dar todas as respostas que precisa para entender tudo isso. - falou.

- Agora a culpa é minha?

- Um dia, você vai entender tudo - murmurou.

- Nao, sinceramente acho que nunca vou entender - falei.

- Porque pensa assim?

Demorei uns instantes para responder.

- Porque sinto como se fosse desaparecer a cada minuto, é como se... Nao pertencesse a esse lugar. - sussurrei.

Ele nada falou.

- Eu nao sei nada sobre voce, onde mora, qual sua idade, o que faz quando nao esta na escola, eu... nao sei quem você é. - falei - E agora você chega e fala que preciso ir embora, que é perigoso estar aqui esta noite. Porque?

- Tudo que vocês sabem sobre a noite de hoje, é real, nada disso foi inventado - disse.

Eu ri.

- Fala sério!

- Lizzie, acredite em mim, por favor - pediu.

- Porque? - perguntei novamente.

- Porque é verdade - disse.

Olhei fundo nos olhos dele antes de responder.

- Resposta errada.

Virei-me dando as costas a ele. E ele nao veio atras de mim. Joguei a lata de diet coke que estava na mao no lixo e fui para o meu carro, liguei-o e acelerei, saindo daquele lugar.

Minha mae ainda nao estava em casa quando cheguei, agradeci por isso, entrei e subi direto para o meu quarto, trancando a porta atras de mim.

Deitei na cama sem me importar com os sapatos.

Meu telefone tocou, olhei o numero, Clair.

- Alô

- Elizabeth, onde você esta? - ela quis saber.

- Ahn, nao estava me sentindo muito bem, resolvi vir para casa - disse.

- Mas você esta melhor agora? Posso ir até ai se quiser - ela parecia preocupada.

- Nao precisa, ja estou melhor, mas obrigada.

- Tem certeza?

- Tenho sim - murmurei.

- Tudo bem, então. Amanha eu ligo para você. - falou.

- Ok, vou ficar esperando - disse e desliguei logo em seguida.

Afundei minha cabeça no travesseiro, fechei os olhos e deixei que a noite tomasse conta de mim.

Na manha seguinte acordei me sentindo bem melhor que na noite anterior, ja passavam de meio dia quando levantei.

Meu telefone tocou assim que pus os pés no chão, peguei ele de cima da mesa de cabeceira e atendi.

- Alô

- Nossa que voz horrível! - Clair disse.

- Acabei de acordar.

- Desculpe.

- Tudo bem - falei.

- Você está melhor? - ela quis saber.

- Sim, estou ótima.

- Que bom. Estava pensando em ir ao ensaio da banda do Vitor depois do almoço, quer vir junto? - perguntou.

- Ah... pode ser, passa aqui e vamos juntas - sugeri, ia ser legal passar o dia assistindo o ensaio da banda do meu melhor amigo, o melhor dizendo, da banda que ele tocava.

- Ótimo, nos vemos daqui a pouco então - disse ela.

- Até...

Levantei da cama e fui tomar um banho, achei melhor me arrumar logo.

Depois que estava pronta, fui até a cozinha preparar alguma coisa para comer senão meu estomago nao me deixaria em paz o resto do dia.

Clair passou em minha casa pouco antes das duas, e dali nós fomos para o estúdio onde seria o ensaio.

- Como está o livro que esta lendo? - perguntou ela quando saímos de casa.

- É um livro muito bom, mas um pouco parado - disse.

- Eu avisei, me lembro quando o li pela primeira vez, demorei mais o menos um mês.

- Hum, nao sabia que tinha lido Orgulho e Preconceito - falei, nao me lembrava disso.

- Li sim, mais nao me lembro de quase nada, ou melhor dizendo, lembro apenas da parte que mais gostei.

- E qual é? - quis saber.

- A em que o sr. Darcy escreve uma carta para Elizabeth Bennet - murmurou ela suspirando.

Eu ri.

- Ainda nao cheguei nessa parte. - disse.

- Quando isso acontecer vai entender o que estou falando.

Sorri.

Chegamos ao estúdio minutos depois, eles ja tinham começado a ensaiar. Logo depois da pausa da primeira musica, Vitor veio falar com a gente, ele parecia feliz em nos ver ali, e eu também gostei, não só de estar ali, mais de vê-lo feliz. Passar um dia com seus amigos, viver cada segundo sem saber o que vai acontecer, sem esperar que nada aconteça. Vitor e Clair eram duas pessoas muito importantes na minha vida, apesar de me irritarem as vezes, nao sabia viver sem eles, e também nao queria.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dark Secrets - Livro I: My Immortal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.