Sete Coisas Que Odeio Em Frank Iero escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 6
Ele me faz chorar


Notas iniciais do capítulo

Welp. Estou postando rápido, não estou?
Mereço um parabéns? *u*
Não, né -q "Não estou fazendo mais do que a minha obrigação" e blablablá.
Enfim.
Enjoy!



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Voltei correndo para casa, deixando o carrinho de compras em algum lugar. Bert notou que eu corria até a saída do supermercado e me seguiu. Fechei a porta, esquecendo-me de trancá-la, e Bert entrou logo atrás de mim, trancando a porta.

-Ei, Gee, o que houve?

Solucei e desatei a chorar. Bert arregalou os olhos.

-Peraí, calma! Calma! Uma coisa de cada vez!

-B-Bert... Ele n-não gost-ta de mim... – choraminguei.

-Como assim? – perguntou ele, gentilmente.

-E-e-ele apareceu com a Lisa... N-no supermercad-do!

-Não entendo. – ele franziu a testa.

-O que? – funguei.

-Você não disse que é estranho tudo aquilo de ele gostar de você? Então por que está triste já que ele claramente não gosta de você?

Franzi a testa. Ele estava certo.

-N-não importa.

-Importa sim. – disse Bert, franzindo a testa novamente – Gee...

-Sim?

-Você está apaixonado por ele?

Segurei o fôlego e mordi o lábio inferior.

-Sim. Muito.

Bert suspirou.

-Foi o que eu achei. Então por que continuou negando por tanto tempo?

-Eu... E-eu não sei. – admiti. Bert bufou e revirou os olhos.

-Não são só as mulheres que são complicadas...

-Quê?

-Nada. Por que não corre atrás dele?

-Porque ele não gosta de mim! – falei, exasperado.

-Será? – indagou Bert, arqueando as sobrancelhas. Parei de soluçar e encarei-o com meus olhos que – provavelmente – estavam vermelhos.

-Bertie... – falei, com a voz mais calma do mundo – LISA ESTAVA ABRAÇANDO E BEIJANDO ELE.

-E? Ele pode estar tentando fazer você ficar com ciúmes. – ele deu de ombros. Abri a boca para retrucar, mas fechei-a logo depois. Ele tinha razão. Mas, argh, eu não podia ser tão otimista! É óbvio que ele não fez isso para chamar minha atenção!

-Não, não pode ser isso.

-Como não? Uma criança faz pirraça para chamar a atenção dos pais, não faz? Então, ele pode estar fazendo “pirraça” pra chamar a sua atenção.

Mais uma vez, abri a boca e fechei-a. Fiz isso diversas vezes, até desistir e apenas murmurar:

-Duvido bastante.

Bert bufou e se ajeitou no sofá, me encarando.

-Gerard, raciocine comigo, se é que essa sua cabeça vazia ainda funciona. Ele escreveu aquelas coisas no caderno e no seu iPod. Ele anda agindo estranhamente com você. Ele anda preocupado com você, pelo que eu pude perceber nos minutinhos que eu falei com ele lá fora, antes de entrar aqui umas horas atrás. Está na cara que ele te ama, Gerard. E só você não quer aceitar isso, porque eu acho que até o Mikey já percebeu. – disse Bert, cinicamente. De repente, me lembrei de uma coisa.

-Espera, falando nisso, cadê o Michael?

-Ele não tinha...

-Sim, sim, eu sei! – respondi, exasperadamente – Mas ele está fora faz cinco horas!

-Deixa o Mikey aproveitar a primeira noite dele. – ele revirou os olhos e eu abri a boca em escândalo, mas Bert bufou – Meu deus do céu, você não consegue mais distinguir uma brincadeira de uma coisa séria?!

Bufei de volta e não respondi. Fiquei encarando a parede clara e Bert se levantou bruscamente alguns minutos depois.

-Bom. – disse ele – Como você está sem comida nessa casa e, claramente, não quer aceitar que ele te ama, eu vou indo, baby. Até mais tarde. – ele destrancou a porta e saiu, dando uma piscadinha (que tentava ser) sensual.

Permaneci em casa, chorando cada vez que me lembrava da cena que vi no supermercado.

Argh, como eu odeio Frank Iero. Odeio o fato de que ele me faz chorar.

-Gee?

Sobressaltei-me ao ouvir alguém chamando meu nome. Levantei o olhar e vi Mikey e Ray.

Sinceramente, não quero nem saber por que os dois estavam de mãos dadas.

-O que é? – murmurei roucamente.

-O que aconteceu? – indagou ele, franzindo a testa e se sentando do meu lado. Ray se sentou do outro lado e me olhou, visivelmente preocupado.

-N-não foi nada...

-Nada? Pelo amor de deus, você está chorando! – replicou Ray, exasperado.

-Eu só... Eu só quero ficar sozinho. – sorri fracamente. Ambos se entreolharam, mas assentiram. Levantei-me e foi até meu quarto, porém, antes que eu entrasse, Mikey veio até mim.

-Ei, Gee. Escuta, eu... Estou preocupado com você. – ele mordeu o lábio inferior – Qualquer coisa que precisar, me avise, ok?

Abri aquele sorriso fraco mais uma vez.

-Ok, Mi. Obrigado mesmo.

-Não estou fazendo mais do que deveria, Gerard. Sou seu irmão, me preocupo com você. – ele sorriu de lado. Sorri de volta e abracei-o.

-Obrigado, Mi, não sei o que faria sem você. – sussurrei, apertando-o contra meu próprio corpo. Já fazia muito tempo desde a última vez em que me senti tão próximo de Mikey.

-Tem certeza de que não quer falar sobre isso, Gee?

-Tenho. É coisa minha, vai passar, prometo. – sorri tristemente. Ele assentiu e me deu um beijo no rosto.

-Ei, eu te amo... Tá? Não esquece disso. – ele bagunçou meus cabelos, sorrindo de lado. Ri baixinho e assenti.

-Não vou esquecer, pode deixar. Obrigado por se preocupar comigo.

Mikey sorriu e se afastou. Mordi o lábio inferior e esperei até que seus passos se afastassem o suficiente até que fosse seguro eu andar até lá. Quando isso aconteceu, fui até a sala e me escondi atrás da porta, espiando a sala. Vi Mikey suspirar profundamente e se sentar no sofá, ao lado de Ray.

-Eu não sei mais o que fazer... Ele está cada vez mais estranho e se recusa a dizer o que houve... – Mikey colocou os cotovelos nos braços e apoiou a testa nas mãos – Eu estou extremamente preocupado com ele...

Ray suspirou e abraçou Mikey. Até aí, nada de estranho. A parte estranha foi quando ele começou a fazer carinho na cabeça de Mikey. Franzi a testa, mas permaneci em silêncio.

-Calma, ok? Uma hora, ele vai falar. Eu prometo.

-Espero mesmo, Ray. Espero mesmo. – ele mordeu o lábio inferior e enterrou a cabeça na curva do pescoço de Ray. Estranhei mais ainda. Mikey suspirou – Eu só queria saber o que há de errado com ele... É pedir demais?

-Você tem que entender que, assim como você, o Gerard também tem seus próprios problemas. E você não precisa saber de cada um deles.

-Eu sei, mas não deixo de me preocupar.

Ray riu baixinho.

-Ah, meu amor, não precisa ficar assim. – ele afastou a franja de Mikey dos olhos dele e beijou sua testa.

Ah.

Agora foi que eu entendi tudo.

De alguma forma, sorri levemente. Sorri por saber que Mikey havia conseguido entender quem ele era e tudo o mais.

Agora era minha vez.

Infelizmente, eu não consigo.

Suspirei profundamente e voltei para o quarto, abraçando o travesseiro, como uma perfeita adolescente apaixonadinha. Meus traços levemente femininos não ajudavam nisso, acredito eu.

De repente, senti uma leve batidinha na porta.

-Entre. – respondi, com a voz rouca. A porta se abriu e eu arregalei os olhos.

-V-você?!

Frank deu um meio sorriso acanhado. Fechei a cara e comecei a jogar tudo o que vi pela frente naquele baixinho idiota.

-O que você quer?! Seu cretino, idiota, irritante, retardado, p... – fui interrompido pela boca dele na minha.


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Notas finais do capítulo

Wee...
Ounão.
Pretendo postar amanhã... Se não, só quinta. SE eu conseguir levar meu notebook na viagem, se não... SÓ MÊS QUE VEM O/ Mas eu acho que vou levar o notebook sim. Quase certeza.
Anyways.
Beijo o/