Sete Coisas Que Odeio Em Frank Iero escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 2
Ele é irritante


Notas iniciais do capítulo

Falow, eu demorei, I know. Mas eu sinceramente NÃO SEI O QUE ESTÁ ACONTECENDO COMIGO '-' Eu sinto como se não tivesse tempo de fazer nada, quando, na verdade, eu tenho tempo pra todas essas merdas! Argh, eu tenho problemas ¬¬¬¬¬¬¬¬
Enfim... Desculpe '-'
Enjoy!



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-Pronto, agora sai do carro. Anda, porra!

-Caaaaaaaaaaalma, Gee... – disse Mikey, tirando o cinto de segurança e abrindo a porta. Bufei em impaciência e praticamente joguei-o para fora do automóvel – Ei! Para!

-Se você andasse mais rápido, isso não seria necessário. – grunhi – Agora tchau.

-Tchau, apressadinho! – ele riu pelo nariz e fechou a porta. Revirei os olhos e dei a partida novamente, indo em direção à minha faculdade. Cheguei lá em tempo recorde, ultrapassando todo e qualquer sinal vermelho, mas não me importei muito com isso. Estacionei o carro de qualquer jeito em uma das vagas e corri, abrindo a porta da sala com uma força desnecessária. O professor de pintura crispou os lábios e disse:

-Atrasado novamente, Sr. Way.

-É, é, desculpa. – murmurei, ofegante, indo me sentar nas mesas mais atrás. Senti os olhares zombadores caírem sobre mim e suspirei fundo. Sabia há muito tempo que eles não gostavam de mim. Não que eu me importasse, claro.

O professor revirou os olhos e continuou sua aula. Apoiei minha cabeça em uma das minhas mãos, visivelmente entediado. Aulas de pintura me entediavam por um simples motivo:

Eu já sabia de tudo.

Sem querer me gabar, mas tudo o que o professor falava lá na frente já não era novidade para mim. Todos aqueles livros de artes plásticas e tudo o mais serviram para alguma coisa, afinal de contas.

-X-

Após várias aulas chatas e particularmente desinteressantes, finalmente chegou o horário do almoço. Fui até o refeitório, como sempre faço, e sentei-me em uma das mesas afastadas, sem me importar em pegar alguma coisa para comer. Logo senti alguém atrás de mim e levantei o olhar, rindo baixinho.

-Fala, Ray.

-E aí, maninho. – disse ele, sentando ao meu lado e puxando o caderno que estava em minhas mãos – Belo desenho.

-Obrigado. – corei – E aí, como foi a aula?

-Um tédio, como sempre. – disse ele, esticando as pernas pelos bancos que estavam vazios. Revirei os olhos e continuei a rabiscar meu desenho.

Ah, sim, esqueci de mencionar. Ray é meu melhor amigo desde a sexta série. Fomos para a faculdade juntos, porém, ele resolveu fazer ciências contáveis. Por algum motivo que eu desconheço, já que, desde pequeno, sempre detestei matemática. E ainda detesto, para falar a verdade. Mas isso não vem ao caso.

-As minhas também. – ri divertidamente – Alguma novidade ou coisa do tipo?

-Que nada. – resmungou ele – Tudo na mesma. E você? Falando nisso, como vai o Mikey?

-Vai bem. – respondi, desinteressado.

-E o Frank? Faz tempo que não falo com ele... – disse Ray, com uma cara pensativa – Eu devia ligar para ele, pra marcar um dia pra nós jogarmos videogame ou coisa parecida... Enfim, como ele está?

-Bem até demais. – resmunguei. Ray riu – É sério, porra! Ele está cada vez pior, juro pra você!

-Ah, que isso, maninho! Ele só deve estar querendo chamar a atenção!

-EXATAMENTE. E isso não é bom, principalmente quando eu estou irritado.

-Ui, entrou na TPM, é?

-Cala a porra da boca, Ray. – ele revirou os olhos, mas se calou, puxando um caderno grande de dentro da mochila.

-Tá, já calei. Agora me ajuda a fazer a porra do trabalho.

-Eu?! Eu não sei nada de matemática!

-Não, mas sabe de geometria. – ele sorriu. Revirei os olhos e tomei o caderno dele, examinando as formas geométricas espalhadas pela folha.

-X-

Como sempre, a aula depois do almoço estava um tédio.

Mas estava um tédio tão grande que eu queria morrer.

Puxei uma folha do meu caderno e comecei a desenhar, afinal, eu não tinha nada melhor para fazer. Fui rabiscando sem prestar muita atenção no que fazia, até notar que havia desenhado o Frank.

Franzi a testa. Isso não era normal.

De repente, senti meu celular vibrar. Puxei-o do bolso e atendi, sem nem mesmo olhar para o número.

-Alô? – sussurrei baixinho, para que o professor não me ouvisse.

-Hey, Gee!

Arregalei os olhos e me segurei para não bufar em descontento.

-Frank?! O que você quer?!

-Nada, só te atormentar mesmo. – pude sentir que ele sorria. Resmunguei um xingamento e voltei a sussurrar raivosamente:

-É sério, porra! Eu estou no meio da aula!

-Eu sei! – ele riu divertidamente, o que só me fez fechar ainda mais a cara.

-Ah, sério, você é um imbecil!

-Você também é, baby. De qualquer forma, ainda está na aula? Fiz seu telefone tocar durante ela?

-Não, idiota. Estava no vibracall.

-Oh, que pena. – ele parecia realmente desapontado – Da próxima vez, vou me certificar de que seu telefone não está no vibracall...

-Escuta aqui, seu...

-Senhor Way. – disse uma voz severa atrás de mim. Dei de cara com o professor, que me encarava de um jeito extremamente irritado. Mordi o lábio inferior e desliguei o celular, sem ao menos dizer tchau para Frank. Abri um sorrisinho incerto para o professor, e ele simplesmente continuou me encarando.

-Pode me dizer o que está fazendo?

-Falando no celular, dãã. – gritou alguém lá da frente.

-Quieto, Sr. Turner. Sr. Way, gostaria  que se explicasse.

-Meu... Meu celular tocou... E eu fui atender... E... Era meu tio. – mais uma vez, esbocei aquele sorriso sem graça – Ele disse que... Minha... Minha avó está no hospital!

-Sua avó morreu faz seis anos, Sr. Way. A escola toda sabe disso. – respondeu ele, com a voz levemente cansada e um tom fortemente irônico. Senti meu rosto esquentar, mas tentei esconder o fato – Quem era, afinal?

Bufei audivelmente.

-Conhece Frank Iero? Da área de música? – não esperei uma resposta – Então, ele é um enorme filho da puta e ligou pra mim no meio da aula. É.

O professor suspirou fundo antes de continuar a falar.

-Sr. Way, eu conheço Frank Iero e sei que ele é um bom aluno. Ele jamais faria uma coisa dessas, portanto, pare de culpar os outros pelos seus problemas, ok?

-BOM ALUNO?! Aquele menino é uma peste! Ele só é bonzinho com os professores! Vai ver é por isso que você conhece ele: por ficar dando em cima da professora de música!

Opa.

Peraí.

Fudeu, fudeu, fudeu.

E tudo por causa daquele imbecil. Ele é irritante pra caralho.


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Notas finais do capítulo

Yup...
Eu ia falar alguma coisa, mas esqueci, como sempre faço.
Beijo -q