It Was Never Planned. escrita por Pequena Gafanhota
Notas iniciais do capítulo
A pedidos da minha leitora de Thalico, Anna Riddle, aqui está a história. Beijos, anjinhos, espero que gostem.
Jason e os romanos estavam indo para o Acampamento Júpiter naquela tarde. Piper sabia que não havia mais do que isso.
– Piper... - começou Jason.
– Tudo bem, você precisa ir. - ela disse.
– Você vai ficar bem?
– Vou. Sei me cuidar sozinha, Jason. - respondeu Piper.
– Mas...
– Não temos mais tempo, Jason. - disse Reyna, emergindo de entre duas árvores. Sua voz soava fria. O garoto loiro se virou para encarar a pretora, que estava parada atrás dele com os braços cruzados, a expressão dura.
– Ok. Já vou indo. - ele se virou para a garota morena. - Tchau, Piper.
Ele abriu os braços e ela não recusou em lhe conceder um ultimo abraço. Um abraço de amigos.
Lágrimas teimosas desciam pelos traços delicados dela. Ela via o rosto de Reyna embaçado, mas podia distinguir a expressão vitoriosa que ela lançava a Piper.
– Me desculpe. - sussurrou ele, entre seus cabelos.
– Jason... - disse a pretora, elevando o tom de voz.
– Tudo bem, vamos. - Piper se desvencilhou dos braços do garoto e sorriu triste. Ela viu o rosto do pretor que expressava tristeza e desapontamento. Mas, nas suas órbitas incrivelmente azuis, ela podia ver conforto. Conforto em voltar para casa. De onde ele realmente veio.
– Vai lá, Filho do Relâmpago.
– Certo. Se... se cuida, ok? - ela assentiu e Jason lhe deu as costas. Reyna passou uma das mãos pela cintura dele enquanto ele passava um braço em torno do ombro dela. A garota lhe lançou um sorriso perverso por cima do ombro antes de desaparecer com Jason pelas árvores.
E a única coisa que Piper conseguiu fazer foi chorar. Ela encostou as costas em uma árvore, não ligando para a - grande - possibilidade de ser atacada por monstros. Ela só sabia que Jason havia ido.
E a única coisa que ela fizera desde então foi chorar.
Chorar desesperadamente por ele ter ido. Chorar por ter sido estupida e perdido ele para uma filha de Belona. Ela se culpava o tempo todo. Recebia visitas e raramente falava com elas.
Annabeth já fora em seu chalé e a encontrara deitada na cama como todos os outros visitantes. Rachel já fora algumas vezes, dizendo palavras reconfortantes e nas visitas, a única coisa que Piper pensava era: "Hera a possuiu uma vez e ela quase me matou. Olhe só agora...". E até mesmo o filho de Poseidon que ela tanto ouvira falar, havia lhe visitado. As pessoas realmente se importavam com ela.
Piper estava deitada na cama. Seus olhos estavam vermelhos e inchados. Um cobertor felpudo encobria seu corpo e uma caixa de lenços estava do seu lado.
Seus irmãos e irmãs haviam ido almoçar, mas Piper estava cansada, sem fome. Sinceramente não queria sair da cama.
A garota suspirou e se sentou na cama. Em cima de seu baú havia um Ipod branco. Os fones de ouvido pendiam ao lado dele.
Era o Ipod de Lacy, uma de suas meias-irmãs. "Música vai te deixar melhor, Pips." ela dissera "Ouça um pouco." Piper duvidava secretamente que música não ia mudar em nada essa tristeza que ela sentia.
– Tentar não mata... - murmurou ela para si mesma.
Play. A primeira música era Nothing Else Metter, do Metallica. A garota sorriu, feliz. Era uma música legal, calma e não-deprimente. Next. One Direction, Everything About You. Irônico. Next. Rise Against, Savior. Decidiu ouvir a música.
Piper murmurava o ritmo da música baixinho, voltado para as cobertas quentinhas. Ela fechou os olhos e abraçou um travesseiro.
– Pips? - chamou uma voz masculina. Subitamente, a garota abriu os olhos e se sentou na cama. Leo estava dentro do chalé, com a expressão desolada. Piper retirou os fones de ouvido.
– Ah... ok. Sim?
– Porque você não foi almoçar, Piper McLean? - sua expressão estava séria e daria medo em qualquer um mas a garota estava determinada a demonstrar indiferença.
– Sem fome... - murmurou, dando de ombros.
– Piper, você vai acabar se matando assim. É isso que você quer? - ele perguntou, arqueando as sobrancelhas. Ela o encarava com as órbitas mudando de cor, aleatoriamente. Uma expressão severa no rosto, diferente da dele, que era preocupada. O silêncio pairou no ar. - Piper...
Ele colocou uma mão no rosto e a tirou logo em seguida.
– Piper, você não pode fazer isso! - disse Leo.
– Posso. Sim. - disse ela, fazendo birra.
– Não pode. - retrucou ele. - Me encontre as três no lago de canoagem, tudo bem? - Antes que ela pudesse responder "Não" em alto em bom som, Leo repetiu: - Tudo bem?
– Tá... ok. Te vejo lá.
– E não me faça vir aqui te buscar, McLean.
O tom de Leo não expressava raiva, mas Piper sabia que isso era uma ameaça. E Leo não brincava em serviço.
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