Fora Do Tempo. escrita por Dreamer


Capítulo 3
Os cavalos.


Notas iniciais do capítulo

tipo assim... onwt *----*
E valeu a galera q estah lendo ;)



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Bento.

Edgar havia mentido! Sim! Era tudo mentira, como eu imaginava! Minha princesa havia voltado! Tudo não passou de um susto... Minha princesa voltou!

Me lembro como se fosse ontem...

Eu estava trabalhando na horta quando Sinhá Leonora me chamou:

_Bentinho, tenho um novo serviço pra você. Minha sobrinha deseja aprender a cavalgar e, bem, acho que você é o mais apto a ensiná-la.

Meu coração disparou.

Aqueles olhos verdes estavam pousados em mim enquanto eu punha a sela em um animal.

_Olha, cavalgar é simples. Você monta e confia no cavalo. Mais ou menos, só isso, Sinhazinha. Tem que ser amigo do cavalo.

_Claro.

Todos os dias no fim da tarde era assim. Ela montava e eu a acompanhava. Alguns dias à pé, outros à cavalo.

_Como era no estrangeiro, Sinhazinha?

_Não me chame assim, Bento. Você sabe muito bem que meu nome é Maria.

_Sim, sinh... Maria!

_Bem, lá é bom. Mas eu prefiro ficar aqui, sabe? Menos regras, mais tempo livre.

_Eu também gosto que você fique aqui... Desculpe a ousadia.

_Não, não. Não foi nem um pouco ousado. Também gosto de você, afinal se não fosse por você, como eu aprenderia a cavalgar?

Era assim sempre.

O pôr-do-sol.

Cavalos.

Aqueles olhos verdes.

E eu me apaixonava mais. Todo dia. Todo dia eu precisava mais dela, ansiava mais pelo pôr do sol.

_Bento, que dia nós vamos correr?

_É muito perigoso! Acho melhor não, princesa.

_Como?

Fiquei vermelho. Como eu a chamei de "princesa" ? Como pude ter deixado escapar? Ela nunca mais iria querer olhar para mim. Era muita falta de respeito!

Ela chegou perto.

Sorriu.

E me beijou.

_Isso foi muito fofo, Bento.

Eu sorri.

_Vamos, Bento. Senão eu vou me atrasar para o jantar.

Olhei para o céu e vi as primeiras estrelas depontando. Dane-se. Surra nenhuma do meu pai iria tirar a alegria que eu estava sentindo!

No outro dia eu fui trabalhar na plantação de feijão. Deviam ser umas duas da tarde quando Edgar chegou correndo.

_Bento! Bento! A Sinhazinha!

Um bolo se formou em meu estômago e eu larguei a enxada.

_Que foi, Edgar?

_A Sinhazinha... Ela roubou uma égua e saiu correndo...

_Não. Não. Pare de mentir, Edgar! - eu estava gritando - Pare!

_Ela caiu e bateu com a cabeça...

_Não minta, Edgar! - eu dei um soco nele - Não minta pra mim!

Corri para a sede da fazenda e Sinhá Leonora estava chorando no alpendre.

_Bentinho... Eu não deveria ter te pedido para ensiná-la a cavalgar!

As lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto.

_Não. Não. Ela não pode estar morta... Não pode!

Corri para trás da casa. Para o jardim que dava para o quarto da minha princesa.

_Mariaaaa! Mariaaa! - gritava sem parar - Princesa, apareça! Faça com que eles parem com essa mentira! Você não pode estar morta! Não pode! Princesaaaa!

As lágrimas vinham com força.

Lembro-me de ter empurrado Edgar no chão e que um capataz tentava me segurar.

Eu só via o rosto dela.

Sentia o gosto de seus lábios ainda na boca.

Aqueles olhos verdes.

Quando dei por mim, meu pai me estava me segurando e dizendo que fora somente um acidente, as coisas iam voltar ao normal.

_Calma, pai - sussurrei - Ela vai voltar...


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