Catherine estava andando pelo corredor, rumo à sala de interrogatório. Quando passou pela sala de Ecklie, ouviu ele a chamar.

- Sim, Conrad - ela ficou em pé na porta.

- Catherine, sente-se - ele disse, em um tom mais baixo do que o de costume.

Quando Catherine se aproximou, percebeu que seus olhos estavam um pouco inchados e vermelhos. Ele havia chorado.

- Como estão as investigações? - ele perguntou.

- Bom, nós não achamos nenhuma evidência na casa, a não ser um papel com o número de um menino, parece que era ficante da Monique. Eu estava indo agora mesmo interroga-lo.

Conrad se recostou na cadeira. Respirou fundo e começou:

- Sabe Catherine, quando minha filha foi sequestrada eu pensei que nada no mundo seria pior que aquilo. Mas, agora eu vi que estava errado. Minha neta foi sequestrada, isso é pior, porque além de isso estar acabando com a Morgan, com o Greg e com meu neto, está acabando comigo.

Catherine o olhou com compaixão. Lembrou-se de quando Lindsey fora sequestrada.

- Conrad, eu pensei que minha vida fosse acabar quando sequestraram Lindsey. Mas quando eu a tive em meus braços novamente, foi a melhor sensação da minha vida. Percebi que não estava sendo o melhor exemplo de mãe e decidi melhorar. Comecei a curtir minha
filha ainda mais, dando mais atenção pra ela. Quando Monique voltar, não perca tempo. Nós sabemos que você é um homem bom, Conrad. Não tenha medo de demonstar seus sentimentos.

Ecklie deu um pequeno sorriso, como se estivesse agradecendo à Catherine pelas palavras. Ela se levantou e foi em direção da
sala de interrogatório.

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- E então? Pode começar a falar – disse Catherine, na sala de
interrogação.

Lá estava Robert, o ficante da Monique.

- O que você quer que eu fale?

- Que tal começar me contando sobre a sua história com a Monique?

- Bom, a gente se conheceu em uma festa e ficamos. Só isso. Ela me passou o número dela e eu a passei o meu. Eu não queria ligar pra ela de novo. Figurinha repetida não completa álbum, sabe?

Catherine revirou os olhos e o menino continuou:

- Daí vocês ligaram pra mim e pediram o meu endereço. Vasculharam minha casa inteira, bagunçaram todo o meu quarto e me mandaram conversar com você. Mas essa parte até que foi boa, não é todo dia que a gente fica frente a frente com uma loira gostosa como você.

Catherine ia respondê-lo, mas Nick chegou na sala e gritou:

- Mais respeito com a minha mulher, seu moleque!

- Foi mal tio, não sabia que ela tinha dono.

- Tem sim. Pode ir pedindo desculpas.

- Desculpa, moça.

- Tudo bem, calma Nick – disse Cath, tentando acalmar os ânimos do marido.

Nick estava a ponto de avançar no moleque, que por sua vez estava morrendo de medo dele.

- Toma teu rumo moleque, não tem mais nada pra tu fazer aqui – disse Nick, ainda bravo.

- Sim senhor. Com licença – disse o garoto totalmente pálido de medo, saindo da sala.

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Estavam de mãos atadas. Não tinham o que fazer. Não tinham evidências na casa e o único suspeito era, aparentemente, inocente. Todos estavam na sala de convivência, cansados. Tinham madrugado ali esperando algum contato do sequestrador.

Morgan estava mais calma, Sara e Catherine tinham conversado com ela um pouco antes. Ela estava abraçada com Greg, no canto da sala, rezando e chorando baixinho. Greg a confortava, dizendo: "Vai ficar tudo bem, minha linda. Daqui a pouco teremos nossa menininha com a gente de novo". Na verdade não podia dizer mais nada, afinal estava tão desesperado quanto sua mulher.

E esse sequestrador que não fazia contato logo? Quem ele era? Uma pessoa que queria atingir os CSI's? Ou...

"Uma pessoa que a Monique conheça!" - Grissom teve um estalo.

- Onde está o celular da Monique? – perguntou Grissom.

- A gente não encontrou – respondeu Greg.

- E o computador dela tem senha? – continuou Gil.

- Que eu saiba não – respondeu novamente Greg.

- Vamos voltar à casa dos Sanders – disse Grissom, levantando-se.