My Dear Clove escrita por meerareed


Capítulo 14
Talvez a sorte realmente esteja a nosso favor.




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Dessa vez, eu fiquei de vigia enquanto Clove dormia. Ela estava mais cansada e mais triste que eu. Merecia um descanso. A noite foi tranqüila. Enquanto Clove dormia, eu terminava de afiar minhas armas e o resto das facas delas. Mas em uma hora da noite, Clove acordou e foi até mim.

- Lutador, vai dormir. Eu fico de vigia agora. – Ela fala sentando perto da fogueira.

Eu levanto e pisco pra ela. Vou até onde seu saco de dormir estava, me deito e começo a dormir.

- Cato! – Clove gritava – Corre, Cato, corre! – Ela gritava cada vez mais alto, me puxando pelo braço. Katniss estava atrás de nós. Katniss estava correndo atrás de nós e rindo ao mesmo tempo. Clove, sobe em uma arvore, e eu faço o mesmo. Essa arvore, ao contrario da do outro dia, me agüenta.

- Não adianta se esconderem, lindinhos. Eu consigo vê-los. – Ela fala – Eu vou matar vocês.

Ela arruma a flecha no arco, mira pra cima e acerta em cheio no peito de Clove. Eu seguro seus braços. Clove olha para mim e fala suas ultimas palavras antes de cair da arvore e morrer: “N...  Nós nascemos... para isso Ca... Cato”

- Nascemos pequena, nós nascemos para morrer. – Eu falo com os olhos cheio de lágrimas.

Katniss arruma outra flecha e acerta minha cabeça.

Acordo num pulo. Estava molhado e Clove estava na minha frente segurando uma garrafa quase na metade.

- Eu já agüento o seu ronco, eu não quero ter que agüentar você falando enquanto dorme. – Ela fala enquanto vai até a fogueira e apaga ela.

Eu me sento e tiro minha camisa molhada. Clove me dá um peixe quase frito para mim e uma garrafa cheia de água.

- Então? Qual o plano que seguiremos hoje? – Eu pergunto para ela.

- Sobreviver, lutador. – Clove fala me entregando a minha espada e arrumando suas 6 facas no cinto. – Sobreviver.

***

Bem, nós conseguimos seguir esse plano direito. Eu pesquei. Clove pegou água e nós saímos atrás de tributos. Nada. Não encontramos nenhum tributo. Já estava de tarde. Clove e eu já cansamos de rodar a arena em busca de tributos, então, voltamos para o nosso acampamento.

Clove estava irritada. Fazia um tempo que ela não tinha matado ninguém. Ela estava querendo tanto ver sangue que eu pensava que ela iria me matar a qualquer momento.

Ela estava sentada ao lado da fogueira com a mochila cheia de facas ao seu lado. E eu estava deitado no saco de dormir.

- Clove...?

- O que é, Cato? – Ela fala com um tom ignorante.

- O que você tem?

- O que eu tenho? Preocupação. A magrela, o grandão e o conquistador ainda estão vivos. Eles são as nossas maiores ameaças, Cato.

- Tira o conquistador da lista, pequena. Eu sei muito bem onde enfiei aquela espada. É um milagre ele não está morto. – Eu falo.

- É, mas ele ainda tá vivo. E ele consegue levantar bastante peso. Com a minha estatura, ele me mataria fácil se eu tivesse desarmada.

Eu fico em silencio. Depois me levanto e sento ao lado de Clove.

- Ei, você não vai morrer. Eu vou te proteger. – Eu falo olhando pra ela. Clove olha pra mim e depois volta a olhar o chão.

- Não precisa me proteger ou me salvar. Lembra daquele dia em que eu lhe disse que faria de tudo para voltar pra casa? – Ela fala voltando o olhar para mim – Pois é. Eu só estou falando da possibilidade dele poder me matar. Eu tenho minhas facas e ele uma perna cortada. Quem venceria?

Eu rio.

- Você, claro.

- Eu só tô falando... Que você não pode me proteger. Você quer ganhar isso tanto quanto eu, quanto a Katniss e quanto o Thresh. Eu não vou salvar você e você não poderá me salvar. Só um pode vencer aqui.

Depois que Clove fala isso, o hino começa a soar e a insígnia da capital surge no céu. Clove e eu olhamos para o alto. Ninguém morreu hoje. Se continuasse assim, os idealizadores criariam algum tipo de coisa para reunir todos os tributos. Depois que o hino de encerramento termina, trombetas soam. “E ai está a coisa para reunir os tributos” eu penso. Ouço a voz de Claudius Templesmith, que congratular os 6 tributos restantes e diz que ouve algumas mudanças nas regras do jogo. Ambos os tributos do mesmo distrito podem ser vencedores se forem os únicos sobreviventes. Ele faz uma pausa e depois repete novamente. Aquilo nunca aconteceu em 74 anos, porque aconteceria agora? Nunca dois tributos venceram os jogos. Será que é mais um plano da Capitol? Será que no final, eu teria que matar Clove, caso quisesse vencer? Não. Eu não tinha coragem de matá-la. Ela é minha melhor amiga. Eu era obrigado a acreditar no que Claudius falou. Quando eu percebo que ele não vai mas falar nada, olho com um sorriso para Clove.

- Só um pode vencer aqui? – Eu falo sorrindo.

Clove lança um sorriso para mim e depois me abraça.

- Eu não acredito nisso. – Ela fala sorrindo. – Nós vamos voltar para casa, Cato! - Ela sabia que nós ganharíamos. Dois carreiristas treinados desde pequenos. E ainda vamos lutar como um time. Nós praticamente já ganhamos.

- Vamos voltar... Juntos. – Eu olho bem em seus olhos e a beijo. Poder sentir seus lábios nos meus, sentir a sua pequena mão indo ao meu pescoço... Aquilo era a incrível. Eu finalmente podia dizer que estava feliz. Mesmo com os perigos daqui, mesmo com pessoas nós querendo mortas. Se eu estava com Clove, eu estava feliz.

- Eu te amo.– Eu falo.

Clove sorrir.

- Eu também te amo, lutador. – Ela fala e volta a me beijar.


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Notas finais do capítulo

YAY! FINALMENTE, GUYS!
UMA ATITUDE DO CATO! YAAAAAAAAY
enfim, cometem pessoas.