Jisbon - Shut Up ! escrita por letdidier


Capítulo 1
Shut up! - capítulo único


Notas iniciais do capítulo

É uma Fic Totalmente Jisbon, ok? Meio melosa inclusive. Gente, desculpa se a acentuação não tiver correta, mas escrevi isso do netbook, tive que colocar depois... Então, acho que é isso, esperem que gostem haha *-*



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Jane chegava a CBI. Mais um dia qualquer de trabalho. Certo, como se ele não soubesse aproveitar cada dia! Foi entrando calmamente e cumprimentando a todos, com seus usuais cachos loiros relativamente bagunçados e sua roupa de sempre. Mal chegou e Van Pelt ja foi anunciando: 

- Lisbon quer falar com você - a ruiva virou-se pra ele - em particular. 

Patrick ergueu as sobrancelhas, sem tirar o sorriso do rosto. 

- Ou você se deu muito bem, o que eu duvido, ou ta encrencado - Rigsby se pronunciou. 

Jane deu de ombros e caminhou até a sala de Lisbon. Podia vé-la la dentro, remexendo em uma pilha de papéis. Bateu na porta, de leve.

- Entre, Jane. - Lisbon foi direta.

- Ouvi meu nome? - Ele disse, escorregando a cabeça pra dentro da sala. 

- Ah, ouviu. Anda, sente-se. Precisamos conversar.

Jane fechou a porta e sentou-se em uma das cadeiras, a frente da mesa de Lisbon. Então apoiou os cotovelos na mesma, inclinando-se na direção dela e apontando uma das mãos para seu rosto. 

- Você não dormiu hoje, dormiu?

- Jane, o que isso tem a ver...

- Você está com muito sono, Lisbon. Obviamente.

Ela deu de ombros. 

- Não importa.

- Claro que importa! Suas pálpebra estão ficando pesadas...

- Jane.. - Ela o repreendeu.

- Hey , calma, eu não vou hipnotizar você!

- Ótimo, pois o assunto é sério.

Jane parou de sorrir por um momento. 

- Jane, seu comportamento é inadimissivel. E totalmente contra as regras. No nosso ultimo caso você arriscou a vida de duas pessoas inoscentes e mais três agentes! 

- Mas pegamos o assassino.

-Por sorte, Jane. Podiamos ter morrido. Podiamos ter sido responsáveis pela morte de gente inoscente e aí seríamos tão assassinos quanto ele!

- Ok, me desculpe.

- Não, você nunca se desculpa de verdade, Jane. Eu conheço você. Vai continuar fazendo a mesma coisa, sempre.

- Tem sido assim até hoje, não é? E acho que temos ido muito bem. 

- Jane, nosso novo supervisor não está gostando nada disso. Ele... Ameaçou me tirar da equipe.

- Mas... Sou eu que quebro as regras, não você. Isso não faz o menor sentido. Ele devia me demitir. Não me diga que ele está dando uma de Hightower!

- Jane, eu sou a líder da equipe e eu nao consigo te conter. Eu protejo você.

- Ok. Então... Seu emprego está sendo ameaçado por minha causa? De novo?

Lisbon desviou o olhos, parecendo meio atordoada. Apenas balançou a cabeça afirmativamente. Patrick ergueu as sobrancelhas.

- Então... Porque não me tira da equipe?

- Já conversamos sobre isso antes Jane. Eu sabia que seria demitida no dia em que te contratei. 

- O que não faz sentido. Lembro-me que, na ocasião te perguntei o porque.

- Então deve recordar-se também do que eu disse. Pegamos o assassino. Normalmente isso basta. Você... resolve casos.

- Vocês o resolviam sem mim antes. Pegavam os caras sem mim. Poderiam continuar fazendo isso. Lisbon, é sério, porque está arriscando seu emprego por minha causa? 

- Porque.... Eu... Hã... Porque....

Com o canto dos olhos Jane observou Van Pelt e Rigsby os observando da porta. Lisbon pareceu ficar vermelha.

- Jane, nós somos um time. Sem qualquer um de nós, não estaria completo, eu... Não posso deixar que simplesmente tirem você.... Da equipe. Não seria certo.

-Da equipe... Ok... Então... O que eu devo fazer?

- Tentar se comportar e conservar meu emprego seria uma boa idéia.

- Hm... Certo. Então, algum caso?

- Na verdade, ainda tenho uma grande papelada pra organizar aqui, então acho que não. Você pode ir.

Lisbon falava a verdade. Jane tinha certeza disso, pois sabia quando ela mentia. Uma das coisas que mais gostava nela: era incrívelmente transparente. Pelo menos pra ele. Então ele apenas confirmou com a cabeça e saiu. 

- E então, como foi? -perguntou Rigsby

- Como se você não tivesse ouvido toda a conversa com Van Pelt. 

- Jane, ela está arriscando o emprego dela por você. E eu realmente acho que o trabalho é o que a Lisbon mais ama nesse mundo. Isso não lhe diz nada? - Grace perguntou, cruzando os braços. 

Ele sorriu. 

- É claro que sim. Vamos Rigsby. Vamos dar uma volta. 

Van pelt revirou os olhos e depois observou os dois dirigindo-se ao elevador.

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Lisbon olhava todos aqueles papéis, desapontada. Havia passado um caso para outra equipe, pois estava realmente atolada de trabalho. E não estava nem na metade. Ela suspirou. Mal mantinha-se acordada - as pálpebras se fechavam por livre e espontânea vontade. Ela estava morta, e Jane certo, como sempre. Ou melhor, quase sempre. Ela sorriu. Adorava vê-lo se dar mal, mas também era divertido ver a maneira como ele surpreendia as pessoas. Todos ao seu redor. No fim, Jane era isso: uma caixinha de surpresas. E, apesar de irrita-la muito, ela acabou aprendendo a gostar disso com o tempo. Ouviu alguém bater na porta.

- Entre.

Van Pelt abriu a porta calmamente e deu apenas um passo, entrando na sala.

- Hm. Chefe, poderíamos conversar?

Lisbon franziu as sobrancelhas. Van Pelt parecia meio sem graça. 

-Algum problema, Van Pelt?

- Não, é só... Bem, na verdade é, é um problema...

- Trabalho?

A ruiva mordeu o lábio inferior. Lisbon suspirou.

- Ok. Rigsby?

A agente assentiu com a cabeça. Lisbon apontou-lhe a cadeira, para que ela sentasse. Grace o fez, suspirando.

- Eu não deveria interrompe-la não é?

- Fale, Grace. O trabalho.. Pode esperar um pouco. Mas tente ser breve, sim?

- Eu só... Sei que não é permitido, mas... Eu sinto a falta dele. E agora ele está com aquela nova namorada e... Eu não sei.

- Grace - Lisbon empurrou uma pilha de papéis, como que dizendo "isso pode esperar" - Rigsby é louco por você. Vocês dois vão se casar, acredite em mim. Enquanto não é permitido ele... Aproveita. Você devia fazer o mesmo, ok? Sei que passou por alguns fracassos na escolha de parceiros... Mas tente não ficar remoendo sua história com Rigsby. Ela ainda não acabou, tenha certeza disso, certo?

- Jane?

- O que?

- Foi ele quem te disse isso?

- Ei, eu posso tirar minhas proprias conclusões, ok? Porque tem que ter sido o Jane?

Grace ergueu uma sobrancelha.

- Certo. Foi o Jane, mas eu concordo com ele. Uma vez na vida.

- Chefe, porque mantém o Jane aqui? Quer dizer, olha só a bagunça que ele faz e tudo que apronta... 

- Ele resolve os casos.

- E vale a pena? Eu fico pensando como você aguenta...

- Sabe, Van Pelt, no começo pra ser sincera, eu não aguentava. - A ruiva riu - Mas.. A gente acaba, sabe... Se acostumando. Eu não sei como, mas agora o Jane faz parte da equipe. E não há como continuar com isso sem ele.

- Então... É só isso? Arrisca toda a equipe porque ele resolve casos?

- Agente, o que você está tentando me dizer?

- Nada. Estou só perguntando. Vou voltar ao trabalho. Obrigada, chefe.

Lisbon desconfiou, mas preferiu não perguntar mais nada.

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23:00. Lisbon estava morta. Havia finalmente concluido tudo e agora pegava o casaco para ir pra casa. Mal via a hora de cair no sono. A CBI estava relativamente vazia - Cho e Van Pelt ja haviam ido embora e Rigsby não aparecia ha algum tempo e ela imaginou que não fosse voltar. Fora isso, apenas dois agentes conversavam numa das salas. Lisbon chamou o elevador. Após algum tempo de espera ele se abriu - com Jane la dentro.

- Ah. Oi. Esqueceu algo?

- Não eu... Queria mesmo falar com você. - Ele conduziu-a pelo braço ate a sala onde costumavam se reunir. - Sobre nossa conversa mais cedo.

- Jane, não vou deixar que saia da equipe, se é isso que está pensando. 

- Não,  é que... Fiquei realmente tocado pelo que disse mais cedo. Realmente. E também pelo que está fazendo por mim.

Teresa apertou os olhos. Aquilo era alguma pegadinha?

-  Lisbon, desde que eu te conheci, percebi que você era forte e determinada... Um pouco fria, mas que possuia tambem um lado doce, o qual você faz questão de esconder. Voc tem um sorriso lindo, e devia mostrá-lo mais as pessoas. Voce é justa e... Fiel. Quero dizer, você sempre esteve ao meu lado quando precisei. Mesmo eu sendo um idiota com você, quase sempre. E mesmo sendo mandona, você confiava em mim e até me deixava comandar as vezes. E agora você esta arriscando-se por mim. Mais uma vez. É por isso que eu tenho que te dizer... Eu amo você, Lisbon.

Ela parecia em estado de choque. Nao conseguia dizer nada. Os olhos verdes brilhavam mais que normalmente. Respirava devagar, como se tudo aquilo ocorresse em camera lenta. Ele estava fazendo aquilo. De novo. Dessa vez não havia um plano para enganar Red John. Não havia uma arma. Não havia nada, apenas ele, alí, a sua frente, dizendo isso. Olhando em seus olhos. Ela devia responder? Não sabia. Não sabia mais de nada. Mal conseguia respirar. Seu chão havia sumido. O mundo havia simplesmente parado e ela não sabia, simplesmente não tinha idéia do que fazer.

-  Jane... - Ela conseguiu sussurrar - eu....

- Como minha irmazinha mais nova. - ele completou, sorrindo.

Os ombros dela despencaram bruscamente. Seus olhos se apagaram de um jeito bastante visivel e ela não disse nada por um momento. Ela podia esperar tudo de Jane. Absolutamente tudo. menos aquilo. Mas não era boba. Não deixaria que ele percebesse. Ao menos tentaria. Entao, respirou fundo.

- Eu... Tambem, Jane. Como um irmão.

Ele sorriu. Um sorriso malandro.

- Mentirosa!

Ela apertou os olhos.

- O que?

- Eu estava testando você!

- .... Jane, o que você...

- Você me ama, Lisbon!

- hã... Foi o que acabei de diz...

- Não, não como irmão. Eu quero dizer... Ama mesmo.

- ... Não! Jane, isso é ridículo, eu não...

- Você está vermelha!

- ..... Não, não estou.

- Sim, voce está!

- Jane, eu não...

- Hey, está tudo bem, eu também amo você.

- EU NÃO... espera, você o que?

Ele deu uma risadinha.

- Eu também te amo sua boba. Não como irmã mas... Você sabe...

- Você... Também...

- Lisbon, não há nada de errado nisso, ok? Eu amo você. 

- Eu...

- Você me ama que eu sei!

- Idiota.

- Vamos... Diga... Não vai te matar... - ele sorria.

Aquele sorriso bobo, divertido, e tão... Perfeito que Jane tinha. Aquele sorriso, tão idiota quanto ele, que a fazia sorrir também.

- .............. Certo. Eu amo você. Droga, eu amo você.

Ele riu.

- E quanto a Red John? - Ela perguntou.

- Pensei muito sobre isso. Na verdade, penso sobre isso já há algum tempo. E acho que deveríamos deixar as coisas acontecerem. 

- Deixar... jane, você é imprevisível.

- Não penso em desistir da minha vingança e sei que não concorda com isso. Mas, independentemente disso tudo... Eu amo você, princesinha brava, e quero você ao meu lado. Só isso.

Ela sorriu. Como poderia não sorrir? Jane estava lhe dizendo isso. Tipo assim, O JANE. Ela mal consguia acreditar que aquilo era verdade.. Mas ela ainda era ela - e não podia perder a pose de chefe durona que carregava sempre consigo.

- Mas... É contra as regras relacionamentos entre agentes e...

- Ei, eu nao sou um agente, sou apenas um consultor, certo?

Ela abriu seu mais sincero sorriso. Não podia evitar, Jane definitivamente tinha poder sob os cantos de seus labios, pois era impossivel não sorrir quando ele a olhava daquele jeito.

- Certissimo.

Ele se aproximou para beijá-la. Segundos antes de seus lábios se tocarem, ela o deteve, colocando as mãos em seu peito.

- Não, estamos trabalhando.

Ele a olhou por um segundo e fez aquela tradicional carinha de malandro. Entao se afastou, tentando não sorrir. Nenhum dos dois falou nada por algum tempo, ate que Lisbon não aguentou.

- Você não vai mesmo me beijar?

- Não.

- Sério? Você sempre me desobedece, porque não dessa vez?

- Porque - Ele segurava o riso. E Lisbon percebeu isso - eu tenho que me comportar agora, ou voce perde o emprego.

- Você é inacreditavel!

- Ah, voce me ama!

- Cale a boca! -Ela disse, puxando-o para um longo e terno beijo -que deu início a uma nova temporada na vida de ambos.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? *-* Maandem reviews pra eu saber se ficou legal e se posto outras ou não ^-^