PDV Alis

Carol quis vir conosoco de qualquer forma. Ela acabou faltando na escola. Estávamos indo para o aeroporto buscar Sam, que viria com sua enfermeira. Nem sei se o reconhecerei na hora que ele atravessar o portão 3 de desembarque...

Dean olhava no relógio a cada cinco segundos, e isso estava deixando-me agonia ao extremo!

- Amor, pare! - mandei ficando nervosa com seu nervosismo. Ele parou de andar de um lado para o outro e olhou-me respirando fundo - Assim você nos deixa nervosas...! - falei de mim e de Carol, que ficava balançando a perna sem parar.

- Estou ansioso...nervoso...estressado! - falou-me tenso e aproximei-me dele

- Fica calmo... - murmurei e beijei-o - Dará tudo certo. - ele abraçou-me forte e respirou fundo.

Ouvimos anunciarem que os portões se abririam agora e nos soltamos rápidos. Os portões se abriram e vieram várias pessoas. Fiquei nervosa com a quantidade de gente que vinha, mas nenhuma era Sam...

- Sam... - Dean murmurou olhando para um certo lugar. Olhei na mesma direção e então vi um homem moreno e uma mulher japonesa ao seu lado...

Ele era alto, tinha os cabelos escuros quase compridos - na altura dos ombros, forte e de pele clara. Ela era baixa, magra, de cabelos negros e a pele bem clara. Ele olhou em nossa direção e então nossos olhares se encontraram...

Fiquei sem saber o que fazer e ele veio andando em passos largos em nossa direção. 

- Vai, Lis... - Dean sussurrou e não consegui sentir minhas pernas.

Eu mal conseguia respirar, me mexer ou falar. Tomei muita coragem e então dei um passo, depois outro e no terceiro, Sam já estava bem perto de mim...

- Não acredito que possa ser verdade... - murmurei e então fui rápido para seus braços.

Ele abraçou-me forte e comecei a chorar novamente.

- Alis, eu não acredito que em fim eu te encontrei... - murmurou ao meu ouvido e beijou meus cabelos.

- Sam, só pode ser mentira... - falei soltando-o e o olhando séria. Ele limpou minhas lágrimas e parecia que queria algo... Beijar-me.

- Sam, vou te dar uma boa surra, para não fazer mais isso conosco! - Dean falou sério eo agradeci mentalmente.

- Também senti sua falta, Dean! - ele falou revirando os olhos e sorri afastando-me dele.

Os dois se abraçaram forte e falaram algo que eu não conseguiu ouvir. Carol veio para meu lado e abraçou-me por tras. Peguei-a no colo enquanto assistíamos os dois matando a saudade. Os dois se soltaram e Sam me olhou confuso.

- Sam, essa é Caroline. - falei sorrindo e ele ficou sem reação.

- Nossa! - foi apenas isso que ele conseguiu falar e aproximou-se de nós - Você é linda, Caroline. É identica a sua mãe!

- Brigada. - Carol respondeu tímida e sorriu de lado.

A mulher que estava com Sam, apresentou-se. Ela era Tamy Ktsuba. Ela é a enfermeira de Sam e está o ajudando em tudo que ele precisar.

- Vamos ir embora? - Dean pediu e sorri. Ele odeia ficar reunido em aeroportos.

(...)

Entramos em casa e Sam nos falava como foi ficar seis anos sem saber quem era e de onde vinha, só lembrava-se de uma pessoa. Dean. Ele não sabia quem era, não lembrava do rosto, só do nome. 

- ...E foi quando eu vi numa revista o nome Samy Winchester que lembrei-me de quase tudo. - Sam explicava - Lembrei-me da minha vida inteira. Foi como num simples passo de mágica. - deu de ombros e coloquei Carol no chão.

- Carol, suba. - pedi e ela negou fazendo um biquinho -  Filha, iremos conversar e depois você desce...

- Mas eu quero ficar aqui em baixo... - argumentou e olhei para Dean. O mesmo olhou para ela.

- Carol, obedeça, depois você volta. - ele falou calmo e ela assentiu diminuindo o bico.

Carol subiu e Sam estava olhando surpresa da forma que ela agira. Tamy havia ido resolver uns problemas no hotel que ela ficaria... E talvez, acho que sam também ficará...acho.

Sam deve ter percebido queeu praticamente fugia do assunto dele e eu toda hora! Ele olhava-me diferente e eu desviava nossos olhares. Mas preciso fazer algo rápido. EU tenho que contar para ele...!

(...)

Sam ainda nos contava como foi nesses sete anos. Ele já não trabalhará mais na SFG. E agora trabalhará numa empresa de informática  que o chamou esses meses...

- Papai, vem por Hannah Montanna... - Carol falou colocando o rostinho na escada.

Sam olhou-me confuso e Dean ficou sem saber o que falar.

- Já vou, Carol. - Dean falou e Sam o olhou surpreso mas assustado - Já volto.

Assentimos e Dean subiu as escadas.

- Sam, vou só dar uma palavrinha com Carol e já volto, ok? - falei levantando-me e ele assentiu.

Subi as escadas e parei a frente do quarto de Carool. Dean estava conectando os fios na tv. Esperei-o e logo ele saiu do quarto. FEchei a porta e andamos até o nosso.

- Ela não deveria ter dito, sim? - ele falou-me sussurrando e dei de ombros, mas ainda preocupada.

- Dean. achei melhor até. - sussurrei pensativa - Dean, é melhor eu ter essa conversa com ele.

- Não seria melhor nós dois? -sugeriu e neguei.

- Deixa comigo. - ele assentiu e beijou-me. Aceitei o beijo e o aprofundei mais. Parei de vagar e terminei com um rápido selinho - Te amo.

- Te amo... - sussurrou de volta.

Respirei fundo e ele foi para o quarto de Carol. Desci as escadas e Sam estava lhando uma foto que estava Carol , Dean e eu. 

- Sam... - chamei-o. Ele tirou seu olhar da foto e olhou-me com um pequeno sorriso - Queria conversar com você. - aproximei-me dele e sentei ao seu lado.

- Alis, sei que já não há mais nós, sim? - olhou-me magoádo e fechei meus olhos respirando fundo.

- Sam, foram sete anos... - murmurei abrindo meus olhos e ele olhava-me triste, querendo entender.

- E eu ainda não te esqueci, Alis. - olhou-me esperançoso.

- Sam, você lembra-se de que quando engravidei minha mãe disse-me que não iria aceitar-me com nosso filho? - ele pensou e depois assentiu - Com a sua "morte" - fiz aspas com os dedos - eu perdi totalmente meu rumo. Eu não sabia mais o que fazer, eu estaria sozinha. Mas eu nunca por um minuto esqueci de você. - olhei-o calma - Mas, Sam, minha vida tinha que continuar mesmo sem você. Eu tinha Carol, não tinha para onde ir com ela... E a única pessoa que me ajudou naquela hora, foi Dean. - desviei nossos olhares novamente - Sam, Dean foi muito mais que amigo para mim, ou cunhado, ex-cunhado, que seja. - dei de ombros - Ele ficou comigo em todas as horas que precisei de você. Não estou te culpando de sua ausencia, mas Dean esteve comigo sempre.

Dei uma breve pausa e respirei fundo. Eu precisei tomar só mais um pouco de coragem e então...

- E foi assim que as coisas entre nós passou de amizade. - olhou-me confuso e pensei em minhas palavras - O que tínhamos era muito mais que amizade. E o que Carol e ele t´nham passavam de carinho de tio e sobrinha. 

- Alis, chega logo onde quer chegar, quero ter a certeza de que não é o que estou pensando. - falou-me sério e duvidoso. Puxei o máximo de ar possível...

- Acabou que Dean e eu ficamos...começou com um pequeno namoro...foi ficando mais forte...E estamos até hoje. - falei rápido e ele soltou um tanto de ar. Ele negou desacreditado - Entenda, não era para isso ter acontecido, ele e eu nunca imaginamos que isso poderia acontecer...

- Você e Dean...então... - ficou sem palavras e respirou fundo.

- Sim...

Ele levantou-se de vagar e andou para a porta.

- Sam...? Onde vai? - levantei-me e fui atras dele.

- Alisson... - afastou-se de mim - Preciso pensar...sozinho... - não olhou-me e abriu a porta.

- Sam, temos que conversar... - falei e ele negou.

- Tenho que ficar sozinho.

Ele saiu sem dizer mais nada e fiquei sem saber o que fazer. É melhor deixá-lo pensar mesmo... 

- Eu nao queria que fosse assim... - murmurei fechando a porta.

- Nem eu... - Dean falou descendo as escadas. Ele veio até mim e nos abraçamos forte.

*Sam

Eu não sabia para onde ir e nem o que fazer. Só queria ficar longe dela. Sei que a vida dela tinha que continuar nesses anos...mas precisava ser junto com meu irmão?! Isso foi uma traição! De parte de ambos!

Eu não sabia para onde ir. Só lembrei-me de um lugar... Cheguei a frente de uma casa simples amarela e subi os degraus da varanda. Bati na porta algumas vezes até que uma mulher abriu. Ela era baixinha, tinha os cabelos quase ruivos, olhos verdes, a pele bronzeada e aparentava uns 40 anos. Assim que ela percebeu-me melhor, seus olhos transbordaram e ela levou as mãos a boca.

- Sam...! - e então veio me abraçar. Retribui sorrindo um pouco - Oh, Meu Deus! - gritou desacreditada.

- Helen, que bom te ver! - falei emocionado e ela soltou-me olhando com lágrimas escorrendo.

- Entre! - mandou e fiz. Ela fechou a porta atras de nós e ficou olhando-me assustada - Não consigo acreditar! Boby! Venha ver! - gritou indo até as escadas - Ele ficará louco quando te ver!

- Preciso falar com ele. - falei tenso e ela ficou calada e olhando-me piedosa - Você já sabe o que é...

- Oh, Sam... - ficou sem saber o que falar - Foram sete anos...

- Não foi desculpa, Helen. - falei ríspido.

Helen é mulher de Boby, que é meu tio. Ela era quase uma mãe para mim e para Dean.

- Sam, você tem que entende-los...

- Sam! - Boby a interrompeu. Ele entrou na sala com um enorme sorriso de emoção. SOrrimos e fui a seu encontro, nos abraçamos forte, com ele me dando uma enorme bronca - AH, garoto, sabe o tanto que ficamos preocupados com você?! Sofremos muito, sabia?!

- Hey, eu não tive culpa. - falei sorrindo de leve.

- É muito bom te ver de novo, Sam. - ele falou emocionado.

*Alis

Abri a porta da varanda de meu quarto e fiquei tomando um ar por um bom tempo. A noite já estava quase caindo... E o frio vinha junto com a chuva... Com esse tempo, aqui, apenas pensando em Sam e Dean... Nem reparei quando Carol entrou na varanda. Ela estava arrumada para sair. Com um vestidinho verde, meia calça branca, sapatilhas da mesma cor e uma blusa cinza com detalhes verdes. Seus cabelos estavam soltos até o meio das costas, com leves ondas.

- Onde a mocinha vai? - perguntei sorrindo de leve. Abaixei-me a sua frente e ela sorriu.

- Papai vai nos levar para jantar, então, mamãe, você tem que ficar bem bonita! - ela falou animada.

- Dean? - chamei-o revirando os olhos, logo o mesmo entrou na varanda, já trocando-se de roupa...

- Amor, Carol quem pediu, eu não podia negar. - ele defendeu-se sorrindo.

- Não estamos num clima para sairmos para jantar, Dean. - falei erguendo-me e suspirei.

- Lis, temos que esfriar a cabeça e deixar Sam fazer o mesmo. - Dean falou enquanto Carol pulava para seu colo - E outra, Carol está querendo que a gente saia juntos, faz tempo!

- Um tempão! - ela concordou sorrindo. Eu ri negando - Mamãe...? - ela fez aquele biquinho lindo - Por favor?

- Ah, ok! - falei revirando os olhos e eles sorriram animados - Fico pronta em meia hora.

...

Terminei de me arrumar e só soltei meus cabelos. Sai do closet e Dean estava procurando algo.

Lis: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=60238518&.locale=pt-br

- O que está procurando, amor? - perguntei pegando minha bolsa e guardando minhas coisas dentro dela.

- Minha carteira e minhas chaves, você viu? - olhou-me confuso. Revirei os olhos e apontei para a cadeira. Ele olhou e bufou revirando os olhos - Agora vamos! - pegou a carteira e as chaves.

- Sim. - assenti e saimos do quarto - Carol, vamos amor! - chamei-a entrando no quarto. Carol pulou de sua cama e veio animada.

- Oba! Vamos pro Mc Donalds! - ela falava animada descendo as escadas correndo.

- Carol, falamos a mamãe que iriamos a um restaurante. - Dean falou negando e entramos no elevador.

- Sim, e eu queria muito um lugar calmo. - falei sorrindo.

- Ah... Mas eu queria comer McLanche Feliz! - ela falou fazendo bico.

Entramos na garagem e fomos para o carro. Ela foi no banco de tras e eu no passageiro. Dean já logo deu a partida.

- Não, hoje vamos comer comida... - falei sorrindo de leve.

- Prometem que um outro dia vamos comer McLanche feliz? - ela implorou.

Nós dois rimos e concordamos. Carol ficou animada e começou a falar sem parar. Meus pensamentos voavam em Sam. Hellen mandou uma mensagem dizendo que ele estava lá. E conversando sobre tudo com Boby. Eu queria ter essa conversa com ele... Mas ele foi embora assim... Sem querer me ouvir mais. 

Sai de meus pensamentos quando entramos no restaurante e sentamos numa mesa num lugar confortável. Fizemos nossos pedidos e Carol voltou a tagarelar... Até que...

- Mamãe? - ela chamou-me bebendo seu suco. OLhei-a curiosa - Por que não chamamos o Sam para vir com a gente? - ela perguntou curiosa. Quase engasguei com o vinho e Dean também.

Eu fiquei sem resposta e encarei Dean... Ele também não tinha resposta.

Pensei muito bem...

- Carol, o Sam chegou hoje... Foram muitas novidades para ele... - comecei a falar parecendo calma - Ele tinha que descansar... Entende? - que ela entenda!

- Sim, mamãe. - falou simples e ficou com um olhar confuso.

- Você gostou dele, Carol? - Dean perguntou cauteloso. Ela virou-se para ele com um meio sorriso indeciso.

- Na verdade... Ele me pareceu meio sério! - ela falou indecisa e Dean sorriu.

- SIm, e ele é! - Dean falou e riu de leve.

- Mas é um homem muito legal. - completei e Dean concordou.

- Tudo bem, mas o papai é mais legal! - ela falou traquila.

Nossos pedidos chegaram e o assunto cortou-se. Logo Carol voltou a tagarelar enquanto comíamos. Apenas Dean prestava atenção no que ela dizia... Eu estava aqui, com os pensamentos em outros lugares...

FlashBack On

Eu e Kim estávamos num barzinho, tínhamos voltado do shopping agora. Ela me contava sobre seu namoro - ou o rola. Já estávamos aqui fazia algum tempo. E a nossa conversa não tinha fim...

- Olá, garotas! - ouvi alguém atras de mim. Sorri abertamente e virei-me.

- Sam! - quase gritei e joguei-me nele. Nos abraçamos forte - Amor, por que você não me falou que chegava hoje??

- Era surpresa. - ele falou rindo e então o beijei. Ele retribuiu com muita vontade. 

- Senti tanta sua falta, Sam! - praticamente chorei e ele abraçou-me mais forte.

- Eu também, amor! - sorriu.

- Eu estou aqui! - Kim falou rindo e rimos.

- Hei, Kim! Como está? - ele perguntou.

- Muito bem... Vou indo, ok? - ela levantou-se - Vejo vocês amanhã!

- Ok! - assentimos.

Logo que Kim saiu, aproveitei para matar a saudades de Sam. Ele tinha ficado uma semana fora, por causa do seu emprego... E eu tinha ficado tão preocupada!! Mas agore ele está aqui comigo...

- Que tal irmos ao meu apartamento? - ele sugeriu.

- Sim! - respondi animada.

Ele estava com seu carro, e fomos num percurso rápido e animado para seu apartamento. Ele me contava como era Chicago... E disse-me que iria me levar um dia.

Assim que entramos no apartamento fomos direto para a cozinha prepararmos algo para comer...

- Agora, Sam, vai demorar para você viajar de novo, sim? - perguntei meio entristecida.

- Sim, amor, agora serei apenas seu, não se preocupe!- ele falou abrançando-me. Ele beijou-me levemente...O que foi ficando cada vez mais forte...

- Eu te amo tanto... - murmurei entre o beijo e ele sorriu.

- Você é a mulher da minha vida... Sempre vou te amar... - falou carinhoso. De repente ele parou o beijo e sorriu - Tenho que te dar uma coisa.

Eu o olhei confusa e então ele me levou para o quarto. Ele me fez sentar na cama, enquanto ele pegava algo em seu guarda roupas. Ele tirou de lá uma pequena caixa retangular e veio em minha direção.

- Quando eu vi... Eu logo pensei em você... - colocou a caixa em minha mão - Quero que você guarde isso consigo por toda sua vida...

Abri a caixa sorrindo... Meu sorriso ficou maravilhado no mmomento em que vi aquele lindo colar... de diamantes e ouro branco.

- Sam... Isso deve ter sido ca... - ele calou-me com um beijo rápido.

- Para você, nada é caro, meu amor... - sussurrou - Eu te amo, e faço de tudo por você.

Eu ri emocionada e então ele colocou o colar em mim. Sorri beijando-o.

- Eu te amo...

FlashBack Off

Naquele momento percebi que eu estava com minha mão no meu peito... No colar que eu usava... Ou melhor, no colar que sempre uso.

Senti um enorme aperto em meu coração... E uma lágrima quase teimou em cair...