Meu Adorável Hehr Comandante escrita por anakareninachoi


Capítulo 3
Capítulo 3 Pensamentos descontrolados


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Graças aos reviews, decidi voltar com a história. Espero que gostem.



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Depois da surra que deu em Esther, Rouart se dirigiu ao seu quarto para dormir. Ele tirou o casaco azul nazista de comandante e colocou-o na cadeira. Ele tirou o resto de suas roupas ficando apenas de samba-canção. Ele era jovem, mas possuía um corpo de um deus grego.

Ele deitou-se na cama, mas os pensamentos não o deixavam dormir. Pensava na surra que havia dado em Esther. Lembrava de cada chute e soco, era como se estivesse matando um pedaço de seu coração. Um pedaço do antigo Rouart Müller morrendo e o Hërh Comandante Müller, o preferido de Hitler, tomando de conta.

Não conseguia parar de pensar em como havia tido coragem de bater nela, na sua Esther. Ele nunca havia se sentido culpado por bater em um imundo.

"Não!", pensou sacudindo sua cabeça para tirar aqueles pensamentos. "Não vou parar por uma imunda qualquer. Se ela tem que sofrer, que seja. Se for preciso que eu arranque seus braços com minhas próprias mãos, eu arrancarei", pensou consigo mesmo. Finalmente após essa decisão, ele dormiu.

Micaella entrou na sala onde um crime contra uma inocente havia ocorrido. Contudo, mesmo odiando Esther ela teve pena ao vê-la totalmente sem se mexer no chão. Micaella ficou sem ação ao ver o peso de seus atos representados em uma única cena: Esther ferida. Uma única lágrima caiu de seus olhos. Para os alemães, chorar é um sinônimo de fraqueza e mais ainda para os nazistas.

Micaella se ajoelhou perto de Esther e a virou, pois, esta se encontrava de bruços. Ela pegou um balde e um pano e começou a limpar Esther. Tocou seu corpo para analisar os estragos causados por Müller.

-Bom, as pernas estão inteiras, apenas foram deslocadas.-disse Micaella.

Ela puxou a perna da menina para que os ossos voltassem ao lugar. A menina se contorceu de dor. Se posicionou atrás da menina para colocar a clavícula no lugar.

-Já os braços e as costelas estão quebrados, mas eu vou colocar uma erva que vai ajudar a cicatrizar mais rápido e vou enfaixá-los. Acho que dentro de uma semana, você estará nova.-disse sorrindo de lado tentando amenizar a situação.

-Obrigado- disse a judia tentando se levantar.

-Não me agradeça, não estou fazendo isso por você.

Ela ajudou Esther a levantar e levou a menina até um quarto nos fundos da casa. Era um quarto pequeno com uma cama e uma estante. Havia apenas uma roupa pendurada. Havia um banheiro pequeno com água fria. "Deve ser insuportável tomar banho em uma água gelada assim", pensou Esther antes de Micaella colocá-la na cama.

-Descanse, amanhã você acordará cedo. Às cinco você já tem que está em pé. Estamos entendidas?-ordenou Micaella.

Esther assentiu com a cabeça.

-Ah e só para lembrar, se você se meter com o MEU comandante, eu acabo com você e ainda faço sua vida um verdadeiro inferno, entendeu?-ela falou.

Esther assentiu. Viver naquela casa estava ficando cada vez mais difícil. Micaella saiu do quarto. Esther só pensava em seus pais. Decidiu-se por tentar fugir ou mesmo, matar o comandante que a fazia tão mal.

Em meio aos seus devaneios lembrou de umas palavras que o Comandante proferiu em meio a agressão que praticava com a menina.

"Se for preciso matar até você, eu matarei."

Por que "até ela"? O que o impedia de matá-la? Já cansada e dolorida, Esther dormiu.


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