Meu Adorável Hehr Comandante escrita por anakareninachoi
Notas iniciais do capítulo
Gente espero que gostem. A opinião de vocês é muito importante. E para os meus primeiros reviews eu mandarei o trailer galera. Amo vocês.
Alemanha, dezembro de 1940.
Amanheceu com os sons dos tiros em seus sonhos. As manhãs na Alemanha nunca mais tinha sido as mesmas desde que a guerra começou em 1939. A família Misha mudara-se, para não dizer fugira, de Berlim logo que os primeiros rumores sobre a aversão do governante alemão aos judeus. Mas, ao que parecia, essa aversão não era um simples preconceito. E era isso que Esther mais temia. Na flor de seus 17 anos, ela não se imaginava em um campo de concentração, aquele que seus pais comentavam quando ela e seu irmão de 12 anos, Davi, iam dormir.
Esther era simplesmente linda: cabelos negros, olhos azuis e lábios vermelhos.
Narrado por Esther on*****
-Esther, minha filha, quero que você vá ao rio pegar um pouco de água. Por favor.- minha mãe me disse segurando meu rosto- Tome cuidado.
-Eu tomarei-disse tentando tranquilizá-la.
-Volte logo- disse Josafá, meu pai. Ele era relojoeiro em Berlim antes de toda aquela confusão começar.
Andei para a floresta, o rio ficava a cerca de um quilômetro de minha casa. Ajoelhei-me perto do rio arrastando o balde para colher a água. De repente, me vi perdida em minhas lembranças em Berlim antes de Hitler nos condenar à repressão.
"-Eu vou pegar você! -bradava meu grande amigo Rouart Müller tentando me alcançar. Ele é três anos mais velho que eu então ele me alcançou facilmente. Ele me agarrou pela cintura nos fazendo cair. Estávamos rindo mas logo fiquei séria- O que aconteceu?
-Se algo nos separar, você vai me procurar?- eu indaguei. Não é algo que uma criança de 10 anos como eu pense mas esse sentimento ruim me consumiu.
-Todos os dias de minha vida-Rouart respondeu sorrindo.
-Saiam da calçada, vão brincar em outro lugar!- gritou um soldado enquanto voltávamos a correr".
Narrado por Esther off***
Esther acordou de seus desvaneios com os sons de tiros vindos de perto dali, da sua casa. Ela correu tão rapidamente que chegou a cair algumas vezes. Sua casa estava em chamas ,a dor que ela estava sentindo era tão grande que nem percebeu os nazistas em frente a sua casa, sorrindo. Esther se ajoelhou em frente a sua casa e começou a chorar.
-Matar esses imundos está ficando cada vez mais fácil. Esta ai veio até nós-falou um dos soldados apontando sua arma para Esther.
-Não- disse o jovem alto, de cabelos loiros e de olhos azuis acinzentados.-Eu quero brincar um pouco com ela.
-Com todo respeito Hërh Comandante, eu sei que o senhor é um prodígio alemão, o mais jovem a ser comandante com apenas 20 anos-começou seu discurso de sempre o velho Shweitz- já estamos atrasados para almoçar com o Führer.
-Eu não vou permitir mais uma intromissão Shweitz. Que Hitler espere.-respondeu friamente o jovem comandante.
Ele se dirigiu até Esther e se agachou em sua frente. Na sua mão direita estava uma arma e com a esquerda ele segurou o rosto de Esther enxugando suas lágrimas.
-Você não é como os outros. Não fugiu de minha presença nem implorou por sua vida. Por quê?-o comandante falou acariciando o rosto da jovem. Esther nada respondeu.
-Hum, você quer tentar fazer isso?-ele indagou. Esther novamente não respondeu.
-RED MID MIR!! (fale comigo)-ele disse apertando o rosto da menina com raiva. Ela não disse uma palavra mas era visível a raiva nos olhos dela. Ela apenas colocou sua mão na arma dele e a direcionou até sua cabeça.
-Mate-me- falou Esther.
-Ela é louca. O comandante Müller vai matá-la-cochichou Shweitz com um soldado.
-Se é o que você quer eu o farei mas preciso saber seu nome para colocá-lo na minha lista de imundos. Josafá e Davi já estão lá.
A raiva incendiou o rosto da menina mas a dor era mais forte. Ela não conseguia se ver sem sua família.
-Esther Misha- respondeu ela.
Ele estremeceu quando ouviu esses nomes. Seria ela a menina que ele amou? As duas palavras que mudaram sua vida. Ela estava ali bem em frente de seus olhos. Ele havia matado sua família. NÃO! , ele pensou, aquele Müller que ela conheceu estava morto e se ele precisava matá-la para seguir com seus planos, ele faria. Ele estava prestes a apertar o gatilho.
-Espere-falou o tenente Kotler.
-O que é agora?-falou o comandante bufando de raiva.
-Ontem mesmo o senhor disse que precisava de uma empregada, pois então, ela serve.
-Tem razão, além do mais, morrer seria fácil demais pra você minha querida. Você tem que sofrer mais- ele disse passando a arma pelo busto de Esther, - Vamos levá-la. Parece que hoje não é mesmo seu dia de sorte, você conhecerá Hitler hoje.
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