Pov. Clarisse

Eu preciso me descrever? Claro que não. Eu sou Clarisse. Todo mundo sabe quem eu sou e a minha aparência. Para o otario que não sabe quem eu sou, eu sou a coordenadora do chalé de Ares e a melhor lutadora também. E sou filha de Ares, não uso coisas “femininas”. Prefiro muito mais lutar a me maquiar. Odeio maquiagem!!!! Não ligo para aparência. Enfim olhos e cabelos castanhos.

Agora vamos para o que interessa. Estamos em Nova York, a cidade do persiana. Já fizemos o check-in no hotel e agora estamos esperando os idiotas chegarem. Ah... e quem esta comigo são Michael e Eduardo. Michael: olhos castanhos e cabelos pretos. Eduardo: cabelos castanhos e olhos verdes.

 Avistei os nossos alunos chegarem. Que estranho os chamar de alunos. Prefiro meus novos sacos de pancada. Mas não posso fazer isso. Afinal sou a professora (outra palavra para me acostumar.) deles. Finalmente chegaram.

-- Agora que chegarem. Quero ver o que sabem.

-- Espera é você que vai nos ensinar luta livre?

-- Ah da.

-- Uma garota?

-- Sim. Por quê? –falei.

-- Você é uma garota. – falou. To começando a me irritar com esse
otario.

-- E daí? – falei irônica.

-- Garotas não sabem lutar.

-- La vem. Não cansa não?

-- O que?

-- Vocês homens de falar que todas as garotas não sabem lutar.

-- Nos só falamos isso porque é verdade.

-- Você esta dizendo que eu não sei lutar?

-- Sinto te informar, mas....

Não deixei ele terminar dei um soco no olho dele. Podem me chamar de muitas coisas, mas não podem dizer que eu não sei lutar. Eu luto desde os sete anos e me fala que luto mal. E ganhei cinco troféus de ouro e me fala que não sei lutar. Ah va. Mereceu o soco. Espero que fique
roxo.

-- Gatinha, você é forte. Mas você me pegou desprevenido por isso eu não me defendi.

-- Serio? Essa é a sua desculpa de não lutar bem?

-- Não é desculpa. Sei lutar muito bem e eu sou melhor do que você. – falou irritado.

-- Ah ficou bravinho.

-- Você sabe que eu sou melhor do que você, né?

-- Você sabe que só nos seus sonhos você é melhor, né?

Ele bufou e dei meu sorriso de vitoria.

-- Como eu disse antes quero ver o que vocês sabem. Então vai ser dividido entre nos três as pessoas que vão lutar. Quem vai comigo primeiro?

-- EU. – falou o mesmo garoto irritante.

-- Qual seu nome mesmo?

 -- Luan. – falou como se fosse grande coisa.

-- Então, Luana. Mostra-me o que sabe. – falei de propósito o nome errado. Gosto de irrita-lo. Depois da minha fala todos começaram a rir.

-- Ninguém me humilha na frente de todos sua... sua...

-- O que?

-- Sua idiota.

-- Serio é o seu melhor xingamento?

-- Você ainda me paga.

-- kkk Ahh ta magoadinho. Coitado de você. Como pude ser tão cruel.

-- Para de caçoar de mim e vamos lutar.

-- Claro.

Ambos colocamos luvas.

-- Ainda da tempo de desistir.

-- Desistir? Nunca.

-- Você que sabe. – falei. Entramos no ringue.

-- Qual seu nome?

-- Clarisse.

-- Lindo nome, boneca. – falou. Ignorei ele ter me chamado de boneca.

-- Vamos logo com isso. – falei. Cansada desse joguinho. Afinal eu sei que ele vai perder.

-- Por que tanta pressa gatinha? – falou com uma voz rouca.

-- Esta tentando me seduzir?

Ele se aproximou e falou na minha orelha ainda com a voz rouca.

-- E se eu estiver?

Comecei a rir.

-- Porque esta rindo?

-- Você acha que eu vou cair nessa?

-- No que?

-- Você esta tentando me seduzir para ganhar de mim.

-- Nada vê.

-- Não? Então o que esta fazendo?

-- Vamos logo, boneca.

-- Não gosto de ser chamada de boneca.

-- Serio? Boneca, boneca, boneca, boneca, boneca, boneca, boneca, boneca, boneca e boneca.

Em cada palavra dita à minha raiva ia aumentando, aumentando e aumentando. Eu odeio ser chamada de boneca porque bonecas são
frágeis e fracas. E eu não gosto de me sentir fraca e coisa do gênero.

O que aconteceu? Eu pulei em cima do garoto e comecei a soca-lo no rosto. Dizendo em cada soco.

-- Nunca. Mais. Me. Chame. De. Boneca.

-- Ta bom, gata.

-- Acho bom mesmo. – falei saindo em cima dele.

-- Hum... Adoro garotas difíceis.

-- Você esta pedindo para morrer não é possível.

-- Você não pode me matar.

-- Por que não?

-- Primeiro porque isso é errado. –revirei os olhos- E segundo porque se você me matar você pode ir para prisão por agressão ao
seu aluno. –fechei os olhos. E falei para mim mesma você consegue Clarisse. É só não mata-lo por mais meia hora. Quem eu to tentando enganar? Eu não consigo. Vou fazer o seguinte faço uma luta com ele e depois o empurro para um dos meus irmãos.

-- Ok. Agora vamos parar de falar e vamos logo lutar que você e nem eu viemos aqui para discutir.

-- Certo, gatinha. Podemos fazer outra coisa.

E ele avançou em mim tentando me beijar. Dei um tapa nele.

-- Ta maluca?

-- Eu? Maluca? Você vem aqui tenta me beija sem saber se eu tenho namorado.

-- E você tem?

-- Tenho sim senhor. – falei com um sorriso de vitoria.

-- Não tenho ciúmes.

-- Já chega!!!! Não aguento mais!!!!!!

Pulei em cima dele. Meti pancada nele!!! Não to nem ligando para ele!!!! Não vou mata-lo. Só machuca-lo muito. E depois eu digo que ele ainda é muito ruim em luta livre e acabou assim. Só posso dizer que ele saiu com dois olhos roxos, com o nariz quebrado, com um braço quebrado e uma perna quebrada.

Ele saiu de ambulância daqui. Também ninguém mandou mexer comigo. E ele não sabe lutar nada só fica falando. Aff. Se não leva o esporte a serio, porque pratica então? Eu tentei não perder a paciência. Mas quale com esse daí qualquer um perde a paciência. Será que eu posso expulsar ele da escola? Se bem que eu acho que ele não volta nunca mais. E é bom não voltar mesmo porque senão ele vai se ver comigo.