A Vida Sexual De Odano Odajima escrita por Scarlat7


Capítulo 1
Mas que bosta, hein?


Notas iniciais do capítulo

Medo extremo.
Sério, essa fic não tá muito boa, além de ser minha primeira. O que potencializa a coisa para um nível de decadência muito alto.
NÃO LEIAM! D:



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A partir de agora começarei a narrar minha vida que ainda não aconteceu. É. Bom. Não faz sentido. Mas acho que está tudo bem. O fato é que ela será uma bosta, certamente, sem incógnitas ou reviravoltas. Por quê? Porque eu sou um ser de uma espécie conhecida como feios.


Somos muitos e estamos por todo lado. O cobrador do ônibus. O motorista. O porteiro daquele prédio público quase caindo, que foi tombado e está perto de tombar, no sentido literal da palavra. O gari que você cumprimenta por educação, mas sabe que o que está passando pela cabeça dele não é nada educado. O vigia noturno da faculdade do seu irmão mais velho que você teve o (des)prazer de conhecer (esse, um feio não conformado, portanto, um idiota).


Temos algumas características comuns à espécie. Ou não. Bom, eu tenho algumas características bem comuns, porque de especial não tenho nada. É sobre estas que irei falar, relatando pequenos acontecimentos da minha vida decadente.


Início de conversa, os feios são identificados no nascimento. Todo bebê é fofo e com cara de joelho, então, como assim? Bom, alguma força superior certamente sabe que iremos ser feios, pois todo feio tem um nome horrível. Por exemplo o meu: Odano Odajima. Quer nome mais ridículo? O meu nome não podia ser algo bonito, amedrontador ou fofo, não, tinha que ser nome de mendigo, nome de catador de lixo. Bom, meu pai era caminhoneiro. Talvez esse Odajima seja coisa de pobre mesmo.


Porra pai, cacete mãe, caralhos voadores vomitando arco-íris genética. Por quê?


Além deste nome digno de um sem-terra amaldiçoado por Deus, eu sou uma vara de tão magro. E não, eu não podia ter os músculos dos marmanjos do time de futebol, ou ser um magro bonito como meu irmão mais velho, não, Odano tem que ser um palito de dente que parece que vai sair voando por aí se o vento soprar forte demais. Além desse cabelo sem corte ridículo que tapa dois terços da minha face, mas é melhor ficar com ele tapando meu rosto do que sair mostrando essa poluição visual por aí. Se bem que a única coisa que ele não tapa são esses meus beiços de jamaicano. Valha-me Deus.


E isto tudo era potencializado pelo meu visual sempre uma estação atrás da presente, e totalmente condizente com minha imagem. Por quê? Bem, porque todas minhas roupas são do meu irmão mais velho, mas, como ele é uma pessoa estranha (mas um estranho instigante, não uma aberração como eu), ele é uma exceção à regra das estaturas médias japonesas, meu irmão mede invejáveis 1,85m, e eu 1,71m. Agora imaginem eu usando roupas cheias de pregas e remendos e cortadas pelas invejáveis habilidades da Sra. Shiroyama. Ou melhor, tudo torto, feio e remendado.


É, vida de pobre não é fácil. Mas pelo menos as roupas são do meu irmão e não da Campanha do Agasalho.


Bom, claro, com todo esse histórico de merdas que eu sou, eu tinha que ser tímido. Óbvio, olha a merda ambulante que eu sou. Tenho que ter vergonha de mim mesmo. E vergonha do que os outros pensam, se eu mesmo já me acho ridículo os outros devem pensar coisas muito piores. Isso que eles não sabem do que se passa por dentro desse meu cérebro atrofiado.


Eu sou uma aberração. Nunca namorei ninguém, sequer beijei, com meus 17 anos.


É muita virgindade para pouca pessoa. Eu sei.


E, além disto, não sinto vontade de beijar minhas colegas de classe ou qualquer outra mulher. Mas os homens... Bem, o homem.


Takashima Kouyou, o antônimo de mim. Lindo, gentil, inteligente, com vários amigos e admiradores. Bem, não é como se eu fosse tão diferente dele assim, não sou tão burro, sequer alguém ruim, mas... No Uruha tudo se potencializava. Desde que entrei para o meu atual colégio, no primeiro ano, ele me chamou a atenção. Assim que vi aquela cabeleira loira e aquele rosto de expressão tão gentil, e com aqueles lábios cheinhos e mordíveis, tudo em mim se voltou para ele. Me apaixonei. Eu gosto do Kouyou tanto que chega a ser nocivo. Bem, não é bem gostar, é amar, idolatrar, esperar, ansiar, desejar, querer estuprar, e por aí vai. É. Talvez seja uma obsessão. Não que eu tenha qualquer chances com ele, ele nunca iria sequer falar comigo. Mas sonhar é de graça e eu sou pobre, então eu estou fazendo.


Imagina se o Uruha falasse comigo e dis-


Alguém devia tocar um tijolo na minha cara, porque a gravidade deixou de fazer efeito em meu corpo e eu saí voando e estou nas nuvens só na base do ecstasy. Estou sonhando alto. Alto demais.


O nome disto é fogo no rabo e falta de homem, Odano.


Feio, pobre, virgem e gay. A vida sexual de Odano Odajima nem existe, por que mesmo estou escrevendo isto?



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Notas finais do capítulo

Que medo de postar algo junto com esse bando de fic incrível, essa coisa ficar sequer na mesma página que a You Are Not Alone ou a As If é uma blasfêmia.
Me desculpem! :(
Post Scriptum: Sim, alguém tinha que fazer isso. ODANO ODAJIMA IS BLACK BITCHES! 8D