Que porra de cara lindo!! Acho que morri e estou no céu... Ou essa boate é realmente muito abençoada!

Ele abriu um belo sorriso pra mim, me olhando bem nos olhos. Esqueci completamente do Jake e sua expressão enfezada...

–Não quer dividir a antenção dela com os amigos, é? - falou o ruivo, colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha e passando a mão em meu rosto.

Ok, se eu não tinha morrido ainda, morri agora! E a culpa é toda do gostosão!!! Tenho certeza que estava tendo um ataque cardíaco! Acham que eu estou exagerando?? Aaah, vocês também teriam um ataque cardíaco só de olhar pra esse cara... Ele era alto (não tão alto quanto Jake, devia ter 1,80m), seus cabelos acobreados estavam bagunçados, apontando pra todas as direções, dando a impressão de que tinha sido agarrado há pouco tempo (pena que não foi por mim...), seus olhos verdes combinavam perfeitamente bem com a pele bem clara e um sorriso divertido brincava em seus lábios (que, por sinal,pareciam ser macios e saborosos... Não que eu estivesse reparando nisso, é claro...)

–O que vai querer para beber, Sr. Cullen?

Ih, Jacob ainda estava ali! E parecia muito irritado, seu tom de voz não era nada amigável...

Tirei minha expressão de pateta embasbacada do rosto e virei de frente para o balcão novamente, tentando ignorar a presença do tal cara...

–Por que você não NOS surpreende? - respondeu, alargando o surriso e encostando no balcão, ao meu lado. É, parece que alguém andou ouvindo a conversa dos outros...

Jake bufou e se virou para preparar a bebida e o tal Cullen aproveitou a deixa para puxar assunto.

–E então, está sozinha? - falou em um tom fodidamente sexy! Mas eu iria resistir aos seus encantos! Tem certeza? Mas ele é tão gato e... Como eu estava dizendo antes da Bella irresponsável me interromper, EU IA RESISTIR!

–Não. Estou com uma amiga... - Falei, virando para onde Alice estava... Ou pelo menos onde ela DEVERIA estar! Onde aquela baixinha se meteu???

Ele deve ter percbido minha expressão confusa, porque soltou uma risada baixa e se aproximou um pouco mais de mim, colando seu corpo (E QUE CORPO!!!) na lateral do meu.

–Acho que você vai precisar de companhia, já que sua amiga foi embora... - terminou a frase dando um beijo molhado em meu pescoço...

Ui, confesso que ele conseguiu me deixar molhada com essa, e que minhas pernas começaram a ficar bambas, que minha resistência estava indo por água abaixo e... Até que veio o estalo: Alice sumiu, com um cara completamente desconhecido! E, pra completar, vim de carona com ela (tudo bem que foi no meu carro, mas ela veio dirigindo e ficou com a chave)!!! Então bati uma das minhas mãos no peito do gostosão e o empurrei com toda a força que consegui reunir (tanto a física quanto a força de vontade... Porque uma delícia dessa beijando o meu pescoço daquele jeito... Ai ai...). Mesmo não conseguindo tirá-lo do lugar, pelo menos o fiz parar com a sessão tortura e me encarar. E a chata da nova Bella tinha assumido o controle da situação de novo. Droga...

–Vai com calma ai, querido! Agradeço a oferta, mas já estou de saída.

Segui, decidida, até a mesa onde eu e Lice estávamos, mas nem sinal da tampa!!! Tudo bem que ver minha amiga naquele mar de gente seria praticamente impossível! Mas o loiro que estava com ela era alto e chamava bastante atenção... Mesmo assim, nem sinal deles! Sentei em minha cadeira e apoiei o rosto nas mãos. E se ele a tivesse arrastado dali e fizesse algum mal a ela??? Segurei o choro que queria vir com o pensamento do que poderia ter acontecido, afinal de contas, bebida transforma qualquer unha quebrada em um dramalhão mexicano! Faz tudo ficar 1000 vezes maior do que realmente é...

Senti meu celular vibrar na pequena bolsa que eu carregava e, quando vi o nome na tela, quase pulei de felicidade. Era Alice! Abri a mensagem (que por sinal, estava tão confusa que eu tive que ler umas três vezes pra entender!!! Devia ser por causa da bebida...), que dizia mais ou menos isso: (vou ter que traduzir, amigas!)

"Bellinha, fui embora mais cedo, mas não consegui te achar para avisar. Pegue um taxi para voltar pra casa ou liga pra Nessie vir te buscar! Amo você! =)"

Lembram daquele pulo de felicidade que eu falei que eu quase dei quando vi que era a minha amiga? Sabem onde ele foi parar? NO QUINTO DOS INFERNOS! Exatamente pra onde eu ia mandar aquele pigmeu quando eu a encontrasse!!! Que foi??? Acham que eu estou fazendo dramalhão de novo?? Mas aquela pilantra saiu com um completo desconhecido e ainda levou o MEU carro junto! E, pra completar, me deixou quase sem dinheiro (não dava pra pegar um taxi até em casa) e eu teria que passar pela humilhação de pedir pra minha irmã de 17 anos vir me buscar na boate quase 1h da manhã...

Levantei dali pronta para arrumar um jeito de ir embora e deixar muitas mensagens mal educadas na caixa postal dela (sim, o celular estaria desligado com certeza!), mas na pressa acabei esbarrando em alguém. Pedi desculpa, mas acho que a mulher não ouviu, porque ela me xingou de coisas muito feias (até pra mim...) e me deu um empurrão! Pronto, lá ia eu ao chão da pista de dança, pra variar... Fechei os olhos esperando o grande encontro da minha cara com o chão, mas tudo o que senti foram mãos grandes e frias me segurando pela cintura.

–Isso foi completamente desagradável, Jane... - ouvi aquela voz aveludada, com um grande tom de reprovação, vindo de trás de mim.

A loirinha arregalou os olhos o máximo que pôde e ficou mais branca que um pedaço de papel.

–Me-me desculpe... Não sabia que ela estava com você!

A garota continuou falando, mas ele aignorou completamente. Me virou delicadamente de frente pra ele e me encarou, sorrindo fraco.

–Você está bem?

Acabei sorrindo de volta e acho que estava começando a corar (droga!!!), já que estavamos BEM próximos. Me afastei um pouco, colocando o cabelo atrás da orelha e encarando o chão.

–Estou sim, obrigada...

–Você saiu correndo da nossa conversa.

–Ele parecia realmente querer puxar assunto, era um dos homens mais bonitos que eu já vi, era simpático e a bebida já estava fazendo efeito... E eu não parava de ouvir os gritos da velha Bella em minha cabeça Vai em frente mulher! O que você tem a perder??? Bem, eu não ia dar mole pra ele, só não podia ser mal educada com o rapaz, né?

–Estava procurando uma amiga... - voltei a encarar seus belos olhos verdes.

–Encontrou?

Balancei a cabeça negando e o ouvi rir.

–Então me sinto na obrigação de não te deixar sozinha! Que tal irmos para algum outro lugar?

OPA! SINAL AMARELO! Mal nos conhecíamos e ele já queria apressar as coisas??? Comigo não era assim não!

–Você bebeu bastante, acho melhor levá-la para comer alguma coisa... - completou, sorrindo torto

Ok, acho que me enganei... Bateu até um peso na consciência pelo mal julgamento... E bateu também um calorzinho com esse sorriso torto... Vocês também estão sentindo, né?

–Já que ela me abandonou, aceito sua companhia!

Seu sorriso era contagiante! Sorri de volta e senti uma de suas mãos pousar no meio das minhas costas (Ouviram isso meninas? No meio das costas, e não na cintura!! Ele era mesmo um cavalheiro... *suspira*). Saimos da boate e eu senti o vento fresco da rua bater em meu rosto, só ai percebi o quanto estava me sentindo sufocada la dentro! Definitivamente não voltaria ali tão cedo!

–Você está de carro?

–Acho que não... - Ele franziu a testa com a minha resposta de doido.

Tive que rir da sua expressão confusa, era fofa!

–Alice deve ter levado o carro pra onde quer que ela tenha ido...

Então ele riu abertamente da minha cara! O que me fez ficar irritada, é claro!

–Essa é a amiga que te abandonou? -perguntou tentando se conter - Ela deve ser uma comédia!

Bem,parando pra pensar... Ela me largou sozinha, longe de casa, quase sem dinheiro e teve a cara de pau de assinar a mensagem com um "eu te amo" para amenizar a minha raiva... Que situação patética! Acabei explodindo em uma gargalhada (como eu não davahá muito tempo) e o ouvi me acompanhar.

–Você tem razão, ela é uma comédia!

–Sorte a sua que o príncipe encantado aqui está de carro e pode te dar uma carona... -ele voltou com aquele sorriso torto que fez meu coração dar um pequeno salto. Mas só ai me dei conta de que ele estava querendo me levar pra casa, senti um leve aperto no peito... Estranho...

–Mas a princesa aqui não é como as outras, ela prefere caminhar! Afinal de contas, conheço um ótimo lugar perto daqui para comermos algo muito bom!

Ele se aproximou um pouco mais, deixando o rosto exatamente na altura do meu. –Eu adoraria te acompanhar, princesa... Ai eu percebi outra coisa!

–Meu Deus! Eu não sei o seu nome ainda! - dei um tapinha de leve na testa, o que fez ele gargalhar mais uma vez, ignorei isso e estendi minha mão pra ele - Isabella Swan, mas pode me chamar de Bella!

Ele segurou minha mão com firmeza, me fazendo sentir como se uma corrente tivesse passado por nós dois... Era estranho, mas era... Bom?

–Cullen, Edward Cullen - Deu uma piscadela e beijou minha mão - Ao seu dispor...

Demorei um pouco pra desfazer minha cara de babaca e percebi que ele segurou minha mão mais tempo que o necessário. Mas logo me recuperei do fator Edward Cullen (até o nome era sexy!!!) e seguimos lado a lado, saimos da ruela em que estávamos (acabamos usando a saída lateral da boate, acho que era a mais próxima...) e, em poucos minutos, já entrávamos naquele restaurante tão conhecido por mim.

O lugar estava vazio pela hora, mas não mudara nada desde a última vez que estive ali. Era uma tradicional cantina italiana, pequena e aconchegante. Escolhemos uma mesa afastada e Edward puxou a cadeira para que eu sentasse. Sorri como uma boba e, enquanto ele ia ao banheiro, fiz uma lista mental de suas qualidades: Lindo (até demais!), simpático, cavalheiro, lindo, sexy, lindo... Já disse o quanto ele é lindo?

–Voltei... - quase engasguei ao ouvir sua voz interrompendo meus pensamentos

– Você parecia concentrada em algo...

–É... eu... estava pensando o que podemos comer... - sorri, sem graça. Imagina se ele pudesse ler mentes!

–E chegou a alguma conclusão? Antes que eu pudesse abrir a boca pra responder, ouvi uma voz anasalada (e bem animadinha pro horário) ao nosso lado:

–Boa noite, sou Jéssica Stanley, 19 anos, solteira, moro sozinha em um apartamento a duas quadras daqui e meu turno termina as 3hs. Em que posso ajudá-lo?

A garçonete era até bem bonita, mas um pouco vulgar. E pra completar, ela olhava apenas para o Edward,como se fosse devorá-lo a qualquer momento. Notei que ele a ignorou completamente e continuava a me encarar com um leve sorriso nos lábios. Acho que a garota se irritou, porque pigarreou alto e começou a bater o pé no chão. Só ai eu lembrei que ele ainda estava esperando minha resposta!

–É... Que tal ravioli de cogumelo? –Acho uma ótima escolha! Ele fez ospedidos, sem tirar os olhos dos meus. Confesso que estava me deixando um pouco envergonhada, mas também um pouco...feliz? Ah, qual foi Bella??? Sem melação! Parte pra cima do gostosão e nada de paixonite!

Conversamos amenidades enquanto esperávamos a comida. Edward era muito divertido, me fazia rir o tempo inteiro, além de todas as outras qualidades que eu já citei... Foi exatamente nesse ponto que eu fiz a burrada de reparar em seu corpo...Oh God! Ele era completamente gostoso! Seus músculos eram bem definidos, sua camisa chegava a ficar justa em seus ombros largos e braços fortes... Como seria a barriga? E as pernas? E o...o resto? Maldita hora que os pensamentos invadiam a minha cabeça! Só então notei que, provavelmente, eu o estava encarando como se ele fosse algo comestível! E ele me olhava com um sorriso malicioso. Me apressei em beber minha coca, para tentar cobrir meu rosto que já começava a ficar vermelho, quando a tal Jéssica veio com os nossos pratos. Quase engasguei quando a vi! Ela tinha puxado seu decote, deixando seus seios fartos quase pulando para fora!!!

–Posso fazer mais alguma coisa por você? - perguntou diretamente pra ele, com uma tentativa de voz sexy, cheia de segundas, terceiras e quartas intenções.

Ok, aquela merda estava começando a me irritar! Não que eu tivesse algo com o gatão ou que eu estivesse caidinha por ele... Longe disso! Aham, sei... É só que aquela vadiazinha estava me desrespeitando! Minha vontade era de pegar o garfo e espetar naqueles peitos falsos pra ver se ela me notava na porra da mesa! Eu já estava quase alcançando o garfo, quando senti a mão de Edward alcançar a minha por cima da mesa, o que me fez sentir um leve choque.

–Vai querer mais alguma coisa, Bella? - Ele levou minha mão aos lábios e deu um leve beijo.

Foda-se a comida, foda-se o garfo, foda-se a vagabunda que eu já nem lembrava o nome, eu vou agarrar esse cara! Respirei fundo, tentando ignorar as vozes da antiga Bella e acalmar meus batimentos cardíacos! Acho que morro do coração ainda hoje...

–Não vamos querer mais nada, querida, obrigada... - Dei meu melhor sorriso pra garçonete, que saiu bufando. Hahaha! 1x0 pra mim, sua mocréia!

–Você fica ainda mais linda quando fica vermelha...

Por essa eu não esperava...Nem sabia que ainda estava vermelha... Mas depois disso, eu devo é ter ficado roxa!!! Senti meu rosto esquentar consideravelmente e vi Edward alargar seu sorriso.

–Er... Obrigada...

E você fica lindo de qualquer jeito! Comemos nosso ravioli e tomamos um vinho, enquanto conversávamos sobre absolutamente tudo! Contei muito de mim pra ele, mas ele parecia mais interessado em ouvir do que em falar. As únicas coisas que descobrir foram sua idade (28 anos), que seu pai falecera há pouco tempo e que ele passou a morar com a mãe, desde então, para não deixá-la sozinha. Mas que Esme (mãe dele) passava mais tempo viajando do que em casa, então ele estava pensando em arrumar um lugar só pra ele.

–Acho que ela está de namorado novo... -falou, fazendo um bico muito fofo! Que me deu vontade de morder! Acabei rindo.

–E eu acho que você está com ciúmes!

Edward era simplesmente diferente de todos os outros homens que conheci... Quanto mais conversávamos, mais sua lista de qualidades crescia! Mas ele também não fazia questão de esconder os defeitos (era ciumento, ficava de mau humor quando acordava muito cedo, costumava fugir de alguns problemas...), o que o deixava ainda mais especial! Mas não que eu estivesse reparando nessas coisas, longe de mim! De repente, ele parou de falar e se apoiou na mesa, ficando um pouco mais perto de mim.

–Bella, - sussurrou - tem um pouco de molho no canto da sua boca...

MAIS UM MICO! Por que isso sempre acontece comigo??? Tentei limpar com o guardanapo, mas eu não sabia onde era. Ele me dava instruções, tentando indicar onde eu tinha que limpar, mas por suas risadas contidas, eu sabia que não estava sendo bem sucedida. Eu já estava morrendo de vergonha e mais vermelha que um tomate quando ele se aproximou mais e passou o dedo no canto da minha boca. Seu toque era suave, parecia mais uma carícia, e pareceu demorar vários segundos a mais do que o necessário, depois ele levou o dedo à boca e passou a língua onde estava o molho. Eu via tudo como se estivesse em câmera lenta, foi um movimento simples e natural, mas vindo daquele Deus grego ali, foi a coisa mais sexy que já vi em toda a minha vida!

Só que a câmera lenta acabou, e ele pousou os braços na mesa novamente, apenas me olhando. O silêncio que se instalou entre a gente parecia deixar o ar pesado. Eu sentia como se ele tivesse tentado dar um passo e estivesse esperando meu consentimento para prosseguir. Pula por cima da mesa e agarra ele logo!!! Mas fiquei tanto tempo apenas o encarando de volta e mordendo meu lábio inferior, que ele resolveu quebrar o silêncio. Viu? Perdeu a oportunidade! Agora o bonitão já era!

–Caramba, adoro essa música! - falou, se referindo a algo que começava a tocar no rádio do restaurante Edward se levantou e estendeu a mão para mim.

–Aceita dançar comigo?

Ele é louco? Dançar no meio do restaurante?? Seria uma pagação de mico total! E eu não sei se era uma boa idéia ficar colada nele durante uma música inteira...Mas quando dei por mim, já estendia a mão para ele, com um pequeno sorriso no rosto. Os argumentos foram todos por água abaixo quando senti seu corpo colado no meu. Edward conduzia como ninguém, era delicado, cuidadoso, firme e seu perfume já estava começando a me deixar tonta (no bom sentido, ô homem cheiroso!) e quando ele começou a sussurrar partes da letra em meu ouvido, senti meu coração acelerar tanto que tinha certeza de que ele também podia sentir. Seu corpo se juntou mais ao meu (e que corpo! Tocar era muito melhor que olhar!), pareciamos estar em uma espécie de bolha, nada mais existia ou importava, apenas sentir um ao outro. Aquela corrente que parecia passar por mim cada vez que nossas peles se tocavam, as borboletas em meu estômago que se agitavam cada vez que ele me apertava mais, tudo parecia se encaixar... No final da música, levantei o olhar, acho que precisava saber se ele também estava sentindo tudo o que me fazia sentir. O encontrei me encarando com um brilho tão forte no olhar, que me senti presa à ele, era como se fôssemos imãs. Edward começou a se aproximar lentamente, para ver se eu ofereceria alguma resistência, mas eu o queria, queria sentir seus lábios nos meus, suas mãos pelo meu corpo, sua língua na minha, sentir seu sabor e cada sensação que ele me traria. Estávamos tão próximos que eu podia sentir seu hálito no meu rosto, podia sentir o calor que emanava de sua boca e então...