Beatrice Sweeth é uma garota de 16 anos, está no 1º ano do ensino médio, e infelizmente teve de sair de casa por causa de brigas com seu pai às conta de sua madrasta. Com essa situação teve de voltar a sua cidade natal, Hellied Ville onde mora sozinha e é sustentada todo o mês por sua mãe que mora em outro estado, porém ela está trabalhando apesar de ganhar bastante dinheiro todo mês, ela trabalha em uma loja de brinquedos de uma grande indústria chamada Phantom.

– Nossa, hoje o céu está tão azul hoje... – Dizia uma garota de lindos cabelos castanhos escuros e olhos roxos, admirando o céu da janela de seu quarto enquanto acabara de acordar. – Preciso me apressar para ir ao colégio se não chego atrasada.

Ela tomava banho e se arrumava, tomou café e quando se preparava para sair de casa, parou e lembrou de algo.
– Nossa que cabeça a minha, ia esquecendo de regar a Florenthia. – Ia até o jardim onde lá encontrara uma rosa roxa, e começava a regá-la sorrindo, até que escutou um barulho atrás de uma das moitas de hortênsias. – Tem alguém aí ?! – Ela perguntou, e como não ouviu mais nenhuma resposta decidiu ir ver o que se passava.

Então deparou-se com um belo homem desmaiado no chão, ele tinha pele clara, cabelos negros, trajava uma roupa de mordomo enquanto segurava uma espécie de caneta de pena em uma de suas mãos. Ela se aproximou e então ele foi acordando aos poucos.
– Aonde estou ? Cadê o jovem mestre ? Minha cabeça dói... – Indagava o homem enquanto levantava-se, colocando a mão que estava livre na cabeça, aparentando estar realmente com dor. Então ele virou-se olhando direto para ela. – Quem é você ?!

– Eu que pergunto, você que está no meu jardim... – Respondeu de forma nada educada. – Mas como você veio parar em meu jardim ? Eu poderia denunciá-lo por invasão de propriedade alheia, explique-se.

– Veja bem, na verdade não sei ao certo como vim parar aqui, além do que parece muito diferente do lugar de onde vim...

– Bem isso deve ser verdade, porque está com roupa de mordomo, deve servir a alguém rico. – Disse sorrindo de canto de boca.

– Na verdade sou mordomo do dono da indústria Phantomhive, o jovem mestre Ciel Phantomhive.

– Nossa, é quase o mesmo nome da loja de brinquedos aonde trabalho, ela costumava chamar-se Phantomhive, mas parece que seu dono morreu e os sócios que tomaram conta tiveram de alterar um pouco o nome dela.

– O que está dizendo ?! O jovem mestre morreu ?! – Perguntou quase que gritando enquanto segurava meus ombros, fazendo me focar e perceber que seus olhos eram vermelhos cintilantes, e corou-se por isso.

– Hã...? – Voltou a si, e disse olhando para ele e alterando para uma expressão séria, então ela deu um tapa em uma das mãos dele e se afastou, ainda séria. – Escute muito bem, eu não sei o que faz aqui e nem sei o porque de você estar desmaiado em meu jardim, mas isto não lhe dá o direito de me tocar, isso somente poderá piorar a situação caso eu vá lhe denunciar, algo que posso fazer agora se tiver chance. Então afaste-se, não me toque e responda minhas perguntas.

– Que interessante, não esperava por esta reação. – Ele ficou surpreso por tal atitude. – Não me aproximarei, pode perguntar então milady. – Disse curvando-se.

– Hum...não mandei curvar-se diante de mim ou usar um termo como este, é desnecessário. – Olhava para ele sorrindo um tanto sarcasticamente. – Então diga-me qual é realmente seu nome ?

– Meu nome é Sebastian Michaelis, jovem dama – Ele levantou-se e a olhou nos olhos enquanto respondia tal pergunta.

– Bem Sebastian, acho que pode me chamar de jovem dama, enfim, meu nome é Beatrice e creio que você realmente não esteja bem, pois está bem pálido, está com dor ou algo parecido ? – Disse com um ar de preocupação.

– Na verdade, minha pele sempre foi um tanto pálida, e sim, estou com um pouco de dor...

– Bem vejamos... – Aproximou-se dele, levando uma de suas mãos a tocar a testa do mesmo.

– Mas jovem dama, não posso lhe tocar.

– Certo, mas não disse que eu não poderia lhe tocar...agora fique quieto pois está com febre, creio que tenha sido isto que lhe fez desmaiar aqui, venha comigo. – Segurou a mão dele e o levou para dentro de sua casa.

– Bem Sebastian, esta é a minha casa, pode não ser tão grande, mas é aconchegante disso eu lhe asseguro. – Disse sorrindo enquanto o levava para cozinha, preparando um chá para ele.

– Por mim tudo bem jovem dama, mas me concedes o direito de lhe fazer uma pergunta ?

– Claro, pergunte já que respondeu minhas perguntas também.

– Em que ano estamos ? – Perguntou meio confuso.

– Como assim ? Você não sabe ? – Olhou para ele sorrindo.

– Não sei...e a roupa que está usando também não parece ser da minha época.

– O que quer dizer com isso... ? – Ela se assustou e deixou uma das xícaras caírem no chão.

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