O silêncio tomou conta do Castelo Negro. Lola não sabia ao certo se devia rir ou empunhar sua espada, já que a lâmina de um homem perfurava-lhe a garganta.

- Mas o que está acontecendo aqui? – gritou uma voz ao fundo. – O que vocês estão fazendo, seus inúteis?

- Há uma mulher... – disse timidamente um gordinho.

- O quê?! – Mormont olhou diretamente para onde todos estavam olhando. A garota deu um passo para trás, observando a todos.

- O que quer aqui, pirralha? – disse o comandante.

- Quero ser uma Patrulheira.

O silêncio novamente tomara conta do lugar, mas em poucos segundos, gargalhadas grotescas dos homens o quebraram.

- Mulheres são proibidas, jovem tola. – Mormont ainda ria, olhando para a moça.

- Acho que ela merece uma chance. – Uma voz rouca surgiu, fazendo todos ficarem quietos. Meistre Aemon descia algumas escadas com dificuldade, até chegar ao lado de Lola. – Se ela veio até aqui, ela tem um motivo.

Mormont pensou por alguns segundos, e logo ordenou para que cinco de seus homens empunhassem suas espadas.

- Se você vencê-los posso tentar pensar no seu caso. – ele riu. – Garota, você é realmente corajosa.

Lola empunhou sua espada e aguardou para que os desajeitados seres do sexo oposto se aprontassem. Ao longe, o jovem bastardo de Winterfell, observava tudo. Estava nervoso, não queria ver aquela – linda – cabeça rolar.

O primeiro homem correu para atacar Lola, que em um golpe, o perfurou no peito, logo em seguida, fora surpreendida por mais um, mas esse não teve chance, já que a espada estava cravada em seu abdômen.

- Ainda insistem? – Lola olhava para os outros três restantes que se escondiam atrás do comandante. – Já era de se esperar.

Lola caminhou até o comandante e limpou sua espada com um lenço de seda, dando-o para Mormont, que a olhava sem reação.