Pov Bianca On

Logo que o Niall saiu daqui de casa eu voltei pro meu quarto, super realizada, é claro. Esse menino é um anjo, impossível ficar braba com ele... Peguei meu computador e entrei na internet pra ver o que estava acontecendo. Logo recebi uma mensagem da minha colega de aula.

Camila diz: Oi Brendinha, por que não foi na aula hoje? Ta tudo bem ai?

Brenda diz: Oi Ca. Ta tudo bem, só me atrasei...

Camila diz: Ah ta (: vou saindo... x

Brenda diz: Ok (: xx

Ela não precisa saber todos os detalhes da minha manhã. Fico mais um pouco na internet e ouço barulho de carro, provavelmente era minha mãe chegando. Escutei a porta se abrindo e ouvi a voz da minha mãe. Só que ela gritava com alguém que eu ainda não sabia quem era.

- Você me fez passar vergonha! Eu pensei que era algo grave, mas chego lá e descubro que é frescura tua! Pelo amor de deus, como tu é nojenta... – dizia minha mãe aos berros

Nossa, minha mãe tava bem nervosa. Largo o notebook de lado e vou até a escada pra ver o que esta acontecendo lá em baixo. Na metade dos degraus vejo minha mãe xingando Sam, que estava sentada no sofá. Subo alguns degraus pra elas nao me verem e fico agachada pra poder escutar a conversa.

- Tu é muito nojentinha Sam! Tu gosta é de fazer um drama,não é?

Minha irmã ficava bem quieta. Provavelmente ela tava com medo da minha mãe, e eu também teria, afinal eu não via minha mãe assim faz muito tempo. Eu poderia ter ficado ali escutando a conversa delas por um bom tempo sem elas perceberem minha presença, mas como sou muito inteligente consegui me desequilibrar e rolei escada a baixo. Quando cheguei ao chão senti que elas olhavam pra mim, então fiquei deitada no chão, quem sabe seria melhor me fingir de morta? Mas meu plano não deu certo.

- Brenda? Ta tudo bem? – disse minha mãe.

Fiquei ali deitada mais um pouco. Pelo menos elas tinham parado de brigar...

- Brenda?! Acorda! – minha mãe de novo, já do meu lado me sacudindo.

- Calma mãe, to bem...

- Quer me matar do coração? – a cara de espanto dela era algo incrivelmente engraçado, mas não podia rir.

- Calma mãe...

- Tu podia ter quebrado alguma coisa!

- To bem mãe... – disse isso já tentando me levantar, pra mostrar que eu tava bem.

- Imagina se tu quebrasse uma perna ou braço!

- CALMA MÃE, EU TO BEM! – já em pé, provei pra ela que estava em ótimo estado.

- Ok, já entendi...

- Eu atrapalhei alguma coisa? – tentei saber mais da historia...

- Não, eu só estava conversando com sua irmã, nada de mais... Sam, vai pro quarto que depois a gente conversa ok? – minha mãe disse isso e lançou uma olhar pra Sam que faria qual quer terrorista sair correndo.

- Claro mãe... – disse Sam, já saindo correndo escada acima.

- Então, o que quer almoçar filha? – disse minha mãe com um humor totalmente diferente.

- Ah, nem sei... Que tal uma massa?

- Pode ser... Me ajuda na cozinha?

- Claro.

A gente foi pra cozinha e eu a ajudei a cortar algumas coisas pra fazer um molho.

- Agora é só cuidar da massa, pode deixar que eu faço sozinha...

- Ok.

 Me sentei na banqueta que tinha na cozinha pra esperar a massa ficar pronta, eu já estava morrendo de fome... Ficamos um tempo em silêncio até que eu resolvi puxar assunto.

- Mãe, eu escutei alguns gritos lá do quarto quando vocês chegaram e eu fiquei preocupada e vim olhar o que estava havendo, mas acabei caindo da escada sem saber o motivo dos gritos... Será que da pra me contar o que aconteceu?

- Ah filha, você escutou... É que... Bem... Sam reclamou das dores de cabeça essa manhã, você deve ter visto, e ela estava enjoada. Levei ela ao médico pensando que era algo sério, mas quando chegamos lá ela conta pro doutor que pensava que estava grávida. Tomei um susto na hora, obvio. Perguntei pra ela quando e com quem tinha acontecido, ela respondeu que tinha sido com o Greg, sábado. Então o médico disse que era praticamente impossível ela sentir os sintomas de uma gravidez, a menos que fosse gravidez psicológica. Era impossível eu estar mais chocada. Fomos embora do hospital em silencio total. Cheguei em casa e não me aguentei. Consegue imaginar a Sam com gravidez psicológica?

Eu mal respirava. Minha boca estava boquiaberta há tanto tempo que eu podia estar babando sem perceber. Eu conseguia imaginar a Sam com gravidez psicológica, só não conseguia imaginar ela e o Greg. Tudo bem que eles já são bem grandinhos, mas se conheceram sábado de noite! Se bem que eu não duvidava nada da minha irmã... Mas minha irmã gravida(psicológicamente ou não) seria um inferno.

- Brenda?

- Ah, desculpa mãe... – Não tinha percebido o quanto tempo eu fiquei ali parada sem falar nada. – É que eu vou demorar um pouco ainda pra absorver isso...

- Ah, sem problemas, também demorei... A massa ta quase pronta, chama lá sua irmã, por favor.

- Claro.

Subi e chamei Sam. Nós almoçamos em completo silêncio.

- Sam, me ajuda a lavar a louça, por favor? – disse minha mãe em um tom sério, quebrando o silencio.

- Claro mãe.

Levei meu prato até a pia e subi logo as escadas. Não queria ficar ali com as duas, vai que sobra pra mim ainda... Deitei na cama e fiquei olhando para o teto. O que será que o Niall está fazendo agora? E o que eu faria a tarde inteira? Resolvi tirar um cochilo então.

Acordei era 14h45minh. Me levantei e olhei o que tinha de interessante na internet. Não tinha ninguém pra conversar e nada pra fazer. Ok, precisava animar minha tarde. Eu podia ir na casa do Niall ver se ele quer fazer alguma coisa, e é isso que vou fazer. Troquei de roupa, por que a minha tinha ficado amassada por causa do meu cochilo. Desci as escadas e encontrei a casa em completo silencio.

- Mãe? Sam? – silencio – Mãaae?!

Ok, acho que não tem ninguém em casa. Deixo um bilhete em cima da mesa falando que eu ia estar com o Niall e vou pra casa dele. Bato na porta e logo sou recebida pela Maura.

- Oi querida, tudo bem? – diz a Maura, com um grande sorriso no rosto.

- Oi Maura, tudo ótima e a senhora?

- To bem.

- O Niall esta em casa?

- Ta sim, pode entrar e ir pro quarto dele, fique a vontade. – diz ela apontando pra uma porta do corredor.

- Ok, com licença.

A casa deles era bem bonita. Tinha uns moveis mais rústicos, eu gostei bastante. Fui em direção da porta que ela tinha mostrado como o quarto dele e ela foi para o que parecia ser a cozinha. Ao chegar mais perto ouvi alguns sons de violão. Seria o Niall tocando? Bati na porta e a música parou. Bati de novo.

- Pode entrar. – disse Niall, lá de dentro.

Entrei e vi o Niall deitado na cama tocando um violão. Logo que ele me viu pulou da cama, se sentou na ponta do colchão e abriu um sorriso lindo no rosto.

- Oi Brenda.

- Oi Niall.

- Não sabia que você tocava tão bem assim...

- Ah, obrigado...

- Não vai tocar nada pra mim?

- Posso tocar, que música você quer?

- Você que escolhe... Sou bem eclética, nem se preocupe.