All I Need escrita por Luce


Capítulo 5
Chapter 5 - Lost.


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo tá uma verdadeira (desculpem pelo palavrão) bosta. Eu achei que se misturasse com o assunto do capítulo 6 iria ficar muito confuso e decidi postar, até porque o 6 vai ser beeem comprido e eu vou demorar para postá-lo (me perdoem).
Enfim, tá ai. E eu queria muuuito pedir para os "leitores fantasmas" mandarem reviews para me animar e dizer o que eles estão pensando da fic (indireta haha).
Ah, e leiam minha mais nova fic, que é abordado um assunto mais diferente de todos os outros de TVD. :33 https://www.fanfiction.com.br/historia/237731/Heart_Of_Darkness/
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O sol da manhã ousou em passar pelas cortinas. Virei para o lado, sem nenhuma vontade de abrir os olhos. Estava cansada e eu não tinha (e nem queria ter) forças para levantar e recomeçar de novo a rotina. Apertei os olhos e puxei os cobertores, jogando-os no chão. Bocejei e espreguicei-me. Hoje seria um dia típico para eu não querer abandonar minha cama.

Olhei para o lado e meus olhos fixaram-se no despertador que marcava que eram nove horas da manhã. Bufei e corri até o banheiro, tomei um banho rápido e escovei os dentes e cabelos. Ousei a olhar para o espelho apenas uma vez e assustei-me assim que percebi as bolsas embaixo de meus olhos. Ninguém havia me avisado que eu iria envelhecer cinquenta vezes mais quando virara vampira. Eu na verdade nem imaginava que isso era capaz de acontecer.

Mas tudo é possível, não é verdade?

Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo alto e coloquei uma roupa leve, já que hoje, felizmente, o tempo não estava tão frio. Logo ouvi meu celular tocar na escrivaninha do quarto e corri até ele, pegando-o. Uma nova mensagem. Abri a caixa de entrada e logo li à mensagem. Não era de se esperar que fosse de Stefan.

“Precisamos conversar. Venha aqui assim que acordar.”

Suspirei e pensei no que estava por vir. Eu não tinha nada para conversar com Stefan, ou tinha? Bem, tudo é um mistério.


[...]

Estacionei o carro na frente da mansão dos Salvatore e saí, indo em sua direção e tocando a campainha. Demorou um pouco até que Stefan abrisse a porta e pedisse para que eu entrasse e, logo que olhei para o seu rosto, pude perceber um olhar muito sério. Meu corpo se contraiu e fiquei um pouco nervosa.

– Está tudo bem? – Stefan perguntou-me, me guiando até a sala. Não sentei no sofá e apenas abaixei a cabeça, sem respondê-lo. Um silêncio inundou o local e desejei correr dali o mais rápido possível. Stefan parecia sério, tremendamente sério. Se meu coração batesse, bem, era provável que sairia de meu peito em uma hora como essas.

Desviei o olhar para a lareira e, de repente, ela pareceu muito mais interessante. O silêncio estava sufocando-me e eu não conseguia falar nada. Não até que Stefan falasse qualquer coisa.

– Bem... – Ele finalmente pronunciou-se. – Bonnie me ligou. E... Acho que você já deve ter ideia do que ela me contou. – Paralisei no mesmo instante. – Ela está preocupada com você, Elena. Muito preocupada.

Droga. Mil vezes droga.

Bonnie havia me entregado desse jeito? E ainda para Stefan?

– E-eu... – Tentei achar uma desculpa razoável. Nada saiu de minha boca, como esperado. Ela ficou entreaberta, e eu não devia estar com uma cara muito convincente naquele momento.

– Ela não é a única. Eu também estou preocupado com você. E você sabia que podia contar comigo, Elena, e...

Apertei os olhos, eu sabia exatamente o que ele iria falar. O interrompi. – E eu ando muito distante ultimamente, é. Eu sei.

Balancei a cabeça e esperei ele falar alguma coisa. Todas as partes de meu corpo estavam com nervos e eu não fazia ideia se teria que fazer algo. Dizer que eu estava bem, que tudo iria ficar bem, que ele não precisava preocupar-se comigo. Tudo isso parecia muita bobagem para serem ditas.

– Então, é para isso que resolveu me ligar? – Resolvi perguntar. Logo percebi que havia soado grossa demais com Stefan, e logo me arrependi de ter o feito. – Quer dizer...

– Tudo bem. – Ele respondeu, embora eu notasse um pouco de dor em sua voz. – Na verdade, eu quero conversar com você. Acho que não ando tentando fazer isso nesses últimos tempos. Eu me afastei de você.

Como Stefan conseguia ser assim? Quer dizer, qualquer um notava que eu que estava afastando-me dele e não ao contrário. Ele sempre me fazia sentir como se não tivesse culpa de nada e, confesso, eu sempre fui à vontade com isso. Agora também, pois não tentei argumentar ou intervir com nada.

– Certo. – Falei e me sentei no sofá. O clima nervoso que estava ali antes não era tão demonstrado mais. Porém, eu ainda pude notar aquela voz com uma mistura de dor e decepção de Stefan.

Ele permaneceu de pé, me observando. Abaixei a cabeça rapidamente.

– Isso tudo... – Ele começou, mas pareceu se arrepender no meio do caminho. Franzi as sobrancelhas. – É por causa de Damon, não é?

Agradeci mentalmente por estar sentada, por que se não, eu poderia cair de cara no chão. Meus joelhos enfraqueceram e meu corpo todo ficou frágil ao ouvir seu nome tampouco mencionado. Notei que, na verdade, era a primeira vez em semanas que ele era.

Minhas bochechas arderam e deixei meus cabelos taparem meu rosto. Eu devia estar totalmente perplexa.

– O quê? – Me defendi, mas meu tom de voz saiu um pouco trêmulo. – N-não! Eu não falo com Damon faz muito tempo.

– Exatamente. – Senti seu olhar ferver sobre mim e eu me encolher no sofá. Eu só podia estar sendo torturada.

– O quê? – Repeti, abraçando os joelhos.

– Desde que Damon... – Pela segunda vez, Stefan pareceu se arrepender do que iria dizer. Quase levantei a cabeça para ouvir o que ele falaria.

– Desde que Damon...?

– Saiu da cidade. – Ele franziu a testa para si mesmo. Revirou os olhos, finalmente tirando o olhar pesado sobre mim e eu pude jurar que havia tirado um peso de minhas costas, tanto que meu corpo recuperou um pouco da força que existia nele. Mas eu sabia que, se tentasse levantar, podia cair espatifada no chão ou tropeçar em meus próprios pés.

Quase ri comigo mesma. Isso tudo que estava acontecendo era tão ridículo que chegava a doer dentro de mim.

–... Eu posso sentir que é sobre isso. – Stefan simplesmente falou. Na verdade, no fundo, ele só não tinha palavras para tudo aquilo.

Mas eu não podia mentir. Eu queria o ouvir falar alguma coisa sobre Damon. Sobre o motivo de ele ter saído da cidade tão de repente, sobre ele não retornar minhas ligações. Qualquer coisa. Mas eu concluí que isso não iria ser possível. Ou não iria ser tão fácil.

– Você sabe onde ele está agora? – Arrisquei. Eu não esperava por resposta e também não esperava que minha voz saísse tão esperançosa. Agradeci por ela ter saída cansada. Cansada por ter tantas vezes repetido essa mesma pergunta para mim mesma.

– Não. Não faço ideia. – Stefan respondeu. Eu não conseguia decifrar se aquilo era mentira ou não, mas, qualquer que seja, apenas balancei a cabeça.

Pensei que tudo isso era uma falha. Era uma falha por tentar perguntar e obter respostas sobre Damon Salvatore e era uma falha eu continuar insistindo. Tampouco me importei se eu parecia muito óbvia, pois era como tudo dentro de mim estivesse desabando e o pensamento dos outros era a última coisa com que eu devia me importar. Na verdade, era como se eu não precisasse me importar com isso. Era como se eu não precisasse mais me importar com nada, já que tudo estava completamente perdido. Era como se eu estivesse perdida e era impossível isso reverter-se.


[...]

“Mas esse é meu mundo. E não podemos viver nele juntos. Mas você e Stefan podem, no seu mundo.”

Peguei-me pensando em suas palavras enquanto voltava para casa. Eu dirigia devagar e ia percebendo carros buzinando para eu ir mais rápido. Eu não liguei para isso. Continuei pensando naquele sonho como nunca havia pensado tanto em nada da minha vida. Aquelas palavras foram capazes de matar o pingo de vida que tinha dentro de meu ser e eu não sabia se conseguiria viver sem essa vida. Elas pareciam tão reais. Esse sonho pareceu tão real.

Mas será que a sinceridade de Damon era real? Será, será, será... Eu não quero mais viver de dúvidas.

Eu nunca pedi por isso. Eu nunca pedi para ser cercada de vampiros e ter uma vida violenta pelo resto da eternidade e perder tantas pessoas em tão pouco tempo. Mas parece que tudo que eu não quero, acabo tendo.

Esse era o mundo me pregando peças.



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Notas finais do capítulo

Reviews? ):