Marcas Da Morte escrita por Cavaleiro Branco


Capítulo 38
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Bem pessoal... é isso.

Para inaugurar essa nova versão do Nyah, eu irei fechar a história. Foram muitas dores e glórias até aqui... e vocês vieram juntos, sempre apoiando e comentando (Alguns, pelo menos). Mas, no fim, nós conseguimos!

Sugiro que leiam o que vem depois... há informações importantes lá.

Boa Leitura



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O pôr do sol era incrível.

A enorme esfera dourada parecia estar beijando o horizonte litorâneo de São Francisco, lançando sua luz dourada por todos os lados da paisagem. Os feixes deixavam as nuvens em um tom laranja mágico, enquanto o tom azulado do resto do céu ia, lentamente, perdendo sua cor clara, se transformando em um azul cada vez mais e mais escuro. O reflexo da estrela no oceano parecia ainda melhor... aquele brilho cintilava no oceano, tornando a vista ainda mais bela. Apesar de São Francisco parecer estar tapando aquilo, visto daquele ponto... não fez as coisas piorarem. Os prédios lançavam imensas sombras, enquanto os feixes tentavam atravessar os pequenos espaços, existentes entre eles.

Parecia incrível... um dom da natureza, um presente do Divino. Aquele pôr do sol fazia qualquer um parar para olhar... e se lembrar dos momentos felizes da vida, e que essa ainda teria alguma esperança. Era mágico, encantador... era incrível.

–Louis?

O jovem francês vira o rosto levemente, para encarar o visitante. Os olhos cansados encontram os de Marco, igualmente cansados... mais pareciam estar ainda mais que os de Louis. Marco lança um olhar para Louis, como se perguntasse “Posso?”. Louis simplesmente faz um gesto com a cabeça, e logo os dois se encontravam lado a lado, observando a mesma paisagem incrível.

Estavam em um pequeno cais, no litoral de Berkeley, uma das cidades ao leste da Baía de São Francisco. Não era a toa que Louis havia se apoiado naquela amurada em especial, pensou Marco. A vista do Pôr do Sol californiano era ainda melhor dali. O som do oceano se movimentando misturado ao vento que batia na região parecia um remédio calmante para a alma.

Coisa que ambos precisavam.

–Ainda está com dor?

Louis leva a mão a cabeça, depois da pergunta de Marco. Louis caíra com força na água, e sua cabeça atingira de leve uma pedra ao fundo... mesmo de leve, causou certo dano. Uma faixa branca cobria a cabeça e parte do cabelo negro e curto. Louis estava sem o uniforme, vestindo uma camiseta laranja bordada com letras azuis, uma bermuda cor de areia, e um tênis branco. Louis tinha um braço mais forte que os demais, e isso ficava bem visível com a camiseta de manga curta.

Já Marco estava diferente. Vestia uma camiseta de botões branca, agora com as mangas arregaçadas. Uma calça formal azul escuro estava presa por um cinto de couro negro, e acompanhava sapatos negros também. A pele estava suada... como se ele tivesse trabalhado muito até aquele momento.

E que, alias, é o motivo por estar ali naquele momento.

–Melhorou bastante... obrigado.

–Era o mínimo que poderíamos fazer... pelo menos em relação a você.

–Os outros? Eles estão...

–Não sei ao certo – Marco já responde – a Heloísa me pareceu bem... mas bateu a perna em uma pedra, ainda está em cirurgia. Mas Kevin...

Os dois se entreolharam. Tristeza e preocupação dividiam o sentimentos que aquele olhar transmitia.

–Ele está do mesmo jeito...?

–Nunca o vi daquele jeito... ele mal falava uma palavra, e parecia encarar qualquer coisa sem sentimento. O enviamos para a enfermaria... mas não sei se vai resolver algo.

Louis balança a cabeça lentamente, de modo afirmativo. Nunca vira o colega assim... conhecia Kevin a pouco, mas sabia que isso deveria ser ruim. Ouvira da história dele e da tal de Giovanna... e também ouvira que era algo forte. Mas... quando descobriu que aquela que Kevin estava tentando matar era...

Até ontem Louis não sabia exatamente porque as pessoas entravam em estado de choque. Depois daquele dia, ficou sabendo muito bem.

Os dois ficaram por cinco segundos pensando no assunto... isso antes de se voltarem para a baía. O olhar seguiu para a pequena Ilha de Alcatraz... agora minúscula e indiferente na paisagem. Louis mal acreditava o que havia rolado lá naquela mesma manhã... tanto na ilha quanto acima dela. A Fortaleza havia ficado visível durante a queda... bem... mais ou menos. O máximo que os habitantes puderam ver foram enormes pedras caindo pela baía... o que levou Marco à se aproveitar da situação.

Louis leva o olhar agora para vários membros da Irmandade, na praia. Porém... estavam vestidos com uma espécie de macacão azul escuro. Entravam no oceano, carregando os destroços da Fortaleza, que dava para se pegar da costa. Após saírem do mar, ajeitavam a rocha entre os braços, e levavam para uma das várias vans, estacionadas na rua, logo acima da praia. Eram pedras tanto pequenas quanto pesadas... pontiagudas ou redondas, com uma cor negra e bela. Também apelidados por Marco de “Fragmentos de um Meteorito”.

–Gostei da idéia...

–Obrigado, mas foi de Aveline. Agradeça à ela.

–Depois... mas você acha que vai funcionar? O governo já sabe.

Marco dá uma leve risadinha.

–O governo daqui adora estar com um olho em tudo... mas, se conseguimos fazer tudo o que fazemos com folga na Europa, podemos facilmente fazer o mesmo por aqui.

Louis encara, com algo em mente.

–William?

–Sim – concorda Marco, encarando o horizonte – o Mestre daqui sabe fazer tratos inteligentes com os infiltrados na CIA... conseguimos fazer praticamente qualquer coisa com essas vantagens.

Louis balança a cabeça afirmativamente, de uma maneira lenta e pensativa. Não entendia bem a burocracia toda da Irmandade... e nem gostaria. Gostava da liberdade, de poder sair por aí, de poder saltar, viver. Em outras palavras... gostava de agir. Seu irmão é que gostava da parte burocrática... e provavelmente deveria estar fascinado (ou aterrorizado) com tudo o que teria que fazer, com a guerra.

Foi aí que ele pensou... o que seriam deles agora? Os colegas provavelmente iriam se recuperar rápido... mas Kevin... até Louis sabia que isso não ia ser nada legal. Poderia demorar semanas ou meses para o colega poder voltar à ativa... e isso não sabia ao certo. Já havia ouvido muito sobre o fato da Guerra estar se espalhando mais e mais pelo mundo... Poderia ter acabado ali na Califórnia... mas sabia que o Destino não estava reservando boas jogadas para o Mundo.

Ele encara Marco, com uma pergunta em seu olhar.

–Acha que isso irá acabar um dia?

Marco o encara, pensativo. Mesmo que Louis não tivesse perguntado... já havia adivinhado a pergunta em seu olhar...

–Não sei ao certo, Louis... mas posso ter certeza de uma coisa apenas.

–Qual...?

E também já sabia a resposta.

–Isso é apenas o Início do Fim.


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Notas finais do capítulo

Bem... esse foi o último capítulo do Primeiro Livro, da série Shadows. Marcas da Morte termina aqui... mas abre espaço para uma continuação, que será postada muito em breve.

Agradeço a todos que me ajudaram a tornar não só essa história, mas toda essa série possível. Agradeço também aos leitores que, mesmo não me ajudando diretamente, ficaram e leram essa história até o fim! Devo muito a vocês... inclusive algo mais futuramente.

Bom... deixe seu review, se assim quiser. E até a próxima.



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