POV Sam.

        Estava sentada no sofá da sala da minha casa, esperando o taxi.

        Fazia mais ou menos uns 15 minutos que eu havia chamado, e nada. Já estava ficando impaciente. Tomei um susto com o barulho de uma buzina.

        Peguei a minha bolsa, e sai de casa, atravessei o jardim e entrei no taxi. O percurso não era muito longo, sempre nos encontrávamos no mesmo restaurante.

        Assim que cheguei lá eu pude identificar o meu pai na mesma mesa de sempre, mas ele não estava sozinho. Ele estava com uma mulher de cabelos negros, ela aparentava ter uns 35 anos. Ela era bonita.

        -pai! – eu o chamei assim que me aproximei da mesa.

        Ele me olhou com aqueles olhos azuis.

        -Samantha – ele disse com um sorriso – eu quero te apresentar a Ester – eu a olhei, ela estava sorrindo pra mim.

        - nossa você é muito linda Samantha – disse a Ester tentando ser educada.

        - pode me chamar de Sam – eu disse suspirando.

         O resto da noite foi entediante, passei a maior parte do tempo segurando vela, ao que parece eles estavam namorando sério. Estava praticamente acabando a minha lasanha de presunto, não via a hora de ir para casa.

- Sam, eu preciso te contar algo importante- meu pai me disse segurando na mão de Ester, ele olhou para ela, e ela assentiu – eu sei que não tenho ficado muito tempo com você, mas vou me casar com a Ester e gostaria que você fosse ao meu casamento- ele disse com um olhar esperançoso.

        - pai eu odeio casamentos, se eu for eu vou vomitar e... – ele me cortou.

        - Sam, por favor, isso é algo importante – ele disse me fitando.

        - eu não prometo nada, vou pensar no seu caso – eu disse me levantando – acho melhor eu ir embora agora – eu falei já saindo. Parei um taxi e fui direto para casa.

        O que será que esta acontecendo com essas pessoas? Tomara que esse bicho estranho que se chama amor passe bem longe de mim.

        Assim que cheguei em casa tomei um banho e fui direto dormir, amanha tenho que ir para o meu inferno particular, a escola.

        Assim que cheguei na escola, vi a Carly em seu armário, assim que me aproximei dela o sinal tocou.

        - Shay – eu disse abrindo o meu armário.

        - Puckett, a ai como foi o jantar ontem, novidades? – ela me preguntou com a sua curiosidade de sempre.

        - não nenhuma novidade, só que a Melanie e meu pai vão se casar- eu disse revirando os olhos.

        - o que a Mel vai se casar? Isso é ótimo... - sinceramente como as pessoas podem achar um casamento ótimo, esse mundo esta perdido mesmo.

        - Carly o sinal já tocou, acho melhor irmos – na verdade eu não queria ir para a sala, eu só queria evitar falar sobre casamento.

        As três primeiras aulas passaram rápido, ponto pra mim. Já tinha percebido que esse recreio eu iria ficar sozinha. Então fui ate o meu armário e peguei um pouco de presunto e me sentei na escada

        Eu não prestava atenção nas pessoas em minha volta, estava muito ocupada com o meu maravilhoso presunto. Ate que senti alguém sentando ao meu lado.

        Me virei e vi o Freddie rindo.

        - ah, é você – eu disse entediada.

        - e ai, fazendo o que? – e ele perguntou me olhando.

        - nada – eu falei colocando o ultimo pedaço de presunto na boca – não era pra você esta com os seus amigos nerds? – falei tentando provoca-lo.

        Ele apenas revirou os olhos.

         - sabe em Guerra nas Estrelas eles ensinam o controle de mente jedi - ele falou sorrindo.

        - por favor, papo de nerd não – eu disse o olhando.

        - calma, você sabia que – ele respirou fundo – se eu chamasse você pra sair, você aceitaria, por causa do controle de mente jedi! – ele me encarava um pouco sério.

        - seja lá o que for isso, não funciona comigo – eu disse séria.

        - então o que você vai fazer hoje a noite? – ele perguntou arrumando o cabelo.

        - você... realmente...quer sair comigo? – eu perguntei confusa, ele querendo sair comigo? Isso era loucura.

        - sim Sam, eu aceito, que horas você vai me pegar? – ele disse sorrindo. Eu não podia acreditar nisso, eu realmente tinha caído nessa sua brincadeira sem graça.

        - me dê um bom motivo para não te matar agora – eu disse tentando controlar a minha raiva.

        - me desculpe – ele falou tentando não rir – mas eu posso te fazer uma pergunta?

        - você já fez – eu disse um pouco mais calma.

        - bom você me entendeu – ele disse revirando os olhos – você tem medo de sair comigo e se apaixonar de verdade? – ele me encarava intensamente.

        Eu não saberia responder essa pergunta, eu acho que era verdade, eu tinha medo de me apaixonar.

        Respirei fundo, e levantei.

        - bom eu acho melhor eu ir, e você deveria fazer o mesmo – eu disse subindo as escadas da escola correndo.

        Ainda escutei o Freddie me chamando, mas não dei a mínima atenção.

        Ele é só meu amigo!

        Essa aula agora eu teria com a Carly, ela me chamou para assistir o jogo do Tony que seria no fim da aula.

        Eu tentei recusar, mas ela me prometeu um pedaço de presunto. Eu não pude negar a sua proposta.

        Assim que acabou a aula nos fomos juntas para o campo da escola.

        Pude ver o Tony no campo, eles estavam jogando Beisebol, ele era do mesmo time que o Freddie.

        O time da nossa escola estava ganhando em disparada.

        Tony tinha acabado de marcar outro ponto para a nossa escola.

        Ele parou no meio do campo e mandou um beijo para a Carly.

        De repente ele caiu, todos no campo correram para saber o que estava acontecendo. A Carly me olhou angustiada.

        Então nos duas saímos correndo ate onde o Tony estava caído.

        Ele não se mexia, e nem aparentava respirar. A Carly começou a chorar. Eu não sabia o que fazer.

        Só queria uma coisa agora.

        Que o Tony ficasse bem, mas eu não sabia se isso era possível.