Ours Blood escrita por The Fallen Angel


Capítulo 13
Capítulo XII - Como ele foi gostar dela?


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi. Me desculpem pelo atraso, andei ocupada esses dias, mas agora eu tô de férias e vou postar todo dia se eu tiver criatividade. Obrigada por continuarem acompanhando.



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     Eu e Patch tínhamos praticamente nos beijado em todos os lugares da sala.

    - Aqui mesmo. – Ele disse sorrindo, enquanto me deitava no sofá e ficava por cima de mim. A sala estava uma bagunça, almofadas e alguns jornais no chão, a camisa de Patch jogada do outro lado da TV.

     Já tinha me vestido e estava sentada no sofá de três lugares, Patch ao meu lado devorando seu próprio lanche.

     Eu sorria o tempo todo, só de pensar nele, no riso, no olhar dele... Tudo parecia estar mais... Emocionante? Talvez. Parecia que agora eu tinha outro tipo de visão, eu apreciava tudo mais um pouco. Eu parecia ainda sentir os lábios de Patch em minha boca, todos os movimentos...

     - Saia comigo esta noite. – Ele disse de repente e eu me voltei para ele.

     - Hum... Não sei. – Fiz uma voz fingida.

     - Tudo bem, vou ter que encontrar outra companhia. – Patch deu os ombro e eu levei meu punho fechado com força até seu braço.

    Ele já tinha terminado seu hambúrguer, então pegou meu rosto com as duas mãos e me beijou.  Pude sentir um forte cheiro de cigarro, eu até já estava até acostumada, mas dessa vez o cheiro parecia estar mesmo impregnado.

     - Você fumou. – Afirmei e me afastei um pouco dele para poder olhar em seus olhos. Eu não tinha nada contra, mas desde um tempo para cá, o cheiro tinha sumido das roupas dele, o que permanecia agora era o leve perfume de hortelã.

     - Não, e eu não vou ao bar a mais de dois dias. – Patch fez uma careta, passou os braços por trás de meus ombros e me puxou de volta para ele.

    Respirei fundo, o cheiro parecia mais forte agora. Balancei a cabeça negativamente e voltei a olhar para ele, que ao perceber, logo se curvou para dar outro beijo.

     Nos nós beijamos por uns bons minutos, ou o quanto nossos pulmões agüentaram. Separei-me dele e vi seu cabelo loiro, olhos claros...

     Eric.

     Pulei para trás, contra o braço do sofá, soltando um grito que pareceu horripilante até para mim mesma, fechei os olhos por um segundo e voltei a abri-los. Patch me fitava com uma expressão meio em choque, ele tinha ficado de pé e ido em minha direção.

      - Anjo?

     Olhei para os lados como se fosse mesmo encontrar Eric escondido atrás da cortina ou em baixo da mesa de centro, senti que meu rosto tinha uma expressão apavorada, tentei me concentrar no que Patch dizia para mim, mas eu não estava mais com a cabeça ali.

      O que diabos tinha sido aquilo? Eric tinha mesmo dito a verdade quando falou sobre a atração? Se sim, eu não queria mais repetir aquilo, aquela sensação de tê-lo dentro de mim, mas de uma forma completamente diferente, era estranha.

      - Nora, o que aconteceu? – Eu finalmente pude ouvir Patch, minha cabeça latejava com o susto.

     Eu queria que mesmo em sonho, ou em minha mente eu sentisse nojo, repulsa, por beijar Eric, mas eu não sentia, e aquilo me incomodava muito.

    - Estou. – Respondi com um sussurro e me levantei do sofá.

     Patch olhou para mim, desconfiado e bufou.

    - Você está escondendo alguma coisa de mim. – Aquilo não tinha sido uma pergunta, e sim uma afirmação.

    E era mesmo verdade, eu estava escondendo muitas coisas dele, e não era uma coisa que eu poderia contar em um simples jantar de família ou num almoço de domingo, ele simplesmente me mataria se descobrisse tudo o que eu estava fazendo. Patch fazia de tudo para me proteger, cuidar de mim, e eu retribui aquilo do pior jeito possível que eu conseguia imaginar agora, ser a bolsa de sangue de um vampiro.

    - Não, não estou escondendo nada de você. – Menti na cara dura, minha voz saiu fina demais, e agora ele tinha certeza que eu estava escondendo.

    Tentei mudar de assunto.

    - Você disse que queria sair, não é? Vamos, então. – Puxei minha blusa para baixo e enfiei minhas mãos dentro do bolso do jeans.


                                                                    -v-



    Patch tinha me levado até Portland.

 Uma cidade mais á costa de Maine, estava ensolarada, mas isso não impedia que o vento frio uivasse e passasse forte pelos meus ouvidos. As pessoas se agrupavam de baixo de guarda sois floridos e coloridos na praia, alguns até se arriscavam no mar, onde as ondas estavam mais altas do que o costume.

    Eu estava com uma calça jeans clara e justa, um all star preto e uma blusa de manga longa roxa, que eu tinha dobrado até o cotovelo. Não tínhamos comentado o pequeno incidente, e eu fazia de para sempre termos assunto de sobra.

    Eu não queria pensar naquilo, eu não queria pensar em Eric. Fechei os olhos e encostei minha cabeça no ombro de Patch, que estava sentado ao meu lado, ele beijou minha testa. Cedo demais, ele se levantou do banco, eu cruzei os braços e fiz cara feia.

    - Aonde você vai?

    - Comprar alguma coisa para a gente comer. – Ele se justificou e deu um sorriso, um daqueles que me deixava com uma cara boba só de olhar. – Fique aqui.

    Antes dele se afastar, puxei o Ray Ban preto que estava em sua mão e coloquei em meu rosto, em troca Patch me deu outro sorriso de tirar o fôlego, então se virou e atravessou a rua até uma lanchonete que parecia estar explodindo de tanta gente.

    A praia á minha frente parecia estar bem divertida, crianças corriam de um lado para o outro e cada vez mais gente descia até lá, uma única pessoa vinha subindo a pequena escada que levava até a calçada. Uma mulher loira, branca e baixinha, vinha rebolando com um vestido branco, simples e um chinelo rosa. Quando sorriu pude ver que seus dentes da frente eram separados e feios, seu rosto tinha a mesma expressão de inocência e calma que uma criança também teria, ou pelo menos parecia.

    Ela passou por mim me olhando com uma cara séria e de repente parou de andar, se virou para mim e abriu a boca.

     - Nora Grey, não é? – A voz era infantil e cantada. A mulher apontou para mim e andou até parar bem a minha frente. Abriu um sorriso que mostrou todos os seus dentes.

     - Sim... – Parei por um instante observando-a, eu nunca tinha visto aquela mulher antes, eu me lembraria. – Eu te conheço?

     A mulher soltou um risinho.

     - Não, não. – Estendeu a mão em minha direção. – Sou Sookie Stackhouse.

   Congelei. Essa tinha sido a garota que destruiu Eric daquele jeito? O que ele tinha visto nela, para começar?

    Balancei a cabeça para me livrar desses pensamentos. Não, eu não pensava assim, desse jeito... Superior? Tudo isso era por causa do sangue de Eric, tudo era por causa do bendito Eric Northman, ele era assim, não eu.

     - Ah, desculpe. – Outro risinho. – Deve estar pensando “como essa louca me conhece?!”.

     - É, exatamente isso. – Disse, a mão dela continuava estendida e eu me levantei para apertá-la.

     - Eric me contou sobre você!

     - Contou ou você leu a mente dele? – Eu não sabia da onde aquilo tinha saído, aquela raiva toda, mas Sookie recuou um passo e agora sua expressão de criança não existia mais, em seu lugar tinha o rosto de uma mulher esperta pronta para contra-atacar.

     - Pelo o que eu entendi, você é a bolsa de sangue dele, agora. – Ela disse toda arrogante.

   Qualquer outra pessoa no meu lugar já teria pirado com toda essa fantasia de anjos e vampiros, mas aquela cena toda com a ex de Eric era mais divertida para mim do que qualquer outra coisa. A sensação de adrenalina e poder ainda continuava em mim.

     - E pelo o que eu entendi, você é uma puta que abre as pernas para todo o vampiro. – Soltei e logo depois abri um sorriso falso. Aquilo já tinha passado para o lado pessoal, mas eu ainda pensava em Eric ao falar.

     - Inveja por que o Eric prefere mulheres e não... Meninas?

    Por que ela estava falando aquilo para mim? Era ridículo ela querer se gabar de um homem que ela já havia perdido á tempos. Mulher arrogante, pensei.

     - Ele não liga mais para você. Devia sair de vez da vida dele. – Ótimo, agora até sem perceber eu defendia Eric.

     - E ele se importa com você? Quantos anos você tem? 14?

    Abri a boca para dar a resposta que ela merecia, mas tornei a fechá-la. Dei as costas a mesma e segui até a lanchonete do outro lado da rua em que Patch tinha desaparecido fazia alguns minutos. Sookie gritou atrás de mim:

     - Eu não tinha falado nada sobre você para eles!

    Voltei a encará-la, ela agora tinha um sorriso enorme no rosto, se aproximou de novo de mim, para poder sussurrar.

     - Sabe que se eu contar, coisas ruins podem de repente acontecer com você, não é? – Outro olhar divertido em seu rosto, me peguei fitando a calçada e mordendo forte meu lábio.

     - Eric disse que não poderiam me machucar, nem tomar meu sangue. – Falei baixinho, muitas pessoas passavam na calçada.

     - Só que não precisam te machucar para poder te afetar. – Ela mal tinha acabado a frase e eu já sai correndo em direção á lanchonete.

    Minha mãe chegava de viajem hoje a noite, e eu sentia arrepios só de pensar no que poderia acontecer com ela sozinha naquela casa no meio do nada com um monte de vampiros bravos tentado entrar.  




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Notas finais do capítulo

REVIEWS? REVIEWS?



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