POV Zayn:

Eu devo ser muito sortudo mesmo, pensei enquanto observava Nathani dançando comigo na pista improvisada na sala delas. Na verdade só ela dançava, porque eu ... Ah, eu estava ocupado demais observando-a. 

- Zayn, vuxe podi si mixe. - Ela disse, alterada por conta da bebida. 

- Dicupa mori, eu vo dança. - E ali ficamos por bastante tempo, tempo até demais porque o efeito de tudo que eu bebi já estava passando. A Nathi também demonstrava que estava lúcida, então esse era o momento. 

- Amor, você tá bebada? - Eu perguntei e as palavras sairam perfeitamente da minha boca, ou seja, nada de bebida alterando meu cérebro e embolando minha voz. 

- Oi? - Ela perguntou aumentando a voz por causa do som. - Que que você disse Zayn? - E só isso foi o bastante pra eu perceber que ela estava normal também. 

- Ah deixa pra lá, vem aqui. - Eu disse enquanto puxava-a pelo braço até um lugar mais calmo, abri a porta da cozinha e tinha uma escadinha que dava até uma varanda nos fundos, me sentei na escada e a puxei para sentar comigo. - Preciso conversar com você. 

- O que foi que eu fiz Zayn? 

- Sabe Nathi, eu sei que pode ser muito cedo pra eu falar tudo isso, e que talvez você nem acredite em mim, mas eu preciso falar.. Entende? - Ela assentiu com a cabeça, e eu respirei fundo antes de continuar. - Nathi, desde aquele dia em que a gente saiu e tudo eu só penso em você. Que poder é esse que você tem? Você me faz sentir milhões de coisas só se aproximando de mim, eu nunca imaginei que alguém pudesse me comandar em tão pouco tempo. O jeito que você sorri envergonhada e até seu jeito de dizer olá no telefone, o jeito que você me faz sorrir, e o jeito que eu posso ser eu contigo. Eu não preciso cantar, ou dizer: ah eu faço parte da banda do colégio, pra você ficar perto de mim. Eu preciso só ser eu mesmo, e eu gosto disso. Eu nunca fui de falar o que eu sinto, mas com você eu tenho essa necessidade. Eu quero estar perto de você, eu quero poder te ver sempre que a saudade apertar, eu quero poder cuidar de você. E eu sei, é cedo pra namorarmos e talvez você nem goste assim de mim. Mas eu queria que você soubesse que você mexe comigo, e que eu preciso de você. E não é pra você se declarar, ou falar nada. Só escuta Nathi. Eu vou saber esperar você, então.. Só não esquece. Ninguém nunca fez com que eu sentisse tudo isso que você faz. - Terminei e enxuguei uma lágrima que ousava em cair em seu rosto. 

- Zayn ... - Ela disse manhosa e enxugando as lágrimas. Mal esperei ela responder e a beijei. E senti tudo de novo, e era assim todas as vezes que nos beijavámos. Borboletas no estômago, e nada que me fizesse querer parar. Era só vontade de estar com ela, como se só fosse eu e ela. 

POV Nathi: 

Eu não sabia o que dizer depois de tudo que eu ouvi do Zayn, sabe. Ele ali, sentando do meu lado dizendo essas coisas tão lindas pra mim só me dava vontade de beijá-lo e o prendê-lo pra mim. Mas eu não posso me iludir, então para já com isso Nathani, para de beijá-lo e vai dançar. Não se apega não. 

- É, va-vamos entrar-ar Zayn? - Eu disse enquanto parava de beijá-lo. Ele me deu um selinho e se levantou estendendo as mãos para entrarmos. Eu não posso ficar com isso que ele me falou na cabeça, tá tudo tão recente ainda, eu não posso me apaixonar. Ele parece ser diferente, mas sinceramente, só palavras não me provam. Já sofri muito acreditando em tudo que me falam, então agora, o jogo é mais difícil, e eu estou no comando. Enquanto passavámos entre as pessoas vi a coisa mais estranha da minha vida, sério eu fiquei até com medo de não dormir. Niall fazendo a dança do acasalamento na perna de uma menina. 

- Niall!! - Eu ri muito, e me recuperei pra continuar. - Que que é isso menino?? 

- Sto querenu essa minina, maix ela é muitu dificil. Ei vuxe, qual seu nomi? - Ele disse olhando pra outra menina e largando da perna da pobre coitada e indo atrás da outra. 

- Louco muito ou pouco? - Eu disse rindo pro Zayn, e ele ria junto comigo. Pegamos uma bebidas e continuamos a dançar. Até que eu vi a Manu chegando igual doida, correndo com as mãos na cabeça e desesperada. 

- NATHANI! Achei vuxe. - Ela disse com uma cara de assustada, bebada até falar chega. 

- QUE QUE FOI DEMONIO? - Eu perguntei segurando para não rir da cara dela. 

- Achei qui vuxe tivessi mi deixadu aquie. - Ela disse e começou a chorar. Tadinha, bebada e depressiva. 

- Ô ser, a gente mora aqui esqueceu? - Eu disse e me sentei do lado dela. - Zayn, fica aqui que eu vou buscar agua pra ela. - Eu disse e me levantei. 

- Nathaniiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, venhasi aqui imediatiamenti. - O Louis disse, e eu fui. 

- Quê? - Perguntei. 

- Fiah, toma isso. - E ele me mostrou um copo de tequilla, eu peguei o copo e virei, ele apontou pra um limão com sal pra mim e eu fiz o que ele mandou. Tudo tava rodando e eu me assustei. 

- Vuxe mi drogo seu disgramentu, eu to murrendu, nussa, issu é uma loucurah, queru mais....... - Eu disse, já bebada, e ele virou minha cabeça e aí sim eu fiquei loucona. Voltei rapidamente pra onde a Manu estava e vi que o Zayn não estava mais lá. Catei no braço da Manu e ela tentou hesitar, mas eu não deixei. Eu comecei a andar e ela ria atrás de mim. Mas calma, ela não tava chorando? 

- Ondi nois vai? - Ela perguntou parando de andar. 

- Procurá o Zeine. Vamux logu. - Ela assentiu e eu continuei a puxá-la pelo braço. Parei quando minha vista começou a ficar embaçada, peraí. Eu posso muito bem estar bêbada mas eu não sou cega não. Peraí, aquele ali é o Zayn? Com a ... Fernanda? Ele tá sem blusa por quê? Oi? Que que tá acontecendo? - Manu, aquele ali é um zayn? - Eu perguntei enquanto tentava voltar ao normal, peguei uma garrafa de agua de um menino que passou do meu lado e bebi, taquei um pouco na minha mão e bati com ela no meu rosto. Bye bye efeito tequilla. 

- Peraí é ele sim amiga, maaix eu to bebadah, será qui é? - A Manu disse fixando os olhos nos dois para ter certeza. Deixei ela lá e fui até os dois. Bati nas costas do Zayn e ele nem olhou, bati mais uma vez e dessa vez com muita força, aposto que a marca da minha mão vai ficar ali. 

- Que que foi merda? - Ele disse enquanto se virava para mim, e eu só posso dizer uma coisa da cara dele quando viu que era eu, ele riu. Aham, o Zayn, o todo fofo que se declarou agora pouco está se agarrando com a Fernanda, e outra ... Rindo da minha cara. 

- Que merda é essa digo eu Zayn, que porra é essa? Tá brincando com a minha cara né? - Eu disse, séria. E me segurando pra não meter a mão na cara dele. 

- Seu viado, cachorro. - Ai merda o efeito do alcool tinha passado pra Manu e ela viu tudo. - Escuta aqui, ninguém faz minha amiga de troxa não. Seu ordinário. 

- Para Manu, deixa ele pra lá. - Eu disse me enfiando na frente dela antes que ela metesse a mão na cara dele. - Vamos. 

- Vai pra lá. - O Zayn disse enquanto me empurrava. Como assim? Esse garoto é bipolar ou o quê? 

POV Harry: 

- Borboletas, comu vuxes saum butinas, bunitas pur demaix, eu queru ter um relacionamentu cum vuxe. Mi deem beijus de fruta. Cor du luar, seu olhá mi faz delira. - E sim, esse sou eu conversando com a borboleta. Ou melhor, conversando com alguma coisa, porque não tinha borboleta aqui. 

- Harry, chega de beber né. Vamos, você vai dormir. - Daddy disse. Ou melhor, Liam. 

- Maix num vo mesmu, antis eu vu pega a brubuleta di jeitu. - Eu disse, e encontrei Manu. Puxei ela, e passei meu braço por cima do ombro dela. - Oi Manuxinha, tutu bem? 

- Harryyyyyyzuco, eaí vuxe quer biber? - Ela disse, bebada igual eu. 

- Nada de beber pra vocês dois, direto pra cama anda. - Liam disse enquanto nos empurrava escada a cima. 

POV Liam: 

Nada de sossego em festa, sempre tem alguém que eu tenho que cuidar. Andei em meio as pessoas procurando Harry, que sempre é o que dá mais trabalho e o encontrei falando com o nada. O nada que pra ele se chamava borboleta. E logo depois ele achou Manuela, bebada também, e isso não ia presta. Os levei para cima e achei um quarto, imaginei que era o da Manu pois vi a bolsa que ela vai pro colégio em um canto, e os taquei na cama. - Vai agora dorme. - Eu disse enquanto me levantava. 

- Cantah pla mim papusco. - O Harry disse e eu comecei a cantar uma música pra ele. Que vida, cantar pra bebado dormir.