Danger Line escrita por Larissa S


Capítulo 3
Desejo


Notas iniciais do capítulo

E ai, como vão, garotas? Aproveitando bastante as férias? Eu acabei de terminar o capítulo, e espero que gostem (tentem não odiar o Edward, pelo menos por enquanto, ok?) HAUSAHSUASHASUA
Bem, nos vemos nas notas finais! Boa leitura :D



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Ela estava com medo.

Isso era algo que eu poderia perceber mesmo que seu corpo não estivesse colado ao meu, o que me fazia sentir cada pequeno estremecimento que o percorria. Isabella – ou Kitty - como ela malditamente vinha insistindo para que eu me referisse a sua pessoa enquanto estivéssemos ali - podia ser passável mentindo com a boca, mas seus olhos me mostravam tudo o que ela estava sentindo... e naquele momento, ela estava completamente apavorada por ter sido descoberta, eu podia apostar cada centavo da minha fortuna nisso.

— O que te faz pensar que pode me tocar... dessa forma? - as palavras foram quase cuspidas, e ela tentou me empurrar, mas parou ao perceber que seria um esforço inútil - era isso ou a garota finalmente notou que eu estava excitado e que não era nada inteligente da parte dela ficar se esfregando em mim como estava fazendo.

— O que faz você imaginar que eu não posso fazer isso, querida? - minha voz tinha um falso tom doce, e eu me aproveitei do fato de ela parecer mortificada para nos afastar dali... algumas pessoas já começavam a observar, e a forma como aqueles idiotas olhavam o corpo dela estava parecendo um pouco predatória demais - eu conheço cada rosto nesse lugar... ou melhor, eu conheço os segredos mais obscuros de cada pessoa aqui. Poderia acabar com todos eles apenas dando alguns telefonemas... acredite em mim.

— E o que isso tem a ver comigo? Eu nem ao menos sei quem você é! - seus olhos pareciam queimar nos meus, e ela era tão pequena que chegava a ser engraçado vê-la tentando ser intimidadora... não que isso funcionasse, de qualquer maneira.

— É o que eu pretendo descobrir... o que diabos uma garota como você faz num lugar como esse? Sabe o quanto esses homens podem ser perigosos, não sabe? A maioria deles não se importaria de violentá-la... se é que é verdade o que diz sobre não ser como as outras. - eu estava com o rosto praticamente colado ao dela, e tinha encurralado-a contra uma das paredes pintadas de vermelho... aquela idiota me ouviria, mesmo que eu tivesse que forçá-la a isso.

— Eu sei de tudo isso, ok? - seu hálito fez cócegas em meu rosto devido a nossa proximidade, mas me obriguei a manter o foco no que ela dizia. Não era uma boa hora pra me deixar distrair pelos detalhes dela, que de alguma maneira pareciam me intrigar mais do que era saudável - e não se preocupe, eu sei me cuidar... nenhum desses homens nojentos jamais me tocou, e posso garantir que nenhum deles algum dia fará isso. Não que seja da sua conta, de qualquer maneira.- ela terminou a frase com um sorriso debochado, mas que não deixava de ser sexy, e, apoiando as duas mãos em meu peito, usou toda a sua força pra me afastar ao menos alguns centímetros - agora, se você puder me deixar em paz, eu realmente agradeceria. Preciso trabalhar.

— Não precisa ir longe, querida — mesmo que eu não conseguisse entender o porque, o fato é que o simples pensamento de um outro homem chegando perto dela me deixava possesso. Eu não a deixaria se afastar de mim, pelo menos não enquanto não soubesse o que a fazia servir mesas ali – você quer um cliente? Acabou de encontrar. Vamos lá, diga seu preço, estou disposto a pagar. Quanto quer pra ficar comigo essa noite, Bella?

Ela era forte.

Bom, pelo menos pra alguém que não podia ter mais que 50 quilos, aquilo podia ser considerado força.

Não sei porque, mas me atentei a este detalhe enquanto sentia meu rosto queimar. Eu acabara de levar um tapa na cara, e só Deus sabe porque, só conseguia sorrir enquanto olhava a pequena figura furiosa á minha frente.

— Quem diabos você pensa que é, Edward Cullen? - ela pronunciou meu nome com desprezo, e seus olhos verdes faiscavam nos meus. Ao que parece, eu acabara de conseguir irritá-la profundamente. E ela não fazia ideia de como eu estava adorando cada segundo daquilo.

— Deixe-me ver - massageei meu rosto enquanto empertigava-me em meu mais de um metro oitenta e a olhava de cima - um homem rico, numa boate que oferece sexo a preços exorbitantes? Já disse Bella, eu estou disposto a pagar quanto você quiser... apenas diga seu preço, sim?

—Eu. Não. Sou. Uma. Puta. - ela pronunciou cada palavra pausadamente, quase como se estivesse falando com uma criança que tem problemas de compreensão - e mesmo se fosse, não dormiria com você, Cullen. Eu aceitaria ser tomada por qualquer outro inútil que frequenta esse lugar... até mesmo por mais de um ao mesmo tempo. Todos menos você, entende? – o sorriso sumiu de meu rosto conforme os segundos passavam e eu compreendia o que ela estava dizendo.... Isabella tinha alguma noção do quanto era perigoso me desafiar? Se não, eu sabia que ela estava prestes a descobrir.

— Sinto muito desapontá-la querida - eu estava sorrindo debochadamente enquanto me aproximava e a via tentando recuar. Não que houvesse algum lugar pra onde ela pudesse fugir sem chamar atenção, o que claramente não queria - mas, se algum homem nesse lugar vai possuí-la algum dia, serei eu, entende? Nenhum deles ousaria tocá-la se ao menos sonhasse que você me pertence, Bella.

— Como assim “eu pertenço a você”? - ela estava oscilando entre ficar apavorada e tentar me enfrentar, aquilo era completamente perceptível - está drogado, ou só é mais idiota do que eu imaginei? Não sou uma mercadoria que você pode comprar!

— Está enganada - ela estava encurralada entre meu corpo e a parede, e a possibilidade de finalmente subjugá-la aos meus desejos era tentadora demais pra ser ignorada - eu posso comprar qualquer coisa... ou mesmo quem eu quiser, e sabe porque? Não só porque tenho dinheiro, embora isso ajude, mas principalmente porque eu não desisto... pode demorar, mas o que desejo sempre acaba em minhas mãos. - meus dedos se ergueram e tocaram a pele sensível do pescoço alvo que saltava a cada vez que ela respirava - E, nesse momento, não há nada que eu deseje mais do que você... na minha cama ou em qualquer outro lugar onde possa tomá-la - e então, antes que ela pudesse reagir, ou mesmo antes que eu pudesse raciocinar sobre o que diabos estava fazendo, eu a beijei.

Ela lutou contra mim. Seus braços estavam me esmurrando, e ela até mesmo tentou me morder, mas eu estava cego demais de desejo pra deixar que aquilo me parasse. Beijei-a profunda e incessantemente até a garota finalmente se render, e seus lábios se moldarem aos meus, enquanto ela deixava os braços caírem ao lado do corpo, em sinal de rendição... o que instantaneamente, fez com que eu diminuísse a intensidade da carícia, meus lábios se tornaram gentis, e eu pude finalmente apreciar o gosto único que ela tinha.

Não sei quanto tempo se passou antes que eu finalmente me afastasse para deixá-la respirar, e mesmo quando fiz isso, não permiti que ela saísse de meus braços, minhas mãos cravadas na cintura fina enquanto eu a via quase arquejando por ar.

— Sabe que não devia ter feito isso, não é? - ela me encarou, seus olhos um pouco mais escuros que o comum - não pode simplesmente agarrar uma mulher dessa maneira!

— Acalme-se, ok? Não vou violentá-la, se é isso que está pensando. Posso ser muitas coisas, mas estuprador ainda não faz parte da lista, Bella - o beijo parecia ter devolvido a minha capacidade de pensar com clareza, e te-la em meus braços me acalmava de uma maneira que eu jamais teria coragem de admitir.

— Mas você disse que... - ela aproveitou-se de um momento de distração para se afastar, e quando dei por mim, estávamos de novo numa parte iluminada do salão, com Victoria nos encarando com curiosidade. Ótimo -pensei, com amargura — isso era tudo o que eu precisava agora.

— Sei o que eu disse, Isabella, e não vou mentir, cada palavra era real. Você será minha. A questão é que eu não vou precisar forçá-la a nada, entende? Além do mais, gosto de pensar que as mulheres que acabam em minha cama estão lá porque admiram minha capacidade na hora do sexo, e não porque eu as forcei aquilo, entende? Nunca fiz isso, e definitivamente não pretendo começar com você.

— Isso é loucura - ela murmurou, enquanto eu observava Victoria andando em nossa direção. Não que ela realmente estivesse andando, a julgar pela forma como rebolava exageradamente os quadris, é claro - eu preciso voltar ao trabalho... Victoria já esta furiosa o suficiente... esqueça o que aconteceu, ok? Não vai se repetir.

Não respondi. Ela acabaria por entender que ninguém me dizia o que fazer, e que o que havia entre nós só acabaria quando eu decidisse que era a hora. Apenas sorri de maneira debochada enquanto a observava se afastar, andando de costas, nossos olhares ainda conectados.

— Edward? - a voz de Victoria me fez perder Isabella de vista, e eu tive que me conter pra não soltar um palavrão - Kitty irritou você? Ela é linda eu sei mas não... não é como as outras, se é que me entende.

— Não a chame assim, droga - virei meu corpo na direção da ruiva e a senti se encolher diante da seriedade contida em minhas palavras - esse “apelido” que você deu a ela me dá nojo!

— O que eu podia fazer? Ela não queria que ninguém nesse lugar soubesse como realmente se chama, então... espere ai, vocês se conhecem?

— Victoria, preste atenção no que vou dizer, porque não pretendo repetir: Aquela é minha mulher, e se eu ao menos sonhar que alguém aqui tocou nela, acabo com você e todo o seu negócio de merda sem nem pestanejar... certifique-se de que esses urubus manterão as mãos bem longe dela, ou com certeza eles não as terão por muito tempo - minha voz estava macia, mas eu podia ver que ela tinha entendido o recado.

— Ela... ela pertence a você? Oh Deus, Edward eu não fazia ideia! Jamais a teria contratado se imaginasse que... - ela estava lutando contra as palavras, e eu tinha voltado a procurar minha garota por entre a massa de corpos ao nosso redor – é que ela parecia tão desesperada por um emprego que eu...

— Cale-se - meu berro foi abafado pelo som da música alta que tocava no salão, mas Victoria pareceu petrificada de repente - apenas faça o que eu disse... e não despeça Isabella, pelo menos por enquanto. É melhor mante-la por aqui até que eu descubra como controlá-la. Vou embora, me ligue assim que ela sair daqui, sim?

Não esperei que ela respondesse, já estava andando pela multidão, enquanto meu cérebro trabalhava ferozmente, calculando meus passos dali por diante... Carlisle queria brincar, não é? Ele ia descobrir que eu era muito melhor naquele jogo do que podia imaginar.

— Jenks? - sem me importar com o adiantado da hora, comecei a dar ordens, esperando que o maldito detetive estivesse consciente o bastante pra fazer o que eu estava mandando rapidamente -  preciso que você descubra tudo o que puder sobre uma garota chamada Isabella... ela trabalha na lanchonete do centro e na boate de Victoria.

— Isabella? Não sabe qual o sobrenome da garota, Edward? E por que diabos quer que eu comece uma investigação as 3 da manhã? - a voz dele estava grogue, e eu tinha certeza de que o tinha irritado. Não que me importasse.

— Se eu soubesse mais sobre ela, não estaria te ligando, estafermo! E dai que são 3 da manhã? Seus honorários não o estão deixando satisfeito, por algum acaso... boa sorte em encontrar alguém que pague mais pela merda de serviço que você faz! - apertava o celular com tanta força entre meus dedos, que era surpresa ele ainda estar inteiro - você tem duas horas, nem mais um segundo.

Os seguranças da boate me olhavam com curiosidade, e eu, como era comum, ignorei-os totalmente, enquanto arrancava dali cantando pneus. Mesmo que me recusasse a admitir, aquela mulher tinha alguma espécie de poder sobre mim, e depois daquela noite, eu havia decidido que desfrutaria dela até saciar todos os meus desejos.

Bella era pura tentação, e mesmo que ainda tentasse lutar contra, pertencia a mim.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam do capítulo? Algum palpite sobre qual o papel que a Bella desempenhará no "jogo" entre o Edward e o Carlisle? Façam suas apostas, vou adorar ler cada uma delas!
Gostaram do beijo? Me contem nos comentários, a gente se vê por lá!
Beijos e até o próximo post!