POV Stefan

Quando Elena se transformou em vampira senti que tinha algo errado, mas nunca me passou pela cabeça o que ela me contou semanas depois, fiquei arrasado, porém em nenhum momento senti raiva ou culpei meu irmão tanto que fui atrás dele e contei o que tinha acontecido.

Dias depois de ter me encontrado com Damon, Katherine apareceu na minha porta, no inicio odiei a presença dela e fazia de tudo para ela ir embora só que ela não desistia e tentava a todo o custo me seduzir.

Até que uma noite após uma bebedeira acabei dormindo com ela, no dia seguinte as coisas meio que voltaram ao normal, passava praticamente o tempo todo brigando com ela, mas no final sempre terminávamos na cama.

Com o passar do tempo comecei a ver a Katherine por quem eu tinha me apaixonado quando ainda era humano, com tudo que ela havia feito tinha me esquecido das coisas boas nelas.

O seu sorriso que quando não era aquele falso ou sarcástico era lindo, o seu alto astral as pequenas coisas verdadeiras que pouquíssimas vezes ela demonstrava.

Lembro muito bem uma vez de ter a acusado dizendo que nada daquilo tinha sido real, pois ela me compeliu e ela disse que só me hipnotizou depois que eu soube que ela era uma vampira e eu já estava apaixonado, na época estava com tanta raiva dela que não quis admitir que fosse verdade. Eu tinha ficado com tanto medo quando descobri sua verdadeira natureza que tentei fugir então ela usou a compulsão dizendo que eu não precisava temê-la.

Agora eu sabia que nunca amei Elena de verdade, quando a conheci o que me atraiu nela foram as suas qualidades, resumindo ela era tudo que eu queria que a Katherine fosse, altruísta, bondosa entre tantas outras coisas.

Hoje eu finalmente havia entendido que se eu amava Katherine eu tinha que aceita-la como ela é realmente, a mesma vadia mentirosa, egoísta e manipuladora como eu gostava de chamá-la, afinal eu a conheci assim e não deveria tentar mudá-la. Mas eu deixei bem claro se ela queria ficar comigo nada de mentiras e nem tentar me manipular o resto eu poderia conviver.

 A maior diferença entre Elena e Katherine é que a primeira preferia morrer para salvar as pessoas que amam e a segunda faria qualquer coisa para sobreviver e eu não posso culpar a Katherine por isso, apesar de não concordar com seus métodos.

Katherine passou praticamente toda a vida fugindo de Klaus e morria de medo dele e foi esse mesmo medo que eu vi em seus olhos quando descobriu que ele ainda estava vivo e a poucos metros de nós.

Ela estava tão apavorada que nem esperou a Elena ligar para a Bonnie para saber o que aconteceu e foi direito para o nosso quarto.

Quando o telefonema acabou, Caroline já tinha ido para o quarto há algum tempo, Damon e Elena se sentaram no sofá com um ar distante e como eu não tinha mais nada o que fazer aqui eu resolvi subir para o meu quarto para ver como Katherine estava.

Assim que abro a porta vejo uma mala em cima da cama e Katherine jogando várias roupas dentro dela de qualquer maneira.

- O que você está fazendo? – Perguntei o obvio.

- Arrumando nossas malas, precisamos ir embora imediatamente. – Continuou jogando as roupas na mala sem se quer olhar na minha direção.

- Eu não vou a lugar nenhum.

Parece que chamei sua atenção, pois ela parou o que estava fazendo e olhou nos meus olhos.

- Se ficarmos Klaus vai nos matar, podemos ir numa direção e Damon e Elena em outra assim temos mais chances de escapar.

- Você já está fugindo há muito tempo, não está na hora de enfrentarmos Klaus e nos livrarmos dele definitivamente?

- Para que perder nosso tempo Stefan? Se o Klaus morrer nós também morremos, a única coisa que conseguiremos é antecipar a nossa morte.

- Cadê a Katherine que eu conheço? Aquela que nunca desistir de conseguir o que quer. Não vai nem tentar?

- É de Klaus que estamos falando, não temos a menor chance contra ele, à única opção é fugir. - Fez uma pausa. – Se você não for comigo eu vou sozinha.

- Você não pode fazer isso. – A minha firmação a deixou extremamente irritada.

- Quem vai me impedir? – Correu em minha direção e me prendeu na parede pelo pescoço.  - Você?

- Não. – tirei sua mão do meu pescoço calmante. – Mas fique sabendo eu já te perdoei uma vez por ter fugido, se você sair por aquela porta não vai ter um segundo perdão. – Disse olhando no fundo dos seus olhos.

O que disse teve o efeito esperado, pois ela relaxou e foi em direção a cama e se sentou.

- Você não entende Stefan. – Deu um suspiro – A única razão de eu ter sobrevivido todo esse tempo, foi as minhas constantes fugas.

Aproximei-me dela e agachei na sua frente.

- Como você mesmo disse não podemos matar o Klaus. Você pretende fugir para sempre?

- Se for isso que vai me manter viva. Sim.

- Vamos fazer o seguinte. – Segurei suas mãos. – Vamos ficar, se as coisas piorarem muito nós iremos embora, mas apenas no último caso. Tudo bem?

- Tudo. – Disse se rendendo.

Levantei-me sentei no seu lado e a abracei. Ficamos por alguns minutos assim. Apesar de ela ter concordado eu ainda tinha medo dela mudar de ideia, afinal ela era Katherine e ir embora no meio da noite sem avisar era bem a cara dela. Eu tinha falado sério quando disse que não a daria mais uma chance, e esperava sinceramente que ela cumprisse o que prometeu.