Niall Pov

Estava ansioso para ir buscar Sophie em sua casa, ia levá-la à um lugar que eu particularmente gosto muito, e acho que é um ótimo lugar para eu finalmente falar o que sinto por ela, já que é calmo. Só nós dois. Preparei uma surpresa com os meninos para conseguir surpreende-la, torcendo para dar certo e para que nenhum fotógrafo nos veja, da mesma forma que nos viram quando estávamos no parque andando à cavalo. Tive que mentir sobre isso, dizer à eles que não houve nada e que éramos apenas amigos, mas Sophie ainda não foi informada dessa mentira. Eu não tenho vergonha que me vejam com Sophie, só não quero que isso atrapalhe a vida dela: os paparazzi são realmente chatos. Foi sorte não terem nos visto em outras ocasiões, e de no dia do show quando desci ao palco para abraça-la, seu rosto não ter ficado claro em nenhuma foto.

Já estava tudo pronto: os meninos estavam no lugar combinado e eu estava indo buscar Sophie, tão nervoso que minhas mãos começaram a suar e meu coração, a  acelerar.

- Hey Niall, como você está? – perguntou Josh me cumprimentado ao abrir a porta.

- Meio nervoso – ri, ao responder.

- Sophie também está – riu – entra ai, ela já vem.

E lá estava ela, maravilhosa como sempre, andando com passos lentos, de cabeça baixa e sorrindo timidamente. Aquela era a visão mais linda de todas; eu conseguia vê-la em câmera lenta, vindo diretamente à mim.

– Você está maravilhosa, como sempre. – afirmei, levantando a sua cabeça e beijando sua mão.

– Obrigada – agradeceu – E então, aonde vamos?

– Surpresa, só quando chegarmos lá é que vai descobrir.

Na hora, o meu coração disparou, eu não sabia mais o que fazer ou o que falar. Só queria ficar admirando sua beleza. Enquanto estávamos no carro, eu segurava sua mão toda vez que eu não estava trocando a marcha, a olhava freqüentemente, e toda vez que eu fazia isso, ela sorria, arrumava o cabelo e disfarçava o olhar para o chão do carro. Ela não deve ter noção de quanto isso faz ela linda, e era por esse e outros motivos de eu a querer tão desesperadamente.

Estávamos quase chegando ao tão esperando local. Sophie estava nervosa, eu podia ver em seus olhos, o que me agonizava cada vez mais; eu sentia ela apertar a minha mão, e era, de certo modo, a coisa mais fofa do mundo. Minhas mãos estavam suando e meu coração... Parecia que ia parar. Era um sentimento tão bom que nem palavras podiam explicar. Só mais alguns minutos e chegaríamos. Fiquei aliviado em receber uma mensagem de Liam: ‘ Já estamos aqui, e está tudo pronto. Estou animado!’.

- Já estamos chegando? – perguntou Sophie, com a voz trêmula.

- Já, é logo ali! – afirmei estacionando o carro.

- Niall... voc...você está brincando, não é? – ela exclamou, espantada.

- Não – ri – vem – a ajudei a descer do carro.

- Niall, é lindo, você deve ter gasto uma fortuna nisso, eu não posso ir. – falou, recuando.

- Sophie, não importa o quanto eu gastei, eu fiz isso para você e por você – segurei sua mão novamente – Eu prometo que você não vai se arrepender!

- Eu confio em você

Fui guiando Sophie pelo píer até chegarmos ao iate. Os meninos já estavam lá nos esperando, mas logo após a surpresa eles iam sair, para que eu pudesse ficar a sós com Sophie, ou quase, pois tem o capitão e o garçom do iate. Ajudei-a a subir, e subi logo depois.

- Você é louco, irlandês – riu.

- Sim, louco por você – sorri, dando um beijo em sua bochecha.

Levei Sophie para a proa do iate e lá estava: uma mesa à luz de velas, como eu tinha planejado. Meu coração só acelerava, cada vez mais e mais; o frio na barriga e a adrenalina tomavam conta de mim. Levei Sophie até a mesa e puxei a cadeira para ela sentar.

- Obrigada – agradeceu, se arrumando a cadeira.

- Princesa, eu já volto, só um minuto.

- Claro, mas não demora.

- Não vou.

Fui até o quarto onde os meninos estavam e perguntei se já estava tudo pronto, e aparentemente estava sim: todos estavam com paletós brancos e com uma rosa no bolso, como eu havia pedido.

- Vocês estão lindos – ironizei.

- Eu sei! – Harry, o convencido.

- Podemos ir? Estou animado para isso! – Liam quase pediu.

- Vamos! – peguei meu violão e fui para a proa.

Comecei a tocar as primeiras notas da música ‘What Makes You Beautiful’ e cada um dos meninos foi entrando e cantando para Sophie:

-          You're insecure, don't know what for. You're turning heads when you walk through the door! Don't need make-up to cover up, being the way that you are is enough… - cantou liam, pegando Sophie pela mão e a levantando da cadeira, dando à ela, sua rosa.

-Everyone else in the room can see it, everyone else but you ..’ – foi a vez de Harry, girando-a e entregando a rosa.

-          Baby you light up my world like nobody else, the way that you flip your hair gets me overwhelmed, but when you smile at the ground it ain't hard to tell, You don't know oh oh! You don't know you're beautiful. If only you saw what I can see, you'll understand why I want you so desperately. Right now I'm looking at you and I can't believe you don't know oh oh, you don't know you're beautiful oh oh, but that's what makes you beautiful… - fizemos uma só voz.

E foi assim até chegar a parte solo de Harry, que dessa vez não foi ele quem cantou.

-Baby you light up my world like nobody else, the way that you flip your hair gets me overwhelmed, but when you smile at the ground it ain't hard to tell, you don't know oh oh, you don't know you're beautiful. – cantei para ela, só separado de seu corpo pelo violão.

Eu vi aqueles olhos cheios de lágrimas e aquele sorriso perfeito e isso só me dava mais vontade de tê-la em meus braços. Após acabarmos de cantar, Liam pegou o meu violão e me entregou um leprechaun de pelúcia, que eu iria dar para Sophie.

- Boa sorte, te amo pequenino – Liam segurou meus ombros.

Logo após os meninos descerem do iate, me proximei de Sophie e o capitão deu partida.

- Niall... – ela disse, pegando o boneco.

- Eu falei que você não ia se arrepender – sequei suas lágrimas.

- Ele é lindo, obrigada – agradeceu timidamente e riu.

- É para você nunca se esquecer de mim. – coloquei a pelúcia na cadeira e arrumei seu cabelo – Eu estou tentando te falar uma coisa desde ontem, mas eu não consegui, então, como prometido... – sorri, segurando em suas mãos .

- Sim? – estava acanhada.

- Eu estou... – fiz uma pausa e ri – Completamente... – fiz outra pausa...

- Porque não pega um atalho? – ela perguntou, rindo.

- Apaixonado por você! – afirmei .

Não falei mais nada e Sophie não expressava reação. Coloquei uma mão em sua cintura e a outra em sua nuca, e nós estávamos prestes a nos beijar: naquele momento eu pensei que tudo ia dar certo, mas pensei errado. Quando nossos lábios estavam quase se tocando quando começou a chover.

- Niall! – disse Sophie, olhando para cima e rindo

- Não chuva, você não vai estragar! – olhei para cima e, em seguida olhei para Sophie e ri.

Finalmente segurei Sophie em meus braços e a beijei. Eu não tinha mais coração, ele tinha explodido de tanta emoção; eu estava arrepiado e todo molhado, mas não importava, só não queria largar Sophie naquele momento. Nosso beijo tinha uma sincronia perfeita, até chegarmos ao selinho.

- Eu esperei tanto por isso – sorri, encostando minha cabeça na sua e quase a beijando novamente.

- Eu também estou completamente apaixonada por você Niall – Sophie me deu outro selinho.

Ficamos abraçados por um tempo, só trocando caricias, olhares e beijos, até que parou de chover e fomos nos secar.

- E agora? Eu vou ficar doente se eu ficar com essa roupa molhada – reclamou.

- Anne deixou uma roupa na cabine para você, vai lá se trocar, vou te esperar na mesa – a agarrei e a beijei.

- Lindo, obrigada! – agradeceu, entrou na cabine e foi se trocar.

Eu me sequei rápido, troquei de roupa e fui esperar Sophie na mesa que já estava com toalha, pratos, talheres e velas trocadas. Encostei na ponta na proa e olhei para frente, tentando ver se não havia nenhum paparazzo, e aparentemente não, a não se que ele esteja em um submarino no meio do oceano. Eu só conseguia pensar no beijo de Sophie, eu ainda o sentia em meus lábios e me arrepiava só de pensar, ele era perfeito.

- Como estou? – ela sorriu e girou.

- Maravilhosa como sempre, e eu não canso de dizer isso – a segurei pela cintura e a beijei.

Ela estava com um vestido florido maravilhoso, estava parecendo uma boneca de tão perfeita que estava. Naquele momento, me sentia o cara mais sortudo do mundo por conseguir uma mulher tão perfeita quanto Sophie, agradeço milhões de vezes por Deus ter colocado ela na minha vida tão rapidamente.

- Sophie... – sussurrei em seu ouvido.

- Fala – sussurrou de volta.

- Eu estou com fome, vamos comer? – ri.

- E o que temos para o jantar?

- Pizza! – sorri e fiz careta.

Sentamos à mesa e devoramos uma pizza. Sophie era magra, mas tinha um apetite do tamanho do meu. Um dos motivos por eu gostar dela: não gosto de meninas frescas que ficam se preocupando com o peso, Sophie era perfeita para mim, honesta, carinhosa, fofa, romântica, simpática e muito atenciosa, cada detalhe era único. Logo após terminarmos de comer, sentamos em um sofá na polpa do iate e curtimos o passeio no meio do oceano tranquilamente e sem ninguém por perto. Eu beijava Sophie a cada minuto, já que não queria perder nem um minuto desse momento.

- Nunca vá embora, por favor – implorei, olhando nos olhos de Sophie.

- Eu não vou, prometo – ela me beijou, e comecei a chorar.

Eu não estava conseguindo conter minhas emoções: eu queria tanto que este momento acontecesse. Agora eu sei o que uma fã sente quando a abraçamos, é um amor inexplicável, um sentimento tão forte que não cabe dentro do nosso coração, por isso nos expressamos com lágrimas.

Já estávamos quase chegando a Londres novamente, já estava tarde, e eu tinha que deixar Sophie em casa.

 Sabe, os meninos sempre falaram para eu me divertir mais e ficar com mais garotas, mas eu não gosto disso. Eu gosto é de esperar a minha princesa, e finalmente, o meu conto de fadas está bem ao meu lado, valeu a pena esperar – beijei sua testa.

- Porque você é tão perfeito, irlandês? – ela sorriu.

‘- Eu não sou perfeito, sou cheio de defeitos, e posso te dizer que eu sou intenso e falo sério em cada palavra que disse sobre você, mas... – minha voz tremeu.

- Mas o quê?  

- Sophie, olha... eu realmente estou apaixonado por você, mas eu não quero que a sua vida vire uma bagunça com paparazzi e repórteres, então, não conte isso que está acontecendo conosco para ninguém. – sentei e segurei em suas mãos, quando estávamos chegando ao píer de Londres

- Como é que é? – Sophie levantou, indignada.

- Olha, me desculpa. Por favor, não fique brava, eu só não quero que eles te persigam e me persigam, não vai ser bom para a minha turnê e seria uma loucura – levantei.

- Não vai ser bom para a sua turnê? Uma loucura?

- É, porque eu sou Niall Horan e você é uma garota comum, até é por isso que estou supostamente com a Demi Lovato – desci do iate.

- Eu não acredito que você foi capaz de fazer isso, eu realmente pensei que você fosse diferente! Em uma hora você diz que eu sou maravilhosa e na outra tem vergonha de ficar comigo! – ela também desceu.

- Não, Sophie, não estou, eu gosto de você. Eu só não quero que os fotógrafos e repórteres destruam a sua vida.

- Eles não precisam fazer isso, você já fez! – Sophie virou as costas e saiu andando sem rumo algum.

- ESPERA SOPHIE! Eu te levo para casa!

- PARA QUE? ME VEREM COM VOCÊ? Não obrigada, eu me viro. – Sophie pegou o leprechaun que eu tinha dado para ela e me devolveu – Eu não quero mais isso, eu não quero lembrar ou ouvir sobre você – virou as costas e saiu andando.

Aquilo me destruiu por dentro, eu ficava andando em círculos sem rumo e sem saber o que fazer. Sentei no asfalto, abaixei a cabeça e o que me restou fazer foi chorar, olhando o boneco de pelúcia que eu tinha dado para Sophie, e que já estava com o perfume dela. Aquilo era como uma flechada no meu coração, mas eu estava fazendo o que era melhor para nós.