– Inspetora Parker? Gostaria de me acompanhar até o parlamento? - convidou Holmes se levantando do sofá.

– Bem, não acho que seria uma boa opção. Devo ficar na casa investigando outros detalhes.

– Eu insisto. Por favor, Catherine Parker, eu realmente preciso da sua ajuda, mas não é somente para investigar.

– É para o que, então? - perguntou Catherine, impaciente.

Ela não queria ir ao parlamento com ele. Ela não queria chegar perto dele. Ela não queria nem conversar com ele.

– Preciso de um disfarçe e você faz parte dele. - respondeu.

– Watson não pode fazer parte desse disfarçe?

– Não, ele já tem outra função.E, a propósito, temos que investigar isso juntos. - disse destacando o "juntos".

Catherine Parker revirou os olhos e respirou fundo.

– Tudo bem, eu vou. - respondeu. - Que "função" eu tenho?

– Bem, o Watson será o futuro membro parlamentar, e nós estamos o acompanhando. Digamos que ele é meu irmão. E você será a minha esposa.

Catherine arregalou os olhos.

– Fique calma, Inspetora Parker, dará tudo certo. - Tranquilozou-a Holmes. Infelizmente, foi uma tentativa em vão.

Mas ela não se importava se iria dar certo ou não, ela não queria fazer esse "papel". Mas ela tinha que demonstrar que não estava se importando com ess situação, então ela se levantou sem dizer nenhuma palavra. Holmes se levantou também e em seguida, Watson.

– Bem, como vocês vão para o parlamento, vou pedir para as minhas empregadas prepararem o jantar. Não demorem, já são sete e meia! - disse a Sra. Denovam se levantando.

– Senhora Denovam, como poderíamos ir ao Parlamento? - perguntou Watson.

– Que indelicadeza a minha! Perdoem-me. - disse. - Gerald irá levá-los de coche.

Dizendo isso, Gerald apareceu na sala e disse para a Srta. Parker, Holmes e Watson seguirem-o até o coche dele.

Dentro do coche, eu e Watson nos sentamos de frente para Holmes.

– Srta. Parker, espero que saiba que essa investigação também é secreta. - complementou Holmes.

– Eu sei sim, é claro. - respondi.

– Então... Watson, você será Thomas Marsh, um pretendente para ocupar a vaga de James Denovan, e eu e Catherine Parker seremos Jonathas e Ivie Marsh. E eu serei seu irmão, caso perguntarem. - disse Holmes para Watson.

– Quer dizer que a vaga de James Denovam está aberta? - perguntou a Inspetora .- Perdão, não deu tempo para eu ler o jornal.

– Sim, a vaga deles está aberta. Mas se eles não conseguirem, um membro do parlamento irá ocupar a vaga de Denovan. - respondeu Holmes.

– Quer dizer que ficaremos lá para espionar também? - perguntou Catherine.

– Mais ou menos. - respondeu Holmes.

– Mas já não está tarde para o assassino ou sei lá tentar a vaga? - perguntou  Catheine novamente.

– Os culpados são sombrios, eles sempre escolhem a hora em quese há menos gente para realizar seu plano ou algo parecido. - respondeu Holmes com um sorriso sombrio no rosto.

Eles continuaram o restante da viagem em silêncio. Catherine tinha a sensação de que algo vai dar errado, muito errado, mas preferiu ficar em silêncio.

Quando chegaram em frente ao parlamento, Gerald os deixou lá e foi embora. Catherine enganchou o braço no de Holmes hesitantemente (fez de tudo para parecer normal) e depois, finalmente entraram. Na recepção, foram guiados para ficar na minúscula sala de espera, onde havia um casal. Catherine ficou desconfortável por ter que fingir ser a "esposa feliz de Jonathas Marsh". Holmes, percebendo seu desconforto, começava a sussurar no ouvido de Catherine para ela relaxar, mas isso só a deixava ainda mais desconfortável.

De repente, o casal foi chamado e eles entraram na sala, nos deixando sozinhos, finalmente. Quando eles entraram na sala, automaticamente, o braço de Catherine se desenganchou do de Holmes e se afastou uma considerável distância de Holmes.

– Senhorita Parker, poderia saber o que aconteceu? - perguntou Holmes sussurando.

– Nada, é que eu não estou acostumada com esse tipo de desfarce. - E não completou que o ódio dela por ele aumentou ainda mais por causa desse disfarçe ridículo.

Ele assentiu e logo foi conversar com Watson. Depois de um tempinho, a porta se abriu, e ele puxou braço de Catherine, a fazendo enganchar nele, novamente. O casal saiu de lá, sorridente e logo, o trio foram chamados. Catherine e Sherlock se levantaram em sincronia e Watson se levantou e já foi entrando na sala, enquanto Holmes e Catherine entravam por último.

– Sentem-se, por favor. - disse o homem. - Sou Sullivan. George Sullivan. Muito prazer.

E então, cada um deles chacoalhou a mão de cada um e começou:

– E então, quem aqui pretende participar do parlamento?

– Meu irmão, Thomas. - respondeu Holmes.

Sullivan sorriu e começou a interrogar Watson, o perguntando sobre o que ele sabia sobre política, etc. Quando acabou, o trio saiu do parlamento e esperou até que ele fechasse. Ninguém mais havia entrado. Quando ele fechou, o relógio deu onze badaladas, o parlamento fechou.

– E então, você conseguiu perceber alguma coisa? - perguntou Holmes.

– Eles estão desesperados por alguém que possa substituir Denovan. - respondeu Catherine.

– Também percebi isso. - respondeu Holmes.

– Mas Holmes, não conseguimos perceber nada além disso. Teríamos que nos infiltrar no parlamento para descobrir algum suspeito, não é? - confirmou Watson.

– Sim, e é você quem irá fazer isso, Watson. - respondeu Holmes.

De repente, um homem todo de preto aparece atrás do trio.

– Vou perguntar uma vez só: O que estão fazendo aqui e quem são vocês? - perguntou o homem.

Eles viraram e ficaram estáticos estáticos.

–