Doce Londres escrita por Diinh Oliveiraa


Capítulo 18
O Bouquet


Notas iniciais do capítulo

Então, gente, esse capítulo ficou um pouquinho maior em compensação com os últimos. Postarei mais um capítulo mais tarde.



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– Eu gostaria que você me ajudasse a fazer uma coisa, mas para isso, você tem que estar á favor do que eu pedir.

- Vamos descobrir se eu sou ou não á favor do que você me pedir se você me contar. - respondeu Catherine, expressando que o que ela disse era óbvio.

- Bem, eu gostaria que você me ajudasse a convencer Holmes para não ir para Manchester. E gostaria também que você concordasse com isso.

A Inspetora pareceu surpresa.

- Bem... - começou Catherine hesitante. - Não sei. Não sou eu quem dita as ordens aqui, e devemos ir para Manchester investigar esse caso de uma vez por todas. A Inglaterra está em nossas mãos.

- Eu sei, mas tenho certeza de que vocês podem investigar aqui, em Londres! - a mulher parecia desesperada.

- Mas porque você quer que não investiguemos em Manchester?

A mulher ficou sem graça com a pergunta inesperada.

- É... Bem... É um motivo que eu, supostamente, não poderia contar. - respondeu Elisa, hesitante.

- A senhora quer que investiguemos o caso ou não?

- Senhorita Parker, estou esperando uma resposta sua! 

Catherine Parker deu um suspiro e respondeu:

- Não. Eu não estou á favor, Senhora Denovam.

Após responder, a Inspetora deu meia volta e retornou a presença de Sherlock Holmes e John Watson, deixando Elisa Denovam estática, apenas pensando em seu plano que acabara de se arruinar.

Catherine Parker não esperava isso de Elisa Denovam, apesar dela ser um dos principais suspeitos. Havia alguma coisa que ela estaria escondendo dos nossos investigadores.

- Holmes, devemos partir agora. - disse Catherine olhando para Holmes em um olhar de súplica e dando ênfase no "agora".

- É verdade... - respondeu Holmes franzindo o cenho. - Já está tudo pronto, Watson?

- Claro que sim, Holmes. - respondeu Catherine.

- Todos têm dinheiro suficiente para irmos á Manchester? - perguntou Holmes, novamente.

- Creio que sim. Além do mais, não pretendemos gastar muito em Manchester. - respondeu Watson.

- Fale por si mesmo, Watson. - comentou Holmes olhando para Catherine, que revirou os olhos e cruzou os braços.

- Vamos parar de rodeios. A Inglaterra não pode esperar. - disse Catherine indo até o portão da casa, sendo seguida por Watson e Holmes.

Watson abria os portões enquanto Catherine observava Elisa Denovam, que estava sentada na grama de seu jardim.

Após saírem da mansão Denovam, Holmes e Watson conversavam alegremente sobre qualquer coisa, com exceção do caso que estavam resolvendo. Catherine estava olhando a paisagem em sua volta e tendo um dejavú sobre sua infância, onde sem lembra de ficar deitada entre as flores, principalmente os lírios, e olhava as nuvens do céu azul inglês.

Quando chegaram à estação de trem, Watson comprou sua passagem (de primeira classe também) e ficaram esperando para partirem.

- Bem, enquanto a hora de partirmos não chega, devemos ficar esperando. - concluiu Watson após chegar à presença de Holmes e Catherine, que foi após comprar sua passagem.

Catherine olhou ao seu redor e viu um funcionário da estação lhe chamando fazendo gestos e com um bouquet de rosas azuis e rosas na mão. Ela olhou para Holmes e Watson, que conversavam alegremente, e preferiu não interromper a conversa e ir até o rapaz que lhe chamava. Cada passo que dava, chamava a atenção das pessoas ao seu redor. Quando finalmente estava frente á frente com o funcionário, que deu um suspiro passou sua mão em seus cabelos cacheados e loiros.

- Me pagaram para lhe dar este bouquet, senhora. - pronunciou o rapaz.

Catherine deu um sorriso e pegou as rosas.

- Oh! Quem me mandaria um bouquet tão lindo desses? - perguntou Catherine cheirando as rosas.

- Não tenho permissões para lhe dizer isto, senhora. - respondeu o rapaz, acanhado.

- Por um acaso, recebeste algum xelim por este favor? 

- Sim, senhora. Recebi cem xelins.

Com esta informação, Catherine pode concluir que seu "admirador secreto" é um rapaz magnata. Deu um sorriso fraco e se voltou ao rapaz:

- Obrigada.

- Não há de quê, senhora. Tenha um bom dia. - respondeu o rapaz saindo. Catherine fez o mesmo.

Quando chegou na presença de Holmes, deu um suspiro e sorriu.

- Oras, por que está sorrindo? E quem lhe deu este bouquet? - perguntou Holmes.

- Por favor, Holmes! Não seja tão ignorante! - exclamou Watson.

- Recebi este bouquet de, digamos, um admirador secreto magnata. - respondeu Catherine.

Watson assobiou e Holmes arqueou as sobrancelhas.

- Mas estamos sendo vigiados, Inspetora Parker! Pode ser um dos sujeitos que estejam nos espionando! - exclamou Holmes.

- Por favor, Holmes! Eu tenho todo o direito de receber flores de admiradores secretos!

- Já vai começar... - reclamou Watson.

- Não estou lhe tirando este direito! Estou dizendo que talvez seja um dos nossos espiões!

- E daí? Qual é o problema se for um de nossos espiões?

- Pare de ser ignorante, Inspetora! 

- Pare vocêde ser ignorante! Tudo isso só porque eu recebi flores!

O trem, de repente, chegou.

- Parem de discutir! Parecem dois imaturos! - exclamou Watson calando os dois. - Vamos entrar no trem.

O trio andou em direção do trem, na parte de primeira classe, e finalmente entraram no trem.

-


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Notas finais do capítulo

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