Amor À Toda Prova escrita por Mereço Um Castelo


Capítulo 35
Capítulo 35 - Situações (Quase) Controladas


Notas iniciais do capítulo

Bem, entrei mega rapidinho para postar o capítulo e espero muito muito que gostem, ok? Para quem estava com saudades de Jasper, eis aqui ele de volta e...bem, Esme, minha filha, comece se explicando, ehehehhehe



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- Ah... – ela olhava para Carlisle e para o cartaz de “João e Maria: os irmãos descarados e caçadores de recompensas”, que, provavelmente, já tinha se esquecido da existência. Mas então desistiu. – Ah, ok, Carl, me desculpa. Mas é que... Poxa, você é médico e...

- E daí? – ele a olhou duramente, não entendendo o verdadeiro drama daquele coraçãozinho a sua frente.

- ‘E daí?’ Daí que você merece alguém melhor do que uma estudante de Artes Cênicas... Uma reles... Atriz! – ela disse abaixando a cabeça e soltando os braços em rendição. Naquele instante, Esme se dava conta que talvez seu conto de fadas não tivesse um final “e viveram felizes para sempre”.

- E daí? – e ela se perguntava como ainda ele não havia se tocado, e doía ter que falar em voz alta, mas parecia não ter outro jeito.

- ‘E daí’ que – ela puxou o ar e segurou a vontade de chorar para falar o obvio, – é mais fácil um médico namorar alguém da mesma faixa social, ou, no nosso caso, intelectual. Bem mais fácil... Do que um médico e uma simples atriz, que ainda por cima não é conhecida. Essa é a verdade dos fatos e não há como negar que isso é mais difícil de acontecer... – e a voz dela foi diminuindo, conforme falava.

Carlisle tocou o rosto de Esme e a fez olhar para ele antes de falar. Mesmo relutante, ela levantou o olhar, segurando para não chorar.

- E quem disse que eu escolho o mais fácil? O que vem fácil, também se vai fácil. E, pelo o que me lembro muito bem, desde o momento em que te beijei, não tem sido fácil. O trabalho, seu irmão, aquela noite... Tudo vem sendo difícil, mas tudo está valendo mais a pena do que se fosse fácil!

- Oh, que fofo! – ela se alegrou num instante, e já pulava de alegria.

- Mas isso não significa que eu não vá querer desculpas, ok? – ele disse. – Aliás, eu mereço! Olha só meu estado, estou até com a camisa abarrotada! Carreguei esse troço para... – mas ela parou a sessão drama dele, pois estava muito contente e não queria deixá-lo estragar o momento.

- Hei, não ofenda o buquê! As flores são lindas e não merecem esse palavreado! – ela disse lhe apontando o dedo, como se estivesse zangada, colocando as mãos na cintura e batendo um dos pés, como se estivesse esperando ele se desculpar com as flores.

- Ok, mas eu carreguei o “buquê” – ele fez questão de frisar a palavra para ela ver que se referia a ele como o que era, não como o monstro pesado e amassador de camisas sociais, – para todo o lado. Desde a entrada, passando por um corredor com uma moça muito louquinha, indo até o seu antigo prédio de Arquitetura e agora vindo até o prédio de Artes!

- Oh, amor. Você é um fofo, sabia? – ela o abraçou e deu um selinho.

- Um fofo e bem forte, ok? Bem forte! – ela riu um pouquinho e deu outro selinho. – E eu mereço mais do que esses beijinhos de nada!

- Estamos rebeldes hoje, hein? – ela brincou.

Como Esme não é boba, nem nada, e ama um espetáculo, é óbvio que lascou um beijão em seu namorado, um daqueles de parar o transito. Naquele momento, Carlisle viu que havia valido a pena ter carregado as flores e passado vergonha, ele amava aquela garota e sabia que ela sentia o mesmo.

De qualquer jeito, desconcertado com o fato de terem pessoas passando ao lado, Carlisle colocou o buquê no chão para que Esme não precisasse ficar segurando, e então virou para ela novamente.

- Sabe, eu queria te perguntar uma coisa, minha linda.

- Pode falar, gato! – ela sorria olhando para o buquê.

- Sabe, anda vendo o Rafael? Eu estou com uma certa, digamos, dificuldade em falar com ele.

- Como assim? – Esme o encarou e franziu o cenho, não esperava que o irmão fosse bancar a criança numa altura dessas. Afinal, ele havia prometido que conversaria com Carlisle.

- Eu ligo e ele não atende – ele esclareceu curtamente.

- Bem – ela se sentia perdida, mas precisava dizer algo, – ele anda em casa sim. Apesar de que eu não o estou vendo mais com tanta frequência. Sei lá o motivo – ela deu de ombros, mas prosseguiu colocando um pensamento para fora. – Achei que ele já tivesse voltado para o hospital com você.

- Não, não, ele não voltou ainda. O dia para a volta é domingo, mas recebi algumas ligações que... Bem, eu fiquei inseguro. Precisava falar com Rafael e tirar uma história a limpo!

Carlisle tentou ser o mais sucinto possível, afinal não podia jogar o amigo na fogueira de novo, sem ter certeza absoluta do que estava se passando, desta vez. Já que ele sentia que pela forma que havia agido anteriormente é que a amizade dos dois estava ainda por um fio.

- Ah, não, Carlisle... Não vai me dizer que estão brigando de novo? Sabe, até eu que vivo brigando com ele, estou em paz! – Esme disse inconformada.

- Não, longe disso. Não estamos brigando, nem nada disso. Eu só queria mesmo conversar com ele. Será que você consegue falar com ele? – E em pensamentos: “eu não posso brigar com ele se ele não fala comigo, né? Mas, pare de ser criança Carlisle, Esme está certa”, ele se repreendeu internamente e a esperou responder.

- Você diz como... perguntar algo? – ela parecia confusa.

- Não, só pedir para ele me atender – disse simplesmente, sem rodeios adicionais.

- Bem, então liga do meu celular, ué... Se esse é o problema dele não querer falar com você! Afinal, ele vai achar que sou eu, né? E ele nunca deixaria de atender a irmã querida e mais bonita que ele tem! – ela sorria, após o comentário nada modesto.

- Tudo bem – ele deu de ombros e aceitou a oferta.

Ela tirou o celular da bolsinha e entregou a Carlisle sem problema algum. Ele, mais do que rapidamente, discou o número e esperou pela linha. Mas, mesmo chamando, a ligação não era atendida.

Naquele momento, até ele ficou preocupado. Será que Rafael estava evitando até mesmo Esme? Será que ele já esperava que ele pegaria o celular da namorada? Essas eram algumas das perguntas que rodeavam sua mente enquanto a ligação caía na caixa postal.

- Nada? – ela disse incerta, com um leve ar de preocupação no semblante.

- Nada. Acho que ele está... me evitando – ele disse, devolvendo-a o aparelho.

- Bem, evitando ou não, uma coisa é certa. Minha aula de agora estava um tédio, saí de lá para fazer algo mais útil, como... sei lá, andar! Mas, já que está aqui – ela disse encostando carinhosamente nele, – não quer me levar para casa, não?

- Claro! Apesar de que eu acho que a senhorita deveria parar de matar aula, viu? – ele deu um sorriso brincalhão, que a fez perder o foco de estar na faculdade, antes de lhe dar um beijinho na bochecha e pegar o buquê do chão para ela.

- Ah, vai. Fica quieto. Você é um médico que namora uma atriz agora, não é porque é melhor que vai poder ficar mandando em mim! – ela respondeu como uma menina mimada, fazendo bico e cruzando os braços.

- Quem disse que sou melhor? – ele perguntou incrédulo.

- Não disse que “você” é melhor, disse que sua “profissão” é melhor! – ela respondeu ao dar de ombros.

- Mas... Droga, Esme, então por que nunca tentou Medicina? – ele tentava brincar sem se desmanchar em risos.

- Quem disse que eu não tentei? – disse segurando uma mechinha de seu próprio cabelo e brincando com ela na ponta de seus dedos, tudo para não encará-lo naquela confissão vergonhosa que estava fazendo.

- Mas... Tentou? – Foi o fim da picada para ele.

Naquele instante, ele constava que havia muito da namorada a ser desvendado ainda. Mas, não teve jeito, foi aí que todo o esforço para não rir se mostrou em vão.

- Mas desisti quando vi que eu quase desmaiava toda santa vez que eu via sangue. Urgh... Me dá até arrepio! – ela disse fazendo careta e se contorcendo de pavor.

A risada de Carlisle começava a se tornar cada vez mais alta. Ele, pelo menos, estava se divertindo conhecendo melhor o lado “Esme de ser” de sua namorada. Mas quem não gostava muito das gargalhadas era ela, então Carlisle ganhou um presentinho no braço.

- Ai, amor... Doeu! – ele brincou reclamando do tapa sem poder realmente passar a mão em cima e massagear, já que as flores o impossibilitavam.

- É sério. Não é brincadeira!

Mas Carlisle estava fora de controle, aquilo só o fez rir ainda mais.

- Você é linda, sabia? Uma “médica-arquiteta-atriz” bem linda e fofa!

- Oh, você também é um... Só “médico”, né? Ou será que também andou fazendo outras coisas que eu não saiba? – ela o encarou com um olhar de desafio.

- Sim... “Só”! – ele riu ainda mais após frisar a palavra. “Como se ‘só médico’ fosse pouca coisa, não?!”, ele pensou convencido.

- Ok. Então, você é um “só médico” muito lindo e fofo. E um namorado perfeito! E, aí, me desculpa, desculpa, desculpa, desculpinha! Esqueci de te dizer uma coisa! – ela colocou a mão na testa e parou no lugar.

- O que foi? Tem algo mais que eu não saiba? Você também começou faculdade de Veterinária? Nutrição? Física quântica? Sei lá...

Ele não se aguentava mais, e logo mais e mais piadas sobre o assunto percorriam sua mente. Com a piada feita, desta vez, ele não ganhou um tapa, mas uma Esme meio bravinha mostrando a língua.

- Não, seu bobo. Eu ia dizer que esqueci de dizer: “Muito obrigada pelo buquê, meu namorado lindo e perfeito!”

- E quem disse que o buquê era seu?

- Ohhh... – ela fez a maior cara de chocada. Estava, na mais calma das expressões, “bege”.

- Mentirinha! É todo seu, linda!

- Ai... Seu bobo! – E lá vieram mais dois tapas nos braços.

- Cada tapa é um beijo, viu? Só avisando...

- Tudo bem! – ela sorriu em retorno. – Então tome o dia livre, porque vou espancá-lo agora e te beijarei a noite toda! – ela disse safadamente.

Carlisle fez cara de chocado, mas por dentro estava feliz por se darem tão bem, nem ao menos parecia que sua namorada era apenas estudante ainda. Ela já era a mulher de sua vida, independente a profissão que teria.

E, assim, aos avanços e solavancos, ambos chegaram no carro. Esme entrou na frente, o buquê foi no banco traseiro e Carlisle estava todo sorrisos no banco do motorista – ele ainda se lembrava das piadas que circulavam sua mente sobre os cursos de Esme, e estava tentando ser forte para não rir do nada, sem ninguém ter dito uma palavra.  

* * * * *

Edward apareceu na Eurisko durante o horário do almoço, embora não tenha encontrado nenhuma das secretárias na recepção, decidiu ver se Jasper ainda estava em sua sala e se preparou psicologicamente no caminho para o provável humor do amigo. Ele deu dois toquinhos na porta e a abriu incerto; uma pequena parcela de si torcia tanto para que não encontrasse ninguém ali, mas outra parte queria resolver logo as coisas e sabia que era melhor que Jasper estivesse ali logo.

E para a felicidade, ou tristeza, ele estava lá, sentadinho em sua mesa e falando no telefone com alguém. Edward quase aproveitou a deixa para voar dali, mas Jasper fez sinal para que ele entrasse. Então, com a chance de não ter sido notado resumida a zero, ele fechou a porta atrás de si e sentou em uma das cadeiras para esperar o fim da ligação.

Mentalmente, ele relembrava dos momentos ao lado de Bella e quase podia sorrir por eles, mas logo aquelas doces lembranças eram tomadas pela preocupação e a vontade que tinha era de roer o pé da mesa à sua frente para ver se passava. E embora parecesse que estava ali por muito tempo, devido seus devaneios, Jasper desligou a ligação minutos após ele entrar e olhava para ele com um semblante incerto.

- Ok – Jasper começou devagar, – essa cara de preocupação sua pode indicar que algo não deu certo com a garota... Ou estou enganado?

Edward o encarou um minuto, sentindo tanto alívio por Jasper estar de bom humor que até poderia sorrir e respirar aliviado.

- Na verdade... Ela está bem, até recebeu alta. Mas – ele disse com tom pensativo, – há uma grande possibilidade de a teimosa fugir dos dias que tem de atestado médico e voltar a trabalhar...

- Ah, certo – Jasper sorriu, – uma viciada em trabalho. Sua cara mesmo isso Edward, a garota perfeita, aposto.

- Ha-ha-ha – disse irônico e ele cruzou os braços com uma carranca no semblante. – Estou morrendo de rir com a piada!

- Relaxa aí, estressadinho – ele brincou.

- Olha quem diz... – Edward revirou os olhos, ainda emburrado.

- Sabe, fazer toda essa cena de “estou querendo te matar e enterrar seu corpo no jardim aos pedaços” não vai fazer se safar de me dizer quem é a garota – Jasper disse contendo o riso. – Porque eu te conheço há muito tempo, tanto quanto me conhece, devo acrescentar; e, bem, sabe que eu não sou facilmente “enrolável”, certo?

Edward queria dizer algo, ele até descruzou os braços e abriu a boca algumas vezes para questionar, mas logo desistia ao constatar o óbvio: ele realmente não tinha escapatória.

- Vamos começar do princípio de que ela deve ter um nome, certo? – Jasper prosseguiu, aproveitando a falta de reação do amigo. – E ele seria...?

- Isabella e... – ele respondeu sem pensar, percebendo depois que havia sido levado na conversa pelo amigo e induzido a entregar o ouro. – Jasper! Cara! Isso não tem graça!

- Isabella? – ele estava pensativo. – Acho que não conheço ninguém com esse nome... Logo, minhas chances de saber quem é são poucas... Mas, conhecendo seu histórico, vou chutar que seja loira, um pouco mais baixa que você e... Não, espere, aí ela não gostaria tanto de trabalhar assim... – Jasper falava mais sozinho do que com o amigo, e Edward mal respirava com aquilo. – Ok, deve ser morena! Aposto que quer mostrar a para loira que já a superou e...

- Corta essa! Quem aqui ainda pensa na Tanya? – Edward se defendeu. – Porque eu não penso! Quero é distância!

- Bom saber... Um currículo a menos para eu ter que ler... – e dizendo isso ele amassou um papel e jogou no lixo. Edward só seguiu o rumo do papel com os olhos e depois encarou o amigo.

- Sério mesmo que ela queria trabalhar aqui?

- Duvida?

- De você? Sempre.

- Ok, aquilo ali eram só rascunhos, mas... – ele o olhou e desafio. – Ficou balançado com a possibilidade, é?

- Não, só pensando em contratar um matador de aluguel – ele brincou.

- Bom, mas então Isabella é boa nisso, hein? O que espanta a possibilidade de vez de eu ter de aturar sua ex nos torrando de novo. E tentando roubar nossos projetos...

- Não me conformo ainda daquilo, cara. Juro mesmo. Meu único consolo foi o fracasso daquilo... – Edward respondeu sincero, pois Tanya os havia roubado um projeto aparentemente promissor no passado, mas, por sorte, não soube finalizá-lo e a empresa que o comprou arcou com os prejuízos no final.

- Como eu sempre digo, ela teve o que mereceu... Mas, voltando ao ponto inicial, Isabella. O que me conta? Aliás, o que ela fazia no hospital?

- Ah, certo, vou conseguir esconder algo por quanto tempo, né? Vamos almoçar que eu falo por lá... Porque aposto que está aqui direto e... Cara, a reunião deu certo?

- Deu sim, tudo certo e...

- Ah, não – ele disse desconfiado. – Não ferrou com tudo não, né Jasper?

- Meu Deus, que falta de fé esse povo tem em mim, hein? – e dizendo isso ele tirou um papel do monte e entregou para Edward. – Aí, assinadinho, o projeto é nosso.

- Cara... – foi o que ele conseguiu responder ao ver que era verdade. – Como conseguiu isso? Achei que ia chegar aqui e eles teriam dado o fora, ou vocês estariam se estapeando, sei lá.

Jasper deu de ombros e respondeu sutilmente:

- Era uma questão de mostrá-los o que precisavam ver e... Vou ter que reprogramar a placa mãe do meu notebook – ele disse pensativo. – Mas, fora isso, tudo perfeito.

- Inacreditável!

- Ellen e Kelly disseram a mesma coisa. Mas – ele levantou, – melhor irmos almoçar, não? Ou aproveitou a comida do hospital? – ele brincou, mas depois se corrigiu. – Que aposto que vai ser elogiada só porque Isabella estava junto. Ou, ok, se bobear, você a levou para almoçar ou... – ele olhou no relógio. – Não, porque aí você não estaria aqui tão cedo.

- Você está todo cheio de graça só porque fechou um contrato difícil, né? Mas deixe comigo que isso tem volta. E, aliás, para seu governo, não almocei ainda. Ela não queria nem me deixar levá-la para casa, achei que receberia um “não” se a convidasse para almoçar ou, do jeito que é espertinha, achei que ela usaria disto para voltar a trabalhar hoje. Então, a deixei em casa mesmo.

- Como disse “viciada em trabalho”, é mesmo a sua cara Edward. Quem diria que você conseguiu achar a garota da sua vida, hein?

- Ah, está bem, agora eu ia ficar sozinho eternamente?

- Royce e eu tínhamos uma aposta quanto a isso, para ser sincero – ele respondeu enquanto saiam.

- Vocês?! Sacanagem! E posso saber quem é o maldito vencedor?

- Atualmente ninguém, não até que vejamos essa garota em carne e osso. Afinal, nunca se sabe quando eu posso estar sendo enganado, não? Tenho certeza que você e o Royce tramariam algo assim.

- Hei, eu não sou vocês! E, cara, vocês realmente fizeram uma aposta sobre a minha vida amorosa? Sacanagem! – Edward não se conformava, enquanto pegavam o elevador.

- Que “vida amorosa”? Você vive de trabalho Edward, esse termo quase nunca te pertenceu não – ele disse sério, mas na verdade segurava a risada ao ver a irritação do amigo.

- Vamos logo almoçar, antes que eu te soque, cara. Não quero bater no pai dos meus sobrinhos.

- Bom saber que sou imune por ter te feito tio.

- É, mas não abusa, meu amor pelos dois pestinhas também tem limite. E, aliás, eu dirijo. Vamos no meu carro. Assim eu posso te largar na rua se me encher muito o saco – Edward disse ao chegarem à garagem.

- Ah, vá. Qual é? Você não faria isso.

- Paga para ver então! – Edward respondeu em tom de desafio, enquanto destravava o alarme do carro.

- Bem... Acho que hoje não – Jasper deu de ombros, se fazendo de vencido. Irritar Edward podia ser divertido, mas ele sabia a hora de parar, antes que o amigo levasse para o lado pessoal.

- A propósito – Edward decidiu perguntar ao entrarem no carro, – não é sério o lance do currículo da Tanya não, né?

- Edward, acha que eu pensaria na hipótese de contratá-la se ela realmente enviasse um currículo para cá? Por quem me toma, hein? – Jasper abismado.

- Não, por nada, era só para ter certeza mesmo. É que daí eu teria de começar a vir de táxi para a louca não destruir meu carro ou me atropelar. Nunca se sabe quando ela pode descobrir que quem sabotou o projeto que ela nos roubou foi eu mesmo, né?

- Bem pensado, mas a segurança tem ordens de não deixá-la entrar. Eles tem um pôster com a foto dela na guarita com os dizeres: “não deixar entrar, não pegar currículo e não responder perguntas a essa pessoa”. Eu mesmo fiz.

- Sua cara mesmo, mas valeu. Agora, vamos logo comer. Cara, estou morrendo de fome! – ele respondeu logo após um barulho imenso que brotou de seu estômago faminto e reclamão.


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Notas finais do capítulo

Merecemos um comentariozinho após o meu super esforço para postar para vocês ao invés de dormir, né? E olha que as 5 eu estou de pé, hein?
Por favor, meus lindos, me digam o que acharam ok?
Bem, semana que vem talvez não tenhamos capítulos, pois estarei fazendo horas extras... Mas culpem a Receita Federal e não a mim... :(
Enfim, torçam para quem sabe conseguirmos escrever algo, né? Mesmo que de uma fic só...
Em todo caso, beijinhos e amaria mesmo se vocês, que são mais de 20, pudessem comentar ok?
Não custa nadinha a vocês e nos faria tão felizes!