Recomeçando escrita por Bia Snow


Capítulo 30
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Oi gente aqui é a Caele!
É povo minha parceira tá meio enrolada então aqui estou eu de novo.
Então preparem-se para emoções vibrantes nesse capitulo e boa leitura.



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Pov Katniss

Olhar para Gale nesse últimos dias tem sido terrível,meu pobre amigo está simplesmente quebrado.Olheiras enormes se acumulam debaixo de seus olhos cinzentos,opacos sem brilho,sem vida alguma.Ele não dorme há dias,faz um esforço tremendo para parecer bem e essa talvez seja a pior parte.Ver alguém fazendo tanta força pra conseguir fazer tarefas tão pequenas.É doloroso de se ver.É ainda pior não poder fazer nada para ajuda-lo,para que as coisas fiquem bem,elas não vão ficar.Eu o compreendo perfeitamente,e talvez por isso seja tão fácil compartilhar a agonia que ele vive.Desde aquele maldito telefonema,meu amigo andava inquieto vigiando a tudo e a todos com medo de coisas que possam atacar ao menor descuido.Mas pelo menos ele estava vivo,agora ele parece alguma coisa feita de dor,não um ser humano assustado.Não consigo evitar me recordar do inicio desse pesadelo.

Flash back on.

Separei meu abraço de Gale e olhei sem conseguir conter uma lágrima fugidia,Peeta apareceu na sala e sem uma palavra pareceu compreender o que se passava,antes que pudéssemos trocar qualquer palavra Madge surgiu sorridente e todos mobilizamos nossa formas alegres e falsas ,que aprendemos a usar graças a capital e seu regime de terror,sentamos na mesa e nem por um momento Gale foi capaz de tirar os olhos de mim.Pearl reinou a sala e eu disse que ia atender e chamei Gale sob o pretexto de que agora ele deveria treinar,quando saiamos lancei um olhar para meu marido num acordo mutuo de que ele deveria distrair minha amiga.

–E então Katniss..no telefone eram eles não eram?-ele me perguntou aos sussurros

Assenti e reuni toda minha coragem para continuar.

–Eles estão aqui...e sabem sobre Chase-eu disse num murmúrio e vi meu amigo empalidecer -Gale eles vão..vão ..tentar matá-lo.

Lágrimas silenciosas rolavam pela face meu amigo que apenas assentiu,ele lutava para conter-se,mas não podia fazer isso.Suas emoções o traiam e em seu olhar a emoção eu mais se sobressaia era uma dor profunda,mais que o medo o a culpa,uma dor tão genuína que me fez leva-lo para varanda onde eu o abracei enquanto ele escondeu o rosto em colo.Eu acariciava seus cabelos sem encontrar nada que pudesse dizer enquanto sentia seu corpo sendo sacudido por soluços abafados.Mas não me permiti chorar,eu seria forte para ele,porque ele teria de aguentar esse peso enorme sem dividi-lo com Mad,pensei em como seria enlouquecedor não poder dividir um problema com Peeta e consegui me dominar meu amigo merecia ter alguém ao seu lado agora,meu irmão de alma precisava de minha força e eu iria dar isso a ele sempre que necessário.

Poucos minutos se passaram até ele dominar-se,ele se sentou se recompôs e seus olhos avermelhados eram a única denúncia de seus estado anterior.Desejei que pudéssemos esconder seus olhos mas não podíamos fazer nada em relação a eles.Então meu amigo decidiu por subir para o quarto silenciosamente para não perturbar Mad e Peeta que estavam na cozinha.Eu fui para lá e sorri ao ver minha amiga se entupindo de torta,ela não notara nossa demora estava ocupada demais comendo por dois para notar até o sorriso nostálgico que meu marido lançava ara ela.Com certeza se lembrando de mim fazendo exatamente a mesma coisa,comendo e me esquecendo totalmente do mundo ao meu redor.Limpei a garganta para denunciar minha presença ele os dois me olharam sorrindo,Mad feliz meu marido preocupado.

–Cadê o Gale?-a loira perguntou com a boca cheia de torta.

–foi dormir,está cansado.-respondi.

–Tão cedo?-ela perguntou confusa.

–Já está tarde Mad,você que se distraiu com a torta e nem notou.-respondi forçando um sorriso.

Ela assentiu voltando suas atenções para o prato levemente corada.

Flash back off.


Ele tentou tanto esconder de Madge,todos tentamos mas nenhum de nós conseguia disfarçar aquela terrível tensão.Era algo quase palpável o medo que sentíamos, modo como jamais a deixávamos sozinha e todas as noites insones de Gale que deus sabe como ainda conseguia se arrastar para fora de casa todos os dias como se nada tivesse acontecido,ainda que seu corpo denunciasse a mais profunda exaustão.Não demorou para que minha amiga me procurasse para ajuda-la achando que o marido adoecia,eu tentei tirar aquelas ideias de sua cabeça,mas a cada dia que se passava ela parecia mais certa de que havia algo terrivelmente errado.Foram meses difíceis ,mas meu amigo naquele tempo não estava como está agora.Ainda não,ele estava preocupado e dormia mal mas conseguia manter uma desconfiada Madge tranquila o bastante para que saúde dela e do pequeno Chase não corressem perigo.

Peeta e Prim mantinham a amiga entretida,enquanto Haymitch e eu tentávamos manter nossas enormes bocas fechadas.Quando Effie soube foi enorme problema acalma-la,tivemos que manter Danny comigo e Peeta por um dia inteiro até que nossa pobre e avoada amiga pudesse enfim disfarçar.Com a ajuda de Beetee sabotamos as linhas telefônicas para mantermos qualquer nova ameaça longe dos meus amigos.E seguíamos todos tentando mantê-los seguros,e por um tempo nós conseguimos.Por alguns eses tudo correu bem na medida do possível.Até aquilo acontecer,mais uma vez meus pensamentos voavam a um passado recente.

Flash back on

–Aqui,pra você-digo estendendo um frasco pequeno para Gale.

–Obrigado,eu não consigo dormir sem esse xarope.-disse meu amigo suspirando e fitando o céu onde umas ouças nuvens brincavam.

–Gale,eu sei que está difícil mas confie vai terminar tudo bem tá ?-digo apertando seu braço e ele me olha e assente cansado.

Decido acompanha-lo até em casa e quando chegamos damos de cara com um Rory pálido apertando as mãos e olhando para nós com uma cara de pesar e medo.

–O que aconteceu?-pergunto

–Mad...ela..passou mal.-responde o garoto e eu sinto meu amigo enrijecer ao meu lado.

–Como?-eu pergunto novamente.

–Prim estava aqui com ela e eu vim ver se elas não queriam alguma coisa da padaria-ele se interrompeu para respirar-eu encontrei a Mad no sofá .ela estava nervosa...e segurava um papel..e foi tudo tão rápido....Prim tentou acalma-la mas não conseguiu...-Rory não continuou olhava para o irmão,e eu segui seu e notei que ele parecia estranhamente alheio ao que ouvia.

Meu amigo foi até o sofá pisando nos cacos de vidro, que antes foram sua mesa de centro.,onde havia uma papel e uma mancha vermelha.Com as mãos trêmula ele abriu o papel e começou a ler,pela sua expressão era uma coisa muito ruim.Ele se terminou de ler ,e começou a fitar o vazio,fui até ele que me olhou.Eu não fiz nada,também não disse nada foi meu amigo que quebrou o silêncio:

–Onde ela está?-ele perguntou com a voz fria.

–No consultório do doutor-respondeu o garoto simplesmente.

Gale saiu sem dizer mais nada.Eu o segui com visão turva por causas das lágrimas OH,Meu Deus Mad!Você tem que estar bem! Eu tinha de correr para acompanhar meu amigo até o consultório.Quando chegamos lá eu encontramos uma Prim com os olhos avermelhados conversando com o médico.Gale avançou até o doutor ,o médico olhou para Gale e o puxou pelo braço para um canto mais afastado.Eu andei até minha irmã que me abraçou soluçando,incapaz de falar.Eu a envolvi com meu braço e olhei para onde Gale estava e vi meu amigo se encostar na parede e ir escorregando para baixo como se suas pernas não pudessem sustentar seu peso.Afastei Prim e perguntei:

–O bebê?=-perguntei temendo pelo pequenino.

–Ele está bem..mas...-ela parou-a Mad está em coma.

Senti minhas pernas fraquejarem,eu não entendia como aquilo podia ser verdade?Minha amiga em coma?Mas como isso pode acontecer?Eu senti meu sangue gelar nas veias a media em que essa realidade me atingia,nesse momento meu marido irrompe pela porta e eu me lancei a ele chorando incontrolavelmente.

Flash back off

Já se passaram quinze dias desde que isso aconteceu.E eu estou aqui olhando a sombra daquilo que um dia foi meu amigo sentado na recepção do minúsculo ambulatório.Ficamos sabendo como minha querida e doce amiga se encontra nesse estado só no segundo dia quando eu finalmente podia ouvir sobre isso.Ela recebera uma ameaça,uma carta anônima e se desesperara.Sua pressão subiu muito e Prim tentou acalma-la fazendo-a sentar se no sofá,foi quando Rory chegou e também foi quando minha amiga notou que sangrava,com o desespero se levantou bruscamente e o movimento fez sua pressão oscilar rapidamente e ela caiu de encontro a mesa de centro que era de vidro.Por causa da pancada na cabeça ela acabara em coma,uma remoção para capital seria arriscada já que lá seria impossível impedir que aqueles que queriam ferir a família de Gale se aproximassem sob algum disfarce.

Desde então meu amigo esta aqui,mas especialmente hoje ele está um pouco pior.Porque seu filho está nascendo lá dentro sem que sua Mad saiba disso.E eu não posso anima-lo ou dizer palavras reconfortadoras,não agora.No estado de Madge qualquer complicação pode simplesmente leva-la para longe de nós.Começo a roer minhas unhas,sem me importar com o gosto de sangue que invade minha boca,seria tão mais fácil se Peeta estivesse aqui para me ajudar.Mas não sou quem mais precisa de consolo agora,meu marido está com Effie e as crianças,Haymitch segura a onda do resto da família de Gale,minha mãe e Prim lá dentro com o médico.Há horas,já fazem algumas horas e eu não sei se isso deveria demorar tanto,meu parto não seve de referência.Finalmente a porta se are revelando uma Prim sorridente com um pequeno embrulho no colo.

Meu amigo vai até lá e pela primeira vez desde aquele telefonema ele sorri,de verdade não apenas abre os lábios mas sorri sinceramente.Ele pega o pequeno desajeitado e beija-lhe a testa,e depois sorri extasiado.Depois disso pede para levar o pequeno para ver a mãe.Prim franze a testa mas assente e diz que vai ver se ele já pode entrar,ninguém teria coragem de negar um pedido a Gale a essas alturas.

–Catnip?-ele me chama com a voz rouca-Não quer conhecer seu sobrinho?

Eu avanço e ele me vira o pequeno.Fico admirando os fios louros como os de Mad na pequena cabecinha,sua pele sua pele branca,as bochechas grandes e rosadas,eu sorrio para ele.Então o pequeno abre os olhos e revela suas orbes cinzentas como as de Gale.Acho que meu amigo corre sérios riscos de começar a babar em qualquer instante,eu me limito a sorrir para o pequenino até que Prim retorna autorizando eu ele leve o pequeno para junto da mãe,que continua dormindo.Ele se vira e me pede:

–Katniss você pode vir comigo?Eu não sei se consigo ir sozinho.-ele diz apertado Chase contra si .

–Claro-respondo simplesmente.

Caminhamos até o quarto,onde minha amiga está.Lá recostada com os cabelos louros caindo como uma cascatas sobre seus ombros,se não fosse sua extrema palidez e o bip dos aparelhos ela poderia estar dormindo.Descansando sã e salva.Meu amigo se senta ao lado dela.

–Chase essa é sua mãe.Ela não é linda filho?Ela é a mulher mais incrível de todo mundo.Meu amor –ele pega a mão de sua esposa-Nosso filho está aqui comigo- algumas lágrimas escorrem pelo rosto dele-Você não gostaria de vê-lo?Mad por favor,abra os olhos para ver nosso filho-ele pede e eu não sei o que fazer-Por favor,por favor-ele implora baixinho e esconde o rosto no peito dela.

Eu estou indo para ele,para consola-lo,quando para estupefata.Minha amiga ergue a mão e toca gentilmente a cabeça de meu amigo.Ele levanta assustado e olha para esposa,as pálpebras dela tremulam e se abrem revelando seus olhos lindos.

–Gale?-ela pergunta confusa e meu amigo sorri e simplesmente pressiona seus lábios contra os dela.Quando ele recua ela pergunta-O que está acontecendo?Você está chorando?

Embora minha vontade seja pular sobre ela eu saio dali porque esse momento não me pertence.Ele é da família Hawthorne e nada pode tirar ou atrapalhar isso que se passa com eles agora.Um sorriso gigante se forma em meus lábios quando corro para recepção e encontro Prim,minha mãe e o médico.

–Ela acordou-digo sorrindo.

Eles parecem querer avançar para vê-la mas barro caminho e digo

–Agora não.

–Mas Katniss ela precisa..-começa o doutor

–Depois.-digo lançando a todos meu melhor olhar mortífero.Funciona eles recuam e sentam-se esperando que os libere,mas vou dar um tempo para eles,estão precisando.é quando noto um vaso de flores na soleira da porta.Um calafrio percorre meu corpo enquanto caminho até lá.Debaixo do vaso existe um cartão de boas vindas para comemorar os nascimentos.Eu o aro com as mãos trêmulas:

“Ainda não acabou”

É tudo q está escrito.Amasso o cartão com força.

–Kat o que foi?-pergunta minha irmã

–Nada.-respondo e me viro sorrindo-Só estou feliz.

Disponibilizo o visual garotinha feliz que usava na turnê na vitória depois dos primeiros jogos para encobrir o que se passa dentro de mim.Meus amigos precisam de um pouco de paz,por isso esse peso esmagador deve ficar em meus ombros.Pelo menos por enquanto.




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Notas finais do capítulo

O.K ninguém achou que eu ia matar a Mad né?Que isso gente eu não faria isso.Ainda ->olhar diabólico.<-