Eternally escrita por Luna Weasley, Luuh Weasley


Capítulo 3
A carta


Notas iniciais do capítulo

Obrigada novamente pelos 4 reviews!
Mais um capítulo fresquinho para vocês. Espero que saboreiem. ~Piadinha tosca~



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POV Fred


Esperei até não haver mais barulho do lado de fora da barraca. Meu clone me olhava de cara feia. Não queria brigar com ele, mas sentia necessidade de voltar. Não sabia ao certo o porque, nem mesmo por qual motivo àquelas palavras saíram de minha boca. Só sabia que o que está feito está feito, e não queria voltar para trás. Me sentia chateado por decepcionar George.

Fiquei encarando-o por alguns segundos. Nenhum de nós dois falava nada. Aquela era uma situação nova, nunca discordamos em nada, aliás, sempre tivemos os mesmos pensamentos.

Do nada ele quebrou o silêncio:

– Já estou te sacando! – Um sorriso enigmático brotou em seu rosto, mas eu sabia muito bem o que aquilo queria dizer.

Por alguns segundos fingi não ouvir ou prestar atenção no que ele falava. Mas como ele me conhece bem (e eu tenho certeza disso) repetiu sua última frase, mas dessa vez mais alto.

– Já estou te sacando Frediota! – Ele gritou. Pude perceber que queria me irritar.

– Sacando o que? – Ele não respondeu, somente ficou me encarando com um sorriso malicioso no rosto. Aquilo estava me irritando. – Desembucha George! – Pude sentir meu rosto pegar fogo. Sempre odiei quando ele me mandava indiretas. Tudo bem, eu sei, faço isso sempre. Mas não gosto que façam comigo.

– Você sabe. – Agora ele parecia mais sério. Fez uma breve pausa enquanto desviava o olhar para o chão. – Você quer voltar, entendo o porque. Mas precisava tomar a decisão sem antes falar comigo?

– Você está bravo porque não te avisei? – Olhava descrente para ele. Parecia que ele realmente estava chateado. – Sem contar que você não vai comigo, por que isso te interessaria?

– Você está louco? – Ele levantou a cabeça. Agora olhava diretamente para meus olhos. – Nunca te deixaria voltar sozinho para Hogwarts! Somo irmãos cara!

– Sério? – Pude sentir a alegria fluindo em meu corpo.

Ele voltaria por mim? Será que eu estava ouvindo certo? Nem havia pensado que ele quisesse voltar, aliás, nunca havia pensado que um dia eu voltaria. Não sabia o porque de minha decisão, mas sentia que era o certo a se fazer. Saber que teria ele ao meu lado era melhor ainda. Isso provava o que sempre soube: estaríamos juntos até a morte. Era uma sensação reconfortante.

– Claro Frediota! Não pense que se livrará tão cedo assim de mim. – Nós dois rimos – Mas como pretende voltar?

– Queria ir falar com Dumbledore. Certamente ele nos aceitaria de volta. – Ele apenas riu. Isso mostrava que ele pensava o mesmo que eu. – Boa noite George.

– Boa noite Fred.

Recostei minha cabeça sobre o travesseiro. Fiquei pensando na reação de mamãe ao receber a notícia. Papai certamente gostaria de saber também. Havia outra coisa boa em voltar: poderia ficar de olho em Ginny, afinal, pelo que Rony me dissera, ela estava namorando com um menino chamado Dino Thomas.


X-X-X-X-X-X


Acordamos cedo para desmontar tudo antes do café. A raiva de George parecia ter passado depois de nossa conversa. Não sei porque, tinha a impressão de que ele sabia mais do que eu o motivo da minha vontade de voltar. É muito estranho tomar decisões sem motivo. Não sei porque eu sentia que isso era a coisa certa a se fazer e ponto final.

Entramos na Toca e guardamos tudo. Ao descermos mamãe já estava terminando de fazer o café.

– Ah! Vocês chegaram. Pensei que não acordariam a tempo. – Ela disse enquanto levitava os pratos e colocava-os na mesa. Todos nos sentamos e começamos a comer. Minhas panquecas estavam uma delícia.

Hermione estava sentada a minha frente. Os cabelos castanhos presos em um rabo-de-cavalo, os olhos da mesma cor do cabelo pareciam ter um brilho especial. Ela comia e ria com Ginny; um largo e belo sorriso estampado em sua face. Nunca havia percebido como seu rosto era belo e delicado.

Senti uma cotovelada na costela esquerda e vire-me.

– Assim fica muito na cara. – George sussurrou em meu ouvido.

– O que fica na cara? – Falei no mesmo tom de voz.

Ele não respondeu. Apenas lançou-me um sorriso enigmático (que dessa vez não consegui entender o que significava) e começou a comer os cereais novamente.

O que ele quis dizer com isso? Fiquei algum tempo tentando imaginar, mas nada veio em minha mente. De repente, tudo começou a parecer confuso. Parecia que minha vida havia virado de cabeça para baixo. Às vezes me encontrava pensando em Hogwarts (coisa que nunca fiz muito) e outras em, em... Não sei dizer ao certo, nem sei se tenho certeza no que digo. Do nada me enchi de preocupações e incertezas.


Após o café subi para nosso quarto. Sentei-me na escrivaninha e comecei a escrever a carta. Ela tinha de ser convincente, afinal, acho que não aceitariam alunos que já largaram a escola uma vez. Se já fizemos isso, quem não garantiria que faríamos novamente?

No fundo, eu tinha certeza de que Dumbledore nos aceitaria, mas mesmo assim ainda tinha a incessante insegurança que me cercava durante esses dias.

Estava preso em meu redemoinho de pensamentos quando George entrou no quarto. Caminhou lentamente até a escrivaninha e começou a ler a carta por cima de meus ombros.

– Nada mau Frediota! Quando você irá mandar para Hogwarts? – Ele disse enquanto se jogava em sua cama.

– Vou mandar Errol levá-la hoje de tarde. Provavelmente estará hoje a noite na mesa de Dumbledore. Isso se aquela coruja não desmaiar novamente. – Rimos – Assine aqui.

Ele pegou a pena e assinou com tanto desprezo a carta que cheguei a pensar que ele desistiria de voltar.

Peguei-a e a prendi na perna de Errol. Com sorte (e muita) ela chegaria às mãos do diretor logo no início da noite.

O resto do dia tentei não pensar muito em Hogwarts. Passamos a tarde jogando Quadribol com Ginny, Harry, Hermione e Rony.

Como já era de se esperar, meu time ganhou. Isso teria me deixado muito feliz, se não tivesse visto o olhar de desapontamento de Hermione no final do jogo. Se bem que sei que no fundo ela não liga para Quadribol, estudos são mais importantes para ela do que um simples jogo. Isso era brilhante, já sabia como animá-la.

Voei em sua direção enquanto ela estava pousando no chão.

– Não ligue para o jogo, da próxima vocês ganham! – Disse enquanto pousava ao lado dela.

– Eu sei. – Um leve sorriso apareceu em seu rosto.

– Já sabe da novidade? – Fomos caminhando em direção à Toca. – Mandei hoje de tarde uma carta para Hogwarts pedindo uma chance para terminar o último ano.

Seus olhos se encheram de um brilho especial, o mesmo que vira mais cedo naquele mesmo dia. Ela me abraçou com toda a força que tinha.

– Eu ainda não disse que nos aceitaram. – Ela me largou e ficou rindo da minha cara. – O que foi?

– Você ficou vermelho. – Ela riu mais. – Quando chegar a resposta me avise. – Dizendo isso deu um beijo em minha testa e entrou em casa. Pude sentir minha bochechas pegarem fogo.

Fiquei uns segundos paralisado, sem reação. Logo depois fui despertado de meu transe por George, que me deu um empurrão que por pouco não caí no chão.

– O que foi George? – Disse enquanto empurrava-o também.

– Nada, só queria sentir o prazer de ver você caindo. – Nós dois rimos.

– Você é um idiota sabia?

– As pessoas costumam dizer. Aliás, acho que me lembro de falarem para nós dois! – Rimos novamente e fomos caminhando juntos para a Toca.


X-X-X-X-X-X


Já estava de noite, estávamos comendo. Como sempre papai estava trabalhando até tarde, o que já havia virado rotina desde que ele fora promovido. Para ser sincero já nem ligava mais para isso. Havia se tornado parte do cotidiano.

De repente ouvimos um forte barulho vindo da janela.

Me levantei e abri-a. Deparei-me com Errol jogado na grama com uma carta no bico. Abri a porta e fui em sua direção. Peguei a carta e o trouxe para dentro.

– É de Hogwarts! – Gritei. George quase se engasgou com a comida e mamãe ficou me olhando desconfiada. Só Hermione e meu clone sabiam que eu havia enviado a carta. Novamente aquele brilho especial surgiu no rosto dela.

Sentei-me e George espichou o pescoço para ler a carta junto comigo.


Caros Srs. Weasley,

Ficamos felizes em saber que querem retomar seus estudos em nossa escola.

O Professor Dumbledore gostaria de recebê-los se possível amanhã para acertar os detalhes e tomar sua decisão final.

Aguardamos sua visita.


Profª MacGonagall


Fechei a carta e olhei para meu gêmeo que parecia incrédulo, mas não tão desapontado como eu imaginava que ficaria.

A notícia havia chegado em boa hora. Não sei por qual motivo, não fiquei tão feliz como achei que ficaria. Acho que pelo fato de eu não gostar tanto de estudar. Só havia uma coisa boa nisso, poderia voltar a "aprontar" como todos dizem.

Mamãe nos olhava mas não dizia nada.

– Vamos para Hogwarts! – Disse fechando a carta. Rony quase engasgou com a comida.

– Que história é essa? – Ele disse enquanto pegava um copo d'água na mesa.

– Vamos voltar para Hogwarts e terminar o último ano. – George disse triunfante enquanto Rony agarrava a carta da minha mão.

– Que notícia ótima! – Mamãe disse enquanto se levanta e vinha em nossa direção.– Ainda bem que não fomos ainda para o Beco Diagonal. – Ela nos abraçou com toda força que tinha.

– Vocês ainda não foram aceitos, só vai ser decidido amanhã. – Rony disse passando a carta para Harry ler.

– Você acha mesmo que Dumbledore iria rejeitar dois alunos? – Hermione disse e fez uma cara de "sabe-tudo" para Rony que parecia furioso.

– Vamos ver isso amanhã. – Ele disse enquanto se levanta e ia batendo os pés para seu quarto.

– Rony perdeu a fome, isso sim é novidade. – Comentei e todos riram.



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Notas finais do capítulo

O que acharam? Por favor digam nos reviews! :D
Continuo com 3 reviews.
Até o próximo capítulo!